Amizade Tóxica

Querido diário,

Hoje mergulharei em uma reflexão sobre um tema delicado: amizade tóxica. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, nos deparamos com relações que, apesar de antigas e aparentemente sólidas, revelam-se prejudiciais e desgastantes.

Minha jornada com uma amizade de longa data me proporcionou uma visão mais profunda nesse âmbito, me levando a questionar o verdadeiro sentido desse relacionamento.

De antemão, lhe aviso que esse post está bastante longo (10 páginas do word), então, sinta-se a vontade para ler um pouco por dia. Decidi trazer todas as situações complexas que vivenciei nessa amizade, para refletirmos juntos e quem sabe te desperto insisghts sobre determinada amizade da sua vida também?

DESDE A ÉPOCA DA ESCOLA

A minha amizade mais antiga é com uma pessoa que conheço desde a época da escola. Nos aproximamos por razões contraditórias, ele queria recuperar algumas coisas que foram dele e que estavam em minha posse – mais precisamente pôsteres e revistas da Avril Lavigne – daí se aproximou por puro interesse, mas viu que eu era uma pessoa muito legal e acabamos nos tornando amigos, ainda mais pelos gostos em comum, visto que éramos fãs da mesma artista. 

A nossa primeira briga ocorreu certa vez que ele estava me devendo dinheiro, apenas R$ 5, mas naquela época essa quantia tinha outro valor e para um adolescente que não trabalha e não tem mesada, qualquer quantia é muito. 

Ele não me pagou no dia que tinha prometido, o período foi se estendendo, até que tive uma urgência, usaria o dinheiro para vacinar a minha cachorra – época incrível em que uma vacina custava só R$ 5 – e fui cobrá-lo sem mais tanta gentileza. Percebendo que ele só me enrolaria e nunca pagaria, estruturei um plano maquiavélico para fazer com que me pagasse. 

Fui até a casa dele num dia e horário que eu sabia que ele não estaria e coloquei meu lado atriz em ação, fazendo com que sua mãe me deixasse entrar no seu quarto para pegar algo que eu sabia que ele ficaria puto para que eu devolvesse. Funcionou como eu planejara, no mesmo dia ele apareceu na minha casa, furioso, querendo tal objeto de volta (se tratava de uma pasta catálogo com várias papéis de artistas da música e cinema, que ele colecionava).

– Devolve a minha pasta! 😡

– Paga os meus R$ 5! 🫴🏻

Ele pagou, na maior má vontade, ainda teve o descaramento de ficar segurando a nota para que eu puxasse e rasgasse. Ficamos meses sem nos falar depois disso, até que um dia ele me procurou com uma carta de 5 páginas, dizendo o quanto sentia falta da minha amizade, que eu era importante na vida dele e pediu desculpas. Achei o gesto super fofo e voltamos a nos falar imediatamente. 

ME METENDO EM FURADA

Anos mais tarde, quando éramos mais velhos e já estávamos trabalhando (inclusive no mesmo primeiro emprego, eu comecei antes e arrumei pra ele), me meteu numa grande enrascada.

Ele estava indo para a minha casa e no meio do caminho presenciou o atropelamento de um cachorro. Ficou desesperado, me ligou chorando, pedindo que eu fosse encontrá-lo. Chegando lá, fiquei tão aflita quanto ele e providenciamos o socorro para o animalzinho. 

Na clínica veterinária, o custo para operar o dog (precisaria amputar sua pata) ficaria em R$ 2.500. Não tínhamos essa quantia e acabei enfiando o meu namorado na história, pedindo que passasse no seu cartão de crédito, que, obviamente, não gostou nada, e fez muito a contragosto, com a condição de eu me comprometer a pagar todas as parcelas pontualmente, inclusive assumindo o risco, caso o meu amigo não pagasse a parte dele.

Depois que operaram o cachorro, descobriram que não bastaria somente uma cirurgia, teriam que fazer outra, por mais uma pequena fortuna. Nesse momento, o meu amigo, vou nomeá-lo Renato, lavou as mãos, tentando me convencer que a melhor alternativa era dar eutanásia no cachorro. Eu sou muito mole para essas coisas e para mim era inconcebível ter que sacrificar o bichinho. Não podia mais contar com a ajuda do meu namorado e não tinha dinheiro para outra cirurgia. Foi uma situação bem difícil.

Voltei para casa arrasada, chorei muito e fiquei pesquisando alguma solução na internet. Consegui apoio de alguns amigos e descobri que existia o hospital público veterinário em São Paulo (na época eu morava em Guarulhos). Acabei levando o cachorro debilitado para a minha casa. Ainda vivia com a minha mãe, que não gostou nadinha de eu levar um cachorro de rua, todo arrebentado, sem consultá-la. Enfim, não vou me prolongar nesse episódio da minha vida, tudo isso pra contar da enrascada que esse meu amigo me meteu e depois me abandonou com a bucha sozinha. 

PREJUDICADA POR TERCEIROS

Anos mais tarde, agora morando sozinha e já trabalhando como acompanhante, mais uma vez vejo minha vida ser prejudicada por conta dele. Renato começou a namorar um cara perturbado, extremamente tóxico, que começou a me atacar, no intuito de me afastar, devido a sua possessividade. Ele me expôs na minha faculdade, revelando aos coordenadores do meu curso de jornalismo, que eu fazia programa. Foi uma situação bem estranha, acho que já comentei aqui no blog. 

Eu tinha tirado uma foto bem sexy no banheiro da universidade (sozinha, obviamente), e postei no Twitter com a seguinte legenda: “Aquela brincadinha antes da aula

Na semana seguinte fui chamada para conversar na coordenação. Disseram que tinha chegado para eles de uma “colega de sala” minha, que fui flagrada tirando fotos inapropriadas no banheiro e que ao me pedir que parasse, eu fui agressiva. Que era para eles tomarem uma providência, senão a tal colega iria na polícia. 

– Essa situação não aconteceu. – Falei com firmeza, diante de tamanho constrangimento. – Se fosse pra eu tirar uma foto nua no banheiro, concordam que eu não tiraria com outra pessoa dentro?!

Não menti, mas também não neguei. 

– Entendo. Você sabe de alguém que esteja querendo te prejudicar?

– Sei, e não é da faculdade. 

– Bom, então só toma cuidado. 

Ainda me deram carona para o campus que eu teria aula naquele dia. Uns fofos. Anos mais tarde, quando fiz o meu TCC, um livro reportagem sobre “O Preconceito Com a Prostituição” (que, vale ressaltar, tirei a nota máxima), fiz questão de convidar essa mesma professora para fazer parte da minha banca. 😌

O Renato me pediu ajuda para sair da casa desse tal namorado tóxico (já estavam morando juntos), eu ajudei, fui atrás de carro para transportar suas coisas, lhe arrumei dinheiro para algumas despesas, fiz todo um movimento, para dois dias depois ele voltar para os braços do namorado, mesmo ele tendo ferrado com a sua amiga. 😒 Sério, me senti uma grande palhaça. Nos afastamos por anos, não estava mais disposta a comprar essa briga. 

Quando enfim se separaram e o tal namorado precisou ser internado, nos reaproximamos.

Zero Ponta Firme

Na vida adulta, novamente ele sempre pisando na bola. Desde que saí da casa da minha mãe, já me mudei duas vezes e na última mudança pedi encarecidamente pela sua ajuda. Eu estava exausta e precisava muito de alguém para me ajudar a arrumar as coisas. Ele disse:

– Tá bom amiga, só vou colocar ração pros gatos e tô indo. 

Ele sumiu. Só foi dar sinal de vida no dia seguinte. Disse que tinha dormido. Aquilo me chateou muito, pois, de todos os meus amigos, ele era o mais íntimo, a última pessoa que poderia me deixar na mão daquele jeito.

Zero Confiança ou Credibilidade

Começamos a ter brigas mais sérias quando passou a envolver dinheiro. Me pedia emprestado e nunca me pagava. Por mais que eu já fosse acompanhante e tivesse mais condições do que ele, isso não lhe dava o direito de abusar da minha bondade. E ele é o pior tipo de devedor que existe, aquele que deve e ainda fica irritado de ser cobrado.

Chegamos num ponto em que eu tive que por um fim naquilo e deixar claro que nunca mais lhe emprestaria nenhum centavo, ainda perdoei a última dívida, percebendo que ele nunca me pagaria, a fim de evitar mais briga.

Uma pessoa que eu não podia contar quando eu precisava, não me agregava em nada e só me sugava. Ele sempre estava na merda, precisando de ajuda, era exaustivo demais ser sua amiga. Qualquer relação saudável precisa ter uma troca, e eu não tinha nenhuma contrapartida.

Decidi me afastar pois cheguei no meu limite. Aos olhos dele eu estava sendo uma péssima amiga, por virar as costas quando ele mais precisava, mas quantas e quantas vezes eu não estive lá e não fui reconhecida?

Anos se passaram e novamente nos reaproximamos. Ele agora estava numa fase melhor, finalmente empregado, engrenando e crescendo. 

Amizade, Não Significa Liberdade

Em novembro do ano passado fomos no show da Taylor Swift, pista premium, ingresso caríssimo, ganhei de presente, duas entradas, de um cliente e chamei o Renato para ir comigo, pois não conhecia mais ninguém que fosse tão fã da Taylor (como eu) quanto ele. Voltamos com uma energia tão boa do show, que perdurou por semanas. Viemos para a minha casa e não deixei que ele fosse embora, fui lhe dando abertura para que continuasse e estava mesmo agradável a sua companhia em tempo integral ao longo dos dias. Eu saía e voltava para casa e o encontrava trabalhando no seu home office, quando terminava conversávamos e assistíamos alguma coisa juntos. 

Quase dando um mês, bateu a vontade de ter a minha privacidade de volta e, gentilmente, pedi que ele fosse embora. Aceitou numa boa, o que foi mesmo ótimo. Nossa relação permanecia satisfatória. 

Numa noite que eu estava quase indo embora de um rolê, com uma amiga, o Renato me ligou e propôs de esticarmos a baguncinha na minha casa. Achei a ideia interessante, ele providenciaria umas bebidinhas e traria mais uma pessoa com ele, alguém que eu conhecia só de nome, pelas coisas que ele me contava. 

As coisas entre nós voltaram a azedar a partir desse dia. Ele chegou na minha casa com duas pessoas estranhas, uma eu já tinha autorizado e a outra foi alguém que ele conheceu poucas horas antes, no rolê que ele estava antes de emendar na minha casa. Achei aquilo uma puta falta de respeito, em nenhum momento me perguntou ou avisou que estaria levando mais alguém que eu não conhecia. Não era uma festa aberta, era uma coisa mais íntima para quatro pessoas, fui surpreendida com alguém estranho dentro da minha casa e tive que agir normalmente, para não ser indelicada. 

Continuando as decepções da noite, de repente tive a ideia de abrir uma garrafa de vinho, que eu tinha ganhado de um cliente e estava guardando para um momento especial. Quando peguei a garrafa, adivinhem? Ela estava vazia! 

– Eu não estou acreditando que você bebeu a garrafa do meu vinho, que eu ganhei de presente, não me pediu, não me avisou e ainda guardou de volta vazia!!!

Gente, fala se não é MUITA FOLGA?! 😒

– Ai bebi, tava um dia aqui sozinho e fiquei com vontade. Depois te compro outra. 

“Depois te compro outra”, isso vindo do maior caloteiro de todos!

Para não ser deselegante com os convidados, engoli a minha raiva, pois ninguém ali sabia do meu histórico de decepções para entender o grande chilique que eu queria dar. Inclusive, aquela noite eu entendi como é péssimo dar festinha em casa. Teve um momento que eu queria que todo mundo fosse embora para eu ficar em paz, no silêncio, mas como eu era a única com a bateria fraca, fiquei sem graça de ser a estraga prazeres. Simplesmente abandonei todos na sala e fui dormir, tentei pelo menos, sendo impossível um digno descanso, com todo aquele barulho. 

Mais alguns dias se passaram e determinada noite, o Renato me mandou uma mensagem, falando sobre nos encontrarmos para assistir uma série. Eu estava me arrumando para ir num pernoite, falei que ia atender e voltaria só no dia seguinte. 

No outro dia, quando cheguei na minha casa, flagrei o Renato dormindo no meu sofá. Não me avisou que iria, não me perguntou se podia, simplesmente apareceu, como se a casa fosse dele. Respirei fundo e pensei: “não vou me estressar”, eu tinha combinado de passar o dia na minha mãe e não quis deixar essa energia influenciar o meu dia. Peguei o que precisava e saí de novo, com ele dizendo seus motivos, que só ia dormir mais um pouco e então partiria. 

Naquele mesmo dia, quando voltei da casa da minha mãe e me deparei com algumas coisas fora dos conformes na minha casa, cheguei no meu limite e decidi lavar toda a roupa suja! 😡

– Amigo, vou te falar, de coração, atitudes suas que estão me incomodando e em nome da nossa amizade, peço que você dê muita importância para isso. O fato de você ter acesso ao meu prédio e ao meu apartamento, não te dá o direito de fazer o que bem entender aqui. Eu não engoli até hoje você ter tomado o vinho que eu ganhei de presente, que eu estava guardando para uma data especial, sem me perguntar se podia, como se fosse seu!! E ainda ter a cara de pau de guardar a garrafa vazia de volta, como se nada tivesse acontecido!! Além de você não ter me pedido, você sequer teve a decência de me comunicar depois que tinha tomado, fazendo com que eu descobrisse ali na hora, naquele dia com visita aqui em casa. Você acha isso bacana?! Falando em visita, no dia da baguncinha, você apareceu aqui com uma terceira pessoa que eu não conhecia e não estava esperando. Fui pega completamente de surpresa. Em nenhum momento você me perguntou se podia trazer mais gente ou sequer avisar que tinha mais uma pessoa com vocês e que ficaria chato não chamar. Você tem que ter bom senso quando estiver lidando com coisas que não são suas, Renato! Não é a sua casa pra você trazer quem você bem entender. Essa madrugada, você se aproveitou que eu não estaria aqui, pois sabia que eu estava no pernoite, pra vir, sem me perguntar se podia, ou sequer me avisar que viria. Não falei nada na hora pra evitar a fadiga, mas, novamente, aqui é a minha casa, não a sua, exijo o mínimo de respeito! Você foi embora e deixou o meu ventilador ligado gastando energia, sendo que quando você chegou estava tudo desligado. Ainda deixou meu envidraçamento aberto, sendo que não estava daquele jeito quando você chegou. Por fim, o meu enxaguante bocal de tratamento para a gengiva, que estava cheio, agora está vazio, pq não sei que diabos você fez pra acabar com ele. Eu sei de tudo que tenho aqui, tudo que tenho é fruto do meu suor! Estou muito decepcionada e de saco cheio das suas atitudes. Falta de senso e de respeito. Pra amenizar um pouco do sentimento ruim que estou sentindo em relação a você nesse momento, quero que me reembolse a garrafa de vinho que você tomou sozinho e o enxaguante bocal que estava cheio. Meu pix: ******* Assim que fizer já me manda o comprovante.

Nem era nem pelo valor, mas pela falta de respeito mesmo!

– Sobre ter ido no seu prédio, já falei que fui pois eram 3h da manhã e não estava achando Uber pra voltar pra casa, como estava próximo fui pra dormir em seguida acordando iria embora! Pois como sabe o perigo que está São Paulo, eu achei melhor ir aí dormir ao invés de voltar a pra casa a pé. O seu enxaguante não me recordo de estar cheio, mas como você diz que estava, eu te reembolso o valor e você compra outro, assim como farei com o vinho, sem problema. Combinado 🤝 Assim que eu te fizer o Pix te aviso.

Se passou 1h e nada. 

– E então?!

– Não mandei ainda, falei acima que “assim que eu fizer eu aviso”. Vou te mandar assim que eu receber meu segundo pagamento, isso daqui pra semana que vem, creio que não tem problema. Ou tem algum problema? Muito estranho isso desse enxaguante pois do jeito q você fala dá impressão que joguei fora o que tinha dentro, ou que estava cheio e eu usei muito até ficar vazio, não entendi nada kkk.

– Quem não entendeu nada fui eu. Muito estranho digo eu. De todo o texto que te mandei, em nenhum momento você teve a humildade e decência de se desculpar por todas as suas mancadas que apontei. Agora ainda insinua que eu que acabei com meu enxaguante e não você. Olha pro contexto como um todo. Coloca a mão na consciência.

– Como disse não usei, tipo coloquei nada na boca, não entendo como está vazio ou se já estava e você não se deu conta. De qualquer forma desculpe. E tenha um feliz natal. Ótimo domingo. 

Falta de Amadurecimento

Quatro meses depois, chegando na situação atual, outro desentendimento.

Ele me contou uma situação ridícula em que não conseguiu embarcar num ônibus de viagem, por não estar com o documento original. O fato é que há anos ele possui apenas a xerox, em péssimo estado. Nunca mais se preocupou em providenciar um RG novo. Ele veio me contar a situação, se colocando como a vítima da história, recriminando o motorista e em nenhum momento reconhecendo a sua culpa no ocorrido. 

– É amigo, acho que é um sinal pra você tirar um novo documento. 

Ao invés da pessoa concordar, reconhecer o seu desleixo, ficou se justificando, com uma soberba de ser muito ocupado e não ter tempo para ir no poupa tempo, sendo que estávamos falando de algo que deveria ser tratado como prioridade. Percebendo que os meus conselhos estavam sendo completamente ignorados, decidi poupar minha saliva e deixei ele falando sozinho. 

Poucos dias depois ele voltou nesse assunto, dizendo que, diante da humilhação de não ter conseguido embarcar por o motorista não querer liberar a sua viagem, decidiu que ia comprar um carro (como se ele tivesse condições para tal), pois assim não seria mais impedido de ir e vir. Eu só respondi isso:

– Eu acho que antes de pensar em comprar um carro você precisa tirar um novo documento. Até porquê, para comprar o carro você precisa de documento, se for parado numa blitz, também precisará de documento. 

Fiquei indignada com aquilo. A pessoa estava errada, continuava culpando o motorista e falava de comprar um carro, quando até pouco tempo atrás mal tinha dinheiro na conta. Não me aguentei e gravei um story desabafando sobre aquela situação no meu Instagram pessoal. Não falei quem era a pessoa e ocultei ele para que não visse. 

Passaram-se dias, até que, de alguma forma, esses stories chegaram ao seu conhecimento. Uma bela tarde, quando estávamos combinando dele ir me assistir no espetáculo que eu atuaria, do nada ele disse: 

– Não vou ir te assistir, você não merece, sabe o que você faz? Vai lá no seu story e posta, faz um desabafo para os seus amigos e me oculta igual você fez. Fazendo story falando sobre mim e zombando sobre meus sonhos, péssimo. Não vou, não tenho interesse, passar bem.

Respondi:

– Primeiro, não falei que era você, ngm sabe quem é a pessoa. Segundo, não zombei dos seus sonhos, se alguém fez fofoca pra você, então pede pra passar a informação direito, falei sobre um amigo que não tinha maturidade de reconhecer que as coisas ruins que acontece com ele não são culpa dos outros, que não é legal ficar nessa zona de vitimismo. Basicamente o que eu já tinha te falado e você cagou. Então sim, desabafei nos stories, pois acho uma puta imaturidade alguém estar te dando conselhos construtivos e vc preferir culpar o outro, como você fez de culpar o motorista, sendo que o errado era você de estar sem o documento original. Independente dele ter aberto exceção para outras pessoas e não ter aberto pra você (como você fez questão de enfatizar que as pessoas ficaram com dó de você), não é obrigação do motorista abrir exceções, o papel dele é seguir as regras. Te falei tudo isso e em nenhum momento você reconheceu estar errado, adotando uma postura de ficar apenas se justificando, justificativas não adiantam, você está só enganando a si mesmo. Amigos não são aqueles que passam a mão na nossa cabeça e concordam com as nossas reclamações, pelo contrário, amigos mesmo são aqueles que falam o que vc não quer ouvir, no intuito de te ajudar a crescer e evoluir. Não quer ir na peça, não vai. Desde o princípio não acreditei que você fosse mesmo. Agora tenta pegar as coisas que falei e absorver para algum aprendizado. Sai dessa bolha de ficar com raiva de quem vai contra você. Você vai ver como a sua vida vai dar um salto.

Ele respondeu super arrogante, dizendo pra deixar ele na bolha dele, que ele estava sem tempo pra isso, que muita coisa boa estava acontecendo na vida dele e blá blá blá. 

– Isso aí, continua na sua bolha de ignorância que só vai te fazer bem. Se um dia decidir sair dela, estarei aqui. Beijos. 

Dois dias depois eu fiz aniversário e ele não mandou nenhuma mensagem de parabéns. Uma semana depois foi o aniversário dele e retribui a gentileza. Seguimos sem nos falar desde então, mas tá lá, sempre acompanhando a minha vida e olhando os meus stories. 

Conclusão…

É muito triste ver uma amizade de anos, que tinha tudo para ser cada vez mais forte e consolidada, sempre balançando e ruindo, porque um dos lados é incapaz de evoluir e aprender com os erros. Custei muito a entender que o fato de ser algo antigo, não quer dizer que será vitalício, tem pessoas que realmente precisamos nos afastar para continuarmos crescendo. 

Após refletir sobre as experiências vividas, percebi que manter uma amizade não é apenas sobre nostalgia ou história compartilhada, mas também sobre crescimento e respeito mútuo. É preciso saber quando é hora de seguir em frente, mesmo que isso signifique abrir mão de uma relação que um dia foi significativa.

No final das contas, aprendi que algumas amizades podem não resistir ao teste do tempo e das adversidades, e tudo bem deixá-las para trás. O importante é seguir em frente com gratidão pelos bons momentos e com a esperança de encontrar conexões mais saudáveis e enriquecedoras no futuro.

Enfim, um longo e diferente desabafo por aqui…

Alguém aí se identificou? Já passou por algo parecido com alguém? Vamos trocar figurinhas nos comentários. 🙂