My Day

Sara Müller

Atrasada. Como sempre atrasada. Mas desta vez sem estar consciente do real horário. Me atrapalhei. O horário que eu já deveria estar lá, meu cérebro projetou que eu deveria estar saindo de casa. Droga. Ainda por cima com cliente novo. Espero que ele esteja tranquilo de horário.

O notifico do meu atraso e agilizo no processo de produção. Eu, que estava em dúvida de qual roupa usar, não podia mais me dar ao luxo da indecisão. Peguei aquele vestido que sempre faz sucesso e me maquiei em tempo recorde. Meia hora atrasada. Quem disse que as mulheres só atrasam no casamento?

“O Sereno”

Meu primeiro cliente do dia, era um que já havia comprado um vídeo meu. Ele também chegou a marcar um encontro comigo alguns dias atrás e desmarcou de um jeito seco que me pareceu história inventada.

Na verdade, sempre que um cliente desmarca, fico achando que a desculpa dada (isso quando dão alguma justificativa), nada mais é que: “Perdi o tesão, não vou mais gastar o meu dinheiro”. Achei que fosse o caso deste, mas não. Ele remarcou alguns dias depois, mais um motivo pelo qual eu não queria causar má impressão chegando atrasada.

Quando o motorista do Uber me deixou em frente a garagem da suíte 504, me deparei com algo que eu particularmente detesto: a porta da garagem fechada. E se tem uma coisa que eu detesto mais do que isso, é a demora para que ela seja aberta.

Lhe enviei uma msg que não entregou, me causando um leve desconforto pela falta de comunicação. Quem sou eu para reclamar de uma porta baixada, quando cheguei meia hora atrasada, não é mesmo?? 

Não sei quanto tempo esse processo levou, talvez um ou dois minutos, mas para mim pareceu que foram cinco. De repente escuto o primeiro barulho da porta querendo subir e me preparo para a grande entrada triunfal. Ele me aguardava ao lado da porta do quarto e não me contive em dar uma alfinetada: “Esqueceu a garagem fechada? Rs”, ele se desculpou. Me desculpei também pelo atraso.

Adentrei na suíte, que já estava na penumbra, e tirei os meus óculos. Ultimamente estou me achando mais bela sem eles, mas não deu tempo de colocar a lente. Daí me virei para o cliente e começamos a nos beijar. Longos beijos ainda de pé ao lado da cama. Ele beijava bem e percebi que era o tipo carinhoso. A música de fundo também estava agradável, aquelas melodias dos anos 80.

Muitos beijos de pé, até que começamos a despir um ao outro. Desabotoei sua camisa e ele levantou o meu vestido, revelando a minha lingerie lilás, que escolhi com esmero por a calcinha ser toda detalhada no bumbum. 

Ele me deitou na cama, nos beijamos mais um pouco e então desceu para me chupar. Nossa que delícia. Começar o dia sendo bem chupada não é para qualquer uma não! Hehe. Me chupou por algum tempo, até que voltou a me beijar e então falei que era a minha vez. 

Não consegui chupá-lo muito, pois, ele estava muito excitado e prestes a queimar a largada. Não muito depois encapamos e veio por cima no papai e mamãe. Ele gozou muito rápido, o que encarei como um elogio. 

Se lavou, voltou para a cama e enquanto conversávamos, me alisava de um jeito super gostoso, como se principiasse uma massagem. Depois pousou sua mão na minha xaninha e começou a brincar com o meu clitóris de um jeito diferente. Que tesão! Fiquei tão excitada que dei um jeito de chupá-lo ao mesmo tempo. Ele incentivou que eu usasse o meu brinquedinho e alguns minutos a frente gozei com seu pau na minha boca, seus dedos na minha xana e meu brinquedinho vibrando junto. 

Ele também estava mega excitado e tentamos transar. Encapamos, me posicionei de quatro, a seu pedido, mas o seu pau não entrava. Quando isso acontece ou é a posição ou não está duro o suficiente. Nesse caso acho que foi um pouco dos dois. Conforme ele não entrava, cada vez mais amolecia. Achei que ele fosse querer trocar para outra posição, mas ao invés disso foi direto para o banheiro tirar a camisinha, me deixando sem entender a abrupta desistência. 

Voltou para a cama e ficamos apenas conversando. Faltavam uns dez ou quinze minutos para acabar o nosso tempo e percebi que o clima de tesão havia passado. Tivemos um papo super interessante sobre PNL (Programação Neuro Linguística), ele também me contou que eu era a sua terceira experiência com acompanhantes e então fui tomar meu banho. Nosso encontro foi de apenas uma hora, então passou rapidinho. Ele se banhou depois de mim e precisou partir antes que meu Uber chegasse. Gostei bastante dele! Espero que repita, apesar do meu atraso, rs.

Repeteco com o Esbaforido

Me surpreendi quando recebi a sua mensagem querendo um novo encontro. Fazia quase um ano desde que saímos (setembro do ano passado), época em que eu ainda relatava os encontros. O que me ajudou a relembrar este aqui.

Já fui preparada para o que me esperaria: rapaz tenso, jovem, um tanto inexperiente e que costumava dar trabalho após a primeira gozada, rs. E lá estava ele me esperando na entrada do seu prédio, conforme o combinado.

Tirando a foto do WhatsApp, não lembrava muito do seu rosto, mas sim, perfeitamente, do seu jeitinho. Entramos no seu apto e puxei assunto com uma informação a seu respeito que eu recordava: sua faculdade. Ele já se formou e agora está ingressando na área. Logo fomos nos encaminhando para o quarto e desta vez não teve o primeiro álbum do Oasis. Apenas o silêncio, e deixamos assim. 

O conhecendo e sabendo que ainda tínhamos duas horas pela frente, ao contrário da nossa primeira vez, também relaxei e não pensei muito na condução dos acontecimentos. Apenas o beijei, beijei e beijei. Até que ele mesmo tomou a iniciativa de me deitar na cama e me chupar bem gostoso. 

Seu oral melhorou bastante! Até perguntei se ele havia praticado, rs. Me permiti relaxar naquele momento. Ahh como era bom ser paparicada mais uma vez no dia. Ele me chupou por uma deliciosa eternidade, até que pedi que me deixasse fazer o mesmo com ele. Voltamos a nos beijar, depois chupou os meus seios e então se deitou. Não chupei por muito tempo, pois logo ele pediu pela camisinha. Encapei o menino.

Me sentei com cuidado e então comecei a me movimentar em cima dele, bem devagar, para só ir ganhando velocidade com o tempo. A transa durou um tempo razoável, ele gozou com a minha cavalgada. Foi se lavar e o aguardei rendida em sua cama. Quando retornou, conversamos um pouco e lhe ofereci uma massagem, apenas para ir aquecendo o segundo tempo. Ele acabou recusando, pois, disse que sentia cócegas e o provoquei com isso, rs. O nosso aquecimento se sucedeu pelos beijos e quando dei por mim já estava chupando seu pau novamente. 

Quando chegou o momento de encapar, sugeri a posição de ladinho. Como sabia que sua segunda gozada demorava mais, achei prudente começarmos numa posição menos cansativa que nos daria maior fôlego para os longos minutos de transa que viriam a seguir. Ele concordou e foi uma transa bem amorzinho. Ele com o nariz no meu cangote e eu alucinada de tesão com o meu brinquedinho vibrando lá embaixo também. Gozei assim. Hummm.

Já ele, como eu previra, continuou a todo vapor. Depois trocamos para papai e mamãe, posição esta em que ele ficou por mais um tempo até gozar. Depois disso foi olhar as mensagens em seu celular – que estava apitando direto – e eu aproveitei para entrar no banho. Ainda tínhamos uns quinze minutos, mas percebi que ele precisava de privacidade para responder as mensagens e também sabia que com aqueles míseros minutos restantes não teríamos tempo hábil para engatar alguma coisa.

Me banhei e quando retornei para o quarto, ele já estava vestido, ainda no celular. Terminei de me arrumar com calma e então me preparei para ir embora. Novamente ele me presenteou com chocolates e me acompanhou ate a entrada do prédio. Fofo ele. Espero que não demore tanto tempo de novo para que tenhamos outro repeteco! 🙂

Voltando para casa, ainda embalada naquela atmosfera de tesão e bem estar, fui surpreendida por uma situação inusitada. Em determinado farol, próximo a Av. Paulista, aconteceu uma coisa pelo qual eu nunca havia passado. Com toda essa questão da pandemia, é quase que requisito obrigatório os motoristas de Uber não ligarem o ar condicionado do carro e, ao invés disso, deixarem os vidros abertos.

Era um dia quente, logo, abri o vidro da minha janela também, pois, toda vez que o carro parava em algum semáforo e ali ficava por alguns minutos, eu quase cozinhava dentro. Daí, minha gente, estava eu lá entretida no meu celular, fechada no meu mundinho, quando, de repente, alguém tentou tomar o celular da minha mão! Um homem que estava do lado de fora do veículo tentou me assaltar!!! Foi mesmo muito rápido. Antes que meu cérebro tivesse tempo de raciocinar o que estava acontecendo, por instinto eu apenas segurei ainda mais forte o meu telefone.

Por sorte eu já o segurava com as duas mãos, então o bandido ficou em desvantagem. A sua tentativa durou uns dois segundos e então saiu andando calmamente como se nada tivesse acontecido. Eu apenas olhei para o lado para ver quem era e permaneci muda e pasma.

Calafrios percorreram todo o meu corpo e continuaram até mesmo depois que eu já estava segura dentro de casa. O motorista do Uber, de imediato, nem tinha entendido o que acabara de acontecer. Ele disse que achou que tinham batido em seu carro, até que viu o cara saindo da janela.

Foi mesmo uma situação muito sinistra. Só quem também já foi assaltado conhece essa sensação. Ele perguntou se eu gostaria que ele parasse em algum lugar para eu beber uma água, mas tudo que eu queria era chegar logo na minha casa. Olhei para o meu braço em que o assaltante tocou e meu pulso estava levemente avermelhado pelo atrito.

Eu só conseguia agradecer a Deus por ele não ter conseguido levar nada. Se eu já estava me sentindo mal pela tentativa, imagine como eu ficaria se ele tivesse levado meu celular embora? Não estaria com ânimos nem para escrever esse post de tão arrasada que eu estaria.

No tempo restante do trajeto, enquanto tentava abstrair o ocorrido, como forma de terapia comecei a escrever. Um texto preliminar e não finalizado, que compartilho com vocês, juntamente com uma canção:

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“Os calafrios percorrem o seu corpo. Ainda não lhe caiu a ficha do que acabara de acontecer. Alguém invadiu o seu mundinho. Uma pessoa mal intencionada, não convidada, ousou invadir a sua bolha. Que sensação ruim. Na sua pele jaz a marca da tentativa. Não, ele não conseguiu. Não conseguiu te deixar pior do que você estaria se ele tivesse conseguido. Só quem já passou pelo mesmo, conhece essa sensação.

Seria você o culpado? Culpado por facilitar o roubo? Culpado por abstrair que vive numa cidade violenta e relaxar no banco de trás de um carro como se estivesse em segurança? A segurança não existe. É ilusória.”

Não está lá essas coisas, eu sei. Não tive tempo de aprimorar ou continuar. Abandonei assim e lhes trouxe o primeiro esboço do que poderia vir a ser lapidado. Enfim, cheguei em casa e quando olhei meu celular de trabalho, me deparei com uma mensagem fofa do Esbaforido:

Claro que não o incomodei contando o que me aconteceu voltando da sua casa, mas é provável que ele descubra lendo esse post, rs.

Meu dia não terminou por aí, quero dizer, coisas ruins sim, parou por aí, mas eu ainda tinha mais um job! O último do dia para fechar a agenda. Mas antes de encontrá-lo, fiquei um pouco em casa. Pude almoçar (em horário de lanche da tarde, rs), fiz algumas tarefas domésticas e então tomei outro banho, iniciando o terceiro tempo de produção pré-atendimento.

Este cliente, confesso que fui pensando ser um e quando cheguei era outro. Isso que dá não relatar mais os encontros! Rs. Nossa memória nem sempre funciona 100%. Ele não fala uma palavra sequer em português e pelas poucas palavras e maior objetividade nas mensagens, pensei que fosse um tal japa que atendi certa vez. Quase acertei. Na verdade se tratava de um chinês que tinha atendido em outubro do ano passado.

Quando entrei em seu carro – combinamos um horário em que ele estava chegando da rua, me poupando de passar pela portaria do prédio – , percebi na hora que havia me confundido de cliente. “Quem é esse mesmo?” Me forçava a lembrar. Ele comentou que havia se mudado do apartamento anterior, o que explicava eu não reconhecer o endereço. Sabia que não era cliente desagradável, pois, se fosse eu o teria bloqueado e no entanto seu nome e número permaneciam salvos na minha agenda.

Tive a certeza de quem ele era quando entramos no seu apartamento. Só pela organização do ambiente – ou devo dizer, desorganização, rs – lembrei de como o havia apelidado na minha mente quando o conheci: o chinês do apartamento bagunçado, rs. Impressionante como ele conseguia manter o mesmo padrão de bagunça mesmo em apartamentos diferentes. Mas longe de mim julgar alguém! Eu também sou bagunceira às vezes, estou apenas comentando uma de suas características que me fizeram lembrá-lo mais facilmente! Rs.

“O Bagunceiro”

Este apartamento era igualmente grande ao anterior que ele morava. Escolheu o quarto mais limpo e organizado para ficarmos e então pediu licença para se banhar. Me deitei na cama e fiquei apreciando a luz do sol que entrava. Ele demorou para voltar, então decidi esperá-lo seminua. Tirei meu vestido e até fiz umas fotinhos com o meu celular que quase foi roubado, rs. 

Quando ele veio, já estava praticamente nu, com apenas uma toalha enrolada em sua cintura. Nos beijamos ainda de pé, até que nos encaminhamos para a cama. As preliminares foram um tanto comportadas. Ele não é muito de ter contato com o corpo do outro, ou seja, não me chupou em cima (seios), muito menos embaixo (xana).  Não sei porque, mas eu tinha uma vaga lembrança que no primeiro encontro ele tinha me chupado. De duas, uma: ou mais uma vez minha memória estava me traindo ou desta vez ele não o fez por ela estar mais peludinha. Bom… saberei numa próxima vez que sairmos e eu estiver depilada, rs.  

Mas ainda que ele não fizesse nada em mim, pude curtir transar com ele, pelo seu jeito gentil na cama. Caí de boca no seu pau e em determinado momento ele pediu que eu lambesse seus mamilos. Obedeci, é claro, inclusive me dediquei mais tempo do que o normal neles. Não muito depois já encapamos e ele veio por cima. Novamente tentei usar meu brinquedinho durante a transa, mas ele não curtiu a vibração lá embaixo. Uma pena. Gozou e já foi imediatamente para o banheiro, se limpar.

Ao retornar, após pouco tempo de conversa, ele pediu por uma massagem. Peguei o meu óleo massageador na bolsa (não coincidentemente eu tinha levado, já que fui lhe encontrar pensando se tratar de outro cliente, um que, por acaso, eu havia lhe feito massagem no nosso primeiro encontro) e me sentei por cima dele, que já estava deitado de bruços. O massageei por bastante tempo, até ele considerar que já estava bom, demonstrando sinais de que queria voltar a posição inicial. 

Sobrou tempo para uma segunda rodada. O chupei mais um pouco só para terminar de deixá-lo no ponto, encapamos e desta vez eu que fui por cima. Transamos um pouco assim, até que ele quis voltar para o papai e mamãe, posição esta em que teve a sua segunda gozada. Depois já fui me encaminhando para o banho, ao que ele fazia o mesmo, em outro banheiro da casa. Gentil ele, do seu jeito, é outra cultura, né?

Voltei para a casa em segurança, desta vez, com o vidro do carro fechado.

14 comentários em “My Day

  1. Ótimos os relatos!! ????

    Sara me reponde uma coisa: vc já pegou Covid? Sente segurança em manter os programas sabendo que pode se contaminar ??

    1. Olá. Fiz o teste há algumas semanas, a pedido de um cliente, e deu negativo. Ou seja, ainda não peguei. Como eu sei que é algo que em algum momento todos iremos pegar, já trabalhei isso na minha mente. No momento o meu medo maior é ficar sem dinheiro, rs. Sou uma profissional autônoma e dependo de mim mesma para tudo. Moro sozinha e na medida do possível tomo os devidos cuidados, assim como quem está me encontrando também.

  2. SARINHA SEMPRE NOS CONTEMPLANDO COM ÓTIMOS RELATOS, ADORO SEMPRE QUE POSSO OS LEIO. GOSTO DA MANEIRA EM QUE RELATA TUDO. QUASE IMPOSSÍVEL NÃO FICAR PRESO NA LEITURA ??????????????

  3. Geralmente, fujo de textos grandes, mas os seus posts faço questão de ler. Tenho muita vontade de te conhecer, aguardo o momento oportuno para uma viagem a sp, ou uma temporada sua em cwb. Grande beijo.

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