Olá meus amores!! Espero que todos vocês estejam bem!!
Hoje estou aqui para compartilhar uma mega novidade!! E como sou a louca dos textos, é claro que não vou só compartilhar a notícia, mas sim contar como tudo aconteceu!!
Estava eu em mais um dia de vida, quando abri meu e-mail profissional para ver o que tinha de bom. Logo de cara me deparei com a mensagem de uma produtora da Jovem Pan (para quem não conhece, Jovem Pan é uma rádio, basta sintonizar 100.9 em São Paulo, e você ouvirá as músicas que tocam), cuja rádio ouço desde a minha adolescência!
Na mesma hora meu coração disparou! Ela me convidava para dar uma entrevista, para o programa: Documento Jovem Pan, que seria transmitido no canal da Jovem Pan News, uma vertente jornalística deles, no audiovisual. Eu queria muito participar da entrevista, mas, ao mesmo tempo, tive receio do risco da exposição. Imagina, trabalhei por seis anos como acompanhante, sem que não viesse a público a minha real identidade (nem do lado de cá, alguém que descobrisse sobre a minha vida paralela também) e agora surgia essa proposta interessantíssima de contar um pouquinho da minha história.
Entrei em contato com a Marina Harriz e busquei saber melhor desse convite. Minha imagem seria divulgada? Minha voz? Todos os meus pedidos foram atendidos. Marcamos a entrevista para dali a dois dias, (rápido assim, estratégia de jornalista, que eu entendo bem, para que a fonte não desista, rs) e no grande dia eu só conseguia sentir frio na barriga. Uma hora antes do horário combinado, um motorista enviado por eles já esperava na minha portaria, me fazendo sentir muito vip, rs.
Chegando lá fui recepcionada por um outro produtor que também participaria da entrevista, um rapaz alto, muito educado e simpático. Entramos no prédio e subimos até o vigésimo andar, ou será que era vigésimo quarto? As emoções não me permitem lembrar. Enquanto nos encaminhávamos para a sala de reuniões, passei por uma parede enorme de vidro em que pude espiar a redação deles. “Nossa que demais!!”, pensei eufórica. Era muito louco estar num lugar em que anos atrás, quando ainda cursava a faculdade de jornalismo, era o meu sonho trabalhar. Não propriamente na redação deles, mas redação de qualquer meio de comunicação em que a minha função fosse escrever.
Eu estava bem tensa para dar a entrevista, apesar de ter ensaiado possíveis perguntas, nada se comparava ao “pra valer” mesmo. Eu queria mostrar o quanto sou interessante, bem-humorada e empolgante, como sempre costumo ser por aqui, porém ao vivo, sem pausas para voltar e reformular qualquer texto.
Eu seria filmada de costas, na edição, a minha imagem seria desfocada e a minha voz alterada. Talvez vocês estejam pensando: “Que diferença faz alterar a voz, quando tem vídeos com você falando publicados aqui?”, pois eu lhes respondo, a diferença é que eu não sabia qual seria o alcance da reportagem, não poderia arriscar ser reconhecida por qualquer pessoa da minha vida particular à essa altura. A entrevista toda durou exatamente uma hora, mas, sabendo que eu não era a única entrevistada deste tema, fiquei curiosa em descobrir quais trechos eles usariam.
Entrevista encerrada, lhes presenteei com o meu livro, conversamos um pouco e então o motorista me trouxe de volta para casa. Fui super bem tratada desde a ida, até a despedida. Equipe maravilhosa e muito bem preparada. ????
Até sair a reportagem, todos os dias, eu ficava repassando a entrevista na minha cabeça. “Poxa, eu poderia ter falado da viagem aos Estados Unidos”, “Caramba, esqueci de mencionar que também era presenteada com joias”, “poderia ter especificado melhor os lugares que eu conheci”, análises que permeavam os meus pensamentos, detalhes que talvez não fizessem tanta diferença, mas que só quem também já foi entrevistado sobre determinado assunto e esqueceu de falar alguma coisa, vai entender. ?
Enfim a entrevista saiu! Ai meu coração!!! Muita emoção!!! Muita calma nessa hora!! Eu fui a última acompanhante da reportagem e todo esse percurso, até chegar na minha parte, foi assistido com muita euforia! Notei que usaram imagens do meu vídeo Sadomasoquista em alguns trechos da reportagem para ilustrar a sensualidade que o tema pedia, e ainda que tais imagens não demonstrassem ter qualquer relação comigo, me senti preenchida. Tinham partes minhas por todo o documentário! ❤️❤️❤️ Usaram uma frase minha solta, quando contei sobre a minha experiência como sugar baby e depois daquela entrevistada gringa, chegou o meu momento! Lá estava eu, brilhando na telinha:
Depois de mim, trouxeram o depoimento de Oscar Maroni, dono do Bahamas Hotel Club, e imagens do meu vídeo “Aquela Menina Mulher” fecharam a reportagem com chave de ouro! ?
Sério gente, tô sem palavras para tudo isso que aconteceu! Foi uma conquista muito significativa participar de uma entrevista em que a prostituição de luxo é abordada de maneira respeitosa, como realmente deveria ser, também por toda a sociedade. A reportagem, como um todo, foi muito bem elaborada, adorei assistir o depoimento das outras entrevistadas e caso queiram assistir o vídeo completo também, é só dar play abaixo:
Para finalizar quero dizer que essa conquista é nossa! Minha e de vocês, que me leem, pois, se ao longo dos anos, não tivessem me dado a devida notoriedade, isso nunca aconteceria! Muito obrigada, mesmo, à todos que me acompanham!!
Precisava compartilhar isso com vocês!!
Grande beijo. ❤️
Sem palavras!!!
Lindaaaaa!!!
Quanta experiência, quanta sabedoria, que tranquilidade… muito profissional, como sempre.
Não parecia que estava nervosa de jeito nenhum.
Obrigado por me dar mais esse motivo para continuar seu fã de carteirinha.
???
Eu que agradeço por continuar me acompanhando!! ❤️
Gostei da reportagem e da sua atitude Sara.
A voz modificadora ficou bem aquém da original, mas o importante é manter a sua privacidade.
O seu blog me fez ver a sua profissão com outros olhos, muito digna agora aos meus. Antes eu tinha um pensar equivocado “Tem que se odiar muito!” Hoje penso que todas deveriam cobrar pelo seu tempo, admiro sua escrita e sua coragem e vontade de sempre querer mais e ser valorizada. Eu li muito e também a acompanho nas redes sociais e sempre usa “É o meu tempo, minha companhia o todo. Não só o sexo!” E é exatamente isso, o que mais temos de valioso é o tempo. Por que não cobrar por ele? Não sei seu nome, mas sua missão como Sara Müller acredito que está no caminho.
P.s Ainda não li o livro, vou ler essa semana.
Seu comentário acalentou muito meu coração nesse momento. Lidar com tantos comentários preconceituosos e de repente me deparo com um que captou exatamente a mensagem que quero transmitir, é gratificante demais. Obrigada por isso.
Que bom que fez bem, no mundo precisamos de mais acolhimento do que é diferente e menos julgamento. Continue a escrever e mudar o mundo dentro do seu mundo. Estarei aqui, mulheres que apoiam mulheres. 💜
P.s mandei email pra o livro físico 🥹