“O Pothead”

– Você faz período maior que 2h? 4h? Pernoite? – Ele perguntou, em algum ponto da conversa.

– 4h sim. Pernoite não faço logo de cara com quem não conheço.

– Entendo. 4h quanto fica?

– O valor de 2h multiplicado por 2.

– Podemos marcar pra hoje ainda? Ou amanhã é melhor pra vc?

– Não consigo chamando em cima da hora, meus clientes agendam com antecedência. Tenho disponibilidade na quarta. – Era uma segunda-feira.

– Entendi. Podemos deixar agendado pra quarta 19h então?

– Podemos sim. Quanto tempo reservo pra gente e onde será o encontro?

– 4h, no motel My Flowers.

– Pedirei que me acerte logo na chegada, assim já tiramos isso da frente e iniciamos o encontro. Tudo bem?

– Sem problemas. Eba animado.

Dois dias depois…

– Olá, bom dia!! Confirmado para hoje à noite? 😊 – Perguntei.

– Bom dia! Confirmado sim.

– Pedirei que chegue um pouquinho antes das 19h, coisa de 10 minutinhos, para já ir pegando a suíte. 😊

– Pode deixar, eu chego sim.

Duas horas antes…

– Oi, jaja vou ir pra lá, td certo pro nosso encontro? – Ele reconfirmou.

– Sim, tudo certo. Já vou começar a me arrumar aqui. Algum pedido especial ref a minha vestimenta?

– Pode usar uma lingerie preta?

– Sim.

– Ou alguma que vc gostar. Eu tô de saída daqui, chegando lá te aviso.

*

Como se tratava de um encontro longo, decidi levar uma garrafa de vinho que tinha aqui em casa, não sabia se ele tinha providenciado algo, geralmente os clientes avisam quando vão levar alguma coisa. Cheguei no encontro com uma garrafa e o meu livro em mãos. Suíte 144, havia uma moto na garagem.

Subi as escadas e já pude ouvir a sua voz máscula, quando ele soltou um “Oi”, comigo ainda subindo. Assim que cheguei no quarto, levantei a garrafa e descontraidamente falei:

– Acabei trazendo uma garrafa de vinho, não sabia se você bebia, mas de moto acho que não vai rolar, né?

– Eu posso beber sim.

– Até a hora de ir embora já passou o efeito, né? Rs.

– Sim rsrs.

Num primeiro momento o achei meio tímido. Ele era jovem, 30 anos, bem magrinho, de óculos, calça jeans, camiseta e tênis preto, cabelo grande, mas preso, me passou uma vibe de roqueiro (ainda mais pela moto lá embaixo). Em algum momento perguntei com o que ele trabalhava e respondeu que era TI, o que fazia total sentido com aquele jeitinho meio nerd, rs.

– É a primeira vez que você sai assim? – Perguntei.

– Não, já saí uma vez, mas faz bastante tempo.

– Quanto tempo?

– Há uns três anos.

– Nossa bastante tempo mesmo! E a experiência foi boa?

– Foi sim, foi ok.

– E você está há quanto tempo sem transar? – Perguntei em outro ponto da conversa.

– 5 meses.

– TUDO ISSO?!!!

Ele me contou um pouco da sua vida sexual/amorosa. Tinha namorado três vezes e em todas elas foi traído. O que achei bastante curioso, fiquei tentando decifrar qual teria sido o motivo de cada uma.

As taças chegaram, servi o vinho e ficamos bebericando em pé, conversando, parecia um date de verdade, até uma playlist de músicas sensuais ele tinha colocado pra tocar. Como era a maior suíte do motel, em algum momento perguntei se ele tinha intenções de usar a hidro, e ao que me confirmou, já fui colocar pra encher. Enquanto a água ia preenchendo o espaço vazio daquele buraco branco, o chamei para sentar comigo no estofado que tinha ali perto, e assim continuamos conversando, enquanto bebericávamos o vinho. Conversa vai, conversa vem, de repente, despretensiosamente, o assunto “maconha” surgiu na conversa.

– Você não gosta? – Perguntei.

– Gosto. Mas cigarro não gosto.

– É, eu também não.

– Cigarro não, mas maconha sim? – Ele quis confirmar.

– Sim, mais natural, né.

– Você fuma?

– Eu fumo. Você fuma?

– Fumo.

Foi a deixa perfeita pra ele dizer que tinha trazido um consigo. Se a noite já estava indo bem, pelo visto, ficaria ainda melhor! 😈

Foi até a sua mochila e voltou com a pequena tocha já bolada, pronta para ser fumada, mas pedi que esperasse entrarmos na banheira, que seria ainda mais gostoso. Assim que terminou de encher, joguei os shampoozinhos na água e liguei a hidro para que começasse a fazer a espuma. Ficamos pelados, mas evitei olhar para o pau dele, não queria spoiler antes da hora. 😁

A água estava deliciosa, consegui deixar na temperatura certa. Ali ficamos praticamente 1h só conversando, bebendo e fumando. Uns assuntos muito aleatórios, me diverti ao saber que ele gostava de filmes de terror trash. 😆

– Eu acho muito da hora! – Ele disse.

– Mas como você consegue achar da hora uma coisa que é tão ruim? Kkkkkkk.

– Exatamente por isso, é engraçado ver a tentativa de alguém fazer algo que não deu certo kkkkk.

Nisso me lembrei de uma situação que aconteceu comigo, envolvendo um filme de terror trash, e naquele momento foi muito condizente compartilhar com ele…

– Uma vez, quando eu ainda morava com a minha mãe, um amigo meu ia lá pra casa, pra fazermos a noite do pijama, daí, paramos num camelô antes, pra escolher um filme que a gente assistiria. Escolhemos um que tinha a capa super assustadora, se chamava: “Obsessão Saguinária”. O cara matava as pessoas com martelada na cabeça! Kkkkkkk. Quando o filme acabou, eu e o meu amigo olhamos um para a cara do outro, ficou aquele minuto de silêncio e então caímos na gargalhada kkkkkkk.

– Tá vendo, é isso! O filme é tão trash que vira uma comédia kkkkkk.

– E você nem sabe, a gente ficou tão indignado em como era ruim, que fomos pesquisar na internet pra ver qual a avaliação dele, com a certeza de que encontraríamos várias críticas. Daí, sabe o que descobrimos? A capa do filme nem era aquela!! 😆 O camelô colocou uma capa diferente pra deixar o filme mais atrativo! Kkkkkkkkkk.

– Esperto o cara! Bom no marketing! Kkkkkkkkk.

Daí ele falou de um filme trash que ele gostava, chamado “Sharknado”, que era um tornado que tinha uns tubarões dentro que matavam as pessoas!

– Mas como o tubarão conseguia ficar vivo dentro do furacão, se não tinha água?! Kkkkkk – Perguntei, tentando trazer alguma lógica pra coisa kkkk.

– Pois estava vivo e ainda matava as pessoas! Kkkkkk.

Caí na gargalhada. Era tão absurdo que beirava o ridículo kkkkkk.

Daí, seguindo essa linha de filmes de terror e assassinatos, ele perguntou se eu não tinha medo de me deparar com algum louco nos encontros. Falei que não, que só atendo em hotéis e motéis, que pro cara fazer algo contra mim, também prejudicaria a si mesmo, pois as recepcionistas sempre ligam no quarto pra perguntar se pode liberar o cara, e que a domicílio só vou se for prédio com portaria, enviando o endereço do cliente para alguém antes.

– Se o cara me matar na moradia dele, terão câmeras na portaria registrando a minha entrada e o endereço dele estará com uma amiga minha. Se eu sumir, ela já vai dar parte na polícia. E se a recepcionista ligar aqui, quando o cara estiver no caixa pra pagar, e eu  não atender, vão mandar alguém vir no quarto, olhar.

– Imagina se a mulher entra e te vê estirada no chão? – E fez uma careta de aflição. – Nossa, como você reagiria se visse alguém estirado na sua frente? – Ele me perguntou.

– Eu sei lá! Você já viu?

Daí ele contou que uma vez que viu uma pessoa sendo atropelada.

– Onde você estava?

– No ponto de ônibus. Foi uma cena muito chocante, a perna da pessoa saiu voando pra um lado e a pessoa pro outro.

– Não acredito! – Fiquei perplexa, imaginando a cena.

– Eu tava de fone, daí tirei devagar enquanto processava o que tinha acabado de acontecer e todo mundo no ponto estava gritando.

– E o motorista? Ele tava em alta velocidade?

– Estava, depois ele também bateu com o carro no poste.

– Mas que horas era?

– Umas 17h, 18h.

– Ué, era cedo, então o cara não devia estar bêbado. Por que será que ele perdeu a direção do volante?! – Eu, jornalista investigativa, querendo entender cada detalhe do caso.

– Isso eu não sei, mas o motorista ainda saiu do carro vivo, todo atordoado, o cara que foi atropelado tava desacordado.

– E o que mais?

– A polícia chegou primeiro, a ambulância levou 18 minutos pra chegar.

– 18??? Que absurdo!! Demoraram muito! Deviam ter chegado em 5 min pro cara ter alguma chance!

– Pois é, tava trânsito, demoraram.

– Mas como o cara conseguiu atropelar em alta velocidade, se estava trânsito? O atropelado sobreviveu??

– Não sei, foram todos na ambulância.

– Como assim não sabe?! Não ficou curioso pra desvendar os fatos?

– Eu não, não dava pra ficar lá, tinha que ir embora.

– Nossa eu ia muito querer saber se o cara sobreviveu e por que o outro atropelou.

Enfim, fiquei com mil indagações e nenhuma resposta. Conversamos tanto, que em determinado momento esgotamos todos os assuntos, provisoriamente, e aí foi a deixa para nos beijarmos. Nos aproximamos e ficamos um tempo naquele vai num vai de encostar os lábios, até que trocamos alguns selinhos, e então começaram a surgir as línguas. Beijo bom, sem pressa, gostei bastante. Aos poucos mão aqui, mão acolá, ele pegou nos meus seios e eu fui com a minha mão para o seu pau. Comecei a masturbá-lo embaixo da água e foi uma delícia ver a sua feição mudando, conforme o tesão ganhava espaço.

Depois nos ajeitamos na água, nos sentamos um de frente para o outro, mais encaixados, coloquei as minhas pernas em volta dele e ele também encaixou as dele, em volta de mim. Conforme o masturbava, a cabecinha do seu pau roçava no meu clitóris e me aproveitei disso para masturbar os dois ao mesmo tempo. 😈 Q U E   D E L Í C I A. Ouvi-lo gemendo, curtindo aquilo junto comigo, foi mesmo muito gostoso. Só parei quando gozei.

– Como você é gostosa. – Disse, depois de me assistir gozar com o pau dele.

Fiquei tão extasiada e desnorteada com aquela descarga de prazer, ainda por cima chapada, que levei uns dois minutinhos para me recompor e levantar para irmos ao quarto. Fomos para a cama e nos beijamos bastante, até que fui descendo para chupá-lo. Pau limpinho, bonito, cabeça rosinha, uma delicinha. Chupei até que me tirasse de lá.

Depois ele me deitou, veio por cima de mim, chupou os meus seios – algo que eu adoro – e foi descendo pra me chupar lá embaixo. Gostei que ele não chegou já metendo a boca, foi reconhecendo o terreno antes, beijou a parte interna das minhas coxas (adoro quando fazem isso) e, aos poucos, delicadamente, foi com a língua para a minha bucetinha. Me chupou muito gostoso, estava adorando o desenrolar daquele encontro.

– Se eu não tivesse gozado quase agora, com certeza gozaria com você me chupando! – Elogiei após algum tempo, para que ele entendesse que não precisava se empenhar tanto para eu gozar, pois ainda estava me recuperando, rs. – Não sei como você foi traído 3x fazendo desse jeito, aposto que não devia mais rolar essa dedicação ao longo do tempo, você só tá caprichando porque é primeiro encontro! 😅 – Brinquei, e ele deu uma risadinha.

Daí pegou o preservativo, encapou o menino – outra coisa que achei bacana, sua autonomia em colocar a camisinha em si mesmo, a maioria dos clientes deixam para que eu faça essa tarefa –, me beijou mais um pouco e então veio por cima.

Novamente fui surpreendida. Que desenvoltura. Que encaixe. Que troca gostosa de energia. Estava tão gostoso, que até comecei a me masturbar de novo, enquanto ele me penetrava. Por um momento achei que eu fosse ter uma segunda gozada, mas meu corpo não contribuiu àquela altura da noite.

Quando ele gozou, um tempinho razoavelmente depois, foi engraçado notar que ele tremia com as pernas, tamanha descarga elétrica. Após gozar, saiu de mim com cuidado e gostei que já foi pro banheiro se livrar da camisinha, ao contrário de alguns que tiram e jogam no chão, como se a camareira fosse obrigada a coletar preservativo usado do outros.

Quando ele voltou, sugeri voltarmos para a hidro e ele aderiu a ideia. Daí tivemos uma segunda rodada de vinho, beck, conversas e risadas. Falamos sobre viagens – ele contou que quando pegou a moto fez um mochilão, explorando várias praias – , também falamos sobre Guarulhos – descobrimos que ambos moramos na mesma cidade e que nossas mães ainda vivem lá – , também falamos sobre séries – ele me indicou “O Amanhã e Eu”, na Netflix, estilo Black Mirror – , e também falamos das suas ex – tendo já transado com ele, não encontrei nenhum motivo plausível para que tivesse sido traído todas as vezes. –

Dessa segunda vez que fomos para a banheira, senti que o tempo passou muito mais rápido, pois quando decidimos voltar para a cama, faltava apenas meia hora para as nossas deliciosas quatro horas encerrarem. A preliminar desta vez foi mais breve, o chupei um pouco, depois já fui pegando o preservativo, encapando e sentando. Conduzi por um tempo, até que voltamos para o papai e mamãe do primeiro round, com ele em cima de mim, fazendo bem gostoso. Dessa vez quando ele gozou, rapidamente olhei para o espelho do teto, para ver o lance dos espasmos das suas pernas com mais detalhes, rs. Achei uma peculiaridade muito interessante, rs. Depois que gozou, infelizmente não tínhamos mais tempo, então fomos nos ajeitando para ir embora.

Pensando bem, teria sido uma ótima proposta, se eu tivesse topado fazer o pernoite logo de cara com ele. 🔥

Ainda rolou um lance engraçado na hora de chamar o Uber, rs.

Após 4 minutos de espera, o motorista disse que já estava no local.

– Mas aqui tá aparecendo que você está em outra rua. – Rebati.

– Mas estou aqui, esperando na fila pra entrar no motel.

Baixou a jornalista investigativa em mim, mais uma vez, e fui ligar na recepção para confirmar se realmente estava com fila.

Demoraram bastante pra atender.

– Deve estar mesmo com fila. – Comentei com o cliente.

Daí após muito chamar, a recepcionista atendeu.

– Moça, está com fila aí? – Perguntei.

– Fila? Não, não está não.

– É que você demorou pra atender… – Meu cliente começou a rir nessa hora kkkkk.

– É que tô atendendo quem entra, quem sai, e falando com você, rs… – A moça respondeu simpática.

– Então o taxista mentiu pra mim… ele disse que estava na fila… – E o cliente continuou rindo kkkkkk.

– Ahhh, ele acabou de chegar! Disse que tinha entrado no motel errado, rs.

E caímos todos na risada kkkk.

O cliente me acompanhou até a entrada da suíte e foi engraçado o Uber se justificando pra ele, provavelmente achando que era o meu namorado, kkkkkk.

– Entrei errado, cara! Um motel do lado do outro kkkkk. Aí falei: “144”, e a moça disse: “Não temos esse quarto aqui, My Flowers é o do lado” kkkkkkkkk.

No final das contas, quando passamos de volta na recepção pra eu retirar meu documento, já estávamos todos amigos dando risada, eu, o motorista e a mulher da recepção kkkkkk.

“O Boy da Academia”

Querido diário,

Há alguns meses, mais precisamente em outubro do ano passado, quando eu ainda treinava com meu antigo personal, aconteceu de rolar uma paquera entre mim e um cara novo que surgiu na academia. Completamente diferente do finado Brigadeiro, este era caucasiano, olhos verdes, uma leve barba, traços árabes, um gatinho. Trocamos olhares por apenas um dia. Na segunda vez que nos vimos na academia, ele estava fazendo um cárdio perto da saída e quando passei por ele, já indo embora, acabei soltando um “Oi”, acompanhado de um sorriso.

Ele não deixou passar a oportunidade e perguntou se podíamos conversar. Eu respondi que estava com pressa – e estava mesmo, não imaginei que o meu “Oi” surtiria um efeito tão rápido –, daí ele perguntou se poderia então pegar meu número de telefone, consenti, e nesse breve movimento de pegar seu celular e salvar meu contato, desenvolvemos uma rápida conversa.

Descobri que ele tinha acabado de se mudar de Jacareí – o que justificava nunca tê-lo visto na academia antes –, conversamos mais alguma aleatoriedade sobre ele estar morando recentemente em São Paulo e então me fui.

Você acredita que após essa breve interação, eu já dei uma leve desencantada do boy só pela forma como ele falava? Não sei descrever exatamente o que me incomodou, mas tive a percepção dele ser meio bobão, o que confirmou mais tarde, quando ele me chamou no WhatsApp, em que descobri sua idade ser 25 aninhos. Um homem de 25 com cara de 35? Que propaganda enganosa!

Descobrimos que tínhamos algumas coisas em comum, ele também era formado em jornalismo, com a diferença de que atuava na área, enquanto eu só exerço tal habilidade diante dessas páginas. Obviamente não revelei que sou acompanhante, mas também não menti quando respondi que eu era jornalista e atriz, apenas ainda não ganho dinheiro com isso, rs. Conversamos bastante nesse primeiro dia, até descobri que morávamos muito perto um da casa do outro – perto mesmo, tipo 7 min ANDANDO! –, mas nos próximos dias fui desanimando ainda mais em manter a conversa.

Ele foi bastante persistente, sempre tentando me chamar pra sair, mas quanto mais ele insistia, mais eu me esquivava. Estava tendo uma semana ótima de trabalho e tinha o achado meio bobão, novo demais pra mim, então não era alguém que eu quisesse tanto assim conhecer.

Quatro dias depois de eu recusar o seu convite para sairmos, ele tentou puxar assunto, perguntando se eu não ia mais treinar. Não gostei daquilo, parecia que estava me monitorando.

– Bom dia. Irei amanhã. – Respondi por educação.

– Hummm bom saber. 😊 Como vai sua semana? Muitos trabalhos?

Ignorei completamente.

Ele não desistiu. Dois dias depois, me enviou um minitexto, novamente tentando me chamar para sair.

– Oi, bom dia! Bom, sei que a gente não tem se visto e nem se falado muito, mas ainda tenho vontade de te conhecer. Esse final de semana estarei com visita, então pensei da gente jantar hoje, se você quiser/puder. Se achar uma boa ideia, me avisa que consigo alguma reserva ou vejo as opções. Seria por volta das 20h. Beijo.

Achei fofinho a persistência dele, ele não merecia ficar no vácuo, então o respondi tentando ser o mais gentil possível, ainda que eu não estivesse interessada.

– Oi Fulano. Desde o dia que conversamos na academia ocorreram algumas mudanças na minha vida e no momento estou precisando dar uma focada no trabalho – o que era verdade, a demanda estava muito boa -, daí, quando tô mais tranquila, tô usando esse tempo para descansar – o que era meio verdade, rs –. Mas agradeço demais o convite. Vamos deixar para outra oportunidade.

– Certo, entendo. Bom, então se você quiser retomar o contato, só me dar um alô.

Respeitou o meu espaço, agiu numa boa e não insistiu mais. Gostei bastante.

Daí, caros leitores, três meses se passaram, até que recebi uma mensagem dele no meu número de trabalho. Não desconfiei que fosse ele e só descobri que era por, recentemente, ter adotado uma nova regra de segurança, em que não passo mais as minhas informações de atendimento se a pessoa não tiver foto no WhatsApp. (Com a repercussão do meu TikTok, tenho recebido muitas mensagens de apenas curiosos, pessoas que sequer tem a real intenção ou condição de sair comigo, e que só está me enviando mensagem pra saciar uma curiosidade financeira inútil. Então resolvi dificultar um pouquinho.)

Daí ele atendeu ao meu pedido e salvou meu contato, fazendo com que a sua foto ficasse visível no perfil do WhatsApp. Achei curioso que ele não se preocupou em esconder quem ele era, e adotei a mesma postura, o reconhecendo também.

– Eu te conheço Fulano, rs. – Admiti.

– Sim, eu sei kkkkk isso foi uma grande surpresa pra mim também.

– Não sabia que você saía com acompanhantes.

– Então, não faço isso regularmente, mas quando vi, tinha que te mandar mensagem.

– É uma situação um pouco estranha, rs.

– É, um pouco kkk.

Não falei mais nada. Dois minutos depois, ele deu uma insistida:

– Mas enfim, teria interesse de me atender hoje?

Eu duvidava que ele teria condições de pagar o meu cachê.

– Vou te enviar as informações.

– Ok.

Eu sabia que ele não era nenhum rico, mas também sabia que seria deselegante, para não dizer um papelão, me responder que não tinha condição, após ter vindo me procurar para isso.

– Okay, entendido. Podemos marcar para hoje? 1h de atendimento. – Daí combinamos o encontro, eu iria até o apê dele.

Para me assegurar de que ele não tentaria me dar um golpe, achando que por nos conhecermos não precisaria me pagar, avisei que o protocolo seria que me acertasse logo na minha chegada, que assim já tirávamos isso da frente. Ele concordou e disse que não tinha problema.

Ao contrário do que muitos pensam, não senti nenhum constrangimento pela situação, pelo contrário, achei que seria divertido e gostoso atender alguém que, de certa forma, eu já conhecia e que rolou uma breve atração física na academia.

Quando cheguei no apartamento dele, senti um certo alívio por já ter deixado alinhado que me pagasse antes de começarmos, pois, o prédio e o apê eram bem simples, me deixando a dúvida se ele podia se dar ao luxo de um mimo daqueles. Já lá dentro, tive que lembrá-lo desse combinado e ficamos alguns segundos nos olhando em silêncio, como se ele esperasse que eu desistisse de cobrá-lo, rs.

Fui me servindo de um copo de água, enquanto ele entrava no aplicativo do banco. Resolvida essa questão, depois ele colocou uma música para tocar e então nos beijamos. Até que beijava bem. Foi gostosinho. Me chupou primeiro, chupava gostoso, gostei da sua dedicação. Demorou até que colocasse o pau pra fora e quando o fez, foi bem satisfatório. Usamos preservativo, obviamente, e a transa foi mais longa do que o necessário. Achei que estivesse demorando para me impressionar – homem tem essa ideia, de achar que a mulher valoriza mais se a transa for longa –, mas depois revelou que estava um pouco nervoso, visto que em alguns momentos ficou meia bomba.

Achei um pouco desconfortável ter uma transa com aquela intensidade num ambiente tão quente, ao ponto de em algum momento eu precisar interromper pra beber água e pedir que ele aumentasse a potência do ventilador, assim como colocá-lo mais na direção da cama, o que significava tirá-lo de cima da geladeira e posicioná-lo na pia. Teria sido muito mais agradável se tivéssemos combinado num hotel, nem que fosse o Lido, com ar-condicionado, em um ambiente mais preparado.

Em um encontro de 1h, gastei dois preservativos e nem foi por ter segunda rodada, esse foi um daqueles momentos em que ele ficou meia bomba e precisei reanimar o menino no oral. Ahh, não posso deixar de contar que gozei sim, é claro, logo no início, quando ele me pegou no papai e mamãe, estava curtindo transar com ele e comecei a me masturbar enquanto me penetrava. Pra mim veio rapidamente. Já ele veio bastante tempo depois, comigo de bruços, pareceu até que estava cronometrando para utilizar cada minuto do tempo que foi pago, visto que encerramos a atividade pontualmente, uma característica muito comum em clientes que não tem tantos recursos, que fecham a menor duração e aproveitam até o osso.

Lhe dei uma colher de chá, por ser um conhecido, e passei um pouco do tempo, apenas conversando, não quis ser indelicada de já ir embora correndo. Lhe presenteei com o meu livro – que ele fez questão da dedicatória, me entregando uma caneta – e tiramos uma onda da situação toda. Ele revelou que estava saindo com uma menina há alguns meses, quase namorando, mas que quando me viu no site – disse que só acessava para olhar a mulherada, mas que nunca saía com nenhuma – por ser eu, decidiu que não poderia perder a chance, já que nutria essa vontade de ficar comigo há algum tempo.

– Mas vou ser fiel, gosto bastante dela, só fui porque era você! – Ele enfatizava.

Quando nos despedimos, numa calçada ali perto – ele me acompanhou até uma parte do caminho -, ainda finalizou brincando, pedindo que eu não o fizesse trair a sua “quase namorada” de novo rs. Quase respondi que para isso acontecer dependeria mais dele e da sua disposição em fazer um novo investimento, rs.

Dois dias depois ele me enviou uma gentil mensagem, no meu número pessoal:

Parece que alguém ficou curioso em saber a minha percepção da sua performance… 😏

Tesão Platônico Pelo Personal – Final

Querido diário,

Nem pretendia postar essa frustrada continuação, mas, atendendo a pedidos dos meus seguidores/leitores, que ficaram curiosos pelo desfecho, decidi então postar essa pequena humilhação, rs.

Recapitulando, tinha finalizado a Parte 1, comigo lhe enviando a seguinte mensagem:

A resposta dele foi apenas essa figurinha. E o assunto morreu aí.

No dia seguinte, por volta das 19h, puxei assunto, perguntando qual era a boa do dia (se ele tivesse em algum rolê legal, capaz que eu aparecesse por lá). Estava confiante de que tendo a oportunidade certa, darmos uns beijos seria só uma consequência.

Ele me respondeu 3h depois…

– Tô num rolê que um brother meu vai tocar. E depois TALVEZ eu vá pra Osasco.

*

Três dias depois foi o dia de treinarmos e senti um clima estranho, como se ainda estivesse reverberando a nossa última discussão, nem parecia que tínhamos trocado mensagem durante o fim de semana. Depois que voltei pra casa, lhe enviei um áudio, trazendo uma outra questão que também estava me incomodando:

– Vou conversar com você, pois percebi que hoje tava um clima meio estranho no treino e… eu não queria ter que trocar de personal, mas, se você achar que não dá pra gente recuperar o clima de antes, tô disposta a isso, encerrarmos dia 19 e eu procurar outro personal. Vou ser bem honesta com você, porque ainda estou na tentativa de resgatar, mas, me incomoda demais você mexer no celular durante o nosso treino, eu sinto que você não tá dando total atenção pro meu exercício, hoje você até ouviu um áudio durante o meu treino, então assim, eu me sinto um pouco desrespeitada, porque eu estou te contratando pra me dar essa atenção durante 1h e não é o que tá acontecendo. Eu queria ver com você a possibilidade de a gente ajustar essas coisas… semana passada a gente teve aquela discussão, eu não sei se na sua cabeça você já tá meio que foda-se e não é mais do seu interesse seguir com os treinos, mas estou conversando com você pra gente tentar alinhar sobre isso.

– Você me dá atenção pra eu passar o treino, se no seu intervalo você não fala comigo, eu também não falo com você, mas no treino está sendo total foco em você, tanto que hoje fiz um treino mais intenso do que você tá acostumada. A gente pode treinar tranquilo, não tem problema, só que, novamente, eu não vou levar desaforo, tá bom? Mas, por mim, eu só continuei fazendo o que eu já fazia, da mesma forma que eu tô escutando o seu áudio na aula de um aluno, escutei o de uma outra aluna, na sua aula.

– Sim, realmente você sempre utilizou, e é justamente por isso que eu tô reclamando agora, porque é uma coisa que eu venho observando já há um bom tempo e já tá me incomodando há algum tempo. Eu não falei logo de cara porque fui observando pra ver se seria uma coisa recorrente e vejo que é, entende? E não é só durante os meus intervalos que você mexe no celular, já peguei você olhando o celular quando eu estou fazendo exercício, tanto que teve vezes de você me corrigir na segunda ou terceira série que eu tô fazendo. Então assim, se não é uma coisa urgente, um familiar internado, uma coisa que você não consegue esperar, eu realmente gostaria que você se policiasse, me parece meio óbvio que se você tá no horário de trabalho, o celular, que é uma distração, deixa pra depois. Eu tô te trazendo isso agora, vê se é possível pra você fazer esse ajuste pra que possamos continuar, eu realmente não queria trocar de personal, já vai fazer um ano que estamos treinando, eu gosto que você tem flexibilidade de horário, consegue me atender no horário que eu preciso, tá dentro do meu orçamento, mas eu realmente gostaria de fazer esses ajustes pra ficar melhor o rendimento do treino.

– Blza, tranquilo. Combinado.

E retomamos o treino normalmente, minha mensagem surtiu efeito.

*

Tesão a gente não escolhe, infelizmente. Uma semana depois, fiz uma nova investida.

Por volta de umas 20h, numa segunda-feira, lhe enviei a seguinte mensagem:

– Tá de boa?

– Tô treinando. – Ele respondeu imediatamente.

– Onde?

– Aqui perto de casa.

– Tem compromisso pra hoje?

– O compromisso era descanso kkkk.

– Cansado 8 da noite, realmente é um jovem senhor.

– Eu não parei nem pra almoçar hoje. Desde a sua aula eu só parei pra treinar. Mas qual era a proposta?

Agora foi o meu grande momento de lançar a cantada. Confesso que senti um frio na barriga, um medinho de levar um fora, um medo de estragar as coisas, mas, era tudo ou nada, não dava mais pra eu ficar na vontade, sem ao menos tentar alguma coisa…

– Estou precisando de uma ajudinha pra trocar uma lâmpada aqui no meu apartamento. Só está funcionando aquele abajur. – E mandei a seguinte foto:

Me surpreendi comigo mesma! Não é o tipo de coisa que tenho coragem de fazer. Uma coisa é a Sara sedutora, eu, na vida pessoal, não tenho um terço dessa sedução, rs.

Sua resposta veio meia hora depois:

– Tu sabe que eu não faço essas coisas…

– Tem oportunidades que são únicas na vida da gente. – Mal sabia ele, que teria o melhor sexo da vida.

40 minutos depois, ele respondeu:

– Não vai rolar.

– O convite já tinha expirado. – E tinha mesmo, pois eu já estava quase dormindo.

Dali a dois dias tivemos treino e ambos nos comportamos como se nada tivesse acontecido.

*

Um outro dia ele me mandou um áudio pela manhã, para ajustar o horário do nosso treino e, quando o respondi, também por áudio, desenvolvemos uma conversinha boba, que achei ser um sinal de que ainda poderia rolar algo…

– Tá ressacuda né? – Ele perguntou.

– Ressaca em plena quinta, tá doido? Rs. É a minha voz de quando acordo mesmo. Se fosse ressaca eu nem acordaria 8 da manhã.  Você tem ressaca com duas míseras taças de vinho? – Eu tinha comentado que encontraria uma amiga na noite anterior.

– Não, mas com duas garrafas quem sabe. Mentira, da última vez que tomei uma garrafa só, já fiquei com dor de cabeça.

– Não devia ser vinho bom. Você lembra a uva?

– Um era Cabernet Sauvignon, o outro acho que era Pinot Noir.

– Ué, duas vezes te deu dor de cabeça? Rs.

– Sim. Um era aquele gato negro e o outro casillero del diablo.

– Humm, acho que esses são mais medianos. Tentamos Malbec então. – Deixei um possível convite no ar, mas ele não mordeu a isca.

*

Dois dias depois, num sábado a tarde, fiz minha última tentativa.

– Ainda está sem planos pra hoje a noite? – Perguntei por mensagem, enquanto estava na manicure, após minha amiga cancelar nosso rolê.

Duas horas se passaram sem que eu tivesse uma resposta. Daí, pra quebrar o gelo daquele vácuo vergonhoso, mandei uma figurinha que dizia:

“Isso não precisa me responder não, eu adoro falar sozinha nesse caralho”

16 minutos depois, ele apareceu:

– Hoje, TALVEZ, eu vá na festa da Warung que vai rolar ali na Mooca.

– Podíamos fazer algo hoje, já que o seu rolê não está definido. O que me diz?

– Não vai rolar. Já te falei.

– Achei não fosse rolar aquele dia.

– Infelizmente vai contra minha ética. Sigo firme nisso.

– Já estamos no último mês, logo mais vou passar uma temporada fora e não nos veremos tão cedo. Somos dois adultos. A não ser que você não tenha nenhuma vontade MESMO.

Ahh, um rápido adendo aqui, eu estava com planos de ir trabalhar na Europa, então já tinha deixado ele de sobreaviso, que seria meu último mês com ele.

– Não tenho interesse. Acho você bonita, porém, não tenho essa vontade, mesmo que seja nosso último mês de treino juntos.

– Obrigada pela sinceridade. Não está mais aqui quem falou. – E mandei uma figurinha de um gatinho fechando a porta, bem dramático.

Sim, fiquei chateada com o fora, confesso, mais pela curiosidade de saber como ele era na cama, do que por nutrir qualquer sentimento. A verdade é que eu já estava mega insatisfeita com o seu trabalho, a sua beleza e sex appeal eram as únicas coisas que sustentavam os treinos, se eu iria só passar vontade (e raiva), qual o sentido de continuar?

Seguimos treinando naquele último mês, não tocamos no assunto e agimos como se nada tivesse acontecido. Acabei não indo para a Europa, como eu tinha planejado, mas também não renovei o pacote de treinos. Conversei com meu antigo personal, consegui negociar os horários que eu precisava e, mesmo ficando mais caro, optei por voltar a treinar com ele. Foi a melhor decisão que já tomei.

O meu antigo personal não fica interrompendo nosso treino para ir ao banheiro toda hora, não fica mexendo no celular, quando deveria estar atento a forma como eu estou fazendo o exercício, não me dá motivos para reclamar de coisa alguma, não se aproveita dos meus atrasos e, de quebra, ainda limpa os equipamentos antes e depois do meu uso, além de ser alguém que eu posso conversar sobre qualquer assunto.

Parei de passar vontade, deixando de conviver com alguém que eu jamais poderia ter e também parei de passar raiva. Ele achou que se transássemos, perderia a aluna, mas, perdeu, inclusive, por não ter me comido, rs.

O Bonitão do Porsche

Sua primeira mensagem foi aquela automática, de quem me contata através do anúncio no site.

– Olá, boa noite. – Respondi.

– Boa noite linda. Estou chegando para SP hoje mais tarde. Por acaso teria disponibilidade?

Era 21h de um sábado à noite, dia das crianças. E pelo visto a noite também seria uma criança.

– Sim. – E lhe enviei as informações (um áudio e PDF).

– Não carrega, rs. Estou no avião.

– Falei que enviaria o PDF com as informações, que fica mais fácil para visualizar tudo e tem os links das minhas redes sociais para mais vídeos e fotos.

– Devo pousar em 4h. Espero que não fique muito tarde pra você.

– Onde você ficará hospedado?

– Tenho casa em SP meu amor, mas prefiro sair mesmo.

– Para que eu possa me planejar para mais tarde, preciso que me diga o que tem em mente. Duração do encontro, local, e assim vejo se é viável pra mim também, sair mais tarde pra te encontrar.

– Local eu não tenho preferência, pode escolher… duração como for melhor pra você. Entendo que o horário fica ruim… agradeço se for possível.

– Você conseguiu baixar o PDF e deu uma olhada nas informações?

– Não consegui linda… alguma informação essencial?

– Se não contivesse informações essenciais para alguém se planejar para sair comigo, eu nem enviaria. Você não acha?

– Com certeza. Infelizmente não consigo baixar pelo Wi-fi do voo. Se puder enviar por escrito, seria ótimo.

Achei ele um folgado. Esse papo de “onde você quiser” ou “a duração que for melhor pra você”, não me convenceu, estava tudo muito vago. Como eu poderia decidir a duração, se ele sequer sabia quanto era o meu cachê por hora?! Levei trinta minutos para respondê-lo. Travei uma briga interna entre responder que ele baixasse o arquivo quando pousasse, ou, explicar que me deu muito trabalho montar o arquivo para que ele não visse as informações por lá mesmo. Enquanto eu processava o seu pedido, que na hora me pareceu um capricho, o deixei na espera e fui assistir mais um pouco da minha série. Trinta minutos depois, mais paciente, antes de responder com uma dessas opções que me passaram pela cabeça, resolvi checar se era possível copiar todas as informações do PDF, de uma forma que não fosse por etapa, como tinha sido na trabalhosa edição. Acabou dando certo, menos mal. Colei todas as informações de uma só vez na conversa. Ele respondeu no mesmo instante.

– Obrigado linda.

*

Quase três horas depois, ele reapareceu:

– Oi linda. Meu carro está no aeroporto… só me passar o endereço que te busco e vamos aonde escolher. Porsche *** cinza, placa ***

Achei um pouco exibido trazer à tona que seu carro era um Porsche.

– Me dei conta que nem sei o seu nome. Qual seria mesmo? – Perguntei.

– Raul. (Nome fictício)

Daí lhe enviei um áudio, explicando que não tinha me arrumado para encontrá-lo, que depois que lhe enviei as informações, ele sequer confirmou se ia querer mesmo. Três minutos depois, enviei um segundo áudio, dizendo que também não entrava em carro de estranhos, que seria preciso definir o local do encontro, para que eu fosse direto. Quatro minutos depois enviei outro áudio, dizendo que era melhor deixarmos para outra oportunidade e que estava muito tarde (a essa altura já era uma da manhã).

Desliguei minha TV e iniciei meus protocolos pré-sono. Fui até a varanda e fechei o envidraçamento, desci minha persiana, apaguei todas as luzes e deitei na cama, fechei meus olhos.

Não consegui dormir.

Uma vozinha ficou martelando na minha cabeça, dizendo: “Você nunca andou de Porsche” e a voz foi ainda mais além: “O cara te enviou a placa do carro dele. Não é qualquer um que tem um Porsche. Talvez você esteja perdendo a oportunidade de conhecer um cliente muito interessante.” Eu não sou o tipo de mulher que se impressiona com carro. Ou, pelo menos não era, até aquela noite.

Já tinha se passado quase meia hora das minhas últimas mensagens e ele ainda não tinha respondido. Peguei o celular e apaguei os meus áudios. Fiquei olhando pra tela, pensando em como poderia retomar aquela conversa, até que, coincidentemente, no mesmo instante, ele começou a digitar.

– Não consegui ouvir linda. Mas pousei aqui, estou saindo. Te busco?

– Me diz quanto tempo você chega, ainda preciso me arrumar.  – E arrisquei mandar meu endereço.

– Sem pressa, pode se arrumar tranquila. Queria ouvir os áudios rs. Toma vinho?

– Adoro.

Umas das coisas boas do meu último relacionamento, foi aprender a gostar de todos os tipos de vinho.

– Algum em específico?

– Gosto de Cabernet Sauvignon.

– Maravilha. Quanto tempo você precisa?

– Acho que uns 40 min. Tudo bem?

E o boy sumiu.

Dez minutos se passaram.

– Se achar que fica tarde, de repente combinamos para amanhã.

Fiquei insegura de começar a me arrumar à toa.

E nada dele.

Resolvi ligar.

Não me atendeu.

– Tá bem. 40 min. – Enfim respondeu.

Baixou uma desconfiança em mim. Resolvi mandar um áudio:

– Oi… tentei te ligar e não consegui falar… eu não estou me sentindo muito segura de te encontrar na verdade, porque geralmente eu não encontro assim tarde da noite, ainda mais chamando em cima da hora, apesar de você ter me mandado mensagem mais cedo, não ficou nada definido, então… se eu te pedir um sinal antecipado, só pra garantir que eu não estou me arrumando à toa, que você não vai acabar me dando um cano, ou acabar dormindo, tudo bem pra você? Porque eu também nem costumo entrar no carro de ninguém, prefiro já encontrar no local, mas como tem uma foto sua (e é um Porsche kkk), me passou um pouco mais de segurança… mas o fato de eu ter te ligado e você não ter atendido, e ter uma certa demora de resposta do seu lado, fico um pouco insegura… então me fala se tudo bem pra você.

Três minutos e nada.

Daí mandei um emoji pensando.

Mais cinco minutos e nada.

Até que…

– Mas não tem como eu dormir rs, saindo do aero e iria aí direto.

Daí ele me ligou de vídeo. Não atendi e retornei por chamada de voz.

A ligação durou apenas 51 segundos. Ele explicou que estava dirigindo, por isso demorou pra responder. Ouvir sua voz e seu jeito de falar, me passou mais segurança. Desligamos e entrei no banho.

– 25/30 min está bem pra você? Se precisar posso ir mais devagar. – Ele perguntou.

Vinte minutos depois eu estava pronta.

– Estou pronta.

– Então vou acelerar. – E me enviou sua localização.

– De qual aeroporto você está vindo? Rs.

– Viracopos… mas passei em casa.

*

Friozinho na barriga, atravessando a rua, indo até o seu carro. Vocês já entraram num carro esporte? É muito estranho, o banco é lá embaixo, entrei desajeitada, foi como cair sentada. Ele era ainda mais bonito pessoalmente, e aparentava bem mais jovem do que na foto. Descobri que tinha 28 anos, mas seu jeito era de homem mais maduro, te daria uns trinta e quatro. Não era possível que fosse solteiro, fiz questão de investigar, disse que sim, que não tem tempo pra relacionamento. Acreditei, desacreditando.

Sugeri irmos no motel Lush, que era o mais próximo e papeamos durante o trajeto. Ele mencionou que tinha visto o PDF com as informações, que ficou impressionado com o tanto de coisa que eu tinha, falou até do livro, que acabei não levando nesse primeiro encontro, pois, não sabia se ele era casado e não queria comprometê-lo. O papo fluiu gostoso, leve, apesar de ele ter aquele carrão, ao mesmo tempo parecia ser uma pessoa simples, sem qualquer resquício de arrogância, o que o tornava ainda mais atraente.

Quando chegamos no motel, a única suíte disponível, ainda com espera, era a menor de todas e não curtimos a ideia. Decidimos, em conjunto, irmos para o Astúrias. Nesse trajeto entre Cambuci a Pinheiros, ele errou o caminho umas três vezes, tentando sair daquela região estranha – tive minha parcela de culpa, já que estava sendo a copilota, rs – mas ele nem se estressava, demos algumas risadas, ainda que por dentro eu estivesse um pouco tensa por estarmos dando sopa com um carro daquele, naquela perigosa região. No Astúrias também tivemos que aguardar, na garagem da suíte, finalizarem a limpeza do quarto, mas pelo menos seria para uma acomodação com piscina, muito maior e melhor.

Até então eu não tinha visto direito o seu corpo, na foto do whatsapp ele está de terno, meio plano, sem muita clareza se seu braço era musculoso ou gordinho. Quando a moça avisou que a suíte estava pronta e saímos do carro, tive mais uma grata surpresa naquela noite. Ele tinha um peitoral largo, típico de quem se exercitava. Agora sim eu tinha certeza de que era impossível um partido daqueles estar solteiro.

Ele serviu vinho pra nós e colocou uma música pra tocar. Geralmente quando o cliente leva vinho, a transa demora um pouco pra desenrolar, já que conversamos bastante primeiro, mas, com ele, em algum momento, um beijo que parecia ser só um rápido teaser, se transformou em um longa-metragem. Estávamos na parte externa da suíte, entre o painel de controle do som e a porta do quarto, quando nos beijamos.

Q U E   B E I J O ! Que boca mais macia e apetitosa! Encaixou de um jeito tão perfeito, que nenhum dos dois teve a coragem de interromper. A química bateu de primeira e, mais do que isso, comecei a sentir uma sensação deliciosa por dentro, um tesão diferente, como se ele fosse um legítimo date e não cliente. É tão raro quando isso acontece e fazia um bom tempo que não acontecia.

Os amassos ali foram faiscantes. Em algum momento, ele me virou de costas e beijou meu cangote, enquanto suas mãos abriam o meu vestido, que tinha um zíper nas costas. Tudo muito sexy e excitante. Depois que voltei a ficar de frente, me senti levemente injustiçada, pois só eu estava seminua, então tratei de despi-lo também. Ficamos um tempo nesses amassos, até que nos conduzimos para a cama, me deitou e desceu para me chupar. Novamente me surpreendi com aquele homem, todos os itens da minha lista estavam sendo ticados. Ele também chupava MUITO bem! Tão sincronizado com o jeito que eu gosto, que aconteceu outra raridade.

Eu já mencionei aqui, em outras postagens, que quando estou ficando com alguém que sinto muito tesão, dificilmente eu consigo gozar no oral, porque a empolgação é tanta pelo que estar por vir, que não consigo relaxar para gozar. Pois ele me fez romper essa barreira. E foi rápido, viu? Até comentei com ele na hora que eu não costumava gozar tão rápido daquele jeito, fiquei realmente fascinada, olhei pra ele com a mesma cara que a Katherine Heigl, no filme A Verdade Nua e Crua, olha para o vizinho gato gostoso, quando estão conversando pela primeira vez kkkkk. Nem pude retribuir a chupada naquele momento, porque ele veio por cima de mim e então começamos a transar deliciosamente.  

Que pau delicioso, era do tamanho ideal pra mim. Aquele homem tinha um total de zero defeitos. Tudo que ele fazia era bom, fosse beijando, chupando ou metendo. E o tesão que eu sentia era duplicado, pois tinha o sensorial, com ele entrando e saindo de dentro de mim (eu sentindo perfeitamente cada movimento), como também o visual, olhando aquele homem enorme me comendo. Que peitoral, que músculos, que cara de safado, que gemido sexy… Só de lembrar fico excitada enquanto escrevo.

Gostei também que ele era muito receptivo as putarias que eu soltava. Falei algumas bem safadas – que não uso com cliente – , quando quero testar o nível de safadeza de algum cara que eu esteja saindo. Ele passou em todos os testes, inclusive, acabou gozando numa delas, quando apenas falei para que gozasse na minha boquinha. Claro que não seguimos ao pé da letra, foi só para provocar mesmo, rs. A transa estava tão fervorosa, que quando ele gozou, aquele pau insaciável continuou duro e emendamos o segundo round, sem muito descanso. Em pouco tempo gozou pela segunda vez e ainda queria mais.

Depois invertemos as posições e fui pra cima dele. Estava tão gostoso e intenso, que comecei a me masturbar e gozei de novo também, ai que delícia!! Daí ele me puxou mais pra cima, até a minha pepeka chegar na altura da sua boca, e me chupou daquele jeito, comigo sentada na sua cara. Percebi que também começou a se masturbar e achei o maior tesão, muito sexy ver o homem se masturbando, ainda mais quando está ao mesmo tempo me chupando. Infelizmente, não aguentei ficar muito tempo recebendo aquele oral maravilhoso, pois como eu tinha acabado de gozar, minha pepeka estava um pouco sensível, então acabamos fazendo uma pausa. Que transa mais intensa.

Sugeri aproveitarmos a piscina.

Imersos naquela água quentinha, conversamos bastante sobre particularidades da vida dele e foi muito interessante conhecê-lo um pouco mais. Algum tempo depois, quando percebi ele se animando novamente, o convidei para voltarmos para a cama, mas antes fui jogar uma água no corpo, para tirar aquele cloro. Enquanto eu me banhava, fui me dando conta de que, infelizmente, eu não daria conta de mais uma rodada de sexo ardente naquela noite. Foi uma constatação um tanto frustrante, a minha cabeça dizia que sim, mas o meu corpo dizia que não, eu estava exausta e o sono chegando, precisava de um belo descanso.

Geralmente quando tenho encontros noturnos, eu cochilo durante a tarde, pra estar mais descansada, mas como o bonitão chamou de última hora, quatro da manhã eu já estava que nem a carruagem da Cinderela, quase virando abóbora, rs.

Voltei para o quarto meio sem jeito de encerrar do nada, mas como ele tinha me dado a liberdade de ficarmos pelo tempo que eu quisesse, fui sincera e não precisei continuar por obrigação. Expliquei que estava cansada, que era tarde e que queria ir embora. Ele foi super compreensivo, não demonstrou nenhuma chateação e concordou que estava mesmo tarde. Um gentleman. Disse que queria me ver de novo no dia seguinte e deixamos combinado um segundo encontro, que começaria com um jantar. Falei que eu poderia voltar de uber, já que ele morava perto do motel, mas ele fez questão de me trazer de volta em casa. Muito gentil.

Delicioso o longo beijo de despedida. Antes de eu descer do carro, ele ainda brincou com a patada que eu te dei mais cedo.

– Patada?

– Sim, você me deu uma patada né, mas eu gostei.

Ele se referia a minha resposta, para quando ele perguntou se tinha alguma informação essencial no arquivo. Realmente tinha sido uma leve patada, (merecida), mas também gostei que ele não se ofendeu e até apreciou a minha, sutil, braveza, rs.

E pensar que eu quase não fui para esse encontro. Fica aí uma reflexão que, de vez em quando, precisamos nos permitir, mesmo que inicialmente não nos pareça uma boa ideia.

Será que rolou segundo encontro??

Qual o seu palpite?? 👀

Prazer e Dor

Querido diário,

Esse encontro foi tão inédito, ao ponto de me inspirar a inovar com os meus atuais e futuros clientes.

“O Português”

Um nativo português, que falava o português de Portugal e tudo (acho tão charmoso). Ele se hospedou num hotel muito pertinho de mim, que inclusive super recomendo, chamado Sooz Hotel Collection, só não fui andando por conta do salto.

Ele estava muito animado para sair comigo e disse que tinha preparado até uma playlist especial para o nosso encontro, o que achei bárbaro, adoro quando os clientes me tratam como uma legítima namorada e não só uma profissional do sexo. ❤️😏

Pedi que me encontrasse na entrada do hotel e assim seguimos juntos, direto para o elevador. Ao adentrarmos na suíte, colocou a sua playlist para tocar, começando por “Do It For Me”, Rosenfeld, e então nos beijamos. Logo de cara, ele, ousadamente, perguntou se poderia me vendar e algemar. Nesse momento olhei para a cama, com mais atenção, e reparei melhor em algo que eu tinha olhado de relance, algo que meu cérebro ainda não tinha processado direito o que era.

Sua ideia era me prender naquela cama, deitada, bem confortável, e colocar uma venda nos meus olhos. Achei bastante ousada a sua proposta, fiquei um pouco receosa em aceitar, mas, ao mesmo tempo, curti a ideia. Um misto de medo com tesão. No pouco que tínhamos interagido até ali, ele me passou uma certa segurança, então, decidi confiar no meu instinto. Ao som de uma música super sexy, que depois descobri ser “Shut Up and Listen”, de um cara chamado Nicholas Bonnin, me despiu completamente, me deixando apenas com a meia cinta liga, que me pediu para ir vestida. Fui sexymente vendada e, já sem enxergar nada, algemada. Perguntei se teríamos que definir uma palavra de segurança, mas ele disse que não era necessário, pois não me provocaria dor. (Ufa.) Achei ainda mais interessante!

Para cada etapa do encontro, ele colocava uma música condizente, escolhida a dedo, que ressoava, harmoniosamente, pelo quarto (depois notei que ele usou duas caixinhas de som, uma em cada lado da cama), ou seja, ele cuidou de todos os detalhes sensoriais com o maior esmero, achei fantástico!

Após me prender e me deixar extremamente curiosa pelo que viria a seguir, ele colocou uma música nova, e ao som da melodia abaixo…

… começou a deslizar, bem suavemente, pelo meu corpo, algo que tinha a textura de uma pena, macia, leve, mal triscando na minha pele. Com tal música de fundo, me senti muito dentro de uma insana, e ao mesmo tempo relaxante, experiência. Quando você está vendado numa situação dessa, é excitante não saber em que parte do seu corpo será dada a sequência. Não consigo mensurar quanto tempo ele ficou nessa sutil provocação, a música estava no repete e os minutos foram passando sem pressa.

Na segunda etapa do processo, fui surpreendida com a sua língua deslizando na minha buceta. O oral dele era fantástico. Com muita habilidade, fazia movimentos circulares (do jeito que eu adoro) com muita precisão e energia, sem ser grosseiro ou apressado. Me deixou com vontade de gozar rapidamente, mas, ao perceber que eu estava quase chegando lá, interrompeu, de repente, me fazendo conhecer outras formas de tortura.

Daí ele trocou de música, agora para “Love Is a Bitch”, Two Feet, e então pegou outro apetrecho, que desta vez avisou do que se tratava: um vibrador clitoriano. Suavemente posicionou o pequeno vibrador no meu clitóris, lembrando que eu já estava em ponto de bala, e a gozada viria rapidamente, no entanto, quem disse que ele deixava? Nada disso. Quando eu pensava que ele me permitiria o prazer do orgasmo, ele parava, depois voltava, me iludia, e interrompia novamente.

Agora vem uma das partes mais loucas desse encontro, se é que tudo que falei até aqui, já não fosse louco o suficiente. Não sei por qual razão, mas nessa hora em que ele me masturbava, meu pensamento foi direcionado para outra pessoa. Duvido qualquer um aqui adivinhar quem.

Tempo para os palpites… 👀

Pensei numa pessoa que, até o momento deste encontro, eu ainda não conhecia pessoalmente. Alguém que acompanho faz tempo, que nutro uma certa admiração e que, nesse momento, surpreendentemente, descobri nutrir um certo desejo também. Começou a tocar a música “I See Red”, da banda Everbody Loves an Outlaw, e tal canção foi como um combustível para a minha imaginação. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo comigo, lá estava eu, vendada e algemada, sendo masturbada deliciosamente por um homem, e enquanto todas aquelas sensações de prazer se intensificavam, meus pensamentos, aleatoriamente, visualizaram cenas imaginárias de mim, pegando outra mulher!

Sou hétero. Não entendi como isso pôde acontecer!

Me imaginei agendando um encontro com a Paula Assunção, como se eu fosse uma cliente, e não colega de trabalho. Quatro cenas perpetuavam na minha imaginação naquele momento: Ela sentada em cima de mim, nos beijando loucamente. A segunda, eu chupando sua buceta e a fazendo gozar na minha boca. A terceira, ela me comendo com uma cintaralha. E por último, eu a vendando e algemando, com ela toda entregue, exatamente como eu estava naquele momento. Eu sei, muito insano tudo isso! Não entendi nada na hora, mas deixei a imaginação fluir, quem sou eu para reprimir o tesão de alguém? 😁

Toda vez que ele me percebia mais ofegante, me contorcendo, prestes a gozar, ele retirava o maldito vibrador do meu clitóris, e aqueles possíveis orgasmos, interrompidos, estavam me levando a loucura! Malandramente, entendendo o seu modus operandi, tentei não demonstrar que estava quase gozando na próxima vez e nessa hora o orgasmo veio, mesmo ele interrompendo no meio do processo, veio muito intenso após tantas interrupções.

E sabe o que foi mais insano ainda? Sim, tem mais! Além de eu ter gozado, intensamente, me imaginando transando com outra mulher (que eu sequer conhecia pessoalmente), enquanto estava sendo masturbada por um homem, depois que gozei, meu corpo reverberou tanto aquela sensação, que me deu vontade de chorar! Isso mesmo, eu chorei com as vendas nos olhos, borrando todo o meu rímel. Mas não foi um choro de tristeza, alegria ou emoção, um choro sem motivo algum. Como quando um dia tomei chá ayahuasca. O choro só veio, sem que eu pensasse no porquê dele vir. Que L O U C U R A !

Me passou pela cabeça de fato agendar um encontro com a Paula, agora que ela tinha lançado atendimento para mulheres.

Como se já não bastasse toda essa intensidade relatada até agora, ele me deu uma breve pausinha e então continuou com o vibrador mais uma vez, querendo me fazer gozar duas vezes. Eu estava tão extasiada da primeira, que a segunda foi mais difícil e não tão estarrecedora. Uma bem dada, valia por duas.

Depois que eu gozei pela segunda vez, ele sentiu que tinha comprido a sua missão e encerrou a sessão “tortura”. Pedi que me libertasse, queria retribuir tudo o que ele tinha feito comigo. Ele se surpreendeu com isso, disse que não estava esperando, mas, percebi que, assim como eu, curtiu bastante a surpresa. 😏

O vendei. Algemei. Fiz o mesmo processo, com a pena sutilmente deslizando pelo seu corpo. Não mensurei tempo, apenas fui sentindo as suas reações. E enquanto eu o via totalmente rendido na minha frente, se contorcendo conforme eu avançava naquela provocação, tive um belíssimo insight de inserir essa experiência nos encontros com os meus outros clientes. 😈  Se outros pudessem sentir tudo aquilo que eu senti quando foi a minha vez, eu seria ainda mais marcante para os homens que saíssem comigo. Fiquei muito empolgada com essa ideia.

Voltando para o homem que estava ali, nu, na minha frente, fiquei com uma enorme vontade de chupar ele, assim como fez comigo, na segunda etapa da experiência, mas não quis partir para o óbvio e decidi fazer diferente, partindo para uma massagem tântrica. Peguei o gelzinho que estava à disposição, lubrifiquei minhas mãos, e comecei, despretensiosamente, deslizando com meus dedos pelas suas bolas, movimentos circulares.

Adorei lhe causar uma tortura, similar a que causastes em mim. Depois de te provocar consideravelmente, parti para a massagem no seu membro, que desde o princípio estava rijo, pedindo um acalento. Deslizar com os meus dedos pelo seu pau, foi me deixando com um tesão, tanto quanto ele deveria estar sentindo. Quanto mais ele ofegava, mais eu desejava sentir tudo aquilo dentro de mim. O massageei por um bom tempo, ao ponto de achar que ele gozaria daquele jeito, mas quanto mais o tocava, mais a minha vontade de sentar aumentava. Então, em determinado momento não aguentei mais esperar que ele gozasse (que pelos seus gemidos parecia que seria a qualquer momento), peguei um preservativo que ele já tinha deixado perto, encapei e fui sentando. Quero dizer, tentei sentar.

Eu já tinha percebido que o menino era grosso, mas não imaginava que a minha pepekinha quase não daria conta. Tentei sentar de frente, não estava rolando, me virei de costas, achando que resolveria, e mesmo assim o dito cujo estava difícil de entrar, tive que fazer uma forcinha e nesse começo, confesso, foi um pouco doloridinho, mas depois ele foi se assentando ao meu corpo. Cavalguei bastante, queria fazê-lo gozar bem gostoso. Dei tudo de mim, e então trocamos de posição, com ele vindo por cima.

Transar com ele foi uma mistura de prazer e dor. Como a sua grossura era demasiadamente grande, eu conseguia sentir muito bem cada movimento me preenchendo por inteiro, mas após bons minutos de sexo, eu precisava de um descanso e ele não gozava nunca. Quando entendi que ele não estava segurando para poder aproveitar mais, mas que realmente tinha dificuldade para gozar, decidi pedir uma pausinha, minha bucetinha estava quase soltando fumaça.

E quem disse que depois da pausa, eu conseguia cogitar ele entrando em mim de novo? A bichinha estava exausta, ainda mais depois de duas gozadas. Foi a deixa pra partir pro oral, já que ainda não tinha lhe mostrado o meu delicioso boquete. Pois, minha boca só passava pela cabeça, rs. O bicho era mesmo dotado. O jeito foi caprichar na punheta. Eu me recusava a não fazer aquele homem gozar. Pedi que me mostrasse como gostava, o vi se masturbar um pouco e então retomei, reproduzindo conforme seus movimentos. Foi árduo, mas consegui, enfim fiz aquele homem chegar lá! 👏🏻😎

Nosso encontro já tinha passado das duas horas, inicialmente acordadas, então peguei papel para lhe ajudar a se limpar, e quando voltei ao banheiro para jogar no lixo, na sequência já entrei no chuveiro, nada como um belo banho depois de uma atividade tão intensa.

Quando voltei para o quarto, ele mencionou que tinha acrescentado mais uma quantia ao pagamento, por termos excedido o tempo, e assim já fui me vestindo.

Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️ (Só não levou 5, devido ao pequeno sofrimento da pepekinha 😬)

P.S. O kit Tortura Erótica JÁ CHEGOU! 😈

P.S. 2: No dia seguinte, de fato, agendei com a Paula 😬

P.S. 3: Mas depois desmarquei, já que vamos fazer dupla! 👄

P.S. 4: Se você pudesse escolher, qual experiência preferiria? Ser vendado e algemado por mim, ou ser rendido pelas duas? 😏

Meu Primeiro Russo

Querido diário, 

Fui fazer pernoite com um desconhecido, um encontro completamente às cegas. Eu sequer sabia o seu nome ou sua aparência. Mas calma, antes que você pense que eu sou uma maluca, só me arrisquei por se tratar de uma indicação de uma amiga. Não me preocupei em perguntar detalhes, afinal, também gosto de ser surpreendida. 😏 Quando cheguei… ele era totalmente diferente do que eu estava esperando!

Primeiramente eu não sabia que ele era gringo, muito menos russo. Quando recebi o print do Uber, que ele teve a gentileza de chamar para mim, vi umas letras incompreensíveis em outro idioma, achei que fosse árabe, e já criei uma imagem de como ele poderia ser. Um homem mais velho, talvez bonito, se eu tivesse sorte, pele bronzeada, enfim, fiz minhas especulações. 

Ele morava na cobertura de um flat, e quando saí do elevador, a porta já estava entreaberta. Me senti a Angel de Verdades Secretas, indo encontrar o empresário Alex pela primeira vez. 🤭 Quando eu estava quase passando pela porta, ele surgiu no meu campo de visão e fiquei completamente desconcertada com a sua aparência. 

Primeiro que era bem jovem, bem branquinho, super alto, magro e muito bonito! Usava óculos, de armação redonda, bem fininha e dourada, que lhe caía muito bem, enfatizando sua fisionomia de bom moço. Cabelo liso, um pouco grande, na altura do queixo. Achei um verdadeiro charme. Usava uma roupa clara e meia branca (daquelas que usamos com sapatilhas, que só tampam os dedos e a sola dos pés), sim, reparei em todos esses detalhes. Adorei que a minha amiga não me contou nada sobre ele, pois, nesse caso, a surpresa tinha sido muito boa! 😍

Apesar dele me cumprimentar com um “Oi” em português, no diálogo seguinte descobri que era gringo, ele disse que estava nas aulas de português, foi bonitinho vê-lo falando algumas palavras e começamos a conversar em inglês. Perguntei de onde ele era e me surpreendi quando disse que era russo, o estereótipo que eu tenho dos russos advém daqueles filmes de espiões secretos e conspirações, e ele parecia ser muito da paz e tranquilo. 

“Que sorte ter sido indicada para esse Job”, eu pensava, enquanto sorríamos um para o outro, conversando. Ele estava bebendo uma mistura de whisky com alguma coisa. Perguntou se eu gostaria de beber algo, me ofereceu algumas opções e optei por um vinho tinto, daí, gentilmente, abriu uma garrafa que estava fechada só para mim. Brindamos e enquanto dizíamos “Tim tim”, eu só conseguia pensar: “essa noite promete!” 😈

A conversa fluiu fácil, mas confesso que não entendia 100% das coisas que ele falava, disfarcei e torci para não dar na cara que o meu inglês não estava tão apurado. Uma taça de vinho foi embora rapidamente, nos levantamos para repor e ficamos mais um tempo conversando, comigo encostada na pia. Reparei que caiu uma gota vermelha da garrafa direto na sua meia branca.

Depois voltamos para o sofá e me sentei bem pertinho dele. Naquele momento experimentei uma sensação muito gostosa, relaxei do fato de ser um encontro pago e me senti como se estivéssemos num date de verdade. Eu sempre me esforço para que o cliente se sinta dessa maneira quando está comigo, mas, desta vez, quem estava se sentindo assim, involuntariamente, era eu. 

Não muito depois de eu ter essa sensação, nos beijamos e foi delicioso. Demos alguns amassos no sofá, ele despiu minha blusa e quando ia se preparar para despir a minha calça, decidiu que seria melhor irmos para o andar de cima, onde era o quarto. E lá fomos nós, a caminho do paraíso.

O andar de cima possuía um designer diferente de um apartamento tradicional, você tinha o quarto, com uma enorme cama, parede envidraçada com uma vista alta incrível. Daí tinha uma enorme Tv na frente da cama, do lado direito tinha um cubo envidraçado, sem porta, onde ficava o chuveiro (enorme e quadrado), daí ao lado tinha uma banheira e mais para frente o banheiro e duas espaçadas pias. Tudo lá era muito espaçoso e grande. Ainda tinha outro cômodo mais pra frente, mas esse acabei não explorando, devia ser o closet, imagino. Também tinha um terceiro andar, que ele disse ser a academia. Achei tudo bem chique, despojado e moderno ao mesmo tempo. 

Enfim retomamos de onde tínhamos parado, voltei a beijá-lo, ele, que já era alto, ficou ainda mais quando eu tirei a bota de salto. Gostei que apesar de ser russo (como se eu tivesse alguma referência deles) e de ser muito jovem (os novinhos raramente são bons de cama), ele me surpreendeu demais na sua performance. Deixei que conduzisse o desenrolar e adorei que ele fez tudo em mim primeiro, nitidamente, com propriedade em tudo que estava fazendo. 😏

Se demorou nos meus seios, do jeito que eu gosto, e quando tirou minha calcinha, me chupou com a maior maestria. Jogou por terra toda a minha teoria de que os novinhos não são bons de cama. (Talvez só os novinhos brasileiros não sejam. 🤭)

Ahh esqueci de contar uma situação engraçadinha, quando interrompi nossos beijos para que ele tirasse a sua roupa também, já que aquilo estava injusto, pois eu estava quase nua e ele ainda todo vestido, daí quando ele tirou a calça, tive um grande spoiler do seu pau, que não se conteve dentro da cueca boxe, estava pra baixo, pendendo na sua perna. Demos uma risadinha, “Ops”, ele disse. 🤭 

Ele tinha umas manias fofinhas. De vez em quando ele usava a expressão “Ixi” e, sendo ele gringo, era mais engraçado do que se fosse um brasileiro falando. O seu jeito de dar risada também era muito engraçadinho. Eu estava admirada, ele era uma companhia muito agradável.

Mas, voltando ao sexo. Ele me chupou muito gostoso, gostoso até demais para alguém da sua idade – depois descobri ter 25 -, mas, não consegui gozar, pois entramos naquela questão interna minha que se eu tiver muito empolgada com a pessoa, não consigo relaxar para gozar, pois fico afobada pelo que virá depois. Em algum momento o tirei de lá, dizendo que queria fazer nele também.  

O pau dele era mesmo grandinho, proporcional ao seu tamanho – 1,93 de altura – estava louca para cair de boca. Fiquei um bom tempo me deliciando nas bolas, até que fui para aquele pau maravilhoso. Só consegui chupar até a metade, era mesmo grande. Por sorte a grossura estava na medida. Entraria gostoso e não me machucaria. Dei o meu melhor me deliciando ali, parei apenas quando ele pediu. Peguei o preservativo, o gel, e, com delicadeza, sentei nele. Ai que gostoso!!! 🤤 

A transa foi bem longa. Ora eu por cima, ora ele, ainda fui criativa e o trouxe para a beirada da cama, pedi que se sentasse normal e daí me sentei de costas para ele, como se eu fosse sentar no seu colo, porém, com ele dentro de mim. Jurei que ele fosse gozar assim, pois pareceu bastante empolgado na hora, mas percebi que ele dava tudo de si até se esgotar e não gozava. 

Como ambos estávamos cansados, decidi voltar para o sexo oral. Chupei bastante e depois voltei a beijá-lo, o preparando para um segundo round. Enquanto eu pegava um novo preservativo e me deitava para que ele viesse por cima, ele ficou se masturbando e me deu tesão vê-lo na minha frente, batendo uma pra mim com aquele pauzão, essa instigante imagem me motivou a me masturbar também. 🤤 Daí me surgiu uma ideia deliciosa, de me masturbar esfregando a cabeça do seu pau no meu clitóris.

Daí assumi o controle da sua punheta e aos poucos fui aproximando. Percebi ele um pouco resistente, talvez com receio de que eu fizesse alguma loucura, mas quando percebeu que era “seguro” o que eu estava querendo fazer, cedeu e nessa hora tivemos um momento delicioso, gozei assim, me masturbando com o pau dele e na sequência, ele, que já devia estar a perigo há muito tempo, se deitou por cima de mim, de modo que seu pau encostasse na minha barriga. Continuei o masturbando, e ele veio assim, enchendo minha barriguinha de porra, foi bem intenso. Ele disse que nunca tinham feito o que eu fiz (o lance de me masturbar com a cabeça do pau dele), me senti única. 

Ele buscou papel para que eu me limpasse e então ficamos deitados, ainda de namorinho. Percebi que se eu fosse na onda engataríamos uma nova rodada de sexo rapidamente, mas eu queria explorar ainda mais aquele encontro. Perguntei se ele já tinha usado a banheira, ele respondeu que apenas sozinho, daí propus usarmos juntos dessa vez. Também sugeri dele colocar uma música para nós – quando cheguei tava rolando um set de música eletrônica na TV da sala, que ficou inaudível quando subimos para o quarto – daí ele colocou o mesmo set no quarto, tratou de encher a banheira e abasteceu nossos copos de mais bebida. Aproveitei para jogar uma água no corpo.

Quando adentramos na banheira, a água estava muito quente. Tentamos suportar durante um tempo, mas, não resistimos e voltamos para a cama, enquanto a temperatura diminuía. Rapidamente engatamos outra transa. Ele quis me pegar de quatro, mas a posição não favoreceu muito, ficamos pouco tempo. Daí propus de ir por cima, sentando de costas para ele. Ficamos um tempo assim, até que fiquei um pouco exausta e quase propus fazermos de ladinho, mas aí ele quis fazer uma pausa e sugeriu irmos para a banheira, que a água já devia ter esfriado. Lá fomos nós, trocar de cenário. 

Na banheira ele se sentou e conduziu para eu que me sentasse encostada nele. Me surpreendi com o seu dedo roçando na minha pepeka, estava mesmo delicioso, fiquei com vontade de me masturbar com a cabeça do seu pau novamente. Daí ficamos um masturbando o outro, mas desta vez nenhum dos dois chegou lá. 

Fomos dormir depois disso. Perguntei se ele queria que eu fosse embora ou dormisse com ele, já que o dia amanheceria dali a três horas, mas ele assentiu para que eu ficasse. Dormimos abraçados e acordamos abraçados.

– A gente dormiu o tempo inteiro assim? – Foi a primeira coisa que perguntei ao acordar, espantada, pois parecia que que nem tínhamos nos mexido. 

– Não. Mas acabamos voltando pra essa posição antes de acordar, rs. 

Conversamos um pouco na cama, antes de levantar. Eu viajaria para NY naquele dia (foi meu último encontro antes da viagem), então logo comecei a me preparar para ir embora. Fiquei com esse encontro tão vivo na memória, que este relato escrevi durante o voo, enquanto voava para os Estados Unidos. Que vibe maravilhosa! Eu tinha saído de um encontro delicioso direto para uma aventura ainda mais gostosa! Pode mandar mais universo, que eu recebo com o maior gosto! ✨💕

“O Meloso”

Querido diário,

Esses dias atendi um cliente maravilhoso, gringo, francês, loiro, um pouco mais velho, a coisa mais linda! Ao adentrarmos na suíte, deixei que ele conduzisse o desenrolar do encontro e foi deliciosa a maneira como ele, calmamente, explorou todo o meu corpo. Conforme nos beijávamos, ele me despia aos poucos. Um beijo e tirava a minha blusa, mais beijos, então tirava meu sutiã, outros beijos e daí, devagar, foi levando seus lábios para os meus seios…

Eu já disse aqui antes, mas vou reforçar pois é sempre bom saberem, eu tenho MUITO TESÃO nos meus peitos. Adoro quando se demoram neles, a sensação que me causa é de ternura e desejo ao mesmo tempo. Então adorei vê-lo se deliciando neles.

Quando ele começou a abrir o zíper da minha calça, na sequência, se ajoelhou para tirar a minha bota e após me deixar só de calcinha, me virou de costas e explorou, com a boca, cada pedacinho da minha pele desnuda. Me senti como se eu fosse uma obra de arte e ele um grande apreciador. É raro encontrar homens assim, que apreciam os detalhes, os gestos, antes de partir para os finalmentes. Não foi difícil me deixar excitada com aquele toque tão gentil e desejoso.

Eu estava adorando toda aquela energia masculina dele, entrei no clima e me deixei levar como se fôssemos legítimos namorados. Depois que pude curtir toda a sua dedicação em mim, quis retribuir nele, comecei a despi-lo também e, para variar, ele tinha um pau maravilhoso, médio na grossura e tamanho, do jeitinho que eu adoro, que não me machuca e dá muito prazer.

Ele tinha fechado apenas 1h de encontro e já tinha se passado quarenta minutos naquelas deliciosas preliminares, chegou a minha vez de conduzir as coisas e, sutilmente, fui pegando a camisinha. Comecei por cima, subindo e descendo beeeem devagar, tão delicinha, que não me aguentei e peguei meu brinquedinho (em alguns encontros tenho levado, não é sempre, depende da bolsa do dia, rs).

Ele admitiu que era a primeira vez que uma mulher usava um vibrador enquanto transava com ele. Perguntei se tudo bem eu usar – estava tão gostosa a transa que fiquei com vontade de gozar sentindo os dois prazeres, ele dentro e meu vibrador por fora – , ele respondeu que não tinha problema, mas, no fundo, acho que talvez eu o intimidei com a minha libertinagem, pois, gozei, continuamos transando, transamos e transamos e nada dele gozar. Após vinte minutos de atividade intensa, a transa de gostosa foi a exaustiva. Ele não gozou mesmo.

Ficamos alguns minutos deitados abraçados, conversamos um pouco e então fui tomar banho. Ele veio até o banheiro comigo, percebi que queria continuar de namorinho no chuveiro, mas como não mencionou nada sobre esticar o nosso tempo, achei melhor não entrar na onda dessa vez, e evitar possíveis conflitos na hora do pagamento.

Assim que fui embora, ele me mandou a seguinte mensagem:

Como não sei se todos aqui falam inglês, irei traduzindo.

Ele disse que tivemos um momento gostoso, me agradeceu pelo meu tempo e pela minha gentileza. Finalizou dizendo que eu era uma pessoa bonita, que meu sorriso ficaria em seu coração. Fala se não é um fofo? Respondi que também tinha gostado dele, ele replicou dizendo que também, que talvez até demais e que esperava poder voltar no próximo mês.

Continuei o respondendo, falando para que me chamasse e que eu iria com o maior prazer. Ele continuou empolgado na conversa, dizendo que eu estaria muito presente na sua mente e no seu coração, até o próximo encontro, agradeceu por eu dizer que o encontraria com o maior prazer e acrescentou um convite para jantarmos antes, apenas para conversar um pouco, pois me achava uma pessoa fascinante.

Nesse momento me soou um pequeno alarme interno, pois o modo como ele falou, pareceu que se referia a jantarmos fora do esquema de encontro. Como era só uma preliminar interpretação minha, e não estava muito claro na conversa, não me preocupei em esclarecer as coisas nesse momento, pois era só uma suspeita e eu nem sabia se de fato ele me procuraria de novo. Então respondi que amaria jantar com ele. Obviamente não no sentido literal da palavra, estava apenas sendo amável, na mesma medida que ele estava sendo comigo.

Ele seguiu dizendo que gostava muito de mim, que não tinha uma fórmula educada e que estava sendo sincero do fundo do coração. Achei um pouco confuso e parei de respondê-lo depois disso, a conversa estava tomando um rumo meloso demais.

*

Em menos de uma semana, ele me contatou novamente:

Como eu temia, tive a confirmação de que a minha interpretação estava correta, de fato ele queria me levar para jantar, sem que tivesse dinheiro envolvido. Era a confirmação que eu precisava para explicar como as coisas funcionavam. O respondi que poderíamos fazer o que ele quisesse dentro do tempo contratado, desde sexo no quarto a jantar e passeios pela cidade, afinal, é isso que eu faço, sou uma acompanhante.

Ele pareceu confuso, puxando uma frase minha lá atrás, em que eu dizia que tinha gostado ele, perguntando se eu tinha falado apenas de maneira profissional. Não gostei dessa colocação, ficou parecendo que o que eu tinha dito foi premeditado ou falso, como se eu só quisesse angariar o cliente, mesmo que o iludindo. O respondi que não são todos os clientes que me agradam, e que elogio sinceramente quando a química é boa. Não queria desmerecê-lo, mas, por mais incrível que tivesse sido, de fato ele era apenas um cliente, nada mais que isso. Por fim, perguntei se ele tinha confundido as coisas.

– Posso alugar seus serviços para sexo novamente. Só queria saber se podemos conversar antes, é por isso que faço a proposta de convidá-lo para jantar antes (por qualquer motivo, só para comermos juntos, como amigos.) Mas sem problemas. Eu entendo suas considerações.

– Deixa eu te explicar uma coisa, você sabe o que eu vendo? Eu não vendo sexo, eu vendo momentos agradáveis juntos. Quando você paga para sair comigo, você não está pagando por sexo, você está pagando pelo meu tempo. O tempo que eu estou totalmente disponível para você. O que você está me propondo não faz sentido, porque meus clientes que me levam para jantar, me contratam por um período maior para fazer tudo isso, e eles não me pedem para sair como “amigos”, porque eles me conheceram assim e sabem que esse é o meu trabalho. Eu não entendo a confusão. Só porque é algo que você contrata não significa que não pode ser bom, eu te ajudo e você me ajuda, sou uma companhia agradável. ☺️

Ué, ele gostou tanto de mim e não achava que eu merecia receber pelos momentos que não envolvessem sexo?!

– Com certeza. Eu entendo totalmente. 

Entende, mas não agendou o encontro e a conversa morreu aí. 

Poxa vida viu, um cliente tão gostosinho, que tinha tudo para se tornar um fixo, deixou que as coisas estragassem, antes mesmo de começarem, tamanha carência. Gosto dos carentes, adoro paparicá-los e trata-los como namorados, mas o comportamento dele me lembrou o Velho Rico, que quer romance, mas não quer pagar meu precioso presente. Esses homens estão buscando mulher no lugar errado.

Entendam uma coisa, nos encontros eu sou um doce de pessoa, um amorzinho mesmo, porque eu realmente GOSTO do que faço. Gosto de conhecer pessoas diferentes, gosto de me sentir desejada, encaro essas transas como um sexo casual remunerado. Me divirto muito, gozo, mas, isso não quer dizer que estou buscando um namorado ou marido. E se eu tivesse, não seria com os meus clientes que iria procurar. É que nem aquele ditado popular: “Onde se ganha o pão, não se come a carne.”

Já fui ingênua, no passado, de me envolver com clientes, hoje em dia é muito difícil isso acontecer, ainda mais em um primeiro encontro. As únicas duas vezes que aconteceram foram com clientes muuuuito frequentes, que me conquistaram aos poucos, me contratando por longos períodos, pagando cada centavo pela minha companhia e me levando a incríveis restaurantes.

Daí eu fico pensando, será que a pessoa realmente fantasiou uma história de amor na sua cabeça ou só está fazendo o tipo, tentando tirar alguma vantagem?

Deem os seus palpites… 🤔

“O Ligado no 220”

Querido diário,

Combinamos no seu apartamento, apenas 1h de encontro. Ele me recebeu com uma taça de vinho em mãos e rapidamente iniciamos uma fluída conversa. Seu jeito é bastante carismático, jovial e um pouco afeminado. Seu apartamento era grande e muito aconchegante, para cada canto que você olhasse tinha um objeto de decoração interessante, seguindo a temática viagens, música ou vinho. Até brinquei que a sua diarista devia ter bastante trabalho, pois era muita coisa miúda para limpar, rs.

Conversamos por muito tempo, ao ponto de só iniciarmos as intimidades faltando, exatamente, 20 minutos para encerrar o nosso encontro. Sei disso, pois, enquanto ele andava na minha frente pelo corredor, a caminho do quarto, dei uma rápida espiada no meu relógio de pulso. Procurei não me demorar muito nas preliminares, não conhecia o seu ritmo e não sabia se ele era o tipo que gozava rápido ou se demorava, se fosse dos que demoram, o tempo para o sexo já estava apertado.

Preciso destacar que, antes do sexo, comecei a sentir vontade de fazer xixi, no entanto, segurei, para o caso de ser chupada, queria manter a pepeka limpinha. Durante a transa foi intensificando, e quando trocamos para a posição com ele por cima, se tornou ainda mais desconfortável para mim, com seu corpo e pau pressionando a minha bexiga. Segurei o máximo que pude, acreditando que ele poderia gozar a qualquer momento, mas, ao me dar conta de que a transa ainda poderia ir longe, precisei interromper, pedindo uma pausa.

Surpreendentemente, quando ele soube que eu estava apertada para ir ao banheiro, se interessou no assunto e sugeriu que eu urinasse nele, ali mesmo, na cama!! Achei a proposta descabida, jamais teria coragem de fazer lambança onde ele dormia, sequer faço chuva dourada, nunca fiz antes. Fui pega completamente de surpresa.

Fiquei sem graça de recusar, sem ao menos cogitar a ideia para agradá-lo, e daí ele quis que eu ingerisse mais líquido. Me levou de volta para a sala e me senti como se eu estivesse prestes a fazer um daqueles exames médicos, em que precisa ingerir bastante água, até que a bexiga esteja completamente cheia.

Daí ele pegou um violão, que até então eu não tinha reparado, e começou a tocar, cantando uma música do Silverchair, totalmente desafinado, me fazendo rir. Admirei sua cara de pau, ele não estava nem aí, rs. Nem preciso dizer que à essa altura já tínhamos passado do tempo, fiquei sem graça de tocar no assunto e tirá-lo do seu devaneio, confiando que no final ele teria o bom senso, de me acertar o tempo excedente. 

Após ele cantar duas músicas, anunciei que realmente precisava ir ao banheiro, se ele fosse querer chuva dourada mesmo, aquela era a hora! Nos direcionamos ao banheiro da suíte, entramos no box, o fechamos, ele se sentou no chão a minha frente, encostado na parede, e aguardou pelo jato. Se eu não estivesse com a bexiga explodindo, não sei conseguiria ter feito, foi uma situação um pouco estranha para mim, pois não é algo que eu gostaria que fizessem comigo. Fiquei dois minutos inteiros urinando nele, até abriu a boca, visivelmente se esbaldando. Não senti nojo, pois era a minha urina, mas fiquei curiosa para entender qual a brisa que dá em quem curte. Se alguém aí for adepto da prática e quiser trazer a sua visão, por favor, compartilhe nos comentários.

Depois nos banhamos, pedi que escovasse os dentes e então voltamos para a cama, afinal, ele ainda não tinha gozado. Descobri que ele não é o tipo que goza transando, no final tive que partir para o boquete e punheta, até que enfim ele veio! Ufa! 

Quando voltei, do segundo banho, para o quarto, estava tocando a música “Feeling Good”, aquela versão do Muse e ele tava todo empolgadão, enquanto ouvia, começamos a cantar e ficamos um pouco ali, curtindo a vibe. Daí ele se empolgou ainda mais, dizendo que queria me mostrar uns vídeos da banda cantando ao vivo. Só faltou me pegar pela mão e sairmos correndo para a sala, rs.

Novamente dei uma rápida conferida no relógio e naquele momento estava dando 2h de encontro. Pontualmente. Outra vez não falei nada, ele estava super empolgado para me mostrar os vídeos, não quis ser nenhuma estraga prazeres. Ficamos mais 1h inteira no sofá, só vendo os shows da banda, com ele apontando os detalhes sonoros em cada apresentação, realmente o vocalista é muito talentoso.

Quando estávamos indo para 3h de encontro, comecei a ficar com sono, já era onze da noite e ele é uma pessoa que demanda muita energia, estava exausta. Partiu de mim a iniciativa de encerrar o encontro, falei que estava tarde e que precisava ir. Ele ainda insistiu para que eu ficasse, mas nem me pagando mais, eu não aguentaria continuar com o date. Daí na hora de me pagar, ele fez o fatídico comentário:

– Combinamos 1h. – Buscando uma confirmação.

Acrescentei:

– Combinamos 1h e ficamos três. 

E aí foi iniciado o conflito. 

Ele não queria me pagar pelas três horas, dizendo: “Como assim? Eu achei que você iria embora quando o tempo acabasse.” Expliquei que eu apenas segui o ritmo dele, que não quis ser desagradável em trazer a questão do tempo, quando ele estava visivelmente se divertindo e que ele sabia que não tínhamos ficado só uma hora. Me senti um pouco insultada. Ele achava mesmo que eu fiquei aquele tempo a mais por pura simpatia? Por tê-lo achado tão incrível, ao ponto de querer ficar mais tempo, de graça, na sua presença? Tentei encarar com um elogio, pois isso demonstrava que o meu atendimento era mesmo muito natural e orgânico, ao ponto dele fantasiar que tínhamos ultrapassado essa barreira.

Eu estava muito exausta, só queria ir embora, então, para encerrar logo aquilo, propus que me pagasse pelo período de 2h (o tempo do sexo e afins, nem cobrei adicional pelo fetiche) e a última hora, que ficamos vendo vídeos, eu deixaria de brinde. Daí conseguimos chegar num acordo, ele concordou e pediu desculpas, dizendo que não sabia que era assim. (E ele achava que era como?)

Confesso que achei esse final bem trash, eu, na posição dele, não ia querer me indispor com a pessoa que estivesse me prestando um serviço, e pagaria logo sem criar caso, mas também não estava por dentro da sua situação financeira. De qualquer forma, achei muita ingenuidade, ele considerar que após termos ficado aquele tempão, eu fosse cobrar apenas pelo período de 1h. 😒

*

Recentemente tivemos um repeteco. – Esse primeiro encontro ocorreu em meados de novembro do ano passado. – Desta vez fiz questão de ativar o timer do relógio, para que apitasse quando encerrasse o tempo. E quando apitou, adivinha? Ainda estávamos transando. Eu não entendo por que certas pessoas, que gostam de aproveitar bastante, não fecham um período maior. Não é nada legal essa situação de ter que fazer malabarismo com o tempo. 

De qualquer forma, gostei de revê-lo, ele não passa uma vibe de maldoso ou aproveitador, tá mais pra sem noção mesmo. Se ele ler isso, espero que nas próximas marque sem miserê de cachê e tempo. 😄

Casal: “Os Insaciáveis” 

Querido diário,

Que saudade que eu tava de postar relatos de encontros, ainda mais com casal! E esse date estava para acontecer desde fevereiro. Quem me contatou foi a mulher, que buscava realizar uma fantasia com o marido. A princípio ficou acordado 1h de encontro e que não haveria penetração em mim, mas, caros leitores, todos os planos foram alterados no decorrer da noite. 😈

Logo de cara adorei a energia dos dois. Muito simpáticos, me trataram super bem, me senti realmente desejada por ambos, enquanto contextualizavam como chegaram na decisão, de me chamar para realizar a fantasia. Nesse momento da conversa estávamos eu e ela sentadas lado a lado no sofá, bebericando um delicioso vinho que eles trouxeram, e ele, um pouco mais afastado, mas ainda assim bastante participativo, sentado numa cadeira. 

Como tínhamos combinado 1h de encontro – e não me lembrava da possibilidade de estender – em algum momento senti uma certa urgência em beijá-la, para que o encontro desenrolasse. Geralmente parte de mim conduzir o andamento, mas sempre dá um friozinho na barriga da mulher ainda não estar preparada para esse avanço. O que não foi o caso, ela foi super receptiva e descobri que a brincadeira era mais para ela. 😈

Em pouco tempo nos beijando, percebi aquele mulherão ensopada no meio das pernas, sei disso porque coloquei a minha mão lá! 😏 Após um tempo nos beijando, nos levantamos para que as roupas pudessem sair mais facilmente e foi engraçado vê-lo nos repreendendo, por estarmos indo rápido demais, quando ele queria apreciar a visão das duas de lingerie, aos beijos, por mais tempo, rs. 

Quando me agachei para chupá-la, me surpreendi com o riacho que estava lá embaixo. Ela realmente estava gostando da brincadeira!! 😱 Depois me puxou pra cima e, enquanto eu o beijava, ela também desceu para me chupar. Não muito depois, fomos todos para a cama! 🔥 🔥 🔥

Fazer um ménage com esses dois foi muito gostoso porque EM NENHUM MOMENTO aconteceu de alguém ficar sobrando. Todas as atenções eram muito bem divididas, mesmo quando a principal interação era entre eles. Ele a chupou primeiro e após um tempo, ela o mandou que me chupasse, dizendo: “Você vai ver como ele é bom”. Aquela mulher exalava segurança e não era nem um pouco egoísta! (Sorte a minha, hehe.)

Realmente ele mandava bem no oral e percebi que ambos queriam que eu gozasse, mas não consigo gozar a três, nesse contexto, fico tímida com plateia, rs. 😬 Chupei ela de novo, focada em fazê-la gozar, mas, quando aumentei a intensidade, ela me tirou, dizendo não querer gozar tão rápido, pois, pelo que percebi, ela goza fácil.

De repente, ele a penetrou, e nesse momento fui para os peitos dela, era inconcebível ficar só olhando, dei um jeito de participar também. 😛 Falando em chupar peitos, esqueci de mencionar que no início da pegação, os dois chuparam os meus, ao mesmo tempo, um em cada lado, e que delícia foi isso! Momentos como esse me fazem esquecer que estou ali trabalhando. 😎

Em outro momento ele a pegou de quatro, com ela deitada por cima de mim, me beijando, visualizem bem quando eu digo que em nenhum momento ninguém sobrava. Após eles interromperem a transa e voltarem para as preliminares, ela incentivou para que ele me comesse também! 😱 Algo que, até então, não estava autorizado, ela soltou as amarras, tamanho seu tesão durante aquele ménage. Achei o máximo ela ter ficado tão à vontade comigo, ao ponto de dividir seu homem!

Ele mandou ver em mim por um tempo, até que voltamos as preliminares e ficamos mais alguns minutos curtindo assim. Ela conduziu para que ele me chupasse outra vez, querendo que eu chegasse lá, mas realmente não consigo me concentrar para gozar com tanta coisa acontecendo. Depois voltou a penetrá-la, até ela anunciar que iria gozar, provocando-o para que viesse também. E ele veio. Dentro dela! 😈 

Foi um ménage e tanto, caros leitores! 😎

Nos pós sexo ficamos mais um tempão papeando, enquanto acabávamos com aquela garrafa de vinho. Ele até me deu um feedback do meu atendimento, super positivo, fazendo com que eu me sentisse a profissional do ano! ❤️ Depois dessa longa e deliciosa sessão de bate papo, pedi licença para tomar um banho, intuí que já tínhamos passado do tempo, inicialmente acordado, e não queria me tornar inconveniente, caso eles quisessem ter um pouco de privacidade.

O mais engraçado é que quando eu estava me secando, no banheiro, ouvi um pequeno estalar vindo do quarto, me deixando uma leve dúvida se eles estariam se pegando, mas achei que fosse coisa da minha cabeça, afinal, tinha sido bem intenso aquele ménage, não acreditei que ainda restasse energia neles. Pois, me enganei completamente. Quando voltei, os flagrei transando, como se a transa anterior ainda fosse a mesma. Fiquei impressionada! Dois insaciáveis! 🔥🔥🔥

– Mas que safadinhos! – Falei, voltando do banheiro. 

– Vem pra cá! – Ela me chamou de volta.

Não tinha como dizer não a um pedido daqueles. Abandonei a toalha e voltei no mesmo minuto. Ele me beijava, enquanto comia ela. Mas aquilo foi só o esquenta do segundo round. Em poucos minutos pausaram, pois ela disse que precisava se limpar (ainda da primeira transa), daí foi tomar um banho e mencionaram a hidro, no andar de cima. Até subi para encher, com eles vindo ao meu encontro depois, mas quem disse que entramos na banheira? Ele estava em pé, com nós duas ajoelhadas na frente dele, o chupando. Ficamos nessas preliminares por um tempo, intercalando com beijos, até que um deles falou para descermos novamente, na cama era bem mais confortável, rs. Essa segunda transa foi tão intensa quanto a primeira, ainda que tenha durado menos tempo. Agora sim eles pareciam saciados, hehe. 

O encontro de uma hora virou três! Ainda deixaram em aberto a possibilidade de um repeteco, que torço muito para que aconteça. 😈 Amei demais conhecê-los, espero repetirmos mais vezes! 🔥 🔥 🔥

Minha Nova Descoberta Sexual

Querido diário,

Aconteceu uma coisa muito inédita! Muito inédita mesmo! Algo que eu já tinha aceitado que nunca aconteceria comigo. Mas aconteceu… quero dizer… quase. Mas nem o quase nunca tinha acontecido, então senti que foi um grande progresso!

O Desconfiado

O mais curioso dessa história é que o cliente que contribuiu para que eu tivesse essa descoberta sexual, foi um que, confesso, no início, achei mala. Ou seja, de onde menos imaginamos podem surgir coisas boas, rs.

– Então é só marcar o horário e eu te esperar no lobby do hotel. – Ele alinhou. – Você tem RG contigo, né?

Não gostei dessa pergunta do RG. Primeiro que era óbvia, qual adulto não tem? Rs. Segundo que para encontrá-lo no lobby e subirmos direto, era irrelevante o meu RG.

– Você tem horário hoje ainda?

– 21h. Talvez 20h.

– Mais cedo?

– Já falei os horários que consigo. – Que irritante quando eu falo o horário que eu posso e a pessoa pede algo diferente do que eu acabei de dizer!

– Você vai estar vestida como?

– Agende e verá. – Oxe, o cara nem agendou e já quer spoiler?!

– Pode ser às 20h então?

– Pode ser. Quanto tempo gostaria? Qual hotel? Qual seu nome? – Aquelas perguntas de praxe para seguir com o agendamento.

– 1h, contando a partir da entrada no quarto. – Que desnecessário ele dizer isso. – Você tem RG contigo? – De novo ele querendo saber do meu RG.

– Combinado então. Quando eu tiver chegando pedirei que me encontre na entrada do hotel para subirmos direto sem eu precisar passar pela recepção. – Ignorei a pergunta do RG, pois, diante desse meu esquema de entrar com o cliente, seria indiferente.

– Por que você não quer passar pela recepção? –  Senti uma pitada de desconfiança, por acaso ele achava que eu era uma criminosa?

– Para não perder tempo.

– Podemos tentar… mas você vai trazer identidade caso eles parem e perguntem?

– Sempre que atendo em hotel faço dessa maneira e nunca tive problema. O hotel não fica monitorando se entrarmos juntos, pois será como se estivéssemos hospedados, voltando de algum lugar. Passar pela recepção na maioria das vezes tem fila e demoram até tirar xerox do meu documento, então me aguarde na entrada do hotel e subimos direto para o elevador.

– Okay, mas você tem identidade… se por um acaso? – Gente que insistente!

– Todo adulto tem documento. Desnecessária essa pergunta. – Sim, eu sei, fui um pouco grossa, estava sem paciência, mil vezes fazendo a mesma pergunta. Talvez eu estivesse de TPM também, somado ao fato de tê-lo achado um tanto mala por esses detalhezinhos na abordagem.

– Se puder vestir jeans, eu gosto.

Não pretendia ir de jeans, na verdade, eu mal uso calça jeans hoje em dia (só tenho uma no meu guarda-roupa), contudo, não me recusei, pois também não queria passar uma imagem de chata.

– Jeans e tênis? – Ofereci. Se é pra sair do meu look de encontros, então vamos com tudo.

– Tô começando a gostar de você, melhor ainda!

– E você tava querendo sair com quem não gostava?

– Um rostinho e corpinho bonito não são tudo. Adoro garotas inteligentes.

Enfim, combinamos.

– Chego em 10 min. – Avisei quando já estava perto.

– Okay, já vou descendo. Vou estar sem o celular, pois a Paulista está um horror.

– É importante você estar com o celular para saber quando de fato cheguei.

Sério mesmo que ele pretendia ficar incomunicável bem na minha chegada?! E se nos desencontrássemos? Ambos não nos conhecíamos, não sabíamos como era o rosto um do outro, achei muito sem noção.

– Okay.

Eu tinha pedido uma foto dele para eu ter uma noção de quem estava indo encontrar, ele me enviou uma de óculos escuro que não deixava ver seu rosto direito, e, para completar, chegando lá, constatei que a foto devia ser muito antiga, pois não vi nenhuma semelhança com a pessoa que me aguardava. Nem consegui sorrir nesse primeiro contato, o achei muito mentiroso. Todo desconfiado e mala, mas do lado dele também não passava nenhuma segurança.

Ao entrarmos na suíte, ele, ainda desconfiado, guardou seu próprio celular no cofre e pediu que eu me virasse para colocar a senha. Eu ficava cada vez mais broxada. Depois pediu que eu me sentasse e contasse sobre mim. Eu não estava muito simpática por todo o contexto, mas me forcei a ser, afinal, ele estava pagando.

Quando enfim a parte sexual começou a desenrolar, rapidamente identifiquei que ele era o tipo que quer aproveitar até o último minuto. Como assim, Sara? Aquele cara que só vai deixar para gozar no último instante e foi exatamente assim que aconteceu. O pau dele era consideravelmente grande e grosso, então já me via indo embora esfolada. Desconfiado como ele era, também não me chupou, ainda bem que levei meu gel. O tempo inteiro foi somente eu o agradando.

A única parte boa desse encontro, que realmente foi muito boa mesmo, foi pela descoberta sexual. De repente, me pediu para ficar de quatro, com os meus pés no chão, comigo inclinada sobre a cama. Já transei nessa posição antes, talvez não com muita frequência, ou com alguém com o dote grande como o dele.

Assim que ele entrou em mim e iniciou os movimentos, comecei a sentir uma sensação diferente na penetração, muito parecida com quando estou me masturbando, mas, nesse caso, sem eu estar me tocando. Senti que o pau dele massageava o meu clitóris por dentro. Eu não estava acreditando que aquele cara mala, estava conseguindo me proporcionar um prazer diferente!

Nesse momento achei ótimo que ele demorasse para gozar, pois queria continuar explorando aquilo. Será que eu conseguiria gozar só com a penetração, sem estar me masturbando?! Em anos de vida sexual ativa, somente nesse encontro que descobri a possibilidade de eu conhecer um orgasmo só com a penetração. Impressionante, não?!

Agora a pergunta que não quer calar: eu cheguei lá??? Não, infelizmente ainda não foi dessa vez, mas descobrir essa possibilidade foi muito significativo. Pouquíssimas mulheres conseguem gozar só com a penetração e saber que posso fazer parte desse seleto grupo, me deixou muito emocionada!!

Quando enfim ele gozou, faltando 5 minutos para o término do tempo, deitou-se ao meu lado com a maior cara de bobo apaixonado e disse:

– Como você está se sentindo, meu amor?

– O que? – Aquele romantismo todo, vindo de alguém que eu nunca tinha visto na minha vida foi tão desproporcional, que até perguntei de novo, para ter certeza se tinha ouvido direito.

– Como você está se sentindo, meu amor? – Com um sorriso de orelha a orelha.

Achei cafona e já cortei logo:

– Estou apertada, vou fazer xixi.

Após usar o banheiro, já aproveitei para emendar o banho. Assim que liguei o chuveiro,  ele me surge na porta, dizendo:

– Humm espertinha.

– Como assim “espertinha”? Não entendi.

Ele desconversou e saiu do banheiro. Será que estava me achando ‘espertinha’ por eu usar os míseros 5 minutos que restavam para tomar banho?! Não queria pensar que fosse isso.

*

Uma semana depois ele quis sair comigo de novo.

– Acabei de chegar do Rio. Pensei em você, está disponível hoje?

– Poderia encontrar por volta das 21h.

– 20h não daria??? – Eu não tinha acabado de falar 21h?! Novamente ele sendo irritante com a questão do horário.

– Talvez 20:30, mas talvez chegue atrasada. 21h chegaria mais tranquila.

– Okay, 21h então.

– Você pode vir de saia.

– Hoje irei do meu jeito.

– Pode dar uma dica do que isto quer dizer mocinha?

– Que não vou de saia.

Novamente eu não estava muito amigável com ele, no fundo acho que homem gosta de mulher que faz jogo duro, rs.

Após adentrarmos na suíte e trocarmos alguns beijos, ele fez questão de perguntar por que eu não quis ir de saia. Depois ele decidiu que naquele segundo encontro iria me chupar, daí pegou uma toalha de rosto e forrou no sofá para que eu me sentasse. Achei cuidadoso, mas com suas perguntas antes do ato, achei cuidadoso até demais.

– Ela está molhada mesmo? – Me perguntou com a maior cara de desconfiado, ao passar seu dedo pela minha pepeka e sentir um molhadinho.

Não que eu estivesse morrendo de excitação, mas sim, ela até que estava colaborando naquele dia.

– Sim, ela tem uma lubrificação própria. – Respondi séria.

– Mas você se cuida, certo? – Ele perguntou cheio de dedos e já me causou uma leve irritação.

Seria o mesmo que eu querer transar com alguém sem camisinha e na hora H virar na cara da pessoa e perguntar: “Você não tem Aids, né?”, esse tipo de coisa ou você confia e vai, ou não faz, perguntar ali na hora é muito broxante.

– Sim, me cuido, mas esse tipo de pergunta é bem quebra clima, se está com medo, então não faz. – Falei logo.

Ele deu uma risadinha sem graça e acabou me chupando. Não preciso nem dizer que não curti seu oral. Depois voltamos a nos beijar e daí ele veio querer ficar passando o dedo pelo meu cu. Eu não estava nem um pouco na vibe e pedi que parasse.

– Você não gosta?

Ele já tinha lido aqui no blog o post do Meu Melhor Contatinho (comentou comigo no primeiro encontro) então sabia que eu até gosto e não deve ter entendido a minha recusa. Eu curto, mas não é sempre e não é com qualquer pessoa, essa é a questão. Somado ao fato de eu ter ido encontrá-lo no mesmo dia que tinha me depilado com uma depiladora diferente, a região estava mais sensível, além de eu não estar na vibe mesmo.

– Não.

Seu pau, que até então estava duro, começou a amolecer na mesma hora. Tentei reanimar no sexo oral, mas não estava funcionando, pelo visto ele era bem sentimental.

– Só por que pedi pra tirar o dedo, ele desanimou? Rs. – Perguntei, tentando descontrair.

– Pois é… – Ele respondeu, um pouco apreensivo.

Percebi que para reanimar o garoto não bastaria ser safada e sexy, eu teria que colocar meu lado romântico em ação. Levei ele para a cama e busquei ser o mais carinhosa possível. O olhava nos olhos com muita intensidade, enquanto meus dedos passeavam pelo seu peitoral e barriga, lhe fazendo muitos carinhos. Minha estratégia surtiu efeito e aos poucos seu membro foi voltando a ficar rijo.

Não muito depois encapamos e começamos comigo por cima. Quando fui ficando um pouco cansada, trocamos e ele veio no papai e mamãe. Algumas estocadas assim, até que me levou para aquela posição mágica, de quatro, com os pés apoiados no chão, inclinada sobre a cama. Quando ele me penetrou e começou a ir e voltar com velocidade, descobri que o ocorrido no primeiro encontro não foi sorte, realmente aquela posição, pelo menos com ele e com o seu pau que tinha aquelas medidas, funcionava muito bem!

Novamente senti que poderia chegar ao orgasmo apenas com a penetração e foquei em chegar lá. No entanto, descobri o que estava me barrando. Eu carecia de memórias sexuais ardentes para me auxiliar naquela jornada. Vou explicar melhor…

Para eu gozar não basta só o sensorial, o mental precisa estar alinhado junto, geralmente eu sempre penso em alguma putaria que me dá muito tesão, mas ali, com ele, todas as memórias que eu tinha pareciam fracas para atingir um orgasmo daquela magnitude. Faz tempo que não tenho sexo casual na minha vida pessoal, então não tinha nenhuma lembrança viva o bastante. Se eu me tocasse chegaria lá com certeza, mas o plano era atingir de um jeito diferente, né? Não quis usar a masturbação como muleta. Em algum momento ele gozou e a transa acabou.

Comentei com ele sobre essa minha descoberta sexual e passei a vê-lo com outros olhos.

– Você tem uma personalidade forte, né? – Ele observou, relembrando o início do encontro.

– Tenho. – À essa altura já bem mais simpática.

Brinquei que ele precisava vir mais vezes para São Paulo, para explorarmos mais isso. Meu leve rancinho tinha evaporado, ao constatar que ele tinha mesmo o borogodó.

Fico aqui pensando, será que só com pauzão é possível alcançar isso? A posição chave eu já descobri, agora preciso testar com outras amostras, enquanto ele não volta. Só digo uma coisa: quem conseguir, vai ganhar um relato fantástico aqui!! Rs.