Perdendo a Fé nos Homens

Querido diário,

Acho que nunca contei nessas páginas sobre o meu último relacionamento. O tal que morei junto e que parei de atender por conta dele. Sempre fui muito discreta em relação a ele, pela forma como nos conhecemos: era cliente. Mas ao contrário do Habib e Fenomenal, já relatados aqui, que me deixei envolver e eram casados, com este o curso da história foi totalmente ao contrário.

Na primeira vez que saímos, ele também era comprometido, casamento nas últimas, até me mostrou a foto da esposa e me surpreendi que ela fosse tão mais bonita do que ele. Sobre o nosso encontro, sinceramente falando, não gostei muito. Não me atraiu em nada e a parte sexual também não teve nada de surpreendente.

Meses se passaram e ele voltou a me procurar. Desta vez, recém separado, reconstruindo sua vida. Neste encontro lhe fiz uma deliciosa massagem tântrica – lembro dele dizendo que tinha sido muito intenso –, e ao final do encontro lhe indiquei um filme que o ajudaria muito nesse processo de “voltar pra pista”, chamado “Amor a Toda Prova”, pelo nome parece um filme mela cueca, mas, pelo contrário, tem uma trama muito interessante e condizente com esse momento de vida, do homem mais velho que termina um casamento de anos e precisa reencontrar a sua masculinidade.

Mais alguns meses se passaram, até que ele voltou a me procurar. Agora o atendimento foi direto no seu apê de homem solteiro. Eu fiquei bastante surpresa quando ele abriu a porta, estava repaginado! Tinha deixado a barba crescer, fez uma tatoo grande no braço e tinha emagrecido! Uma outra versão muito melhorada. 👏🏻

– Adorei a dica do filme, me ajudou bastante. – Ele reconheceu, agradecido.

Se tornou meu cliente fixo, saindo comigo toda semana, inicialmente encontros de 4h que passaram a ser pernoite. Com o passar do tempo, atender ele não parecia mais trabalho, ele me tratava como uma legítima namorada, cozinhava pra mim – e mandava muito bem, poderia abrir um restaurante que seria sucesso –, assistíamos filme juntinhos no sofá, me levava pra jantar fora, enfim, dates que fugiam do estereótipo sexual de programa.

Na última vez que saímos pagando, lembro dele ter contratado um pernoite de sexta para sábado e no dia seguinte eu não queria ir embora. Tive que decidir naquele momento se ultrapassava essa linha ou não, e acabei decidindo por sim.

– Você sabe que essa é a última vez que você sai comigo pagando, né? – Admiti pra ele.

– Ainda bem, já estava ficando sem dinheiro. – Ele brincou, rs.

Logo mais veio a pandemia, o que intensificou ainda mais o nosso envolvimento. Em um mês saindo, sem que houvesse mais a parte financeira envolvida, oficializamos o namoro.

– Você está namorando com essa *******? Todo fim de semana só fica com ela! – Um amigo dele o questionou, e ele estava me contando.

– E o que você respondeu? – Perguntei.

– Que sim.

– Você me pediu em namoro, por acaso?

– Precisa pedir?

– Mas é claro!

Daí ele se ajoelhou e me pediu em namoro, fazendo toda uma cena. Foi muito fofinho. Confesso que levei algum tempo para desvincular a sua imagem a de um cliente. Muitas vezes tinha receio de compartilhar alguma coisa dos encontros, pensando nele como um cliente também, como se eu estivesse sendo antiética, não o vendo como alguém que eu poderia compartilhar qualquer coisa. Foi uma delícia quando a minha chavinha virou e já não o via mais como alguém que um dia precisou pagar para sair comigo.

No começo ele lidava bem com o meu trabalho, mas conforme foi ganhando mais importância na relação, começamos a ter sérios desentendimentos, por ele não se sentir confortável de eu continuar atendendo, com receio de que da mesma forma que me envolvi por ele, também me apaixonasse por outro. Quando completamos um ano de namoro, decidimos morar juntos, como uma forma de reduzir os meus gastos. Foi nesse período que criei minha conta no OnlyFans, com o intuito de migrar a minha fonte de renda.

E lá fomos nós, entramos de cabeça nessa vida a dois. Coloquei meu apartamento pra alugar, ele também saiu do que ele estava e nos mudamos para um maior. Me senti muito feliz durante esse período, estava completamente apaixonada, já imaginando o dia que nos casaríamos oficialmente e teríamos filhos.

Ele tinha uma vida social bastante ativa, todo final de semana íamos para eventos diferentes com a sua turma, sempre viajávamos com dois casais de amigos, festas, churrascos, esse povo rico sabe viver a vida. O curioso é que nunca consegui me conectar completamente com as namoradas/esposas dos amigos dele. Isso me incomodava muito por dentro, como se eu não me encaixasse naquele meio. Não que elas me tratassem mal, muito pelo contrário, mas nunca rolou uma amizade profunda, organicamente.

Tentei fazer dar certo a minha carreira de atriz, trabalhando em alguns eventos, mas nada que me trouxesse a renda que eu tinha antes, é claro, o que, com o passar do tempo, começou a me gerar incomodo. Uma vez, o chamei pra conversar e falei sobre eu voltar a atender, apenas para estruturar a minha saúde financeira, já que parei de atender abruptamente por conta do nosso relacionamento – ele bancava a casa, nossos passeios e viagens, mas as minhas despesas mensais ficavam por minha conta –, e ele não foi nada flexível, dizendo que se eu voltasse a atender, terminaríamos. Egoísta. Pensando apenas na sua insegurança masculina, mesmo as minhas contas não fechando, todo mês no vermelho, desde que começamos a morar juntos.

Com o passar do tempo, o meu sentimento por ele foi diminuindo, uma vez que eu precisei me diminuir para estar com ele. Eu não tinha mais autonomia financeira, não podia mais fazer as coisas que eu gostaria, como aulas de canto e dança para me desenvolver nas artes, eu nem andava mais de uber e também tive que reduzir o amparo que fornecia a minha mãe. Me vi num grande retrocesso de vida. Tinha saído de casa, aos 25, pra ter a minha independência, pra agora estar presa num pseudo casamento, sem nenhum puto no bolso.

Por outro lado, eu não tinha o que me queixar dele. Era um lord comigo, cozinhava pra mim, me tratava como uma rainha. Pagou até coach profissional para que eu descobrisse outras áreas que eu pudesse me desenvolver profissionalmente. Mas num destes tantos testes que precisei fazer com ela, descobri que estabilidade financeira é um valor muito importante pra mim, e talvez por isso que eu estivesse cada vez mais tão incomodada de continuar naquele relacionamento.

A chavinha não virou do dia para a noite. Aos poucos fui ficando sem paciência, sem vontade de transar e calhou dele passar um mês fora viajando a trabalho. Eu ainda mantinha as minhas redes sociais da Sara e, um dia, enquanto ele viajava, decidi responder uma mensagem no Twitter, em que a pessoa me perguntava se eu atendia casal. Num primeiro momento respondi que não mais e indiquei a Manu Trindade. Mas depois voltei na conversa e especulei para quando gostariam. Eu não confirmei que os atenderia, no entanto, cogitei essa possibilidade.

Para o meu azar – ou não –, o meu Twitter estava logado no celular dele. Ficou furioso e desconfiado de que eu já estivesse atendendo escondido, já que ele estava o mês inteiro fora. Eu não estava, mas também não fiquei me desculpando por nada, não era novidade que eu estava sem dinheiro e chegou um certo ponto em que comecei a pesar na balança o que era mais importante, um relacionamento ou minha independência financeira. Diante das circunstâncias, continuar com ele já não tinha mais o mesmo brilho e vê-lo me acusando de estar atendendo pelas suas costas, me causou mais revolta ainda, pois, odeio ser acusada de algo que não fiz. Por outro lado, suas acusações me fizeram me imaginar naquele cenário – o de estar atendendo novamente – e gostei de me ver nesse lugar, tendo a minha antiga vida de volta.

Nesse momento o jogo inverteu. Vendo que eu terminaria com ele para voltar aos atendimentos, ficou mais flexível, querendo ceder a um pedido meu do passado, quando propus que eu voltasse a atender até me estruturar financeiramente. Mas agora era tarde demais, eu não queria ter que ficar mais dando satisfação para ninguém e voltar a ter a minha total liberdade para fazer o que eu bem entendesse. Lembro como se fosse ontem a nossa conversa que culminou no término, foi a mais difícil que conduzi em toda a minha vida.

Ele chegou de viagem e me buscou no meu trabalho de atriz. Ali eu vi que não sentia mais nada por ele, pois fazia dias que não nos víamos e eu sequer estava com saudade. Ele tentou me beijar no carro, mas me esquivei da sua investida e falei que em casa conversaríamos, eu que não ia lhe provocar emoções enquanto dirigia. Quando chegamos, na maior calma, falei que ia tomar banho e enquanto eu estava no chuveiro, estruturei toda a conversa na minha mente. Eu sabia o que eu queria, mas não sabia como colocar pra fora de forma condizente, mas, conforme aquela água caía sobre a minha pele, veio tudo naturalmente.

Nos sentamos na sala e então comecei.

– Eu não estou mais feliz nesse relacionamento.

Pausa.

– Sinto um carinho e gratidão enorme por você, mas, os sentimentos que mantém uma relação viva, eu já não sinto mais. – Continuei.

Mais pausa.

– Quero voltar a atender e ter a minha independência financeira de volta.

– Não tem nada que eu possa fazer?

– Não.

– E se alinhássemos sobre você voltar a atender, ainda estando juntos?

– Quero ter minha liberdade pra atender tranquilamente.

Em resumo, foi uma conversa bastante difícil, ambos choramos. É difícil romper um ciclo, ainda mais um ciclo bom como tinha sido aquele. Ele foi tão evoluído que, dias depois, ainda me ajudou a empacotar as minhas coisas, mesmo que a minha partida doesse nele. Choramos muito no dia da minha mudança. Eu estava triste por estar indo embora, mas não triste o bastante pra continuar ali.

Ao todo nosso relacionamento durou pouco mais de dois anos e estamos separados há dois anos e quatro meses. Mantivemos contato, afinal, não tinha acontecido nada de grave para que terminássemos, traição ou coisa do tipo, apenas momentos de vida diferentes. Vez ou outra trocamos mensagens, nada que tivesse segundas intenções de nenhum dos lados.

O fato novo é que, recentemente, retomei o contato com uma grande amiga, – uma que estávamos há meses sem nos falar, mas que sempre fomos muito próximas, inclusive na época que eu ainda estava com ele – e descobri que esse homem que eu nutria um certo respeito e admiração por toda a nossa história, estava dando em cima dela! (Talvez pensou que por estarmos afastadas, tudo bem cortejá-la, ignorando o fato de sempre ter sido uma pessoa muito próxima a mim e que poderíamos retomar a amizade a qualquer momento). Não é uma amiga qualquer, mas justo uma que frequentava a nossa casa, que sempre estava presente nos eventos que organizávamos para reunir a galera.

Quando ela me contou, não pensei muito na perplexidade que aquela informação representava e reagi numa boa.

– Amiga, se você quiser tudo bem, dou o maior apoio, não sinto mais nada por ele. – Até me diverti com a possibilidade.

Mas conforme ela avançava no relato e me mostrava as mensagens trocadas, se mostrando perplexa e nem um pouco interessada, que foi caindo a minha ficha do grande papelão que ele havia cometido, ao ponto ainda dele argumentar com ela, que a minha amiga não estava embarcando no flerte dele por medo de mim, ignorando o fato dela não estar interessada e também de haver um respeito e código de ética entre amigas, quando se refere a ex-namorados (que dirá ex maridos). Entendo que não estávamos mais juntos, mas ainda assim achei feio, pra não dizer péssimo.

A imagem que eu tinha dele ruiu completamente. Eu o via como um cara super legal, correto, decente, até mesmo por ainda mantermos contato de forma respeitosa, interagindo vez ou outra sobre algum assunto, mas saber que ele deu em cima da minha melhor amiga (ainda que estivéssemos brigadas) me fez criar um certo desprezo e ranço, ainda que, de verdade, eu não tenha mais o menor interesse nele há muito tempo. Será que estou sendo antiquada?

Você que é homem, acha normal e plausível dar em cima de alguém muito próximo da sua ex? E vocês mulheres? Como receberiam algo desse tipo, mesmo que não sentisse mais nada pelo cara? Não ficariam com a sensação de que sempre houve esse interesse por parte dele, mesmo quando ainda estava com você? Estou sendo careta? Qual a visão de vocês sobre o assunto?

“O Pothead”

– Você faz período maior que 2h? 4h? Pernoite? – Ele perguntou, em algum ponto da conversa.

– 4h sim. Pernoite não faço logo de cara com quem não conheço.

– Entendo. 4h quanto fica?

– O valor de 2h multiplicado por 2.

– Podemos marcar pra hoje ainda? Ou amanhã é melhor pra vc?

– Não consigo chamando em cima da hora, meus clientes agendam com antecedência. Tenho disponibilidade na quarta. – Era uma segunda-feira.

– Entendi. Podemos deixar agendado pra quarta 19h então?

– Podemos sim. Quanto tempo reservo pra gente e onde será o encontro?

– 4h, no motel My Flowers.

– Pedirei que me acerte logo na chegada, assim já tiramos isso da frente e iniciamos o encontro. Tudo bem?

– Sem problemas. Eba animado.

Dois dias depois…

– Olá, bom dia!! Confirmado para hoje à noite? 😊 – Perguntei.

– Bom dia! Confirmado sim.

– Pedirei que chegue um pouquinho antes das 19h, coisa de 10 minutinhos, para já ir pegando a suíte. 😊

– Pode deixar, eu chego sim.

Duas horas antes…

– Oi, jaja vou ir pra lá, td certo pro nosso encontro? – Ele reconfirmou.

– Sim, tudo certo. Já vou começar a me arrumar aqui. Algum pedido especial ref a minha vestimenta?

– Pode usar uma lingerie preta?

– Sim.

– Ou alguma que vc gostar. Eu tô de saída daqui, chegando lá te aviso.

*

Como se tratava de um encontro longo, decidi levar uma garrafa de vinho que tinha aqui em casa, não sabia se ele tinha providenciado algo, geralmente os clientes avisam quando vão levar alguma coisa. Cheguei no encontro com uma garrafa e o meu livro em mãos. Suíte 144, havia uma moto na garagem.

Subi as escadas e já pude ouvir a sua voz máscula, quando ele soltou um “Oi”, comigo ainda subindo. Assim que cheguei no quarto, levantei a garrafa e descontraidamente falei:

– Acabei trazendo uma garrafa de vinho, não sabia se você bebia, mas de moto acho que não vai rolar, né?

– Eu posso beber sim.

– Até a hora de ir embora já passou o efeito, né? Rs.

– Sim rsrs.

Num primeiro momento o achei meio tímido. Ele era jovem, 30 anos, bem magrinho, de óculos, calça jeans, camiseta e tênis preto, cabelo grande, mas preso, me passou uma vibe de roqueiro (ainda mais pela moto lá embaixo). Em algum momento perguntei com o que ele trabalhava e respondeu que era TI, o que fazia total sentido com aquele jeitinho meio nerd, rs.

– É a primeira vez que você sai assim? – Perguntei.

– Não, já saí uma vez, mas faz bastante tempo.

– Quanto tempo?

– Há uns três anos.

– Nossa bastante tempo mesmo! E a experiência foi boa?

– Foi sim, foi ok.

– E você está há quanto tempo sem transar? – Perguntei em outro ponto da conversa.

– 5 meses.

– TUDO ISSO?!!!

Ele me contou um pouco da sua vida sexual/amorosa. Tinha namorado três vezes e em todas elas foi traído. O que achei bastante curioso, fiquei tentando decifrar qual teria sido o motivo de cada uma.

As taças chegaram, servi o vinho e ficamos bebericando em pé, conversando, parecia um date de verdade, até uma playlist de músicas sensuais ele tinha colocado pra tocar. Como era a maior suíte do motel, em algum momento perguntei se ele tinha intenções de usar a hidro, e ao que me confirmou, já fui colocar pra encher. Enquanto a água ia preenchendo o espaço vazio daquele buraco branco, o chamei para sentar comigo no estofado que tinha ali perto, e assim continuamos conversando, enquanto bebericávamos o vinho. Conversa vai, conversa vem, de repente, despretensiosamente, o assunto “maconha” surgiu na conversa.

– Você não gosta? – Perguntei.

– Gosto. Mas cigarro não gosto.

– É, eu também não.

– Cigarro não, mas maconha sim? – Ele quis confirmar.

– Sim, mais natural, né.

– Você fuma?

– Eu fumo. Você fuma?

– Fumo.

Foi a deixa perfeita pra ele dizer que tinha trazido um consigo. Se a noite já estava indo bem, pelo visto, ficaria ainda melhor! 😈

Foi até a sua mochila e voltou com a pequena tocha já bolada, pronta para ser fumada, mas pedi que esperasse entrarmos na banheira, que seria ainda mais gostoso. Assim que terminou de encher, joguei os shampoozinhos na água e liguei a hidro para que começasse a fazer a espuma. Ficamos pelados, mas evitei olhar para o pau dele, não queria spoiler antes da hora. 😁

A água estava deliciosa, consegui deixar na temperatura certa. Ali ficamos praticamente 1h só conversando, bebendo e fumando. Uns assuntos muito aleatórios, me diverti ao saber que ele gostava de filmes de terror trash. 😆

– Eu acho muito da hora! – Ele disse.

– Mas como você consegue achar da hora uma coisa que é tão ruim? Kkkkkkk.

– Exatamente por isso, é engraçado ver a tentativa de alguém fazer algo que não deu certo kkkkk.

Nisso me lembrei de uma situação que aconteceu comigo, envolvendo um filme de terror trash, e naquele momento foi muito condizente compartilhar com ele…

– Uma vez, quando eu ainda morava com a minha mãe, um amigo meu ia lá pra casa, pra fazermos a noite do pijama, daí, paramos num camelô antes, pra escolher um filme que a gente assistiria. Escolhemos um que tinha a capa super assustadora, se chamava: “Obsessão Saguinária”. O cara matava as pessoas com martelada na cabeça! Kkkkkkk. Quando o filme acabou, eu e o meu amigo olhamos um para a cara do outro, ficou aquele minuto de silêncio e então caímos na gargalhada kkkkkkk.

– Tá vendo, é isso! O filme é tão trash que vira uma comédia kkkkkk.

– E você nem sabe, a gente ficou tão indignado em como era ruim, que fomos pesquisar na internet pra ver qual a avaliação dele, com a certeza de que encontraríamos várias críticas. Daí, sabe o que descobrimos? A capa do filme nem era aquela!! 😆 O camelô colocou uma capa diferente pra deixar o filme mais atrativo! Kkkkkkkkkk.

– Esperto o cara! Bom no marketing! Kkkkkkkkk.

Daí ele falou de um filme trash que ele gostava, chamado “Sharknado”, que era um tornado que tinha uns tubarões dentro que matavam as pessoas!

– Mas como o tubarão conseguia ficar vivo dentro do furacão, se não tinha água?! Kkkkkk – Perguntei, tentando trazer alguma lógica pra coisa kkkk.

– Pois estava vivo e ainda matava as pessoas! Kkkkkk.

Caí na gargalhada. Era tão absurdo que beirava o ridículo kkkkkk.

Daí, seguindo essa linha de filmes de terror e assassinatos, ele perguntou se eu não tinha medo de me deparar com algum louco nos encontros. Falei que não, que só atendo em hotéis e motéis, que pro cara fazer algo contra mim, também prejudicaria a si mesmo, pois as recepcionistas sempre ligam no quarto pra perguntar se pode liberar o cara, e que a domicílio só vou se for prédio com portaria, enviando o endereço do cliente para alguém antes.

– Se o cara me matar na moradia dele, terão câmeras na portaria registrando a minha entrada e o endereço dele estará com uma amiga minha. Se eu sumir, ela já vai dar parte na polícia. E se a recepcionista ligar aqui, quando o cara estiver no caixa pra pagar, e eu  não atender, vão mandar alguém vir no quarto, olhar.

– Imagina se a mulher entra e te vê estirada no chão? – E fez uma careta de aflição. – Nossa, como você reagiria se visse alguém estirado na sua frente? – Ele me perguntou.

– Eu sei lá! Você já viu?

Daí ele contou que uma vez que viu uma pessoa sendo atropelada.

– Onde você estava?

– No ponto de ônibus. Foi uma cena muito chocante, a perna da pessoa saiu voando pra um lado e a pessoa pro outro.

– Não acredito! – Fiquei perplexa, imaginando a cena.

– Eu tava de fone, daí tirei devagar enquanto processava o que tinha acabado de acontecer e todo mundo no ponto estava gritando.

– E o motorista? Ele tava em alta velocidade?

– Estava, depois ele também bateu com o carro no poste.

– Mas que horas era?

– Umas 17h, 18h.

– Ué, era cedo, então o cara não devia estar bêbado. Por que será que ele perdeu a direção do volante?! – Eu, jornalista investigativa, querendo entender cada detalhe do caso.

– Isso eu não sei, mas o motorista ainda saiu do carro vivo, todo atordoado, o cara que foi atropelado tava desacordado.

– E o que mais?

– A polícia chegou primeiro, a ambulância levou 18 minutos pra chegar.

– 18??? Que absurdo!! Demoraram muito! Deviam ter chegado em 5 min pro cara ter alguma chance!

– Pois é, tava trânsito, demoraram.

– Mas como o cara conseguiu atropelar em alta velocidade, se estava trânsito? O atropelado sobreviveu??

– Não sei, foram todos na ambulância.

– Como assim não sabe?! Não ficou curioso pra desvendar os fatos?

– Eu não, não dava pra ficar lá, tinha que ir embora.

– Nossa eu ia muito querer saber se o cara sobreviveu e por que o outro atropelou.

Enfim, fiquei com mil indagações e nenhuma resposta. Conversamos tanto, que em determinado momento esgotamos todos os assuntos, provisoriamente, e aí foi a deixa para nos beijarmos. Nos aproximamos e ficamos um tempo naquele vai num vai de encostar os lábios, até que trocamos alguns selinhos, e então começaram a surgir as línguas. Beijo bom, sem pressa, gostei bastante. Aos poucos mão aqui, mão acolá, ele pegou nos meus seios e eu fui com a minha mão para o seu pau. Comecei a masturbá-lo embaixo da água e foi uma delícia ver a sua feição mudando, conforme o tesão ganhava espaço.

Depois nos ajeitamos na água, nos sentamos um de frente para o outro, mais encaixados, coloquei as minhas pernas em volta dele e ele também encaixou as dele, em volta de mim. Conforme o masturbava, a cabecinha do seu pau roçava no meu clitóris e me aproveitei disso para masturbar os dois ao mesmo tempo. 😈 Q U E   D E L Í C I A. Ouvi-lo gemendo, curtindo aquilo junto comigo, foi mesmo muito gostoso. Só parei quando gozei.

– Como você é gostosa. – Disse, depois de me assistir gozar com o pau dele.

Fiquei tão extasiada e desnorteada com aquela descarga de prazer, ainda por cima chapada, que levei uns dois minutinhos para me recompor e levantar para irmos ao quarto. Fomos para a cama e nos beijamos bastante, até que fui descendo para chupá-lo. Pau limpinho, bonito, cabeça rosinha, uma delicinha. Chupei até que me tirasse de lá.

Depois ele me deitou, veio por cima de mim, chupou os meus seios – algo que eu adoro – e foi descendo pra me chupar lá embaixo. Gostei que ele não chegou já metendo a boca, foi reconhecendo o terreno antes, beijou a parte interna das minhas coxas (adoro quando fazem isso) e, aos poucos, delicadamente, foi com a língua para a minha bucetinha. Me chupou muito gostoso, estava adorando o desenrolar daquele encontro.

– Se eu não tivesse gozado quase agora, com certeza gozaria com você me chupando! – Elogiei após algum tempo, para que ele entendesse que não precisava se empenhar tanto para eu gozar, pois ainda estava me recuperando, rs. – Não sei como você foi traído 3x fazendo desse jeito, aposto que não devia mais rolar essa dedicação ao longo do tempo, você só tá caprichando porque é primeiro encontro! 😅 – Brinquei, e ele deu uma risadinha.

Daí pegou o preservativo, encapou o menino – outra coisa que achei bacana, sua autonomia em colocar a camisinha em si mesmo, a maioria dos clientes deixam para que eu faça essa tarefa –, me beijou mais um pouco e então veio por cima.

Novamente fui surpreendida. Que desenvoltura. Que encaixe. Que troca gostosa de energia. Estava tão gostoso, que até comecei a me masturbar de novo, enquanto ele me penetrava. Por um momento achei que eu fosse ter uma segunda gozada, mas meu corpo não contribuiu àquela altura da noite.

Quando ele gozou, um tempinho razoavelmente depois, foi engraçado notar que ele tremia com as pernas, tamanha descarga elétrica. Após gozar, saiu de mim com cuidado e gostei que já foi pro banheiro se livrar da camisinha, ao contrário de alguns que tiram e jogam no chão, como se a camareira fosse obrigada a coletar preservativo usado do outros.

Quando ele voltou, sugeri voltarmos para a hidro e ele aderiu a ideia. Daí tivemos uma segunda rodada de vinho, beck, conversas e risadas. Falamos sobre viagens – ele contou que quando pegou a moto fez um mochilão, explorando várias praias – , também falamos sobre Guarulhos – descobrimos que ambos moramos na mesma cidade e que nossas mães ainda vivem lá – , também falamos sobre séries – ele me indicou “O Amanhã e Eu”, na Netflix, estilo Black Mirror – , e também falamos das suas ex – tendo já transado com ele, não encontrei nenhum motivo plausível para que tivesse sido traído todas as vezes. –

Dessa segunda vez que fomos para a banheira, senti que o tempo passou muito mais rápido, pois quando decidimos voltar para a cama, faltava apenas meia hora para as nossas deliciosas quatro horas encerrarem. A preliminar desta vez foi mais breve, o chupei um pouco, depois já fui pegando o preservativo, encapando e sentando. Conduzi por um tempo, até que voltamos para o papai e mamãe do primeiro round, com ele em cima de mim, fazendo bem gostoso. Dessa vez quando ele gozou, rapidamente olhei para o espelho do teto, para ver o lance dos espasmos das suas pernas com mais detalhes, rs. Achei uma peculiaridade muito interessante, rs. Depois que gozou, infelizmente não tínhamos mais tempo, então fomos nos ajeitando para ir embora.

Pensando bem, teria sido uma ótima proposta, se eu tivesse topado fazer o pernoite logo de cara com ele. 🔥

Ainda rolou um lance engraçado na hora de chamar o Uber, rs.

Após 4 minutos de espera, o motorista disse que já estava no local.

– Mas aqui tá aparecendo que você está em outra rua. – Rebati.

– Mas estou aqui, esperando na fila pra entrar no motel.

Baixou a jornalista investigativa em mim, mais uma vez, e fui ligar na recepção para confirmar se realmente estava com fila.

Demoraram bastante pra atender.

– Deve estar mesmo com fila. – Comentei com o cliente.

Daí após muito chamar, a recepcionista atendeu.

– Moça, está com fila aí? – Perguntei.

– Fila? Não, não está não.

– É que você demorou pra atender… – Meu cliente começou a rir nessa hora kkkkk.

– É que tô atendendo quem entra, quem sai, e falando com você, rs… – A moça respondeu simpática.

– Então o taxista mentiu pra mim… ele disse que estava na fila… – E o cliente continuou rindo kkkkkk.

– Ahhh, ele acabou de chegar! Disse que tinha entrado no motel errado, rs.

E caímos todos na risada kkkk.

O cliente me acompanhou até a entrada da suíte e foi engraçado o Uber se justificando pra ele, provavelmente achando que era o meu namorado, kkkkkk.

– Entrei errado, cara! Um motel do lado do outro kkkkk. Aí falei: “144”, e a moça disse: “Não temos esse quarto aqui, My Flowers é o do lado” kkkkkkkkk.

No final das contas, quando passamos de volta na recepção pra eu retirar meu documento, já estávamos todos amigos dando risada, eu, o motorista e a mulher da recepção kkkkkk.

“O Boy da Academia”

Querido diário,

Há alguns meses, mais precisamente em outubro do ano passado, quando eu ainda treinava com meu antigo personal, aconteceu de rolar uma paquera entre mim e um cara novo que surgiu na academia. Completamente diferente do finado Brigadeiro, este era caucasiano, olhos verdes, uma leve barba, traços árabes, um gatinho. Trocamos olhares por apenas um dia. Na segunda vez que nos vimos na academia, ele estava fazendo um cárdio perto da saída e quando passei por ele, já indo embora, acabei soltando um “Oi”, acompanhado de um sorriso.

Ele não deixou passar a oportunidade e perguntou se podíamos conversar. Eu respondi que estava com pressa – e estava mesmo, não imaginei que o meu “Oi” surtiria um efeito tão rápido –, daí ele perguntou se poderia então pegar meu número de telefone, consenti, e nesse breve movimento de pegar seu celular e salvar meu contato, desenvolvemos uma rápida conversa.

Descobri que ele tinha acabado de se mudar de Jacareí – o que justificava nunca tê-lo visto na academia antes –, conversamos mais alguma aleatoriedade sobre ele estar morando recentemente em São Paulo e então me fui.

Você acredita que após essa breve interação, eu já dei uma leve desencantada do boy só pela forma como ele falava? Não sei descrever exatamente o que me incomodou, mas tive a percepção dele ser meio bobão, o que confirmou mais tarde, quando ele me chamou no WhatsApp, em que descobri sua idade ser 25 aninhos. Um homem de 25 com cara de 35? Que propaganda enganosa!

Descobrimos que tínhamos algumas coisas em comum, ele também era formado em jornalismo, com a diferença de que atuava na área, enquanto eu só exerço tal habilidade diante dessas páginas. Obviamente não revelei que sou acompanhante, mas também não menti quando respondi que eu era jornalista e atriz, apenas ainda não ganho dinheiro com isso, rs. Conversamos bastante nesse primeiro dia, até descobri que morávamos muito perto um da casa do outro – perto mesmo, tipo 7 min ANDANDO! –, mas nos próximos dias fui desanimando ainda mais em manter a conversa.

Ele foi bastante persistente, sempre tentando me chamar pra sair, mas quanto mais ele insistia, mais eu me esquivava. Estava tendo uma semana ótima de trabalho e tinha o achado meio bobão, novo demais pra mim, então não era alguém que eu quisesse tanto assim conhecer.

Quatro dias depois de eu recusar o seu convite para sairmos, ele tentou puxar assunto, perguntando se eu não ia mais treinar. Não gostei daquilo, parecia que estava me monitorando.

– Bom dia. Irei amanhã. – Respondi por educação.

– Hummm bom saber. 😊 Como vai sua semana? Muitos trabalhos?

Ignorei completamente.

Ele não desistiu. Dois dias depois, me enviou um minitexto, novamente tentando me chamar para sair.

– Oi, bom dia! Bom, sei que a gente não tem se visto e nem se falado muito, mas ainda tenho vontade de te conhecer. Esse final de semana estarei com visita, então pensei da gente jantar hoje, se você quiser/puder. Se achar uma boa ideia, me avisa que consigo alguma reserva ou vejo as opções. Seria por volta das 20h. Beijo.

Achei fofinho a persistência dele, ele não merecia ficar no vácuo, então o respondi tentando ser o mais gentil possível, ainda que eu não estivesse interessada.

– Oi Fulano. Desde o dia que conversamos na academia ocorreram algumas mudanças na minha vida e no momento estou precisando dar uma focada no trabalho – o que era verdade, a demanda estava muito boa -, daí, quando tô mais tranquila, tô usando esse tempo para descansar – o que era meio verdade, rs –. Mas agradeço demais o convite. Vamos deixar para outra oportunidade.

– Certo, entendo. Bom, então se você quiser retomar o contato, só me dar um alô.

Respeitou o meu espaço, agiu numa boa e não insistiu mais. Gostei bastante.

Daí, caros leitores, três meses se passaram, até que recebi uma mensagem dele no meu número de trabalho. Não desconfiei que fosse ele e só descobri que era por, recentemente, ter adotado uma nova regra de segurança, em que não passo mais as minhas informações de atendimento se a pessoa não tiver foto no WhatsApp. (Com a repercussão do meu TikTok, tenho recebido muitas mensagens de apenas curiosos, pessoas que sequer tem a real intenção ou condição de sair comigo, e que só está me enviando mensagem pra saciar uma curiosidade financeira inútil. Então resolvi dificultar um pouquinho.)

Daí ele atendeu ao meu pedido e salvou meu contato, fazendo com que a sua foto ficasse visível no perfil do WhatsApp. Achei curioso que ele não se preocupou em esconder quem ele era, e adotei a mesma postura, o reconhecendo também.

– Eu te conheço Fulano, rs. – Admiti.

– Sim, eu sei kkkkk isso foi uma grande surpresa pra mim também.

– Não sabia que você saía com acompanhantes.

– Então, não faço isso regularmente, mas quando vi, tinha que te mandar mensagem.

– É uma situação um pouco estranha, rs.

– É, um pouco kkk.

Não falei mais nada. Dois minutos depois, ele deu uma insistida:

– Mas enfim, teria interesse de me atender hoje?

Eu duvidava que ele teria condições de pagar o meu cachê.

– Vou te enviar as informações.

– Ok.

Eu sabia que ele não era nenhum rico, mas também sabia que seria deselegante, para não dizer um papelão, me responder que não tinha condição, após ter vindo me procurar para isso.

– Okay, entendido. Podemos marcar para hoje? 1h de atendimento. – Daí combinamos o encontro, eu iria até o apê dele.

Para me assegurar de que ele não tentaria me dar um golpe, achando que por nos conhecermos não precisaria me pagar, avisei que o protocolo seria que me acertasse logo na minha chegada, que assim já tirávamos isso da frente. Ele concordou e disse que não tinha problema.

Ao contrário do que muitos pensam, não senti nenhum constrangimento pela situação, pelo contrário, achei que seria divertido e gostoso atender alguém que, de certa forma, eu já conhecia e que rolou uma breve atração física na academia.

Quando cheguei no apartamento dele, senti um certo alívio por já ter deixado alinhado que me pagasse antes de começarmos, pois, o prédio e o apê eram bem simples, me deixando a dúvida se ele podia se dar ao luxo de um mimo daqueles. Já lá dentro, tive que lembrá-lo desse combinado e ficamos alguns segundos nos olhando em silêncio, como se ele esperasse que eu desistisse de cobrá-lo, rs.

Fui me servindo de um copo de água, enquanto ele entrava no aplicativo do banco. Resolvida essa questão, depois ele colocou uma música para tocar e então nos beijamos. Até que beijava bem. Foi gostosinho. Me chupou primeiro, chupava gostoso, gostei da sua dedicação. Demorou até que colocasse o pau pra fora e quando o fez, foi bem satisfatório. Usamos preservativo, obviamente, e a transa foi mais longa do que o necessário. Achei que estivesse demorando para me impressionar – homem tem essa ideia, de achar que a mulher valoriza mais se a transa for longa –, mas depois revelou que estava um pouco nervoso, visto que em alguns momentos ficou meia bomba.

Achei um pouco desconfortável ter uma transa com aquela intensidade num ambiente tão quente, ao ponto de em algum momento eu precisar interromper pra beber água e pedir que ele aumentasse a potência do ventilador, assim como colocá-lo mais na direção da cama, o que significava tirá-lo de cima da geladeira e posicioná-lo na pia. Teria sido muito mais agradável se tivéssemos combinado num hotel, nem que fosse o Lido, com ar-condicionado, em um ambiente mais preparado.

Em um encontro de 1h, gastei dois preservativos e nem foi por ter segunda rodada, esse foi um daqueles momentos em que ele ficou meia bomba e precisei reanimar o menino no oral. Ahh, não posso deixar de contar que gozei sim, é claro, logo no início, quando ele me pegou no papai e mamãe, estava curtindo transar com ele e comecei a me masturbar enquanto me penetrava. Pra mim veio rapidamente. Já ele veio bastante tempo depois, comigo de bruços, pareceu até que estava cronometrando para utilizar cada minuto do tempo que foi pago, visto que encerramos a atividade pontualmente, uma característica muito comum em clientes que não tem tantos recursos, que fecham a menor duração e aproveitam até o osso.

Lhe dei uma colher de chá, por ser um conhecido, e passei um pouco do tempo, apenas conversando, não quis ser indelicada de já ir embora correndo. Lhe presenteei com o meu livro – que ele fez questão da dedicatória, me entregando uma caneta – e tiramos uma onda da situação toda. Ele revelou que estava saindo com uma menina há alguns meses, quase namorando, mas que quando me viu no site – disse que só acessava para olhar a mulherada, mas que nunca saía com nenhuma – por ser eu, decidiu que não poderia perder a chance, já que nutria essa vontade de ficar comigo há algum tempo.

– Mas vou ser fiel, gosto bastante dela, só fui porque era você! – Ele enfatizava.

Quando nos despedimos, numa calçada ali perto – ele me acompanhou até uma parte do caminho -, ainda finalizou brincando, pedindo que eu não o fizesse trair a sua “quase namorada” de novo rs. Quase respondi que para isso acontecer dependeria mais dele e da sua disposição em fazer um novo investimento, rs.

Dois dias depois ele me enviou uma gentil mensagem, no meu número pessoal:

Parece que alguém ficou curioso em saber a minha percepção da sua performance… 😏

Desabafos da Madrugada

Querido diário,

Sei que tenho algumas pendências de postagens, mas, preciso admitir, essa semana está sendo uma merda. E como é difícil a vida adulta, quando você não pode nem sofrer pelas suas dores, por falta de tempo pra isso. O que é muito estúpido, afinal, no fundo, ninguém consegue performar com o seu emocional batendo na porta. Olha, pensando na proposta da série Ruptura, até que não seria má ideia.

Agora entendo quando dizem que de tudo de ruim que acontece com a gente, se ganha um aprendizado. Não que nunca tenham me acontecido coisas ruins antes, mas, conforme vamos amadurecendo, aprendemos a refletir sobre o que nos aconteceu, e não somente passar pelo ocorrido reclamando e não compreendendo o aprendizado daquilo.

Tem coisas que acontecem com a gente que reprimimos para evitar a dor, mas são justamente essas questões que precisamos trazer pra fora. Em sua maioria, as pessoas vivem a base de anestésicos, incentivando umas as outras a deixar tal assunto pra lá, ignorar que passa, sendo que não tem aprendizado nenhum agindo dessa maneira. Somente quando colocamos todas as emoções pra fora e pensamos sobre determinada situação por muito e muito tempo, que os aprendizados vêm surgindo, podendo às vezes serem, até piores do que a própria experiência. Aprendizados que custamos a acreditar que seja verdade, pois, por estarmos tão anestesiados desde sempre, o sabotamos, dizendo que é paranoia da nossa cabeça.

Uma vez eu estava na praia, viajando com alguns colegas (nem vou dizer amigos, pois em dois anos não tenho mais qualquer contato), e nunca vou esquecer de uma frase que ouvi de determinada pessoa, enquanto estávamos em pé, na areia, conversando. Essa pessoa disse: “Sempre que estamos sentindo algo, temos que parar e nos perguntar do porquê estarmos sentindo aquilo.” Achei muito profundo quando ouvi, pois, de fato, vivemos camuflando o que sentimos o tempo inteiro, e quando falo isso, não digo sobre confrontar terceiros com os nossos sentimentos, mas, sim confrontar a nós mesmos. O que é ainda mais difícil, nos darmos essa devida atenção. É tanta coisa acontecendo na nossa vida, que lidar com o que você está sentindo é o menos importante naquele momento. Por isso que muitas pessoas fazem retiro, porque não tem como você se desligar das coisas para cuidar de si mesmo, sem que seja arrancado de tudo isso.

Sempre que você estiver mal, não tente se anestesiar com prazeres momentâneos, mas também não se obrigue a fazer coisas que você precisa fazer, mesmo não estando bem. Não faça nem um, nem outro. Fique um tempo só com você e os seus pensamentos. Por mais que tenham pessoas queridas, que se importem com você, ninguém te aconselhará melhor do que você mesmo. Existe esse “eu” que você vê e controla, mas tem um outro “eu” lá dentro, que quer se conectar e não consegue. Temos tantas barreiras e camadas internas que muitas vezes não conseguimos nos ouvir.

Não jogue um tapete em cima de nenhuma situação, esmiúce todos os desdobramentos do ocorrido. Quando estamos dentro de determinada situação não temos uma visão imparcial das coisas, mas, se olharmos de cima, naquele momento em que estamos refletindo, o tão sofrido aprendizado vem!

Sempre Desejada, Mas nunca Amada

Vi essa frase numa cena do filme que conta a história da Marilyn Monroe e, por um segundo, refleti se eu não me enquadrava...

Querido diário, 

Na primeira noite do ano tive um sonho erótico. Enquanto no réveillon de 2024 eu transei na virada, desta vez fazia dias que eu não transava e a conta chegou na primeira noite de sono de 2025. Acordei excitada e, às 7h da manhã, lá estava eu mandando mensagem para meus dois contatinhos, sondando se algum deles seria a minha primeira transa do ano. 

Acho que acordei sentida por, na noite anterior, ter visto que outros dois contatinhos do passado estão namorando. Um desses, inclusive, está na SEGUNDA namorada, desde que paramos de ficar (duas num curto período de um ano). E por que paramos de ficar? Esse é aquele que mencionei na primeira postagem do quadro “Desaventuras Amorosas em Série“, o tal do Escorpiano, sobre ele ter se afastado após eu lhe fazer uma surpresa vestida de empregada sexy. Toda vez que a gente se encontrava eram de três a quatro transas por noite, eu achava que éramos super compatíveis, então não me acanhei em surpreendê-lo de uma maneira diferente. 

Quando tento entender o porquê dele ter se afastado, já que deu uma desculpa de estar focado no trabalho e no mês seguinte apareceu namorando, a única justificativa que vem é o fato de eu tê-lo assustado. Homens gostam que a mulher seja safada, mas não mais do que eles. Talvez achou que a longo prazo não daria conta do meu fogo e terminou antes que pudesse vir a levar um chifre. Não que eu seja esse tipo de pessoa, mas, é o que o homem faz quando a mulher não dá conta, então, talvez, ele deduziu que eu também o faria, se em algum momento ele não me suprisse. 

Durante um tempo fiquei me culpando, achando que eu que causei o nosso afastamento com a minha taradice, mas, como uma amiga me disse, essa sou eu, é a minha essência, se não fosse isso, em algum momento eu mostraria outra coisa que ele não iria gostar do mesmo jeito, então melhor no começo, do que após mais envolvimento. 

O outro contatinho que descobri estar namorando, e esse foi uma novidade, é aquele que relatei aqui, nessa postagem, inclusive, é o mesmo da minha viagem para NY, em agosto do ano passado. Aliás, acabei não relatando sobre esse evento. Inicialmente viajei com um cliente, daí esse contatinho viu no meu insta que eu estava em NY e me contatou, dizendo que chegaria tal data também. Sugeriu que eu esticasse a minha viagem e acabei abraçando a ideia. Alterei minha passagem de volta e no término do meu combinado com o cliente, migrei para outra hospedagem, a que eu ficaria mais quatro dias com esse meu ex contatinho

Na época fiquei muito empolgada com a aventura, pois, não sendo a trabalho, eu nunca tinha viajado sem estar namorando, com um contatinho foi a primeira vez e a premissa era de muita adrenalina. Pensei até que voltaria apaixonada. Contudo, algumas coisas saíram do planejado. 

Infelizmente, entrei no meu período menstrual logo no primeiro dia em que nos encontramos e, o fato de eu estar ‘naqueles dias’, diminuiu o seu tesão em transar comigo. Nossos dias juntos tiveram um total de apenas uma transa diária, o que achei pouco, visto que estávamos em NY, full time together, a combinação perfeita para muito sexo envolvido. Imaginem quão frustrada fiquei com a quantidade limitada de endorfina.  

Durante a viagem também descobri que ele curtia um perfil de mulher meio louca imprudente (me contou umas histórias que fiquei impressionada), enquanto eu faço mais o estilo louca responsável. Não combinávamos tanto assim. Saímos pra beber numa noite em um rooftop, tínhamos programado uma noitada de curtição, mas, o drink do lugar tinha uma qualidade tão ruim, que no primeiro copo já fiquei enjoada. Abandonei o barco antes dele e não passei no teste. Depois que voltamos para São Paulo tentamos sair umas duas vezes, numa eu chamei e ele não pôde, noutra ele tentou e eu que não pude.

Daí, esse final de ano, acompanhando seus stories, descobri que possivelmente está namorando, não tem postagens deixando claro um romance, mas quem postaria cavalgando com uma menina, em época de final de ano, se não tivesse rolando um negocinho? Pra ele que nunca posta nada, isso já é muita coisa.

Então cá estou eu, primeiro dia do ano, enquanto escrevo, 8:30 da manhã, me achando uma frigideira. Dizem que todo mundo tem a sua tampa da panela, mas, sendo uma frigideira é muito mais difícil. Me enquadro bem nessa categoria, sou útil nos momentos de diversão, quando a pessoa quer um lanche, nem sempre sou viável no dia a dia, mas necessária em alguns momentos. 

Não que eu esteja buscando um relacionamento, gosto da minha liberdade e variedade, mas, quando vejo meus ex contatinhos namorando, fico me questionando: será que estou condenada a ser apenas desejada e nunca amada?

Tesão Platônico Pelo Personal – Final

Querido diário,

Nem pretendia postar essa frustrada continuação, mas, atendendo a pedidos dos meus seguidores/leitores, que ficaram curiosos pelo desfecho, decidi então postar essa pequena humilhação, rs.

Recapitulando, tinha finalizado a Parte 1, comigo lhe enviando a seguinte mensagem:

A resposta dele foi apenas essa figurinha. E o assunto morreu aí.

No dia seguinte, por volta das 19h, puxei assunto, perguntando qual era a boa do dia (se ele tivesse em algum rolê legal, capaz que eu aparecesse por lá). Estava confiante de que tendo a oportunidade certa, darmos uns beijos seria só uma consequência.

Ele me respondeu 3h depois…

– Tô num rolê que um brother meu vai tocar. E depois TALVEZ eu vá pra Osasco.

*

Três dias depois foi o dia de treinarmos e senti um clima estranho, como se ainda estivesse reverberando a nossa última discussão, nem parecia que tínhamos trocado mensagem durante o fim de semana. Depois que voltei pra casa, lhe enviei um áudio, trazendo uma outra questão que também estava me incomodando:

– Vou conversar com você, pois percebi que hoje tava um clima meio estranho no treino e… eu não queria ter que trocar de personal, mas, se você achar que não dá pra gente recuperar o clima de antes, tô disposta a isso, encerrarmos dia 19 e eu procurar outro personal. Vou ser bem honesta com você, porque ainda estou na tentativa de resgatar, mas, me incomoda demais você mexer no celular durante o nosso treino, eu sinto que você não tá dando total atenção pro meu exercício, hoje você até ouviu um áudio durante o meu treino, então assim, eu me sinto um pouco desrespeitada, porque eu estou te contratando pra me dar essa atenção durante 1h e não é o que tá acontecendo. Eu queria ver com você a possibilidade de a gente ajustar essas coisas… semana passada a gente teve aquela discussão, eu não sei se na sua cabeça você já tá meio que foda-se e não é mais do seu interesse seguir com os treinos, mas estou conversando com você pra gente tentar alinhar sobre isso.

– Você me dá atenção pra eu passar o treino, se no seu intervalo você não fala comigo, eu também não falo com você, mas no treino está sendo total foco em você, tanto que hoje fiz um treino mais intenso do que você tá acostumada. A gente pode treinar tranquilo, não tem problema, só que, novamente, eu não vou levar desaforo, tá bom? Mas, por mim, eu só continuei fazendo o que eu já fazia, da mesma forma que eu tô escutando o seu áudio na aula de um aluno, escutei o de uma outra aluna, na sua aula.

– Sim, realmente você sempre utilizou, e é justamente por isso que eu tô reclamando agora, porque é uma coisa que eu venho observando já há um bom tempo e já tá me incomodando há algum tempo. Eu não falei logo de cara porque fui observando pra ver se seria uma coisa recorrente e vejo que é, entende? E não é só durante os meus intervalos que você mexe no celular, já peguei você olhando o celular quando eu estou fazendo exercício, tanto que teve vezes de você me corrigir na segunda ou terceira série que eu tô fazendo. Então assim, se não é uma coisa urgente, um familiar internado, uma coisa que você não consegue esperar, eu realmente gostaria que você se policiasse, me parece meio óbvio que se você tá no horário de trabalho, o celular, que é uma distração, deixa pra depois. Eu tô te trazendo isso agora, vê se é possível pra você fazer esse ajuste pra que possamos continuar, eu realmente não queria trocar de personal, já vai fazer um ano que estamos treinando, eu gosto que você tem flexibilidade de horário, consegue me atender no horário que eu preciso, tá dentro do meu orçamento, mas eu realmente gostaria de fazer esses ajustes pra ficar melhor o rendimento do treino.

– Blza, tranquilo. Combinado.

E retomamos o treino normalmente, minha mensagem surtiu efeito.

*

Tesão a gente não escolhe, infelizmente. Uma semana depois, fiz uma nova investida.

Por volta de umas 20h, numa segunda-feira, lhe enviei a seguinte mensagem:

– Tá de boa?

– Tô treinando. – Ele respondeu imediatamente.

– Onde?

– Aqui perto de casa.

– Tem compromisso pra hoje?

– O compromisso era descanso kkkk.

– Cansado 8 da noite, realmente é um jovem senhor.

– Eu não parei nem pra almoçar hoje. Desde a sua aula eu só parei pra treinar. Mas qual era a proposta?

Agora foi o meu grande momento de lançar a cantada. Confesso que senti um frio na barriga, um medinho de levar um fora, um medo de estragar as coisas, mas, era tudo ou nada, não dava mais pra eu ficar na vontade, sem ao menos tentar alguma coisa…

– Estou precisando de uma ajudinha pra trocar uma lâmpada aqui no meu apartamento. Só está funcionando aquele abajur. – E mandei a seguinte foto:

Me surpreendi comigo mesma! Não é o tipo de coisa que tenho coragem de fazer. Uma coisa é a Sara sedutora, eu, na vida pessoal, não tenho um terço dessa sedução, rs.

Sua resposta veio meia hora depois:

– Tu sabe que eu não faço essas coisas…

– Tem oportunidades que são únicas na vida da gente. – Mal sabia ele, que teria o melhor sexo da vida.

40 minutos depois, ele respondeu:

– Não vai rolar.

– O convite já tinha expirado. – E tinha mesmo, pois eu já estava quase dormindo.

Dali a dois dias tivemos treino e ambos nos comportamos como se nada tivesse acontecido.

*

Um outro dia ele me mandou um áudio pela manhã, para ajustar o horário do nosso treino e, quando o respondi, também por áudio, desenvolvemos uma conversinha boba, que achei ser um sinal de que ainda poderia rolar algo…

– Tá ressacuda né? – Ele perguntou.

– Ressaca em plena quinta, tá doido? Rs. É a minha voz de quando acordo mesmo. Se fosse ressaca eu nem acordaria 8 da manhã.  Você tem ressaca com duas míseras taças de vinho? – Eu tinha comentado que encontraria uma amiga na noite anterior.

– Não, mas com duas garrafas quem sabe. Mentira, da última vez que tomei uma garrafa só, já fiquei com dor de cabeça.

– Não devia ser vinho bom. Você lembra a uva?

– Um era Cabernet Sauvignon, o outro acho que era Pinot Noir.

– Ué, duas vezes te deu dor de cabeça? Rs.

– Sim. Um era aquele gato negro e o outro casillero del diablo.

– Humm, acho que esses são mais medianos. Tentamos Malbec então. – Deixei um possível convite no ar, mas ele não mordeu a isca.

*

Dois dias depois, num sábado a tarde, fiz minha última tentativa.

– Ainda está sem planos pra hoje a noite? – Perguntei por mensagem, enquanto estava na manicure, após minha amiga cancelar nosso rolê.

Duas horas se passaram sem que eu tivesse uma resposta. Daí, pra quebrar o gelo daquele vácuo vergonhoso, mandei uma figurinha que dizia:

“Isso não precisa me responder não, eu adoro falar sozinha nesse caralho”

16 minutos depois, ele apareceu:

– Hoje, TALVEZ, eu vá na festa da Warung que vai rolar ali na Mooca.

– Podíamos fazer algo hoje, já que o seu rolê não está definido. O que me diz?

– Não vai rolar. Já te falei.

– Achei não fosse rolar aquele dia.

– Infelizmente vai contra minha ética. Sigo firme nisso.

– Já estamos no último mês, logo mais vou passar uma temporada fora e não nos veremos tão cedo. Somos dois adultos. A não ser que você não tenha nenhuma vontade MESMO.

Ahh, um rápido adendo aqui, eu estava com planos de ir trabalhar na Europa, então já tinha deixado ele de sobreaviso, que seria meu último mês com ele.

– Não tenho interesse. Acho você bonita, porém, não tenho essa vontade, mesmo que seja nosso último mês de treino juntos.

– Obrigada pela sinceridade. Não está mais aqui quem falou. – E mandei uma figurinha de um gatinho fechando a porta, bem dramático.

Sim, fiquei chateada com o fora, confesso, mais pela curiosidade de saber como ele era na cama, do que por nutrir qualquer sentimento. A verdade é que eu já estava mega insatisfeita com o seu trabalho, a sua beleza e sex appeal eram as únicas coisas que sustentavam os treinos, se eu iria só passar vontade (e raiva), qual o sentido de continuar?

Seguimos treinando naquele último mês, não tocamos no assunto e agimos como se nada tivesse acontecido. Acabei não indo para a Europa, como eu tinha planejado, mas também não renovei o pacote de treinos. Conversei com meu antigo personal, consegui negociar os horários que eu precisava e, mesmo ficando mais caro, optei por voltar a treinar com ele. Foi a melhor decisão que já tomei.

O meu antigo personal não fica interrompendo nosso treino para ir ao banheiro toda hora, não fica mexendo no celular, quando deveria estar atento a forma como eu estou fazendo o exercício, não me dá motivos para reclamar de coisa alguma, não se aproveita dos meus atrasos e, de quebra, ainda limpa os equipamentos antes e depois do meu uso, além de ser alguém que eu posso conversar sobre qualquer assunto.

Parei de passar vontade, deixando de conviver com alguém que eu jamais poderia ter e também parei de passar raiva. Ele achou que se transássemos, perderia a aluna, mas, perdeu, inclusive, por não ter me comido, rs.

O Bonitão do Porsche

Sua primeira mensagem foi aquela automática, de quem me contata através do anúncio no site.

– Olá, boa noite. – Respondi.

– Boa noite linda. Estou chegando para SP hoje mais tarde. Por acaso teria disponibilidade?

Era 21h de um sábado à noite, dia das crianças. E pelo visto a noite também seria uma criança.

– Sim. – E lhe enviei as informações (um áudio e PDF).

– Não carrega, rs. Estou no avião.

– Falei que enviaria o PDF com as informações, que fica mais fácil para visualizar tudo e tem os links das minhas redes sociais para mais vídeos e fotos.

– Devo pousar em 4h. Espero que não fique muito tarde pra você.

– Onde você ficará hospedado?

– Tenho casa em SP meu amor, mas prefiro sair mesmo.

– Para que eu possa me planejar para mais tarde, preciso que me diga o que tem em mente. Duração do encontro, local, e assim vejo se é viável pra mim também, sair mais tarde pra te encontrar.

– Local eu não tenho preferência, pode escolher… duração como for melhor pra você. Entendo que o horário fica ruim… agradeço se for possível.

– Você conseguiu baixar o PDF e deu uma olhada nas informações?

– Não consegui linda… alguma informação essencial?

– Se não contivesse informações essenciais para alguém se planejar para sair comigo, eu nem enviaria. Você não acha?

– Com certeza. Infelizmente não consigo baixar pelo Wi-fi do voo. Se puder enviar por escrito, seria ótimo.

Achei ele um folgado. Esse papo de “onde você quiser” ou “a duração que for melhor pra você”, não me convenceu, estava tudo muito vago. Como eu poderia decidir a duração, se ele sequer sabia quanto era o meu cachê por hora?! Levei trinta minutos para respondê-lo. Travei uma briga interna entre responder que ele baixasse o arquivo quando pousasse, ou, explicar que me deu muito trabalho montar o arquivo para que ele não visse as informações por lá mesmo. Enquanto eu processava o seu pedido, que na hora me pareceu um capricho, o deixei na espera e fui assistir mais um pouco da minha série. Trinta minutos depois, mais paciente, antes de responder com uma dessas opções que me passaram pela cabeça, resolvi checar se era possível copiar todas as informações do PDF, de uma forma que não fosse por etapa, como tinha sido na trabalhosa edição. Acabou dando certo, menos mal. Colei todas as informações de uma só vez na conversa. Ele respondeu no mesmo instante.

– Obrigado linda.

*

Quase três horas depois, ele reapareceu:

– Oi linda. Meu carro está no aeroporto… só me passar o endereço que te busco e vamos aonde escolher. Porsche *** cinza, placa ***

Achei um pouco exibido trazer à tona que seu carro era um Porsche.

– Me dei conta que nem sei o seu nome. Qual seria mesmo? – Perguntei.

– Raul. (Nome fictício)

Daí lhe enviei um áudio, explicando que não tinha me arrumado para encontrá-lo, que depois que lhe enviei as informações, ele sequer confirmou se ia querer mesmo. Três minutos depois, enviei um segundo áudio, dizendo que também não entrava em carro de estranhos, que seria preciso definir o local do encontro, para que eu fosse direto. Quatro minutos depois enviei outro áudio, dizendo que era melhor deixarmos para outra oportunidade e que estava muito tarde (a essa altura já era uma da manhã).

Desliguei minha TV e iniciei meus protocolos pré-sono. Fui até a varanda e fechei o envidraçamento, desci minha persiana, apaguei todas as luzes e deitei na cama, fechei meus olhos.

Não consegui dormir.

Uma vozinha ficou martelando na minha cabeça, dizendo: “Você nunca andou de Porsche” e a voz foi ainda mais além: “O cara te enviou a placa do carro dele. Não é qualquer um que tem um Porsche. Talvez você esteja perdendo a oportunidade de conhecer um cliente muito interessante.” Eu não sou o tipo de mulher que se impressiona com carro. Ou, pelo menos não era, até aquela noite.

Já tinha se passado quase meia hora das minhas últimas mensagens e ele ainda não tinha respondido. Peguei o celular e apaguei os meus áudios. Fiquei olhando pra tela, pensando em como poderia retomar aquela conversa, até que, coincidentemente, no mesmo instante, ele começou a digitar.

– Não consegui ouvir linda. Mas pousei aqui, estou saindo. Te busco?

– Me diz quanto tempo você chega, ainda preciso me arrumar.  – E arrisquei mandar meu endereço.

– Sem pressa, pode se arrumar tranquila. Queria ouvir os áudios rs. Toma vinho?

– Adoro.

Umas das coisas boas do meu último relacionamento, foi aprender a gostar de todos os tipos de vinho.

– Algum em específico?

– Gosto de Cabernet Sauvignon.

– Maravilha. Quanto tempo você precisa?

– Acho que uns 40 min. Tudo bem?

E o boy sumiu.

Dez minutos se passaram.

– Se achar que fica tarde, de repente combinamos para amanhã.

Fiquei insegura de começar a me arrumar à toa.

E nada dele.

Resolvi ligar.

Não me atendeu.

– Tá bem. 40 min. – Enfim respondeu.

Baixou uma desconfiança em mim. Resolvi mandar um áudio:

– Oi… tentei te ligar e não consegui falar… eu não estou me sentindo muito segura de te encontrar na verdade, porque geralmente eu não encontro assim tarde da noite, ainda mais chamando em cima da hora, apesar de você ter me mandado mensagem mais cedo, não ficou nada definido, então… se eu te pedir um sinal antecipado, só pra garantir que eu não estou me arrumando à toa, que você não vai acabar me dando um cano, ou acabar dormindo, tudo bem pra você? Porque eu também nem costumo entrar no carro de ninguém, prefiro já encontrar no local, mas como tem uma foto sua (e é um Porsche kkk), me passou um pouco mais de segurança… mas o fato de eu ter te ligado e você não ter atendido, e ter uma certa demora de resposta do seu lado, fico um pouco insegura… então me fala se tudo bem pra você.

Três minutos e nada.

Daí mandei um emoji pensando.

Mais cinco minutos e nada.

Até que…

– Mas não tem como eu dormir rs, saindo do aero e iria aí direto.

Daí ele me ligou de vídeo. Não atendi e retornei por chamada de voz.

A ligação durou apenas 51 segundos. Ele explicou que estava dirigindo, por isso demorou pra responder. Ouvir sua voz e seu jeito de falar, me passou mais segurança. Desligamos e entrei no banho.

– 25/30 min está bem pra você? Se precisar posso ir mais devagar. – Ele perguntou.

Vinte minutos depois eu estava pronta.

– Estou pronta.

– Então vou acelerar. – E me enviou sua localização.

– De qual aeroporto você está vindo? Rs.

– Viracopos… mas passei em casa.

*

Friozinho na barriga, atravessando a rua, indo até o seu carro. Vocês já entraram num carro esporte? É muito estranho, o banco é lá embaixo, entrei desajeitada, foi como cair sentada. Ele era ainda mais bonito pessoalmente, e aparentava bem mais jovem do que na foto. Descobri que tinha 28 anos, mas seu jeito era de homem mais maduro, te daria uns trinta e quatro. Não era possível que fosse solteiro, fiz questão de investigar, disse que sim, que não tem tempo pra relacionamento. Acreditei, desacreditando.

Sugeri irmos no motel Lush, que era o mais próximo e papeamos durante o trajeto. Ele mencionou que tinha visto o PDF com as informações, que ficou impressionado com o tanto de coisa que eu tinha, falou até do livro, que acabei não levando nesse primeiro encontro, pois, não sabia se ele era casado e não queria comprometê-lo. O papo fluiu gostoso, leve, apesar de ele ter aquele carrão, ao mesmo tempo parecia ser uma pessoa simples, sem qualquer resquício de arrogância, o que o tornava ainda mais atraente.

Quando chegamos no motel, a única suíte disponível, ainda com espera, era a menor de todas e não curtimos a ideia. Decidimos, em conjunto, irmos para o Astúrias. Nesse trajeto entre Cambuci a Pinheiros, ele errou o caminho umas três vezes, tentando sair daquela região estranha – tive minha parcela de culpa, já que estava sendo a copilota, rs – mas ele nem se estressava, demos algumas risadas, ainda que por dentro eu estivesse um pouco tensa por estarmos dando sopa com um carro daquele, naquela perigosa região. No Astúrias também tivemos que aguardar, na garagem da suíte, finalizarem a limpeza do quarto, mas pelo menos seria para uma acomodação com piscina, muito maior e melhor.

Até então eu não tinha visto direito o seu corpo, na foto do whatsapp ele está de terno, meio plano, sem muita clareza se seu braço era musculoso ou gordinho. Quando a moça avisou que a suíte estava pronta e saímos do carro, tive mais uma grata surpresa naquela noite. Ele tinha um peitoral largo, típico de quem se exercitava. Agora sim eu tinha certeza de que era impossível um partido daqueles estar solteiro.

Ele serviu vinho pra nós e colocou uma música pra tocar. Geralmente quando o cliente leva vinho, a transa demora um pouco pra desenrolar, já que conversamos bastante primeiro, mas, com ele, em algum momento, um beijo que parecia ser só um rápido teaser, se transformou em um longa-metragem. Estávamos na parte externa da suíte, entre o painel de controle do som e a porta do quarto, quando nos beijamos.

Q U E   B E I J O ! Que boca mais macia e apetitosa! Encaixou de um jeito tão perfeito, que nenhum dos dois teve a coragem de interromper. A química bateu de primeira e, mais do que isso, comecei a sentir uma sensação deliciosa por dentro, um tesão diferente, como se ele fosse um legítimo date e não cliente. É tão raro quando isso acontece e fazia um bom tempo que não acontecia.

Os amassos ali foram faiscantes. Em algum momento, ele me virou de costas e beijou meu cangote, enquanto suas mãos abriam o meu vestido, que tinha um zíper nas costas. Tudo muito sexy e excitante. Depois que voltei a ficar de frente, me senti levemente injustiçada, pois só eu estava seminua, então tratei de despi-lo também. Ficamos um tempo nesses amassos, até que nos conduzimos para a cama, me deitou e desceu para me chupar. Novamente me surpreendi com aquele homem, todos os itens da minha lista estavam sendo ticados. Ele também chupava MUITO bem! Tão sincronizado com o jeito que eu gosto, que aconteceu outra raridade.

Eu já mencionei aqui, em outras postagens, que quando estou ficando com alguém que sinto muito tesão, dificilmente eu consigo gozar no oral, porque a empolgação é tanta pelo que estar por vir, que não consigo relaxar para gozar. Pois ele me fez romper essa barreira. E foi rápido, viu? Até comentei com ele na hora que eu não costumava gozar tão rápido daquele jeito, fiquei realmente fascinada, olhei pra ele com a mesma cara que a Katherine Heigl, no filme A Verdade Nua e Crua, olha para o vizinho gato gostoso, quando estão conversando pela primeira vez kkkkk. Nem pude retribuir a chupada naquele momento, porque ele veio por cima de mim e então começamos a transar deliciosamente.  

Que pau delicioso, era do tamanho ideal pra mim. Aquele homem tinha um total de zero defeitos. Tudo que ele fazia era bom, fosse beijando, chupando ou metendo. E o tesão que eu sentia era duplicado, pois tinha o sensorial, com ele entrando e saindo de dentro de mim (eu sentindo perfeitamente cada movimento), como também o visual, olhando aquele homem enorme me comendo. Que peitoral, que músculos, que cara de safado, que gemido sexy… Só de lembrar fico excitada enquanto escrevo.

Gostei também que ele era muito receptivo as putarias que eu soltava. Falei algumas bem safadas – que não uso com cliente – , quando quero testar o nível de safadeza de algum cara que eu esteja saindo. Ele passou em todos os testes, inclusive, acabou gozando numa delas, quando apenas falei para que gozasse na minha boquinha. Claro que não seguimos ao pé da letra, foi só para provocar mesmo, rs. A transa estava tão fervorosa, que quando ele gozou, aquele pau insaciável continuou duro e emendamos o segundo round, sem muito descanso. Em pouco tempo gozou pela segunda vez e ainda queria mais.

Depois invertemos as posições e fui pra cima dele. Estava tão gostoso e intenso, que comecei a me masturbar e gozei de novo também, ai que delícia!! Daí ele me puxou mais pra cima, até a minha pepeka chegar na altura da sua boca, e me chupou daquele jeito, comigo sentada na sua cara. Percebi que também começou a se masturbar e achei o maior tesão, muito sexy ver o homem se masturbando, ainda mais quando está ao mesmo tempo me chupando. Infelizmente, não aguentei ficar muito tempo recebendo aquele oral maravilhoso, pois como eu tinha acabado de gozar, minha pepeka estava um pouco sensível, então acabamos fazendo uma pausa. Que transa mais intensa.

Sugeri aproveitarmos a piscina.

Imersos naquela água quentinha, conversamos bastante sobre particularidades da vida dele e foi muito interessante conhecê-lo um pouco mais. Algum tempo depois, quando percebi ele se animando novamente, o convidei para voltarmos para a cama, mas antes fui jogar uma água no corpo, para tirar aquele cloro. Enquanto eu me banhava, fui me dando conta de que, infelizmente, eu não daria conta de mais uma rodada de sexo ardente naquela noite. Foi uma constatação um tanto frustrante, a minha cabeça dizia que sim, mas o meu corpo dizia que não, eu estava exausta e o sono chegando, precisava de um belo descanso.

Geralmente quando tenho encontros noturnos, eu cochilo durante a tarde, pra estar mais descansada, mas como o bonitão chamou de última hora, quatro da manhã eu já estava que nem a carruagem da Cinderela, quase virando abóbora, rs.

Voltei para o quarto meio sem jeito de encerrar do nada, mas como ele tinha me dado a liberdade de ficarmos pelo tempo que eu quisesse, fui sincera e não precisei continuar por obrigação. Expliquei que estava cansada, que era tarde e que queria ir embora. Ele foi super compreensivo, não demonstrou nenhuma chateação e concordou que estava mesmo tarde. Um gentleman. Disse que queria me ver de novo no dia seguinte e deixamos combinado um segundo encontro, que começaria com um jantar. Falei que eu poderia voltar de uber, já que ele morava perto do motel, mas ele fez questão de me trazer de volta em casa. Muito gentil.

Delicioso o longo beijo de despedida. Antes de eu descer do carro, ele ainda brincou com a patada que eu te dei mais cedo.

– Patada?

– Sim, você me deu uma patada né, mas eu gostei.

Ele se referia a minha resposta, para quando ele perguntou se tinha alguma informação essencial no arquivo. Realmente tinha sido uma leve patada, (merecida), mas também gostei que ele não se ofendeu e até apreciou a minha, sutil, braveza, rs.

E pensar que eu quase não fui para esse encontro. Fica aí uma reflexão que, de vez em quando, precisamos nos permitir, mesmo que inicialmente não nos pareça uma boa ideia.

Será que rolou segundo encontro??

Qual o seu palpite?? 👀

Prazer e Dor

Querido diário,

Esse encontro foi tão inédito, ao ponto de me inspirar a inovar com os meus atuais e futuros clientes.

“O Português”

Um nativo português, que falava o português de Portugal e tudo (acho tão charmoso). Ele se hospedou num hotel muito pertinho de mim, que inclusive super recomendo, chamado Sooz Hotel Collection, só não fui andando por conta do salto.

Ele estava muito animado para sair comigo e disse que tinha preparado até uma playlist especial para o nosso encontro, o que achei bárbaro, adoro quando os clientes me tratam como uma legítima namorada e não só uma profissional do sexo. ❤️😏

Pedi que me encontrasse na entrada do hotel e assim seguimos juntos, direto para o elevador. Ao adentrarmos na suíte, colocou a sua playlist para tocar, começando por “Do It For Me”, Rosenfeld, e então nos beijamos. Logo de cara, ele, ousadamente, perguntou se poderia me vendar e algemar. Nesse momento olhei para a cama, com mais atenção, e reparei melhor em algo que eu tinha olhado de relance, algo que meu cérebro ainda não tinha processado direito o que era.

Sua ideia era me prender naquela cama, deitada, bem confortável, e colocar uma venda nos meus olhos. Achei bastante ousada a sua proposta, fiquei um pouco receosa em aceitar, mas, ao mesmo tempo, curti a ideia. Um misto de medo com tesão. No pouco que tínhamos interagido até ali, ele me passou uma certa segurança, então, decidi confiar no meu instinto. Ao som de uma música super sexy, que depois descobri ser “Shut Up and Listen”, de um cara chamado Nicholas Bonnin, me despiu completamente, me deixando apenas com a meia cinta liga, que me pediu para ir vestida. Fui sexymente vendada e, já sem enxergar nada, algemada. Perguntei se teríamos que definir uma palavra de segurança, mas ele disse que não era necessário, pois não me provocaria dor. (Ufa.) Achei ainda mais interessante!

Para cada etapa do encontro, ele colocava uma música condizente, escolhida a dedo, que ressoava, harmoniosamente, pelo quarto (depois notei que ele usou duas caixinhas de som, uma em cada lado da cama), ou seja, ele cuidou de todos os detalhes sensoriais com o maior esmero, achei fantástico!

Após me prender e me deixar extremamente curiosa pelo que viria a seguir, ele colocou uma música nova, e ao som da melodia abaixo…

… começou a deslizar, bem suavemente, pelo meu corpo, algo que tinha a textura de uma pena, macia, leve, mal triscando na minha pele. Com tal música de fundo, me senti muito dentro de uma insana, e ao mesmo tempo relaxante, experiência. Quando você está vendado numa situação dessa, é excitante não saber em que parte do seu corpo será dada a sequência. Não consigo mensurar quanto tempo ele ficou nessa sutil provocação, a música estava no repete e os minutos foram passando sem pressa.

Na segunda etapa do processo, fui surpreendida com a sua língua deslizando na minha buceta. O oral dele era fantástico. Com muita habilidade, fazia movimentos circulares (do jeito que eu adoro) com muita precisão e energia, sem ser grosseiro ou apressado. Me deixou com vontade de gozar rapidamente, mas, ao perceber que eu estava quase chegando lá, interrompeu, de repente, me fazendo conhecer outras formas de tortura.

Daí ele trocou de música, agora para “Love Is a Bitch”, Two Feet, e então pegou outro apetrecho, que desta vez avisou do que se tratava: um vibrador clitoriano. Suavemente posicionou o pequeno vibrador no meu clitóris, lembrando que eu já estava em ponto de bala, e a gozada viria rapidamente, no entanto, quem disse que ele deixava? Nada disso. Quando eu pensava que ele me permitiria o prazer do orgasmo, ele parava, depois voltava, me iludia, e interrompia novamente.

Agora vem uma das partes mais loucas desse encontro, se é que tudo que falei até aqui, já não fosse louco o suficiente. Não sei por qual razão, mas nessa hora em que ele me masturbava, meu pensamento foi direcionado para outra pessoa. Duvido qualquer um aqui adivinhar quem.

Tempo para os palpites… 👀

Pensei numa pessoa que, até o momento deste encontro, eu ainda não conhecia pessoalmente. Alguém que acompanho faz tempo, que nutro uma certa admiração e que, nesse momento, surpreendentemente, descobri nutrir um certo desejo também. Começou a tocar a música “I See Red”, da banda Everbody Loves an Outlaw, e tal canção foi como um combustível para a minha imaginação. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo comigo, lá estava eu, vendada e algemada, sendo masturbada deliciosamente por um homem, e enquanto todas aquelas sensações de prazer se intensificavam, meus pensamentos, aleatoriamente, visualizaram cenas imaginárias de mim, pegando outra mulher!

Sou hétero. Não entendi como isso pôde acontecer!

Me imaginei agendando um encontro com a Paula Assunção, como se eu fosse uma cliente, e não colega de trabalho. Quatro cenas perpetuavam na minha imaginação naquele momento: Ela sentada em cima de mim, nos beijando loucamente. A segunda, eu chupando sua buceta e a fazendo gozar na minha boca. A terceira, ela me comendo com uma cintaralha. E por último, eu a vendando e algemando, com ela toda entregue, exatamente como eu estava naquele momento. Eu sei, muito insano tudo isso! Não entendi nada na hora, mas deixei a imaginação fluir, quem sou eu para reprimir o tesão de alguém? 😁

Toda vez que ele me percebia mais ofegante, me contorcendo, prestes a gozar, ele retirava o maldito vibrador do meu clitóris, e aqueles possíveis orgasmos, interrompidos, estavam me levando a loucura! Malandramente, entendendo o seu modus operandi, tentei não demonstrar que estava quase gozando na próxima vez e nessa hora o orgasmo veio, mesmo ele interrompendo no meio do processo, veio muito intenso após tantas interrupções.

E sabe o que foi mais insano ainda? Sim, tem mais! Além de eu ter gozado, intensamente, me imaginando transando com outra mulher (que eu sequer conhecia pessoalmente), enquanto estava sendo masturbada por um homem, depois que gozei, meu corpo reverberou tanto aquela sensação, que me deu vontade de chorar! Isso mesmo, eu chorei com as vendas nos olhos, borrando todo o meu rímel. Mas não foi um choro de tristeza, alegria ou emoção, um choro sem motivo algum. Como quando um dia tomei chá ayahuasca. O choro só veio, sem que eu pensasse no porquê dele vir. Que L O U C U R A !

Me passou pela cabeça de fato agendar um encontro com a Paula, agora que ela tinha lançado atendimento para mulheres.

Como se já não bastasse toda essa intensidade relatada até agora, ele me deu uma breve pausinha e então continuou com o vibrador mais uma vez, querendo me fazer gozar duas vezes. Eu estava tão extasiada da primeira, que a segunda foi mais difícil e não tão estarrecedora. Uma bem dada, valia por duas.

Depois que eu gozei pela segunda vez, ele sentiu que tinha comprido a sua missão e encerrou a sessão “tortura”. Pedi que me libertasse, queria retribuir tudo o que ele tinha feito comigo. Ele se surpreendeu com isso, disse que não estava esperando, mas, percebi que, assim como eu, curtiu bastante a surpresa. 😏

O vendei. Algemei. Fiz o mesmo processo, com a pena sutilmente deslizando pelo seu corpo. Não mensurei tempo, apenas fui sentindo as suas reações. E enquanto eu o via totalmente rendido na minha frente, se contorcendo conforme eu avançava naquela provocação, tive um belíssimo insight de inserir essa experiência nos encontros com os meus outros clientes. 😈  Se outros pudessem sentir tudo aquilo que eu senti quando foi a minha vez, eu seria ainda mais marcante para os homens que saíssem comigo. Fiquei muito empolgada com essa ideia.

Voltando para o homem que estava ali, nu, na minha frente, fiquei com uma enorme vontade de chupar ele, assim como fez comigo, na segunda etapa da experiência, mas não quis partir para o óbvio e decidi fazer diferente, partindo para uma massagem tântrica. Peguei o gelzinho que estava à disposição, lubrifiquei minhas mãos, e comecei, despretensiosamente, deslizando com meus dedos pelas suas bolas, movimentos circulares.

Adorei lhe causar uma tortura, similar a que causastes em mim. Depois de te provocar consideravelmente, parti para a massagem no seu membro, que desde o princípio estava rijo, pedindo um acalento. Deslizar com os meus dedos pelo seu pau, foi me deixando com um tesão, tanto quanto ele deveria estar sentindo. Quanto mais ele ofegava, mais eu desejava sentir tudo aquilo dentro de mim. O massageei por um bom tempo, ao ponto de achar que ele gozaria daquele jeito, mas quanto mais o tocava, mais a minha vontade de sentar aumentava. Então, em determinado momento não aguentei mais esperar que ele gozasse (que pelos seus gemidos parecia que seria a qualquer momento), peguei um preservativo que ele já tinha deixado perto, encapei e fui sentando. Quero dizer, tentei sentar.

Eu já tinha percebido que o menino era grosso, mas não imaginava que a minha pepekinha quase não daria conta. Tentei sentar de frente, não estava rolando, me virei de costas, achando que resolveria, e mesmo assim o dito cujo estava difícil de entrar, tive que fazer uma forcinha e nesse começo, confesso, foi um pouco doloridinho, mas depois ele foi se assentando ao meu corpo. Cavalguei bastante, queria fazê-lo gozar bem gostoso. Dei tudo de mim, e então trocamos de posição, com ele vindo por cima.

Transar com ele foi uma mistura de prazer e dor. Como a sua grossura era demasiadamente grande, eu conseguia sentir muito bem cada movimento me preenchendo por inteiro, mas após bons minutos de sexo, eu precisava de um descanso e ele não gozava nunca. Quando entendi que ele não estava segurando para poder aproveitar mais, mas que realmente tinha dificuldade para gozar, decidi pedir uma pausinha, minha bucetinha estava quase soltando fumaça.

E quem disse que depois da pausa, eu conseguia cogitar ele entrando em mim de novo? A bichinha estava exausta, ainda mais depois de duas gozadas. Foi a deixa pra partir pro oral, já que ainda não tinha lhe mostrado o meu delicioso boquete. Pois, minha boca só passava pela cabeça, rs. O bicho era mesmo dotado. O jeito foi caprichar na punheta. Eu me recusava a não fazer aquele homem gozar. Pedi que me mostrasse como gostava, o vi se masturbar um pouco e então retomei, reproduzindo conforme seus movimentos. Foi árduo, mas consegui, enfim fiz aquele homem chegar lá! 👏🏻😎

Nosso encontro já tinha passado das duas horas, inicialmente acordadas, então peguei papel para lhe ajudar a se limpar, e quando voltei ao banheiro para jogar no lixo, na sequência já entrei no chuveiro, nada como um belo banho depois de uma atividade tão intensa.

Quando voltei para o quarto, ele mencionou que tinha acrescentado mais uma quantia ao pagamento, por termos excedido o tempo, e assim já fui me vestindo.

Nota: ⭐️⭐️⭐️⭐️ (Só não levou 5, devido ao pequeno sofrimento da pepekinha 😬)

P.S. O kit Tortura Erótica JÁ CHEGOU! 😈

P.S. 2: No dia seguinte, de fato, agendei com a Paula 😬

P.S. 3: Mas depois desmarquei, já que vamos fazer dupla! 👄

P.S. 4: Se você pudesse escolher, qual experiência preferiria? Ser vendado e algemado por mim, ou ser rendido pelas duas? 😏

Desaventuras Amorosas Em Série – Pt 6

Querido diário,

Três meses se passaram desde a última postagem deste quadro. Como o tempo passa rápido! 😱 Enfim, eis que retorno com mais uma nova experiência desses boys de aplicativo (Bumble). Decepcionante para mim e divertido para vocês! Incrível como os caras de hoje em dia não estão servindo nem pra sexo! 🥴

“O Folgado”

Demos match num domingo e rapidamente ele conduziu para que eu lhe passasse o meu WhatsApp. Fui na onda, afinal, perder tempo pra que?

No dia seguinte, ele chamou no meu número. Novamente sendo rápido na condução das coisas, propondo de irmos beber alguma coisa e trocar ideia, naquele mesmo dia. Eu tinha acabado de chegar em casa de um atendimento de casal, ainda estava um pouco alegrinha das taças que tomei no encontro e achei que seria legal outra aventurinha, em plena segunda-feira. Aceitei. Por volta das 17h ele passou para me buscar em casa (adorei que tinha carro) e seguimos para um barzinho roots, na Santa Cecília, chamado “Moela”, por sugestão dele. Me arrumei bem básica, afinal, encontro no meio da tarde, num barzinho na Santa Cecília, não era algo que merecesse uma grande produção, sem ficar over. 

Minhas percepções sobre ele: não era um Brad Pitt, mas daria pra dar uns pegas. O estilo dele não era muito o que eu curto normalmente, mas, estava com a mente aberta para conhecer novos ares. Eu gosto dos Faria Limers e ele era um Santa Cecilier. Suas roupas pareciam de skatista, nada a ver com a patricinha que vos fala. Mas era independente, tinha carro, morava sozinho e trabalhava com publicidade. “Deixa a vida me levar”, pensei, empolgada com o encontro. 

O papo fluiu super gostoso, bebemos dois drinks, cada um, e comemos uns croquetes. Ficamos umas 2h no bar. Eu já tinha avisado que não poderia ficar muito tempo, por conta da minha aula online a noite (que na verdade era um Job, eu que não iria perder dinheiro por causa dele).

Dividimos a conta (ele perguntou se eu queria dividir e respondi que poderia ser), 100 conto pra cada. Paguei de bom grado, mas, confesso que não vejo com bons olhos homem que não faz esse cortejo num primeiro encontro. Contudo, as minhas expectativas já estavam baixas, então não foi uma grande surpresa. Ao me deixar de volta em casa, demos um beijo na hora da despedida. Achei gostosinho.

Na mesma noite ele me enviou um invite do Spotify, coisa que eu nem sabia que era possível, para a plataforma criar uma playlist compartilhada com as músicas dele e as minhas. Achei criativo. Como também sou vidrada em música, foi bom para mantermos a conversa, graças a isso a interação rendeu bastante, ora eu comentando de alguma música dele que eu gostei, ora ele falando de algumas minhas também. 

Na noite seguinte, ele, ousadamente, me enviou a seguinte mensagem:

– Tá de boa? Tomo um banho e passo ai pra gente jantar? haha

Eu já estava jantando num restaurante, com uma amiga que eu não via há muito tempo. Levei horas pra responder sua mensagem. Combinamos de sair no fim de semana, mas, na noite seguinte, antecipamos o encontro. 

*

Quando ele chegou no meu apê, lhe servi uma taça de vinho e nos sentamos no sofá. Conversamos bastante, demorou até que rolasse o beijo e começássemos com a pegação.

Quando o sexo foi desenrolando, foi muito frustrante perceber que ele não tinha muita iniciativa na cama. Não me chupou em nenhum momento, o que me decepcionou profundamente. Ainda que muitas vezes eu prefira chupar, do que ser chupada, valorizo muito quando o parceiro demonstra essa vontade em agradar. E tenho bastante experiência com homens para saber que se ele não me chupa de primeira, dificilmente vai chupar depois. E como não me chupou, direitos iguais, também não me prontifiquei em fazer sexo oral nele. 

Daí lá vem ele com aquele dedo mexendo na minha pepeka, podia ser a língua, né? Mas tudo bem. Já que era masturbação que ele queria, era masturbação que ele iria ter. Fui com a minha mão para o pau dele também. 

Em algum momento perguntou se eu tinha camisinha (por que ele mesmo não trouxe a dele?) e após encapado o dito cujo, pediu que eu fosse por cima. Se eu já não tinha gostado que ele não me chupou, o achei ainda mais preguiçoso, querendo que eu trabalhasse primeiro. 

Todas essas minhas queixas não transpareci na hora, para não azedar o clima, e fui por cima sem falar nada. Até que estava gostoso sentar nele, porque o abençoado tinha sorte de ter um pau apetitoso. Porém, quando invertemos e ele veio por cima, não gostei nada do jeito que ele metia. Ficava quase tirando e colocando, detesto quem transa assim, primeiro porque me dá aflição de entrar no buraco errado, segundo que a camisinha vai secando, não sendo mais tão gostoso com o negócio entrando seco. 

Por conta do meu trabalho, estou tão acostumada a transar em prol do prazer do outro, que quando estou em encontros civis, às vezes esqueço de me priorizar também. Então por mais que não estivesse tão gostoso e confortável transar com ele daquele jeito que ele fazia, não interrompi logo de cara, pois pensei que ele pudesse estar quase gozando e não quis cortar seu barato, mas, pra variar, ele não gozava nunca, e eu só deixei para interromper quando chegou no meu limite de desconforto com aquilo. Deveria ter interferido bem antes. 

Daí ele tirou a camisinha, e se sentou do meu lado, de modo que seu pau ficasse na altura do meu rosto. Percebi o que ele estava tentando fazer, olhei pra cara dele e dei uma risadinha, do tipo “é sério isso?”, daí ele perguntou se eu não queria chupar. Afffff. O cara que nem chegou perto da minha pepeka, estava querendo ser chupado? 😒 A minha vontade foi de responder: “você não me chupou”, mas, respirei fundo e consenti, pra evitar um climão na hora. 

Enfim, gozou na minha barriga. 

Após meu banho, ficamos deitados na cama conversando, até que o bonitão se convidou pra dormir, dizendo: “Você não vai desligar a TV e a apagar as luzes?”. Minha vontade era de dizer: “Sim, depois que você for embora”, mas, novamente não quis ser indelicada e consenti que ele dormisse comigo. Ainda reclamou que um dos meus travesseiros parecia uma pedra. 😒

Eu não quis ficar de chamego, nem dormir abraçadinho, quando ele vinha encostando em mim, eu já dava um chega pra lá. Permiti que ele dormisse apenas por ser de madrugada, acreditando que ele iria embora bem cedo na manhã seguinte. Mas, o meu grande erro é sempre esperar que as pessoas tenham o mesmo bom senso que eu teria. 

De manhã, ele veio tentar um sexo matinal, já cortei, falando pra parar de mexer comigo, pois queria dormir mais. Por volta das 9h acordei e o bonitão ainda estava capotado. Levantei, fiz meu pré treino, peguei minha roupa de academia e fui me trocar no banheiro. 

Quando voltei para o quarto, felizmente ele já tinha acordado, estava mexendo no celular, mas, reforçando a minha percepção de ser um folgado, continuou a vontade na minha cama, como se a casa fosse dele, mesmo vendo que eu já estava na ativa. Abri a persiana e nada do bonitão levantar e se arrumar pra ir embora, só faltou pedir um café da manhã na cama. 

Vendo que ele não se levantava e como eu também não estava a fim de fazer sala, comecei a fazer minhas tarefas domésticas, como, tirar o lixo e ir limpar a areia dos gatos, colocar roupa pra lavar e lavar a louça. Nem arrumar a minha cama, que ele dormiu, o folgado não teve a educação de fazer. Se vestiu e foi sentar no meu sofá, esperando não sei o quê para ir embora. 

Ele tentou puxar assunto, comentando de um quadro que eu tinha na parede, respondi seca, sem dar muita conversa. Em outro momento, ele ainda teve a audácia de pedir para que eu colocasse uma música, pois estava muito silêncio. A minha vontade foi de responder: “Já não deu a hora de você ir embora não, querido?” Mas novamente fui educada e apenas respondi que não gostava de ouvir música pela manhã, o que é uma grande mentira, só não queria que ele se sentisse ainda mais a vontade e confortável de continuar na minha casa.

Em algum momento ele justificou que estava esperando dar 10h por conta do rodízio do seu carro, o que não justificou pra mim, pois, se eu estivesse na casa de alguém e percebesse que a minha presença não era mais bem vinda, eu já teria vazado e esperado no carro. Mas vai saber se ele percebeu, né? Pelo visto não.

Depois que eu já tinha adiantado todas as minhas tarefas, me sentei e falei que só ia esperar ele ir embora para poder estudar um pouco. Daí ele se tocou e disse que já estava indo, faltando 10 para as 10. Geralmente, quando recebo um boy que eu curto muito, fico fazendo companhia até o elevador chegar, mas com ele só falei: 

– -2 tá?

E fechei a porta. 

Uma semana depois…

Ignorei.

A Instituição do Casamento

Querido diário,

Hoje estou aqui para divagar sobre um tema que tem aparecido muito no meu TikTok (criei a conta há uma semana) e caixinha de perguntas no Instagram. Algumas pessoas têm me perguntado nos comentários dos meus vídeos, sobre a minha profissão atrapalhar o meu futuro, quando eu decidir constituir uma família.

Percebi que essas perguntas começaram a me incomodar, como quando você vai visitar um parente distante e vem aquela tia chata perguntando: “e os namoradinhos?”, como se isso fosse o mais importante de tudo. Como se eu devesse alguma satisfação por ter esse estilo de vida. Como se eu não fosse uma mulher de valor ao ponto de um dia me casar, tendo toda essa bagagem.  Por outro lado, também me incomodou por alguém induzir que por eu ser mulher, é claro que eu quero tudo isso.

Essa questão me abriu uma série de reflexões comigo mesma sobre a instituição do casamento, filhos e como isso foi moldável a vontade da mulher. Afinal, é da natureza feminina querer ser mãe, casar e viver no padrãozinho da sociedade perfeita.

Continuei indo mais fundo nas minhas reflexões e cheguei à conclusão de que, para início de conversa, talvez, eu não acredite na instituição do casamento. E eu não sou uma pessoa fria, muito pelo contrário, sou bastante romântica e acredito no amor. No amor, mas não no casamento.

Não estou dizendo que não existam casamentos genuinamente felizes, que dão certo e duram até o fim da vida. Mas acredito que esses são as exceções e não a regra. E antes que você pense: “Que propriedade essa menina tem para falar do assunto?”, te digo que eu tenho muita, pois, atendo muitos clientes casados e também já vivi esse modelo de relacionamento.

Não julgo os meus clientes, pois, já estive do mesmo lado. Você ama a pessoa, mas se atrai por coisas novas. Aí vem os moralistas e falam que é falha de caráter, a falha é obrigar a pessoa a viver num sistema monogâmico porque assim foi estipulado pela sociedade há milhões de anos. 

Com meu último namorado moramos juntos e terminei sem que nada de grave tivesse acontecido. Simplesmente aquilo perdeu o sentido para mim. Desde então fui buscar terapia, pois, na minha cabeça também era inconcebível que eu tivesse me cansado daquele modelo lindo e seguro de relacionamento.

Eu mesma, quando era mais nova, achava que queria tudo isso. Estava dentro de um namoro desgastado de 8 anos, com o meu primeiro, e mesmo não sendo plenamente feliz, queria intensificar ainda mais os laços com ele, pois achava que era assim que tinha que ser. Você namora, casa, tem filhos e é isso. O ciclo da vida. Como se eu tivesse sido programada para ser assim.

Não eu.

Eu gosto de ser livre, independente e o casamento é uma privação de tudo isso. Isso não quer dizer, obviamente, que não quero ter alguém legal para dividir alguns momentos da vida. Mas por que precisa ser 8 ou 80? Quando eu falo sobre ter contatinhos, muitos se divertem achando que estou contando uma piada, não, eu realmente acho que a vida é curta demais para ficarmos presos a uma única pessoa, nos privando de termos várias experiências diferentes, com pessoas diferentes.

Sim, não vou ser hipócrita e dizer que quando estou apaixonada por alguém, eu não me iludo com o pensamento de que quero ficar somente com aquela pessoa até o fim, também. Todo mundo é fiel no estágio da paixão. O grande ponto aqui é que isso não se sustenta. Em algum momento, o fato de a pessoa sempre estar disponível pra você, te tirará a grande emoção do desafio.

Daí os moralistas vão dizer: “É natural você desejar outra pessoa, mas o que não pode é se sucumbir aos desejos”. Que merda de vida é essa que você precisa ficar se reprimindo, transando com a pessoa que você está junto e pensando em outra? Por que as pessoas não podem simplesmente aceitarem que é normal você estar com alguém e se atrair por outra? Que é normal você não querer ficar passando vontade?

Daí você me pergunta: “Então quer dizer que quando você casar será compreensiva se for traída?”, esse é o X da questão, eu não quero casar e passar por isso, porque eu já sei que o modelo de casamento não é compatível.

Então a pergunta certa não é se eu não acho que o meu estilo vida vai me atrapalhar, como se eu tivesse que me moldar ao que é aceito e bem-visto pelo/alguns homens, mas sim, o que será que é preciso para um homem me conquistar a este ponto?