Doce como Anjo, Feroz como uma Leoa

Querido diário…

Tenho um BABADO FORTÍSSIMO para te contar!

Na última segunda-feira marquei de encontrar um gringo, no hotel Mercure do Jardins. Depois de já termos combinado tudo (foi um lance de última hora), pedi que me enviasse uma foto para que eu soubesse quem ele é, quando eu chegasse no hotel (sempre peço para o cliente me esperar na entrada, assim evito de passar pela recepção e subimos direto).

– Eu sei quem é você. Se suas fotos são reais. – Ele rebateu, como se isso o eximisse da responsabilidade de me enviar a dele.

– Mas eu não vou encontrar uma pessoa sem ter a mínima noção de como a pessoa é. Então fico no aguardo da foto para poder ir.

A contragosto, 4 minutos depois, após eu cobrar novamente com dois pontos de interrogação, enfim enviou a imagem.

Chegando no hotel, descobri que ele tinha me enganado. E o pior, quando o vi, o confundi com um cliente super estranho que eu já tinha saído uma vez. Pensei: “Não acredito que ele arrumou um número de fora e me enviou a foto de outra pessoa para me fazer vir até aqui encontrá-lo”. Aliás, vou fazer um breve adendo aqui, contando desse outro.

“O Stranger”

Uma vez atendi um cliente SUPER estranho no Astúrias. O encontro se sucedeu normalmente, até o momento do pós o sexo. Enquanto conversávamos, ele veio com um papo estranho, dizendo que agora que tinha me encontrado, não poderia mais perder tempo. Como se estivesse com os dias contados. Tentei sondar se ele estava doente, deu a entender que sim, mas não quis me dizer o que era. Diante de todo o contexto estranho, fiquei com o sentimento de que, talvez, ele pudesse ser esquizofrênico.

Na hora de me pagar foi mais estranho ainda. Ele disse: “Depois me passa seu pix”. Como se eu fosse sair do quarto sem que houvesse o pagamento. “Você precisa confiar em mim”, reforçou, na tentativa de me convencer a não receber no ato. Completamente sem noção, como se eu fosse confiar num estranho que eu nunca tinha saído e que ainda tinha dado vários sinais de ter parafuso solto.

– Não funciona desse jeito, você me paga comigo ainda no quarto. – Falei firme, num tom já não tão simpática.

– Calma, tudo bem.

Fez o pix e ainda acrescentou uma caixinha gorda de R$ 500. Não importava o tamanho da sua generosidade, estava decidido, com esse cara eu não sairia nunca mais.

Ficou no meu pé para que saíssemos novamente e, não satisfeito com o meu silêncio, teve a audácia de comprar o meu livro pelo meu blog, só para eu ser obrigada a entrar em contato com ele. Não quis nem saber. Não fiz o envio do livro e nem entrei em contato para devolver o dinheiro.

*

Enfim, voltando ao cliente gringo desse post, quando o vi, ele parecia demais com esse tal cliente estranho.

– Você não é o cara da foto. – Foi a primeira frase que pronunciei, quando o vi vindo rapidamente na minha direção.

– Não sou.

– Eu vou embora.

Me virei para ir embora, mas aí ele disse algo que não me lembro agora, que me fez olhar para ele de novo e aí me dei conta de que ele não era o cliente que confundi, pois, afinal, esse era gringo. Ao constatar que ele não era quem eu temia que fosse, me tranquilizei um pouco e considerei subir mesmo assim, afinal, já estava lá, já tinha saído da minha casa, gastado os meus produtos, melhor fazer a produção valer a pena. Quando eu confirmei que poderíamos subir, ele me solta essa:

– Mas você também não é a pessoa da foto!

– Como é???!

Pedi que me mostrasse onde eu não era a pessoa da foto. Ele entrou na nossa conversa do whatsapp, fiquei esperando que clicasse na minha foto e expandisse, mas não, ele voltou a conversa até uma parte específica, onde eu te respondia com uma figurinha.

– Não é você aqui:

– Isso é uma figurinha. – Respondi, não acreditando que eu precisava explicar sobre o uso de figurinhas no whatsapp. 🙄

Sério, a pessoa tinha que ser muito tapada para se embasar por uma figurinha, sendo que tem foto no meu perfil, fora os links das minhas redes sociais que eu tinha enviado na mensagem inicial com todas as informações. Aquilo me estressou de tal maneira que, somado ao foto dele sim ter sido o mentiroso da história, me enganando com uma foto que não era ele, decidi nem gastar minha saliva e me virei para ir embora, pois não tinha mais clima para ficar com uma pessoa dessa.

Quando cheguei na entrada do hotel e abri o aplicativo da Uber, eu estava tão irritada com tudo aquilo que foi o estopim ver a tarifa dinâmica, mais caro do que eu tinha pagado para ir. Me recusava a ter qualquer prejuízo financeiro por ter ido até ali passar por aquela palhaçada. Ele não querer fazer o encontro ok, mas meu uber de ida e volta ele iria pagar!

Voltei para dentro do hotel e o vi quase entrando no elevador. O chamei de volta. Fiz questão de esclarecer que eu era a pessoa das fotos sim. Pedi que entrasse na nossa conversa do whatsapp e cliquei no link das minhas redes sociais para que ele visse que tinham fotos minhas lá. Se ele não teve a disposição de checar a pessoa que ele estava contratando, se baseando por uma mísera figurinha, isso não era problema meu. Ao final, falei para ele pagar ao menos o meu uber, pois eu tive um custo para ir até lá. Ele se recusou e imediatamente experimentei um estado de espírito que eu não estava muito familiarizada dentro de mim.

Comecei a tremer de raiva. Percebi que eu tremia quando novamente acessei o link das minhas redes e vi meus dedos tremendo como se eu tivesse mal de Parkinson. Ele continuava se recusando a pagar meu Uber. Comecei a elevar o tom da minha voz, a fim de que ele pensasse: “Deixa eu pagar ela logo para evitar confusão”, mas ele continuou se negando, querendo fugir para o elevador. Por sorte, a segurança do hotel percebeu que estava rolando algo e alertou a recepção, dizendo que era melhor chamar a polícia. Na mesma hora concordei, pedindo que chamassem mesmo.

Daí a partir desse momento não falei mais com ele. Ele ficou encostado na recepção, mexendo no celular e eu ao lado da segurança. Compartilhei com ela o que tinha acontecido, e ela me tranquilizou que a polícia resolveria, dando a entender que não era a primeira vez que acontecia esse tipo de situação ali.

A polícia demorou MUITO para chegar. A recepção até ligou novamente para se certificar de que realmente tinham aberto o chamado. Diante de toda aquela demora para resolver tal questão, cheguei à conclusão de que eu não queria mais que ele pagasse apenas o meu uber, agora eu queria que também arcasse com o combinado de 1h, por me fazer perder a minha noite, presa naquela desagradável situação. 😠

Em determinado momento o cliente subiu para seu quarto, mas a recepção do hotel garantiu que ele voltaria quando a polícia chegasse. E por incrível que pareça, foi ele subir, que a polícia chegou, bom que pude dar o meu depoimento sem precisar olhar para a cara daquele cretino. A segurança me conduziu para falar com os policiais na frente do hotel, a fim de evitar tumulto no hall.

Chegaram dois policiais gatíssimos, que me deixaram muito à vontade para expor o que tinha acontecido, sem que eu me sentisse julgada ou ridicularizada por todo o contexto. Aliás, impressionantemente, essa foi a primeira vez que me vi numa situação de exposição em que eu não sentia vergonha ou medo do julgamento alheio por ser uma profissional do sexo. Pelo contrário, falava com propriedade, a fim de resgatar o que considerava meu por direito.

Depois que contei calmamente a minha versão e expliquei ao policial o que eu queria para resolver aquela situação (não mais o custo do uber, mas, sim meu cachê pela 1h mesmo), o cliente chegou e fiquei ao lado do policial ouvindo ele contar a sua versão. Na verdade, ele não tinha muito o que dizer, falava muito pausadamente, como se estivesse buscando as palavras que justificassem tal atitude babaca. Veio com o mesmo papo, que eu não era a pessoa da figurinha, e o policial reagiu da mesma maneira que eu, desvalidando tal argumentação.

– Você não viu as fotos dela no site que você pegou o contato? – Ele indagou o meliante e o outro continuou se fazendo de sonso, afirmando que eu não era a pessoa das fotos. 🙄

Imediatamente entrei no meu Twitter e rolei o feed para a postagem mais atual que tinha postado. Estava lá, a minha foto, linda e bela de calcinha. Virei a tela do celular para o policial e o cliente e falei: “Não dá pra ver que sou eu?!”

Sem o menor pudor, mostrava um semi nude na cara da policial também kkkkk. A fim de continuar a minha demonstração dos fatos, rolei o feed para a postagem anterior e quando vi que era um vídeo dos meus seios, foi que me dei conta de que eu estava mostrando um nude para o policial. Recolhi o celular, dei um sorriso sem graça e falei: “É… não vou ficar mostrando minhas coisas aqui… rs”.

Em determinado momento o policial pediu para que eu os deixasse a sós e então fui para o outro lado, onde estavam o segundo policial, conversando com a segurança do hotel. Paralelamente, enquanto a resolução vagarosamente desenrolava, percebi que tinha uns dois homens no restaurante ao lado, acompanhando a situação. * Guardem essa informação para o final. *

Após bastante tempo de conversa, vi o cliente vindo na minha direção, tirando umas notas bagunçadas do bolso. Por um instante fiquei contente, achando que tinha conseguido o que eu queria, mas o policial veio na frente e disse que ele estava disposto a pagar o meu uber.

– Ahh agora ele quer pagar meu uber? Meu uber eu queria aquela hora, agora eu quero meu cachê.

Imediatamente o policial o questionou do porquê que ele não pagou o meu uber então na hora que eu pedi. Sério, ele estava se saindo um excelente advogado, rs. 😊 Voltaram a conversar, mas o cliente seguia irredutível a pagar pelo que eu pedia. Falei então para irmos para a delegacia. Não que eu quisesse, de fato, ter mais esse transtorno de sair dali para algo que demoraria mais ainda, mas falei  na esperança de que esse cenário assustasse o cara.

Dali a pouco os policiais inverteram os papéis, o que estava ao meu lado, foi conversar com o cliente e o outro que estava sendo o porta voz, veio conversar comigo. Com jeitinho, foi bastante sincero:

– Olha, se formos para a delegacia, não vai dar em nada. O delegado vai abrir o boletim e vai liberar vocês dois, sem cobrar nada dele. Com esse boletim, o que você poderá fazer depois é abrir um processo contra ele por desacordo comercial, mas ele só vai ficar uma semana aqui e depois vai embora. Como ele não mora no Brasil, fica difícil reaver algo depois.

Nesse momento meus olhos encheram de lágrimas, ao vislumbrar o meu fracasso nessa luta. Me senti impotente. As lágrimas foram caindo.

– Não chora, não fica assim. Pensa nos clientes bons que você tem. Pensa em quantos bons você tem para que apareça um ruim.

Além de policial e advogado, ele também dava um ótimo psicólogo. 👏🏻

– O que eu posso fazer para te ajudar, é tentar convencê-lo a pagar o seu uber mais uma caixinha pra você. Tudo bem?

– Tudo bem, eu só quero ir pra casa. – Respondi, com minhas forças já se esvaindo.

Depois soube que o policial usou o meu choro como argumento na negociação, rs.

Enfim, ao final de tudo, com muito esforço, ele conseguiu que o cliente pagasse o total do meu uber, mais R$ 200 de caixinha. Não era bem o que eu objetivava, mas pelo menos não sairia de mão abanando, como teria sido se eu tivesse ido embora sem batalhar pelo que eu achava certo.

Depois que o cliente entrou para dentro do hotel, continuamos conversando a respeito do ocorrido, com o policial dando mais detalhes de como foi a negociação. Ele brilhou muito! 👏🏻👏🏻 Daí se despediram e foram embora. Depois me arrependi de não ter pegado o número deles, seria muito bom ter um contato na polícia… 😬

Permaneci ali mais um pouco, conversando com a segurança do hotel, que acabei fazendo amizade e trocando Instagram. De repente notei que um dos rapazes que estavam observando a situação de longe antes, agora estava fumando um cigarro, muito mais perto, trocando olhares comigo.

Chamei meu uber. Quando o carro chegou, me despedi da minha mais nova amiga e quando ia me encaminhando para o carro, o tal rapaz que observava, me abordou.

– Você trabalha aqui?

– Trabalho com o que?

– Com o que você trabalha?

– Sou acompanhante.

– Scort? – Esqueci de mencionar que ele era gringo também.

– Sim.

– Posso pegar seu telefone para sairmos amanhã a noite?

– Amanhã a noite eu já tenho compromisso. Você fica até quando?

– Eu venho toda semana.

– Ahh então tá bom.

Daí ele entregou seu celular na minha mão, para que eu anotasse o meu número.

– Qual o valor da sua hora? – Ele perguntou.

– R$ 700.

– Justo.

Quando eu ia dizer para salvar como Sara Müller, ele disse que salvaria como “Sara Mercure”, que assim lembraria, rs. Gentil, muito educado, bonito e ainda elevou a minha autoestima naquele finzinho de noite que começou caótica. Torcendo para que esse encontro realmente ocorra! 🤞🏻

Voltei para casa mais leve.

Se eu tivesse ido embora no exato momento que tudo aconteceu, teria voltado péssima, me sentindo uma idiota e muito frustrada. A tarifa dinâmica foi um presente do universo, foi ela que me deu combustível para mudar a situação. Poderia ter dado muito ruim, os policiais poderiam ter sido ogros, eu poderia ter voltado para casa sem conseguir nada, mas Deus sabe de todas as coisas. 🙏🏻

Meu saldo final foi: uma nova amizade, um potencial novo cliente, o reembolso do meu uber, R$ 200 de caixinha e história pra contar aqui no blog! 😁

P.S.: Alguns minutos mais tarde, quando eu já estava em casa, sentada no meu sofá, assistindo um filme, recebi uma mensagem de um dos policiais no meu whatsapp… 👀

“O Mentiroso”

Querido diário,

Já tinha saído com esse cliente duas vezes, sendo a última vez uma semana antes deste novo encontro. As coisas começaram a ficar estranhas poucos minutos antes do horário combinado.

Eu sempre peço para o cliente chegar um pouquinho antes no motel, para já ir pegando a suíte, e ele disse que me enviaria o número 30 minutos antes. O que não aconteceu. Quando faltava 15 minutos para o nosso date, lhe enviei uma mensagem, avisando que eu estava indo e nem sinal dele. O que achei mega estranho, para quem disse que me enviaria o número 30 minutos antes! Fiquei insegura de sair de casa e, para variar, também estava com dificuldade de conseguir um motorista.

Quando faltava 2 minutos para o nosso encontro, enviei uma nova mensagem, perguntando se ele estava chegando. Dois minutos depois ele respondeu que ainda não, que estava corrido e perguntou se eu já estava no Uber. O fato dele perguntar se eu já estava a caminho, me deu uma sensação de que se eu não estivesse, ele iria cancelar, assim em cima da hora. Não gostei nada dessa sensação. Eu já estava a caminho, mas chegaria atrasada, por todo o contexto.

– Você tá indo pra lá agora? – Perguntei, preocupada em ficar desabrigada.

– Chego rapidão. No worry.

– Aguardo o número do quarto então.

– Tah.

Dez minutos depois nada dele mandar o número da suíte!

– Estou muito perto. Você já está chegando ou já chegou?

– Chegando.

– Em quanto tempo? – Eu já estava quase na porta do motel!

– Pronto. 43 suíte. Pode vir.

Quando cheguei, aconteceu outro fato estranho, que não pude deixar de reparar. A atendente, que geralmente só pega o meu documento e me indica a direção do quarto, telefonou para a suíte e consegui ouvi-la dizer: “Ciente disso?” Na hora não entendi muito bem, no entanto, mais pra frente fará sentido.

Ao entrar na suíte, ele estava entrando no banho e um minuto depois, telefonaram da recepção. Atendi o telefone.

– O rapaz está saindo, pode liberar?

Achei que ela estivesse falando do motorista de Uber que me deixou dentro do motel.

– Ele é Uber. Pode. – Até estranhei eles ligarem para perguntar isso.

– Mas ele tá com uma menina.

– Deve ter pegado uma corrida aqui dentro então.

– O rapaz está aí? Preciso que ele libere.

– Ele está no banho.

Daí comecei a entender que ela falava de outra pessoa que estava no quarto antes de mim, mas achei que ela pudesse ter se confundido.

– Tem certeza que é suíte 43? Eu acabei de chegar aqui. Estamos iniciando a suíte agora.

– Só um momento por favor.

Me deixou um tempão na espera, até que desliguei o telefone. Achei que tivesse sido confusão da recepcionista, mas, quando o cliente saiu do banho, o vi ligar na recepção.

– Oi, é pra mim ligar aí? – Alguém deve ter mandado uma mensagem para ele.

Alguns milésimos em silêncio – que deduzi ser o tempo da recepcionista perguntar se podia liberar tal pessoa – e então ele respondeu: “ok”.

Meu faro investigativo foi atiçado na mesma hora!

– Você já estava aqui??

Ele hesitou em responder, como se não tivesse me escutado, fazendo com que eu repetisse a pergunta.

– Estava, cheguei um pouquinho antes para trabalhar. Deixei o micro lá no carro. – Forçando uma descontração, como se não tivesse sido pego na mentira.

Na mesma hora me veio um sentimento ruim. O cara ficou enrolando para passar o número do quarto, dando a entender que estava preso no trabalho, falando que chegava rápido, sendo que já estava na suíte há um tempão?! Por que ele tinha mentido?!

– Que estranho, porque quando você estava no banho, ela ligou perguntando se podia liberar a pessoa que estava aqui, mas eu falei que tinha acabado de chegar, agora ela ligou e você liberou a saída.

– Foi isso que ela disse? Eu não entendi, ela falou tão rápido, só falei ok.

Como que alguém diria “Ok” para algo que nem estivesse entendendo do que se tratava? Kkkkk.

Achei aquilo tudo muito estranho, ele estava mentindo, mas a questão era, por que? O cara não me deve satisfação nenhuma, não sou mulher dele, qual o problema de admitir que estava sim com outra pessoa no quarto antes de mim? Eu até brincaria, dizendo algo como: “Que disposição hein! Dois encontros seguidos!”, mas se ele mentiu algo tão bobo, era porque nesse mato tinha coelho!

Foi se encaixando o enigma na minha cabeça. Quando a recepcionista disse “Você está ciente disso”, é o tipo de aviso que elas dão quando tem pessoas demais na suíte e terá custo adicional pela pessoa extra. Quando ela telefonou e perguntou se poderia liberar o rapaz, será que por acaso a pessoa que estava na suíte antes era um traveco e por isso ele estava tentando camuflar a mentira?

Cara, se tem uma coisa que eu desprezo muito nessa vida, é a mentira. Fiquei com um sentimento ruim de estar sendo enganada. Iniciamos os beijos e fiquei tentando me condicionar a deixar isso para lá, “ele é um cliente, foda-se que está mentindo, isso não te afeta em nada”, fiquei mentalizando pra mim mesma, mas não estava funcionando. Se sentir enganada, independente da situação, também te faz se sentir idiota. Seria mais bonito ele admitir logo que estava com alguém no quarto, ainda mais depois de todo aquele papelão de enrolar pra me passar o número da suíte, sendo que ele já estava no motel há muito tempo. Achei péssimo tudo aquilo. Eu sempre me entrego nos encontros, mas eu não estava conseguindo imergir, beijava de um jeito bem mecânico, zero prazer de estar ali.

Quando iniciamos a transa, tive mais uma confirmação de que ele já tinha realizado outro encontro antes, quando, no meio do rala e rola feroz, ele broxou. Claro que o cara broxar pode ter inúmeros motivos, mas, no caso dele, que é muito safado e foguento, só queria dizer uma coisa: ele já estava satisfeito. Parti para o oral e é claro que deu trabalho. Chegou um momento que tentei inovar, fazendo beijo grego, enquanto ele se masturbava. Depois de muito tempo, ele gozou e mal tinha porra.

– Não sobrou mais nada aí, hein, rs. – Soltei, como quem diz: “Eu sei que você já gozou antes”, daí ele tentou disfarçar, dizendo que tinha escorrido para o lado, mas não tinha, rs.

Depois fui tomar meu banho e comecei a me vestir, ainda tínhamos tempo, mas via-se claramente que ele só estava cumprindo o protocolo. Não teria segunda rodada, uma vez que a primeira já tinha sido capenga. Eu também não estava com clima pra ficar jogando conversa fora.

Não gostei de ficar desconfiada e da falta de transparência. Tô nem aí se ele curte experimentar coisas com homens ou qualquer outra coisa, quem sou eu para julgar? Mas me fazer ficar esperando pelo número da suíte até o último instante, quando ele já estava lá, e ainda mentir sobre isso, achei muito desrespeito com o meu trabalho.

Agora a pergunta que não quer calar é: Quem será que estava na baguncinha antes de eu chegar? 👀

Deem seus palpites!

Princesas do Ménage à Trois – Final Season

Querido diário,

Enfim chegamos ao último episódio da saga! Preparados para altas emoções?

O sortudo que fechou esse ciclo com a gente, foi um cliente meu, aquele peculiar, que relatei nessa outra postagem. O tal que gosta de uma pegada forte no pescoço. Eu não pretendia repetir o encontro, por todo o contexto apresentado, mas, como seria em dupla, pensei que talvez não fosse tão ruim, já que estaríamos em duas. Mero engano. Devia ter seguido a minha decisão inicial e nos poupado de mais um encontro estranho.

Relembrando aqui algumas características desse cliente: ele é muito novinho, 24 anos, extremamente introvertido, do tipo que se a gente não falar nada, ele também não se esforçará e ficaremos todos em silêncio, olhando um para a cara do outro. Já tinha avisado e reforçado com a Manu que seria um encontro difícil, que ele não era nenhum galã e muito menos o Don Juan do sexo. Combinamos uma duração de 2h, no Astúrias.

Quando chegamos, ele nos presenteou com chocolate, me entregando uma sacola, dizendo que era para nós duas. Achei aquilo estranho, como se tivéssemos que dividir o presente, mas depois entendi que tinham colocado dois itens numa sacola só, rs. Parece um detalhe bobo, mas teria sido mais elegante uma sacola para cada, não?

Sugeri começarmos pela piscina. Nesse início tivemos uns probleminhas técnicos para colocar a música, o que foi um pouco chato, pois enquanto não rolava o som, rolava um mórbido silêncio. É estranho tentar criar uma conversa, quando o outro lado não coopera com naturalidade.

Falei para a Manu que ela podia ir entrando na piscina – onde ele já estava – que eu resolvia a questão da música, já que estava conectando no meu telefone, mas ela me ignorou e permaneceu do meu lado, meio séria, não sei se não tinha me ouvido ou se simplesmente não queria ter que interagir com ele sozinha.

Enfim entramos as duas na água e lá estava ele, mudo e calado. Nos esforçamos para iniciar uma conversa, mas quando perguntávamos algo, ele respondia e não perguntava nada de volta, o assunto morria e recomeçávamos tudo novamente. Uma chatice.

Daí, em algum momento, começaram a se beijar e aos poucos foi rolando o entrosamento. Certa altura, fiz uma brincadeira sobre eu estar sobrando, como se eu estivesse com ciuminho, apenas para criar uma falsa sensação de que ele estava com a bola toda, mas foi só um charminho mesmo, não que eu estivesse realmente me importando. Daí finalizei a frase com uma risadinha, esperando que a piada surtisse algum efeito, mas quando olhei para a Manu, percebi que ela não achou engraçado, dando o seu típico sorriso blasé, que eu conheço bem, quando ela não gosta de algo, mas não quer dar bandeira. Imediatamente fiquei com a sensação de que a minha tentativa de piada, pudesse ter soado como uma cobrança e essa falta de cumplicidade me causou um leve incômodo, somado com aquela outra situação antes de entrarmos na piscina. Armazenei.

Conforme íamos conduzindo a interação ali na água, Manu foi super criativa e teve a ideia de segurá-lo boiando, com uma mão nas costas dele, outra no seu pescoço, enquanto eu o chupava, já que seu pau estava dando sopa fora da água. Achei bem legal aquela dinâmica, foi algo mesmo inédito. Depois invertemos os papéis e pelo ângulo que eu a observava em ação, chupando ele, com aquele azul da piscina de fundo, foi mesmo uma imagem cinematográfica! Até brinquei depois que poderíamos gravar aquilo para ela postar no seu Privacy, que seria sucesso! Depois eu a Manu também nos beijamos, sensualizamos, até que, como tinha de ser, em algum momento, foi zerando nosso estoque de ideias e propomos irmos todos para a cama.

A Manu deu a largada no sexo e se empenhou de um jeito que fiquei bastante excitada assistindo. Ela cavalgou, deu de quatro, depois colocou ele sentado na beirada da cama e sentou nele rebolando toda performática, um verdadeiro tesão! Mas, nem assim ele gozou. Daí ela me passou a bola, enquanto se recuperava. Lá fui eu por cima, dei tudo de mim, até que, sem fôlego, pedi por água. Manu fez o pedido pelo telefone, enquanto continuávamos transando, daí trocamos para papai e mamãe, meio frango assado.

Nesse momento, incrivelmente, percebi o quanto ele estava performando melhor! Lembrava de no primeiro encontro ele meter todo desengonçado, desta vez sua metida estava mais precisa e gostosa, não resisti e comecei a me masturbar, aquilo estava realmente bom! Gozei deliciosamente e ele ainda nada. Pausa para descanso.

Quando as águas chegaram, dentro de um balde de gelo, Manu exclamou:

– Hummm, sabe o que acabou de chegar que podemos brincar? (Pausa dramática) Gelo!

Não curti muito a ideia do gelo, nem estava calor e eu, naturalmente, sou muito friorenta. Não consegui visualizar uma dinâmica legal com a cama molhada, mas, tentei entrar no clima e falei:

– Humm vamos passar em você, então? Passar gelo na sua bucetinha?

Percebi que ela ficou incomodada com o complemento que sugeri para a sua ideia, o que na hora não fez o menor sentido pra mim, pois pensei: “Ué, ela que teve a brilhante ideia e não quer que façam nela?”. Já tinha rolado aqueles pequenos estranhamentos mais cedo, mas com esse aqui fui ficando cada vez mais incomodada, sendo intensificado com outra situação, alguns minutos mais à frente.

Ficamos todos conversando por algum tempo, até que Manu se ausentou para tomar banho. Sozinha ali com o cliente, ele começou a trazer a conversa para coisas mais íntimas, relacionado ao nosso primeiro encontro e percebi que nos encaminharíamos para mais uma rodada. Sutilmente dei uma checada no horário e ainda tínhamos pouco mais de 20 minutos, quase meia hora.

Quando a Manu saiu do banho, pouco depois de eu checar o horário, percebi que ela começaria a se vestir e isso me causou um novo incômodo. Perguntei:

– Onde você vai?

– Vou me vestir, até porque já está quase estourando o tempo do encontro.

– Ainda temos tempo, falta meia hora. – Arredondei.

Ela ficou pensativa por poucos segundos, até que disse:

– Tá, só vou vestir minha calcinha. Posso?!

– Claro, faz o que você quiser, amorzinho.

Sim, eu sei que foi péssimo da minha parte, não devia tê-la repreendido na frente do cliente, reconheço que não foi nada legal. Mas levo o meu trabalho bastante a sério e, por mais que não fosse empolgante aquele encontro, restava tempo e senti como se ela estivesse me deixando na mão, ainda que, obviamente, ela tivesse o livre arbítrio para ir embora mais cedo, se assim quisesse.

Tinha sido uma semana intensa de encontros juntas, encontros esses, que como vocês puderam acompanhar, não foram aquele mar de rosas, então, acho que, no fundo, as duas estavam estressadas e sem tanta paciência uma com a outra.

Daí ela voltou para a cama e o cliente decidiu me pegar de bruços. Enquanto ele estocava em mim, Manu tentou se inserir, deitando-se perto da gente, o que funcionou no começo da transa, pois ele estava metendo em mim e beijando ela. Mas aí me deu um tesãozinho aquela posição (ele realmente estava metendo mais gostoso, cuja performance foi aprimorada em outros encontros posteriores que ele teve, segundo me contou, enquanto ela estava no banho) e quis pegar meu brinquedinho (não costumo levar meu vibrador nos encontros, mas, nesse, coincidentemente, eu levei) para, quem sabe, ter uma segunda gozada.

Daí precisei me virar para o lado contrário da Manu, esticando o meu braço para pegá-lo, enquanto o cliente ainda bombava em mim. Foi um pouco trabalhoso me movimentar naquela posição, então acabei não voltando para o lado que eu estava antes, uma vez que já foi difícil uma movimentação ali.

Eu não achei que o cliente fosse virar para o lado que eu estava também, pensei que ele continuaria beijando ela. Mas aí ele virou e Manu ficou excluída na transa. Para variar, é claro que ela ficou achando que eu virei de propósito, como se eu fosse adivinhar que ele também viraria, uma vez que, para ele, não fazia a menor diferença para qual lado a minha cabeça estivesse, contanto que meu corpo continuasse de bruços. Uma sucessão de lugar errado com hora errada, enfim…

Ele gozou e foi uma delícia vê-lo chegando lá. Acho muito sexy homens que gozam rugindo. Daí, agora sim o tempo do encontro realmente tinha acabado. Fui tomar banho e quando voltei, mesmo eu já me vestindo, Manu continuou deitada na cama, o que encarei como pirraça.

Inicialmente tínhamos combinado de jantar fora depois do encontro, mas, por todo o ocorrido, acabei broxando. Ela perguntou se iríamos sair para jantar e respondi que preferia ir para casa, esquecendo-me que as coisas dela estavam na minha casa também e que, de qualquer forma, precisaríamos voltar juntas. Ou seja, a escolha mais sábia teria sido manter o jantar, para tentarmos nos entender, enquanto enchíamos o buchinho. Mas não rolou assim.

Viemos discutindo no Uber e deve ter sido a viagem que mais entregou entretenimento para o motorista, pois, por mais que tentássemos adaptar certas palavras e termos, era nítido se tratar de duas putas lavando a roupa suja de um encontro que deu ruim kkkkk.

Resumindo, nos entendemos, mas ficou decidido que não faríamos mais encontros juntas para preservar a amizade, uma vez que algo ruim tinha acontecido e poderia abrir porta para outras situações desagradáveis depois. Adoro a Manu, ela é uma mulher maravilhosa, uma amiga incrível, tivemos muitas experiências interessantes juntas!

Como nosso anúncio da dupla deu o que falar e até hoje vocês perguntam a respeito, achei importante trazer esse desfecho. Peço que respeitem essa decisão e não fiquem insistindo pelo retorno da dupla, pois, esse fechamento de ciclo nos dará oportunidade para conhecermos novas pessoas e firmarmos outras parcerias.

Aliás, falando em outras parcerias…

Todos aqueles que quiserem uma experiência de ménage comigo e uma amiga minha, podemos combinar com a Emma Loli, a mesma que viajei para Paris e que vem sendo a minha parceira de dupla já há algum tempo! ❤️😏

Tem novidade no pedaço!

Ou também, uma amiga nova que preciso lhes apresentar e tenho certeza que vocês também vão adorar! Ela se chama Ayla Meden! 💋

Ayla é uma acompanhante novata! Ela fez mentoria comigo há alguns meses, também querendo ingressar nesse meio e hoje ela já tá mandando ver e com local! Retomamos o contato recentemente e teremos nossa grande estreia juntas nos próximos dias! 🔥 Um diferencial muito instigante da Ayla, é que ela é bissexual! 😛 Ou seja, as duplas terão um saborzinho ainda mais picante! 😈

Depois venho aqui compartilhar! Mas… quem ficar muito curioso, melhor do que ler, será ver com os próprios olhos! 😏

Eu já estou ansiosa!!

E vocês??

Um beijo e até a próxima aventura! ❤️

“O Estúrdio”

Querido diário,

Esse cliente parecia muito potencial. Bonito na foto, pelas conversas nada de estranho, fui confiante de que seria um encontro pra lá de gostoso.

O primeiro ponto de atenção surgiu quando eu estava a caminho do motel. Nosso último contato foi quando ambos disseram estar indo para lá, daí, no trajeto, lhe enviei uma mensagem perguntando se ele tinha carregador de IPhone (saí de casa desprevenida e não queria ficar sem bateria na volta). A minha mensagem não entregou. ⚠️

Faltando poucos minutos para o horário combinado, minha mensagem continuava sem entregar e nada dele dar sinal de vida com o número da suíte. Que aflição me dá estar quase chegando no motel e o cliente ainda não ter mandado o número do quarto, sério! 😮‍💨 Acho que isso é o tipo de coisa que incomoda toda acompanhante que atende em motel. Eu sempre peço para o cliente chegar um pouquinho antes, justamente para evitar esses conflitos. Enfim.

Decidi ligar para ele. Eu estava a 5 minutos do motel, precisava saber se levaria um cano para já alterar a rota e ir para casa. Ele atendeu, disse que estava chegando, mencionei as mensagens não estarem entregando e ele deu uma desculpa qualquer, sem sinal, acho. 

Cheguei no motel, ainda nada dele. 🙄 Um carro entrou antes de mim e  perguntei para a recepcionista se era o tal Fulano, ela disse que não e perguntou o meu nome, ao que respondi, ela me indicou qual suíte ele estava. Ufa, pelo menos ele deixou avisado na recepção, menos mal!

Quando entrei no quarto, aquela pessoa bonita da foto tinha envelhecido uns dez anos. Eu não sei porque algumas pessoas não usam foto atual no WhatsApp, precisa aceitar que envelheceu e ter orgulho do que está se tornando, não simplesmente parar no tempo. Seria muito mais honesto saber o que vou encontrar de fato. 

A comunicação inicial foi meio estranha, ele parecia um pouco introvertido, por um instante fiquei na dúvida se realmente era a mesma pessoa que agendou comigo. 

Ele colocou uma música eletrônica, outro ponto de atenção, acho estranho música eletrônica pra transar, me remete a transa frenética. A última vez que um cliente colocou, não tive uma boa experiência. 

Começamos a nos beijar e ele beijava MUITO mal! Ficava rodando a língua num looping eterno, o movimento perfeito se ele estivesse lambendo um seio ou chupando uma pepeka, mas pra beijar ficava péssimo. Beijo ruim me broxa demais, não consigo imergir no encontro. 😩 Tentei conduzir para que beijasse do meu jeitinho, mas foi inútil. Que agonia beijar daquela maneira!! 

Percebi também que ele tinha um hábito estranho de ficar apertando o pau na calça, enquanto me beijava. Alto nível de excitação, talvez? Já fiquei com a sensação de que seria uma loooonga transa. 😮‍💨

Aos poucos as roupas foram saindo e quando vi seu pau, me espantei demais com o tamanho. 🫣 Tinha a grossura de uma lata de coca. Mas notei uma coisa mais estranha ainda, da metade pra cima era muito mais grosso e da metade pra baixo um pouco menos. Outra peculiaridade muito esquisita, mas que só reparei quando coloquei a mão, é que na parte mais grossa, era também mais flácida, não ficava totalmente rígida, enquanto na outra metade sim. 

E como se tudo isso já não fosse estúrdio o suficiente, notei uma bolha no seu pau! A luz do quarto estava azul, não consegui ver direito, mas uma era uma bolha saltada. Perguntei o que era aquilo, ele respondeu num tom como se aquilo não fosse nada demais, dizendo: “não sei, um machucado”. Achei suspeito. Falei que só iria chupar com camisinha. 

Em outro momento ele voltou naquela questão e disse que não era DST, reforçou que era machucado. Perguntei como machucou e respondeu que não sabia. Como alguém vive tranquilamente com “machucado” na parte íntima e não busca saber o que tá acontecendo?! 🤔 Suspeito. Nem de camisinha eu chuparia.

Ele ficava o tempo inteiro se masturbando e se entretendo com o meu corpo. Me colocou de quatro e ficou me apreciando, enquanto se masturbava, intercalando com chupadas na minha pepeka. Seu oral foi muito bom, devo reconhecer, mas como falei antes, com aquele jeito de beijar, chupando eu sabia que seria incrível, rs.

Depois que gozei, voltei minhas atenções para ele, peguei um preservativo e já fui me preparando para sentar. Levei uma Preserv Extra Grande por precaução, e ainda assim não foi grande o suficiente para aquela giromba. Só consegui colocar na cabeça e pedi sua ajuda para desenrolar o resto. 

O pau dele, de fato não ficava plenamente rígido naquela parte mais grossa, o que dificultava minha sentada. Após algumas tentativas, sugeri que ele viesse por cima, mas nem assim estava rolando, então tive que ficar segurando seu pau enquanto ele metia, tentando dar um suporte ali para que entrasse. 

Foi uma transa muito desconfortável pra mim. Além de ser muito grande e grosso, ainda tava mole. Ele tinha que forçar bastante pra conseguir manter o movimento e com a minha mão ali, não era uma transa fluída. Após algum tempo naquele bate estaca horroroso, tentei estimulá-lo a gozar, dizendo: “Goza pra mim”, ao que ele respondeu: “então deixa eu meter em você”. Como era?? Rebati: “Você já não está fazendo isso?” e ele disse que não estava conseguindo enfiar o pau inteiro por conta da minha mão. É sério que ele não via que sem a minha mão ali, ele sequer conseguiria enfiar a cabeça, com aquela Maria mole dele que só ficava rígida da metade pra baixo? Francamente. 

Externei o propósito da minha mão estar ali e ele não gostou de ouvir que seu pau estava mole. Tirei minha mão então, e adivinhem? Óbvio que não conseguiu enfiar nada se a base estava flácida. Ele bufou como se o pau dele tivesse amolecido somente naquele momento pelo que eu disse, saiu de cima de mim e tirou a camisinha. Que clima uó. Eu só queria ir embora. 

Voltamos para a punheta. Ele se masturbava com uma mão e com a outra também masturbava a mim. Não estava fluindo. Eu não sabia mais o que fazer para ele gozar. Bati punheta pra ele também e determinado momento perguntei:

-O que você quer fazer? Continuar assim ou coloco outra camisinha?

-Quero.

-Quer o que?! 🙄

-Colocar outra camisinha. 

Faltava menos de 10 minutos para o tempo acabar. Encapei o dito cujo e pediu que eu ficasse de ladinho. Não preciso nem dizer que a transa não vingou. Chegou um ponto que eu nem gemia mais, só queria que terminasse logo. O negócio foi amolecendo cada vez mais e daí ele tirou a camisinha. Percebi que ia voltar para a punheta de novo, mas já cortei, dizendo: “Não tá rolando, né?”. Nessa hora ele desistiu da punheta e concordou. 

Levantei para ir no banheiro, fiz xixi e já emendei o banho. Quando voltei ele já estava vestido, ótimo! Me vesti também, me pagou e fui embora.

Que encontro de merda. 💩

“O Asqueroso”

Querido diário,

Como tudo nessa vida tem uma primeira vez, essa é a primeira que me deparo com um cliente tão desagradável, advindo do Clubmodel. O que realmente foi inédito, pois de lá sempre vem clientes muito bons. Pelas conversas eu já desconfiava, mas quis dar uma chance, afinal, não seria a primeira vez que pessoalmente pudesse ser melhor do que nas mensagens, se esse fosse o caso.

Combinamos de eu ir até a sua casa, no Tatuapé. Prédio com portaria, é claro. Por um instante ele sugeriu mudar para o motel Messalina, mas por ser um sábado à noite, perto do horário de início dos pernoites, concordei que fosse na sua casa mesmo, a fim de evitarmos filas.

Assim que cheguei no endereço, achei a estrutura do prédio estranha. Parecia um hotel caído e não prédio residencial. Por dentro era mais esquisito ainda. O apartamento dele ficava no térreo, no final de um corredor extremamente largo e cheio de portas.

Logo que passei pela sua porta, que já estava semiaberta a minha espera, instantaneamente me deu uma vontade enorme de dar meia volta e ir embora. O lugar era um verdadeiro muquifo. Em um único cômodo tinha a cozinha e um quarto, dividido apenas pelas costas de um guarda-roupa velho. Na ponta um banheiro, que felizmente tive a sorte de não precisar conhecer. Eu nunca tinha ido atender num lugar tão feio e bagunçado. O ambiente tinha um cheiro característico forte e aspecto de sujo. Não consegui disfarçar o meu desconforto de estar ali.

Eu estava com sede e ele quase não tinha água para me oferecer. Me deu o restinho que continha no fundo de um filtro de barro, num copo com formato diferente, que quando bebi senti um cheiro ou gosto estranho, não saberia te dizer. Eu até fiz uma pausa, enquanto bebia, para olhar melhor o copo e ele deu uma leve risada, da cara de nojinho que eu devo ter feito.

Ele me achou um pouco séria e perguntou se eu era tímida, mas na verdade eu estava super desconfortável de estar ali. Ele fez questão de destacar que não era sua moradia oficial, mas independente de ser ou não, como alguém se sujeitava a se hospedar num lugar inóspito como aquele? Era desproporcional pensar que ele tinha condições até mesmo de pagar o meu cachê.

Como tínhamos combinado previamente, pedi que me fizesse o pix assim que eu chegasse. Ele concordou e pediu que eu colocasse uma música para nós, me indicando um notebook velho, com o Youtube aberto, se ausentando por um momento. Coloquei para tocar Massive Attack, tentando melhorar aquela experiência, porém, sem o menor sucesso. Achei que ele tivesse ido fazer o pix, mas só depois percebi que tinha ido ao banheiro. Após um bom tempo voltou, sem que eu ouvisse qualquer som de descarga, e sentou-se na cama de solteiro, desarrumada, para entrar no aplicativo do banco.

Ele não estava conseguindo fazer o pix e internamente torci para que não desse certo e eu pudesse ir embora mais rápido. Daí precisou fazer uma parte por dois bancos diferentes, por conta do limite de pix, devido ao horário. Tínhamos combinado 1:30, o equivalente a R$ 1.050,00. Após dez minutos que eu havia chegado, resolvemos essa questão e iniciamos o encontro.

Ele se sentou numa poltrona velha de escritório e sugeriu que eu pegasse uma cadeira para mim também, dizendo: “Senta, vamos trocar uma ideia”. Na verdade, todas as cadeiras estavam ocupadas com coisas em cima, então escolhi uma mais distante, encostada no armário da pia da cozinha, com uma sacola em cima, que parecia lixo reciclado. Ao movimentar a sacola, vi uma baratinha andando na porta desse armário. Senti ainda mais nojo por estar naquele lugar!!

Começamos a conversar, quero dizer, ele falava e eu mais ouvia, não estava com a minha sociabilidade ativada naquele cenário. Tentava imergir no encontro, mas do meu lado não estava fluindo. Comecei a reparar nele, que era o reflexo daquele ambiente. O achei muito feio e não aparentava que tivesse se preparado para me receber. Moreno, sem camisa, de bermuda, descalço e na cabeça usava um quipá verde.

Teve um momento que sentamos mais próximos e olhei o seu rosto bem de perto, a poucos centímetros do meu. Foi assustador! Eu não conseguia me imaginar beijando ele. Seu hálito, tão perto do meu rosto, não tinha um cheiro bom. Ficamos alguns segundos assim e passei a olhar para baixo, não conseguia encará-lo por muito tempo. Como se tudo aquilo já não estivesse ruim o bastante, ainda comecei a sentir um leve cheiro de urina, vindo do meio das suas pernas. Estava ficando cada vez mais insuportável continuar ali.

Daí ele foi até o notebook para me mostrar uma música e assim que se afastou, subitamente me deu vontade de chorar, eu não queria estar naquela situação, mas estava sem jeito de encerrar. Ele deve ter percebido a minha cara de poucos amigos e disse: “Hoje não precisa rolar nada”. Me deu um alívio momentâneo ao ouvir isso, mas, no segundo seguinte, ele me puxou para seus braços, num rápido movimento. “E a parte do não precisar rolar nada?”, pensei.

Ele já estava cheirando meu cangote, se preparando para dar o bote. Evitei olhar para ele, para que não se sentisse motivado a avançar pelo contato visual, mas eu estava chegando no meu limite, caminhava para um momento em que teria que beijá-lo sem escapatória! Até que, meu pai do céu, tive forças para interromper!

– Olha, eu vou te fazer o pix de volta, porque eu não estou confortável.

Num ato de coragem soltei essa frase e na mesma hora ele também me soltou, dizendo “tá bom”. Peguei meu celular, entrei no aplicativo do banco imediatamente, perguntei a sua chave e torci para que meu limite de pix – que eu nem sei qual é – também não me atrapalhasse. Dinheiro devolvido, peguei minha bolsa para ir embora. Ele perguntou se eu não gostaria de chamar o uber antes de sair, mas respondi que chamava lá de fora mesmo. Eu só queria sumir daquele lugar!

Assim que passei pela porta, lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos. Não sei se era um choro de alívio, por não ter me violado a fazer algo que eu não queria, com um homem asqueroso, por dinheiro, ou se era um choro de angústia, por ter me colocado numa situação tão desagradável quanto aquela.

Onde eu estava com a cabeça? Pelas conversas do whatsapp eu já desconfiava não ser uma pessoa bacana, pela fachada do prédio desconfiei que poderia ser uma espelunca, por que deixei chegar naquele ponto? Por que não me ouvi? Por que eu estava ali? Ainda tive o prejuízo de ida e volta do Uber, que não foi barato. No retorno peguei um motorista tão simpático e alegre, mas mal consegui responder ao seu cumprimento, de tanto que eu chorava. Que situação de merda!

Cheguei em casa e tomei um belo de um banho. Até lavei meu cabelo – que já estava limpo – ,  onze horas da noite. Refleti bastante e decidi adotar novas medidas de segurança. Não atendo mais em domicílio em regiões distantes. Não vou mais até a casa de um estranho, sem ver a sua foto previamente, e o principal: Não chegarei ao ponto de agendar um encontro, no menor sinal de estranheza durante a conversa.

Nunca mais quero me colocar em situações como esta!

Sexo Bom e Caro

Querido diário… 

Estou de volta há 2 meses! ? Dois intensos e maravilhosos meses, encontrando e reencontrando homens que buscam mais que uma experiência sexual comigo! ❤️

E dentre todas as experiências que tive nesse período, elegi três encontros para relatar a vocês! Sendo um ruim, um que gostei bastante e outro meio termo. Estão preparados para matar a saudade dos meus relatos? ?

Vamos começar pelo que faz mais sucesso aqui no blog: Cliente Desagradável! ?

“O MAÇANTE”

Esse cliente estava querendo sair comigo há muito tempo, desde quando eu não estava mais atendendo. Inclusive, insistiu muito para me encontrar durante esse período afastada, mesmo eu não dando nenhuma brecha para que pensasse numa possível exceção. Determinado. 

Confesso que, por mensagens, o achei um pouco chato e cansativo. Me contava coisas do seu dia (por áudio!!) que não tinha a menor relevância eu saber e ainda se gabava dizendo que ele era o tipo de cliente que, todas as acompanhantes que ele saiu, gostavam de repetir, inclusive, que muitas delas o contatavam, perguntando quando ele viria para São Paulo novamente (ele é de BH). Tudo isso até poderia ser verdade, mas a pessoa usar esse discurso para se enaltecer é ser muito egocêntrico. Não me cativou.

Desde que voltei a atender, tentamos marcar inúmeras vezes e em todas elas precisei cancelar e remarcar por motivos pessoais, o que complicava um pouco a situação, pois ele sempre preparava toda uma logística para vir de BH. Então podem imaginar como toda essa dificuldade gerou uma grande expectativa nele. 

Eis que o dia chegou e, para a nossa infelicidade, desde o início do encontro tivemos vários tropeços. 

O encontrei numa locação estilo Airnbn, que ele estava hospedado. Bati na porta e ele demorou um tempo considerável para atender, algo que me incomodou um pouco. Não tem coisa mais deselegante do que você deixar alguém esperando do lado de fora, sem qualquer aviso. Escutei o barulho da fechadura e nada da porta abrir, achei que talvez ele quisesse que eu mesma abrisse e até tentei abrir a maçaneta, mas continuava trancada. Pra variar, uma pessoa de um outro apartamento também abriu a porta e comecei a me sentir constrangida de ser vista naquela situação, em pé, esperando do lado de fora.

Quando enfim ele abriu, disse que estava arrumando umas coisas e que não teve tempo de terminar, pois eu não tinha mandado mensagem avisando que estava chegando. Como se eu fosse culpada por chegar “de surpresa”. Eu, que já estava incomodada com aquela espera do lado de fora, me incomodei ainda mais com tal frase, que soou como uma acusação, pela sua falta de organização. Respondi que tinha chegado no horário combinado e ele replicou de uma maneira que me pareceu debochada: “Sim, que bom que você chegou no horário, parabéns pra você!”. Pronto, o climão já tinha se instaurado. A partir desse momento eu conversava sem conseguir sorrir. Era mesmo dessa maneira que seria o encontro com um cara que insistiu tanto para me conhecer?! 

Nos sentamos no sofá, ele ficou se queixando da má qualidade do apartamento escolhido e então quis me contar da trajetória amorosa dele. Devido a todo o desenrolar do encontro até ali, confesso que eu não estava achando a sua história interessante. Não era uma pessoa que tivesse me despertado alguma curiosidade em saber, então ele querer falar de si mesmo, só reforçou a minha percepção de muito egocentrismo. 

Após ele contar dos seus relacionamentos, me perguntou se eu gostaria de comentar sobre algo que ele tenha dito. Não, eu não queria e acho que comentários devem surgir por espontâneo e não pressionados. Fez-se um breve silêncio enquanto eu pensava no que dizer e então comentei alguma coisa qualquer, sem que precisasse me aprofundar em nenhum tópico dito. 

Quando começamos a nos beijar, me pareceu que o encontro seria salvo pela sexualidade envolvida, no entanto, quando avançamos para o sexo oral, tive mais uma onda de decepção. A sua chupada em mim foi bem ruinzinha. Chupava sem nenhuma pressão na língua, numa velocidade quase parando. Quando chegou a minha vez de retribuir, a decepção foi ainda maior. Seu pênis tinha um forte odor de urina. ?‍ E se tem uma coisa mais broxante que aquela conversa sem graça e aquele oral sem sal, é um pau fedido. ?

Acabei chupando sem falar nada, ossos do ofício, mas jamais engolia a saliva, deixava escorrer tudo na cama. Quando ele me pedia para enfiar o pau mais fundo na minha boca, eu me fazia de desentendida e ficava só por ali na cabecinha. Depois de um 69 zero excitante, enfim encapamos e fui por cima. 

O momento mais feliz desse encontro, com certeza, foi quando ele gozou. Ele elogiou a minha performance e quis conversar mais no pós sexo, mas eu sabia que já estava próximo de dar o horário, então, no meio do assunto, me levantei para pegar uma toalha e na mesma hora ele se interrompeu, visivelmente percebendo a minha falta de interesse. 

Perguntou se eu gostaria de encontrá-lo novamente, nos próximos dias que ele ainda estaria por São Paulo, mas recusei, dizendo que não tinha mais agenda (e realmente não tinha mesmo). A partir daí o encontro foi minguando. Me acertou, terminei de me vestir e a despedida foi tão estranha quanto a chegada. Ele sequer me enviou qualquer mensagem depois, acho que sentiu que não curti e talvez no fundo nem ele mesmo tenha curtido.

*

Agora vamos para um encontro gostoso?? ?

“O PARTIDÃO”

Combinamos de eu encontrá-lo em seu apartamento. Ele reside no Itaim e me surpreendi com o belíssimo prédio já da calçada. Quando ele abriu a porta, me deparei com um homem alto, em forma, bonito e um pouco sério. O encontro desenrolou rapidamente. Seu apartamento era um duplex, mas sequer conheci a sua cama, transamos na sala mesmo. O homem era bonitão. Depois revelou ter 40 anos, mas te daria uns 34. Gostoso e com um sex appeal elevado. Quando colocou o pau pra fora, não me decepcionei. Era grande, até demais no tamanho, mas na medida certa em grossura. 

Após ficar nu, me colocou sentada na sua frente, naquele sofá de couro, e logo comecei  a chupar aquele colosso. Obviamente não dava pra fazer garganta profunda, mas me empenhei o máximo que pude. ? Depois ele perguntou se também podia me chupar, como se eu fosse capaz de negar um pedido desses. Seu oral estava um pouco afobado, rápido demais para os parâmetros que gosto, então, em determinado momento pedi que me deixasse chupá-lo outra vez. 

Em pouco tempo ele já quis transar. ? Habilmente pegou um preservativo no bolso da sua calça recém tirada, que estava jogada perto da gente, encapou e começamos comigo por cima. Não deu nem dois minutos e me pegou no colo, invertendo para que eu ficasse deitada e ele viesse por cima. Nessa hora quase soltei um grito quando ele entrou todo e pedi que não entrasse tudo, afinal, um pau comprido como o seu machucava se fosse tão fundo. Ele respeitou os meus limites e logo depois me pediu para ficar ajoelhada no chão, em cima do tapete, de quatro, apoiada no sofá, enquanto ele vinha bem gostoso por trás de mim. Nesse momento me senti no filme “Cinquenta Tons de Cinza”, ? com ele me pegando daquele jeito sexy, respirando no meu ouvido e beijando a minha nuca. Percebi que ele não metia com força ou rapidez e em alguns momentos até ficava parado, movimentos esses que sugerem quando o cara está se segurando para não gozar. ?

A transa estava tão gostosa, que quando ele perguntou no meu ouvido, bem baixinho, se podia gozar na minha boca, eu não consegui resistir. Estava muito envolvida naquela atmosfera sexual. Após o meu consentimento, ele deu só mais duas bombadas e então tirou o preservativo, me chamando: “Vem!” ?

Fiquei com a língua pra fora, o encarando bem safada, enquanto ele se masturbava. Logo  posicionou o pau na minha boca e veio. ??? Seu jato foi leve e incrivelmente sem gosto. “Esse deve comer só coisa saudável”, pensei. Depois se sentou no sofá e ficou me olhando em silêncio, até que, diante da minha falta de ação, perguntou se eu queria cuspir. Confirmei e me indicou onde eu poderia ir.

Quando retornei, ficamos um tempão conversando até o término do tempo. Uma pena que não rolou segundo round, ele era mesmo uma delícia! ? Uma hora passou voando! 

“O NERD METELÃO”

Sua foto do WhatsApp não dava para ver direito, mas parecia um cliente potencial de ser gostoso. Fui com algumas expectativas. ? Marcamos no Apple. Não me decepcionei. Alto, magro, de óculos, bonito, idade na casa dos 30, parecia um date pós balada. ? Mal conversamos e já começamos a nos beijar. Muitos amassos, roupas foram tiradas e minha buceta foi chupada. Hummm. Quando ele também ficou nu, me provou que não importa o quão alto você seja, não necessariamente seu pau será condizente com o seu tamanho, rs. Mas era gostosinho, não importa o tamanho da varinha de condão e sim a mágica que ela faz! ? Enfim, encapamos e partimos para o abate. ?

Nosso encontro foi de apenas uma hora e posso dizer que ele usou CADA MINUTO do encontro para transar. O que costuma ser bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque aproveitamos bastante e ruim pois dependendo do ritmo, fica cansativo. ?‍? 

Fizemos de todas as posições possíveis. Eu por cima, ele por cima, de ladinho, comigo de quatro e por último de bruços. Nessa última etapa ele já estava pingando. Consegui tirar uma casquinha gozando com o meu brinquedinho e após ver que eu tinha chegado lá, ele fez uma pequena pausa para lavar seu rosto. Aproveitei para dar uma espiada no relógio e adivinhem só, faltava apenas 5 minutos para o nosso tempo acabar. 

Educada como sou, não falei a questão do horário para que não se sentisse pressionado e conduzi para que se deitasse, obstinada a chupá-lo até que gozasse. Mas ele estava duro na queda, o que me fez repensar se talvez não deveria ter falado do horário para que também se empenhasse. 

Após um tempo chupando e nada, coloquei ele mesmo para bater uma punheta, fui para as suas bolas e fiquei ali enquanto ele se masturbava. De repente ele começou a desacelerar na punheta, o que me causou um certo incômodo, o intuito era que ele chegasse lá e não ficasse enrolando. ? O fuzilei com um olhar que dizia “só temos 5 minutos”, mas é claro que ele não soube interpretar o meu subtexto. 

Voltei a chupá-lo mais uma vez, empenhada, até que me rendi a punheta mesmo. Enfim gozou!!! Glória a Deus! ? Parti para o banho, mas nem o chuveiro quis colaborar, quase 10 minutos para água começar a aquecer… mais uma demora do Uber, nossa… essa noite foi difícil voltar pra casa… 

*

E é isso… ano que vem tem mais e poderá ser você! ?

Não Seja Um Homem Cansativo

Querido diário,

Bem vindo a minha nova vida de ex acompanhante! Se você achou que eu abandonaria essas páginas, ahh estava muito enganado! Ainda tenho muita coisa legal para postar, como, por exemplo, essa postagem direcionada a uma pessoa específica, mas que pode servir de aprendizado para muitos homens.

Há algumas semanas disparei mensagens via whatsapp para alguns clientes, noticiando a minha aposentadoria. Muitos insistiram por uma saideira, mas teve um em especial que se sobressaiu na insistência. O que, para ser bem honesta, me desagradou bastante, por vir justamente dessa pessoa (que já não possuía um histórico muito bom de comportamento e aitudes) e, mais ainda, por outra vez não entender que não é não e que muitas vezes insistir só piora as coisas.

Ahh, vocês conhecem o sujeito! É “O Persuasivo”, já postado aqui no blog (para reler, só clicar aqui) e na referida postagem ficou pendente a continuação dos fatos, que só desenrolaria em eventos futuros. Vamos então a continuação da história. Ele não cumpriu com a sua palavra coisa nenhuma, o que já era de se esperar, vindo de uma pessoa “tão econômica”, quanto ele. Até aí tudo bem, não me surpreendeu em nada.

Ele já pisou na bola várias vezes, mas nada se compara a vez em que combinou comigo e com outra acompanhante um encontro para o mesmo dia e horário. Ele teve o grande azar de ligar para ela, justamente quando a mesma estava comigo, durante um jantar de amigas. Naquele momento descobri que ele estava marcando com as duas, ao mesmo tempo, me fazendo de idiota, sendo que após eu confirmar que poderia encontrá-lo, deixou de me responder, mesmo depois de tanto insistir para que eu topasse. Não era a primeira vez que eu o bloqueava, mas ele sempre vinha atrás de mim, mandando mensagem de outro número. Contudo, desta vez, lhe enviei um recado extremamente rude, pedindo que não me procurasse nunca mais – impressionante como ele voltou a me responder imediatamente -.  Pedido esse que foi atendido prontamente, mas que não durou para sempre.

Não sei precisar o tempo que ele se manteve afastado, uns dois meses, talvez? Mas voltou a me procurar pelo twitter, com o mesmo papo de cão arrependido de sempre. Ignorei por dias, mas ele continuou insistindo, me vencendo pelo cansaço. Fiquei com pena, pareceu que a pandemia realmente o tinha feito rever alguns conceitos. Voltei a sair com ele.

Contudo, com o tempo vi que algumas das suas atitudes não mudaram, continuava me chamando em cima da hora e ignorando completamente a minha indisponibilidade, como se eu estivesse me recusando não porque realmente eu estivesse ocupada e sim porque queria vê-lo insistindo / implorando para sair comigo.

Sério gente, tenho muita preguiça de homem que fica mil vezes pedindo a mesma coisa, que não dá espaço, que não respeita os compromissos do outro, que acha que só porque está pagando isso é motivo mais do que o suficiente para você largar tudo e ir encontrá-lo! Felizmente não preciso mais lidar com isso, mas fica a dica para os putanheiros que continuam contratando o serviço de acompanhantes. Nenhuma mulher aprecia esse tipo de postura.

Mas, voltando ao Persuasivo, aprendi a lidar com ele. Quando eu não podia, nem lhe respondia mais, pois, sabia que viria uma chuva de insistência chata, então simplesmente ignorava, acreditando que no meu silêncio já estava subentendido que eu não estava disponível, sequer para respondê-lo. Dois dias seguidos ele me requisitou e na terceira vez o respondi com a mensagem de encerramento. É claro que a minha mensagem não teria muita relevância para a insistência dele…

1- “Isso já está valendo?”

2- “Hoje você ainda está atendendo ou não? Se tiver, vamos fazer nossa despedida?”

3- “Se ainda estiver, por favor me avisa e tá marcado! Gostaria mais que tudooooo!”

Agradeci as felicitações e respondi que sim, já estava valendo, então não estava mais realizando encontros. Como era de se esperar, ele teve grande dificuldade em aceitar um “não” como resposta.

4- “Não conseguimos fazer nossa despedida? Talvez um pernoite. Hoje é o dia!”

Agora ele vem falar de pernoite? Quase um ano depois da fatídica postagem?! Me poupe! Pareceu mais um golpe baixíssimo pra tentar me convencer a encontrar com ele. Se achou que a proposta faria os meus olhos brilharem, o efeito foi completamente o contrário. Achei péssimo! Ele só estava propondo o pernoite pois, no fundo, sabia que eu, de qualquer forma, não iria.

5- “Não sou baixo. Se mudar de ideia pode vir.”

6- “Eu fecho o pernoite.”

7- “Se quiser, tô falando muito sério.”

8- “Se quiser a gente faz o pernoite de despedida”

9- “Juro pra você!”

10- “Quer?”

11- “É muito sério mesmo isso.”

12- “Vem?? Pllllllss”

Recusei.

13- “Dessa vez você que não deixou eu cumprir o pernoite.”

14- “Eu tava até decidido a pagar o valor que você tinha me passado haha.”

15- “Já tinha até preparado o pix haha.”

Respondi: “Aham. Sei bem.”

16- “Dessa vez não tô mentindo não haha.

17- “Topa pra você ver se não é verdade…”

Novamente falei que não e ameacei bloqueá-lo se continuasse não respeitando a minha decisão.

18- “Tava disposto a fecharmos sim pelos R$ 4.000 né? Acho que era isso…”

19- “Quando eu crio coragem você mia haha. Brincadeira viu… era despedida mesmo.”

Nesse momento pensei: “quer saber, vamos ver até onde ele realmente está falando sério” e respondi:

-Quero ver, se transferir agora eu vou. – Já que ele me irritava, decidi que iria me divertir com a cara dele também!

Eu não iria, assim como ele não transferiria. Mas resolvi brincar. Claro que se ele realmente o fizesse – o que eu duvidava, afinal, ele sempre agitava, mas nunca honrava – eu transferiria de volta, pois era só pra testar mesmo, o quanto ele realmente estava disposto e sendo sincero. Blefei.

20- “Jura?”

-Aham.

21- “Haha eu dou um sinal! Vai que você quer se vingar de mim… aí eu rodo.”

22- “Vê aí e me fala… vou até tomar uma ducha enquanto você decide!

-Nada de sinal, tem que confiar em mim. Te conheço, se topo só o sinal, quando eu chegar aí você diz que precisa reduzir para um encontro de menor duração. Só vou se realmente transferir o valor cheio. Jamais te roubaria, se eu não fosse, transferiria de volta né, o que pensa de mim? – Provavelmente que eu era sem palavra como ele.

23- “Porque te mandaria R$ 1.000 aí chegando te daria em cash a diferença. Você que pensa coisa ruim de mim.”

24- “Se quiser vir me avisa! Sério.”

-Vou com a condição que falei apenas.

25- “Ok! Pra ser justo com ambos metade agora. Manda CPF, outra metade quando chegar. Se quiser é isso. Vou tomar banho e já volto. Aguardo você.”

26- “E aí?”

-Não quero. Boa noite! Um beijooo.

27- “Poxa, uma parte quero pagar em grana (quem usa essa palavra hoje em dia? Kkkkkk). Por isso. Se for 2K no pix, funciona?

Expliquei pra ele que a minha exigência do valor total era apenas para que eu sentisse segurança de ir. Que chegando lá eu transferiria de volta a parte que ele quisesse fazer em dinheiro, simples assim. Não acreditava mais nas propostas fajutas dele e o conhecendo muito bem, sabia que depois que eu já estivesse lá, ele com certeza inventaria alguma desculpa para que ficássemos somente uma hora. Ou seja, zero credibilidade ele tinha comigo e se quisesse era isso.

Pra eu lidar com um cliente dessa maneira, pode ter certeza que a pisada na bola foi mais de uma vez. Certa vez um outro cliente desmarcou comigo em menos de uma hora do horário que combinamos, eu já estava me maquiando e nunca ninguém tinha cancelado tão em cima da hora assim. Eu não xinguei, mas é óbvio que não gostei. Eu sabia que ele tentaria de novo e nas próximas vezes que me contatou ignorei. Tentou em dias diferentes e continuei ignorando. Somente após muita canseira, quando aquela questão já não me incomodava mais, que aceitei encontrá-lo, contanto que me transferisse o valor total antecipadamente. Ele o fez e o encontro foi um sucesso.

Mas com o Persuasivo não tinha jeito, era mancada atrás de mancada, eu só continuava saindo com ele pois sempre era vencida pelo cansaço e ele morava há seis minutos da minha casa, era o atendimento com a localização mais conveniente possível, rs.

Após o meu ultimato, ele, convenientemente sumiu da conversa por quarenta minutos, sendo que a discussão estava ocorrendo em tempo real, com ambos se respondendo no mesmo minuto. Ou seja, ele saiu da conversa num momento decisivo propositalmente. Até que ressurgiu.

28- “Sa, tá bom. Podemos fazer da forma que você falou.”

29- “Tá acordada?”

30- “Tá de pé o acordo?”

31- “Bora bora”

Meia hora depois…

32- “Oi?”

Sério mesmo que ele achava que uma hora depois eu ainda estaria a disposição dele? Já era madrugada e a pessoa continuava insistindo. Muita inconveniência gente. Pra começar de qualquer forma eu não iria, mas aquilo só serviu para me mostrar, mais uma vez, como ele era um grande de um enrolado. Fugiu da conversa num momento crucial e agora queria aceitar os meus termos.

33- “Falei que ia tomar banho.”

34- “Eu ia te buscar.”

35- “Nossa, eu topei todas as suas condições.”

36- “Podia rolar. Mas ok.”

37- “Topei tudo.”

38- “Eu ia aí te buscar até.”

39- “Sabe, como é pernoite você podia deixar também.”

40- “Vem!” (emoji de foguinho duas vezes)

Não fui. Não que eu fosse, para início de conversa, mas nesse momento deixei claro que ele havia perdido a chance de uma despedida. Quarenta insistentes tentativas.

Na noite seguinte ainda teve a cara de pau de me enviar a seguinte mensagem:

41- “Sara: uma pergunta.”

42- “Aquela sua amiga pode me atender? Não vou insistir mais nada para sairmos haha, só quero saber isso mesmo.”

Ele se referia aquela acompanhante que lá no passado ele marcou com as duas ao mesmo tempo, tal situação que havia sido motivo de bloqueio. Cuja acompanhante também o achava um mala, que sequer quis manter algum contato. Me poupe, né? Dessa vez bloqueei sem o desgaste da merecida resposta.

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“O Sinistro”

Querido diário… 

Eu não planejava postar sobre esse encontro, mas como escrever sempre funcionou como uma terapia para mim, decidi que se eu fosse realmente escrever, então também iria postar. Acho que de todos os atendimentos que eu tive, este com certeza foi o pior, psicologicamente falando. Duvido vocês acertarem de primeira o que aconteceu.
 
De antemão, enquanto ainda agendávamos pelo WhatsApp, ele me avisou que não fumava e não bebia. Na hora não compreendi muito bem o porquê dessa anunciação e apenas respondi: “sem problemas”. Ele me contratou por quatro horas, uma duração consideravelmente longa para um primeiro encontro, mas aceitei. Visto que nos encontraríamos num quarto de hotel e não um motel, que tivesse alguma hidro ou piscina para ajudar a passar o tempo, já fui preparada para longas quatros horas com uma pessoa que nem um vinhozinho rolaria. 
 
Ele me encontrou na entrada do hotel e subimos para o quarto. Logo de cara notei que ele fazia o tipo introspectivo. Ele também tinha uma cara séria, o que até brinquei em determinado momento do encontro, dizendo que ele tinha cara de mau. Perguntei se já tinham dito isso a ele, ele deu um sorriso e disse que sim, até que lancei a pergunta: “e você é?” e ele mais uma vez riu e disse que não. Via-se que ele não era uma pessoa carismática, então sempre era eu que tentava puxar algum assunto. 
 
Quando adentrei na suíte, sugeri colocarmos uma música – acabei colocando do meu celular mesmo – , e fazer uma alteração nas luzes – troquei aquela luz branca, que remetia a hospital e que mais parecia um holofote em cima da gente – por uma penumbra mais sexy, acendendo as luzes da cabeceira da cama. Feito tudo isso, começamos a nos beijar. 
 
Como tínhamos quatro horas pela frente, não me preocupei em conduzir nada e ficamos um tempão nos beijando, ainda de pé. Já nos beijos começou a ficar gostoso, ele podia não ser muito de conversa, mas via-se que na intimidade não era bobo. Durante o nosso beijo rolaram algumas passadas de mão bem sensuais na minha parte íntima por cima da roupa e ele, como um bom macho alfa, no tempo certo me conduziu para a cama. 
 
Ele sabia exatamente como tratar uma mulher. Fez todas as carícias em mim primeiro. Chupou os meus seios e sem muitas delongas já desceu para chupar a minha buceta. Não foi o melhor oral da minha vida, mas também não foi o pior, estava mais gostoso do que ruim, não cheguei a gozar.
 
Depois voltamos a nos beijar e a nos amassar, até que foi a minha vez de chupá-lo também. Fiquei lá me deliciando, até que ele, com delicadeza, me puxou para cima. Ele disse que queria me chupar e eu, deduzindo errado como seria esse ‘chupar’, fui me posicionando para sentar na cara dele, rs. Ele desviou e pediu que eu deitasse de costas, se referia a chupar meu cu. ? Achei delicioso. Me chupou por um tempão, de um jeito super gostoso. Depois me virou e chupou a minha buceta mais uma vez e notei que ele começou a se masturbar enquanto me chupava, assisti-lo me deixou ainda mais excitada! Depois voltamos a nos amassar e alguns minutos depois peguei a camisinha. Encampamos e ele veio por cima.
 
Como tínhamos dispensado bastante tempo nas preliminares, eu estava mega excitada e também me masturbei enquanto ele me penetrava. Ele metia de um jeito gostoso, começando bem devagar, curtindo as sensações, até que, depois que gozei, acelerou para gozar também. Foi uma transa muito gostosa.
 
Ele foi ao banheiro retirar o preservativo, se lavar e quando retornou me ofereceu água – que aceitei – , deitando-se ao meu lado na sequência. Me aninhei em seus braços e puxei assunto, diante daquele silêncio. Descobri que ele já era aposentado, aos 38 anos, o que achei bem estranho, mas que fará algum sentido mais para frente. Perguntei se ele era comprometido e disse que não, que fazia tempo que estava solteiro, mas sequer mencionou alguma namorada ou casamento no passado, o que novamente estranhei, ele era bom de cama, não era possível que nunca teve um relacionamento duradouro com alguém.
 
A outra coisa que achei estranha foi ele dizer que viajaria até quando conseguisse. Ahh, esqueci de mencionar que ele estava em São Paulo a passeio, mochilando pelo Brasil. Parecia papo de pessoa em estado terminal e perguntei se ele estava bem de saúde, respondeu que sim e nada mais disse. Conversar com ele não estava sendo a prosa mais animada, até porque ele não me fazia nenhuma pergunta de volta, o que evidenciava ser apenas eu a interessada em conversar. 
 
Então, logo mais iniciamos as preliminares do segundo round. O chupei, ele também me chupou, mais algum tempo de beijos e amassos, até que novamente encampamos o menino. A segunda transa começou exatamente igual a primeira. Iniciamos com papai e mamãe, até que me colocou de bruços e meteu nessa posição até gozar. Mais uma vez não saiu de imediato, fazendo leves movimentos como se ainda estivesse penetrando, mesmo quando já tinha finalizado. Curti a sensação do seu pós gozo com ele, até que saiu e foi se lavar. 
 
Quando retornou, me serviu mais água, perguntou se eu estava com fome e respondi que não, fui bem alimentada, uma vez que o encontro seria longo e ele não mencionou nada sobre jantarmos durante esse tempo. Novamente me aninhei em seus braços e tive a infeliz ideia de puxar assunto sobre algo que tem estado presente em todas as rodas de conversa hoje em dia: a pandemia. Comentei algo como:
 

-Poxa, novamente esse lockdown, igual no ano passado. E eu achando que um ano depois tudo estaria melhor.

E foi aqui que a conversa começou a desandar…
 

-As coisas não vão melhorar.

-Por que não?

-Muitas coisas ruins vão acontecer.

-Que tipo de coisas?

-Coisas ruins.

Todo enigmático nas suas falas, o que só me fazia querer arrancar mais. Continuei insistindo.
 

-É complexo pra explicar.Ele relutava em me contar algo.

Eu devia ter encerrado o assunto ali, mas, ariana e jornalista, a curiosidade estava gritando.

-Me conta.

-Não sei como dizer.

-Essas coisas ruins que você fala são tipo tragédias naturais?

-Também.

-Tipo o que?

Continuei insistindo, até que ele soltou que aconteceria um terremoto.
 

-Onde?

-Na América do Norte.

-E aqui?

-Não sei como vai afetar aqui, mas irá afetar todo o planeta.

-Como você sabe disso?

-Sabendo.

Eu continuava insistindo, pois achava que ele fosse me dar alguma informação fundamentada.
 
-Mas como você sabe? Você é tipo um vidente?
 

-Não.

-Então como sabe?

-É complexo pra explicar.

-Eu quero entender.

Relembrando esse diálogo vejo que eu ‘cavei a minha própria cova’ ao me aprofundar nesse assunto, mas vocês não concordam que a própria conversa conduz para que façamos isso? Quem não quer desvendar um mistério? Rs. Ele ficou em silêncio.
 

-Todo misterioso ele. – Brinquei, tentando convencê-lo de que podia confiar em mim.

Foi quando ele começou com um papo bizarro. Teoria da conspiração, seguidores do satã na terra, futuro apocalíptico a caminho, visões, vozes, aos poucos fui ficando cada vez mais assustada. Continuei dando corda cada vez mais, fazendo questionamentos, buscando entender a mente dele, mas confesso que por dentro eu estava horrorizada. Já assisti muitos filmes de suspense para saber que ao se deparar com uma pessoa assim, você não deve nunca bater de frente com ela e sim entrar na brisa do sujeito, foi isso o que fiz.
 
Segundo ele, em determinado momento da sua vida, sem aviso prévio, a sua mente se expande. Uma chuva de pensamentos e lembranças vem à tona, lhe deixando na dúvida se aquilo que você lembrou realmente aconteceu. Disse que fizeram uma amarração com a gente e que nesse momento da revelação é muito perturbador, pois descobrimos que pessoas próximas a nós tramaram tudo isso.
 

-Mas por que essas pessoas fizeram isso? – Perguntei.

-Fizeram um acordo com o satã em troca de algo que não sei. São amarrações que levam anos para fazer efeito em nossas vidas.

-Mas essas visões que você teve só assustam ou machucam também?

-Elas não machucam, fazem com que você mesmo se machuque, querer se matar, por não estar dando conta das vozes e visões. 

Fiquei muito assustada com tudo que ele estava me dizendo, pensando em como seria terrível se algum dia aquilo também acontecesse comigo. Ele disse que o diabo atua implantando pensamentos ruins na nossa mente (e eu que achava que dentro da nossa mente fosse um lugar protegido), fazendo um link com a frase de Jesus, ao ser pregado na cruz, quando pedia para que Deus os perdoassem, pois eles não sabiam o que estavam fazendo.

-Eles não sabiam o que estavam fazendo porque o pensamento não era deles, foi o satã que implantou pensamentos ruins nas cabeças daquelas pessoas.

Determinada hora pedi licença para fazer xixi e quando espiei no meu relógio de pulso ainda nos restava pouco mais de meia hora. Eu não podia ir embora de repente, precisava manter a boa relação até o final, fiquei com medo de que ele, contrariado, me atacasse. Sabemos que pessoas com esse distúrbio, se entrarem numa brisa ainda pior, podem atacar qualquer um.

Ele fez muitos links com coisas escritas na Bíblia, mesmo ressaltando que não seguia nenhuma religião. Disse até que conseguia ver a marca da besta na testa das pessoas (aquela numeração de três dígitos que todo mundo sabe) que eram seguidoras do satã. Perguntei se ele também via em mim e nesse momento ele baixou sua cabeça em direção ao seu travesseiro (estávamos deitados de bruços), ficou alguns segundos em silêncio, até que respondeu baixinho: “um pouco”. Gente… mas eu sou uma pessoa super do bem, de Deus! Pensei alarmada. ?
 
Em outro momento da conversa, do nada, novamente ele baixou sua cabeça daquele jeito no travesseiro, em silêncio, por alguns segundos, me causando uma forte sensação de que ele levantaria bruscamente e me atacaria, daí pedi que ele parasse de ficar daquele jeito, que estava me assustando. Felizmente ele voltou a si, saindo daquela introspecção sinistra.
 
Quando faltava meia hora, tentei mudar o foco do encontro, dizendo que o nosso tempo estava acabando e que se ele quisesse fazer mais alguma coisa, seria bom começarmos naquele momento. Até ofereci uma massagem, mesmo sabendo que não tinha mais clima para sexo. Ele disse que não precisava, então seguimos conversando. 
 
Quando fui me banhar, fiquei com muito medo de dar algum surto nele durante esse tempo que eu estava ausente no quarto e me atacar no chuveiro. Me assustei quando ele entrou de repente no banheiro segurando o meu celular. Prestes a ele passar pela porta, ouvi um som diferente, parecendo uma sirene, e ele surgiu dizendo que a polícia militar estava me ligando. Oi? Eu continuava tão tensa que enquanto ele estendia o celular para que eu visse, num milésimo de segundo vislumbrei ele me atacando de supetão com meu próprio telefone, tomei da mão dele rapidamente e olhei que não tinha nenhuma chamada perdida. – Depois compreendi que o que deve ter acontecido foi que ele, tentando abaixar o volume da música, ativou a chamada de emergência, o Iphone tem dessas, rs. –
 
Até o último instante do encontro fiquei com medo, inclusive, dele não me pagar. De dar algum surto, me botar pra fora e não me acertar pelas quatro horas que passamos juntos. Mas não, felizmente deu tudo certo. Ele contou que estava com sono (também, depois de gozar duas, rs), mas que estava tendo muitos pesadelos. Segundo ele, ter essas revelações o faz um conhecedor da verdade do universo, enquanto nós, o resto das pessoas que ainda não tiveram essa clareza, fomos amarrados por preceitos, mas que em algum momento Jesus irá virar a chave da nossa mente para que vejamos tudo isso também.
 
Enquanto no quarto, eu me comportava como se tudo que ele estivesse me contando fosse uma grande descoberta, você jamais diria que eu estava com medo. Mas quando fui embora comecei a me sentir mal. Muito mal. Sentia como se todas as coisas horríveis que ele falou eu fosse começar a enxergar também muito em breve. No Uber de volta para casa já mandei mensagem para a minha vizinha de porta, perguntando se ela poderia me receber. Eu precisava conversar com alguém antes de ficar sozinha com os meus gatos. 
 
De certa maneira ele conseguiu entrar na minha mente, de um jeito que eu não conseguia abstrair tão facilmente. Minha vizinha é tão amiga que me recomendou até uma meditação de limpeza de DNA. Quando entrei em casa, acendi um incenso, rezei, mas as lembranças de tudo que ele me contou não passava. Dormi com a tv e a luz da sacada ligada. Sempre adormeço ouvindo uma meditação, mas desta vez, enquanto eu tentava mentalizar as luzes que a meditação guiava, só vinha o preto. Parei a meditação, aumentei a tv e abracei o meu gato que dormia ao meu lado. Adormeci assim. 
 
Não tive sonho, porém, acordei 4:19 da madrugada (duas horas depois) com sede e desconfortável. Foi quando cheguei a conclusão que botar tudo isso para fora, escrevendo, me ajudaria e duas horas depois, finalizava o rascunho dessa postagem. Terminei de escrever umas 6:43, voltei a dormir e agora sim tive pesadelo! O dia já estava claro e lá estava eu tendo pesadelos pela manhã, rs! Acordei uma hora depois, perturbada. Rezei o “Pai Nosso” umas três vezes e voltei a dormir. Ufa, agora sim consegui ter um sono tranquilo.
 
Engraçado que quando eu estava a caminho dele, recebi a mensagem de um outro cliente que eu já tinha saído, como se fosse um alerta para eu não ir:
 
Devia ter mudado a rota, rs.

No outro dia, conversando com um médico, que entende do assunto, tive a seguinte aula, que achei relevante anexar aqui. Eu achava que esse cliente fosse esquizofrênico, mas, segundo o médico, pode até ser maníaco. Só dar play abaixo:

Eu pretendia bloqueá-lo alguns dias depois, para não ficar muito na cara que não gostei, mas antes que eu o fizesse, ele me procurou de novo:

Quando resolvi responder, ele já tinha me bloqueado. Melhor assim. Espero que fique bem.

“O Inconveniente”

– Louco pra te ver. Sentir você. Você está em casa? Tira uma foto pra mim? Te beijaria inteirinha.

– Estou vendendo fotos agora, quer comprar? Podemos combinar o encontro para amanhã. Que tal?

– Sério? Eu topo. Está vendendo fotos mesmo? Qual horário poderia ser o encontro? Onde?

– Você pode dar uma pesquisada sobre algum motel ou hotel próximo a você. – Se tratava de um cliente localizado em Guarulhos.

– Ok. Uma foto só. Please. Não precisa ser sem roupa.

Obviamente que ignorei seu pedido. Uma das coisas que qualquer acompanhante, que tem site, Twitter e Instagram, com diversas fotos, mais detesta é que lhe peçam fotos personalizadas no WhatsApp. Ainda mais depois de você dizer que fotos exclusivas precisam ser compradas.

Cinco dias depois ele reapareceu.

– Oi… boa noite. Sem lugar para atendimento ainda?

– Atendo em hotéis e motéis como já mencionei antes.

– Eu sei… mas já está atendendo? – Se sabe, então pra que pergunta?!

– Sim.

E nada mais disse.

Dois dias depois ressurgiu.

– Quero te ver. Tem agenda para amanhã?

– Boa noite. Você pesquisou o motel?

– Não. Teria que ser os hotéis que você utiliza.

– Eu costumo ir em motéis. Você pode escolher o hotel que for melhor para você.

– Você está sem local? Não teria uma alternativa?

– Nunca tive local, sempre atendi em hotéis e motéis.

– Conseguiria arrumar um local para nós?

– Essa parte é por conta do cliente.

– Vou procurar na internet.

No dia seguinte ele me enviou mais mensagens. Comprou duas fotos pelo meu site (aquele tipo de foto explícita, caseira, mas com a mesma qualidade de uma foto profissional, que só envio com exclusividade para quem comprar) e combinamos sobre o envio das mesmas para ele. Depois disso retomamos a negociação para que o nosso encontro acontecesse. Para ele seria muito mais conveniente que eu fosse até Guarulhos e concordei, mediante a taxa de deslocamento, é claro.

– Te pago como? – Perguntando sobre o acréscimo do Uber de ida e volta.

– Somado ao cachê no dia do encontro. Quanto tempo gostaria?

– 1:30 faria por R$ 600? – Broxante demais quem pede desconto.

– Não valeria a pena pra mim ir até Guarulhos e ainda cobrar menos.

– Mas seria 600 + o Uber.

– Não concedo desconto pelo cliente estar pagando o Uber, arcar com o meu deslocamento é o mínimo pelo tempo que perderei com a locomoção indo para uma região tão distante de onde costumo atender.

– Tudo bem. Entendo.

– Posso deixar marcado?

– Ela está com pelinho?

– Sim.

– Muito ou pouco? Eu gosto com.

– Pouco.

– Delícia, combinadíssimo.

E daí acertamos mais alguns detalhes, como horário, preferências pela roupa que eu usaria… até que ele me solta essa:

– Seu atendimento é completo? – Como é possível que à essa altura da conversa, a pessoa ainda não tenha se informado sobre o meu atendimento?

– Não faço anal e não finalizo no oral. Quando te mandei as informações do meu cachê, explicava também sobre o meu atendimento. Você não leu?

Ele respondeu com apenas um emoji de uma rosa.

Mais um dia se passou.

– Oi Sara. Tudo bem? Tudo certo para amanhã?

– Boa noite, sim, tudo certinho.

– Vai chegar meio dia?

– Foi o que combinamos.

– Ok.

Motel Point em Guarulhos, Suíte 5. Eis aqui mais um exemplo de como pessoalmente as relações são muito melhores e mais gostosas do que por mensagem. Tivemos um encontro bastante agradável. Ele me tratou super bem, rolou uma química legal, aproveitamos bastante nossa intimidade, usamos e abusamos das preliminares e a transa caminhou para o seu ápice. Depois que gozou, nos banhamos e ainda tínhamos tempo para um segundo round. Infelizmente ele não pôde ficar mais e precisou abandonar o encontro antes que o nosso tempo terminasse. Foi gostoso. Voltei para minha casa com aquela deliciosa sensação de missão cumprida.

Uma semana depois ele me contatou novamente.

– Oi, bom dia… Você está bem?

– Oii! Bom dia. Estou sim e você? ?

– Morrendo de saudades de você. Quanto você cobraria para fazer um vídeo para mim?

– Como você quer o vídeo?

– Ah… queria uma sugestão. Mas queria um que me faça ir novamente te ver.

– Que tal um vídeo me masturbando e falando umas putarias?

– Ótimo. Você já tem esse vídeo?

– Sim.

– Quanto faria pra mim?

– R$ 250 e a duração do vídeo é de 6 min. – Passei o valor tabelado, afinal, já é mais em conta que o vídeo Personalizado, em que cobro de R$ 350 à R$ 400, dependendo das exigências do comprador.

– Não mereço um desconto? – Só pelo fato de pedi-lo, não. Não merece.

Já lhes falei o quanto detesto quem pede desconto pra mim?

– Não posso desvalorizar o meu trabalho, que me consumiu tempo e dedicação gravando mais de uma vez até ficar o mais excitante e bem feito possível. Entendo que é muito comum as pessoas pedirem desconto em diversas coisas que compram, mas pra esse tipo de serviço é deselegante demais fazer isso. Achei que você tivesse compreendido esse ponto quando tentou pechinchar no nosso primeiro encontro e eu recusei.

– Me perdoa linda. Não fiz por mal.

O que veio a seguir foram demasiadas tentativas de agendamento, em datas esporádicas, todas sem sucesso. Muitas vezes me deixando no vácuo por falta de decisão da parte dele.

Agitou e não marcou.

Tentei conduzir para que decidisse o dia, mas novamente empacou.

Outra vez estagnou.

Limbo.

Até que…

Tudo muito bem, tudo muito bom, achei que finalmente o repeteco fosse sair, até que hoje, no dia do encontro, ele me vem com uma presepada!

Esse “Está fria comigo” me causou um leve incômodo. Eu, cheia de coisas pra resolver no meu dia, não estava com cabeça pra lidar com esse tipo de cobrança. Respondi o seguinte:

What the fuck???

Vamos analisar essa última mensagem.

Ele estava mesmo cancelando apenas por eu não ter respondido o que ele queria ouvir? É isso mesmo produção? Que nível de carência / insegurança era esse? Eu, que não vivo para os clientes fora dos encontros, que tenho uma vida particular e afazeres pessoais no meu dia a dia, fui punida pela minha total honestidade.

Sim, eu poderia ter sido mais amorzinho na minha resposta, mas achei ridículo demais aquela cobrança de atenção como se eu tivesse alguma obrigação para com ele. Por acaso é um cliente master, pica das galáxias que me leva para jantar? Que me dá presentes? Que passa horas comigo num encontro? Não. É um cara que só saiu comigo uma vez, por uma hora, que tentou pechinchar, que pechinchou para comprar um vídeo meu – que sequer o comprou – , ou seja, um cliente com um Score bem baixo, vermelho, querendo estar no verde. Definitivamente não tinha a menor condição dele se colocar nessa posição de me exigir um atendimento diferenciado, se não havia tal iniciativa por parte dele também. Ainda que fosse, nem esses clientes mais especiais possuem essa soberba de me exigir tal coisa. Pelo contrário, eles me inspiram.

O cúmulo esse tipo de situação. A minha vontade foi de lhe responder o seguinte:

“Olha C******, você sempre agita de sairmos e nunca agenda de fato. Várias vezes me chamou querendo sair e quando eu te questionava o dia e horário você não me respondia. Não acho nada bacana você marcar comigo e cancelar poucas horas antes, apenas porque não tenho como ficar conversando com você antes do encontro. Obviamente que você não é obrigado a sair comigo, mas, se você cancelar, essa será a última vez que tentarei agendar algo com você.”

Meu dedo coçou para mandar isso, mas me contive. Uma sábia amiga me disse uma vez que o que importa é o dinheiro, pouco importa responder o que me vier a cabeça e sair por cima, se no final das contas meu bolso estará vazio. Então, ainda que contra a minha vontade, tentei reverter a situação e lhe respondi isso:

“Desculpa se transpareci frieza C*****, é que estou com uma obra aqui no meu apê. Está uma bagunça e tô tentando organizar. ? Nem sempre consigo ser atenciosa por msg e não temos tanta proximidade ainda… visto que saímos apenas uma vez e você sempre agita, mas não tivemos o repeteco ainda. Assim fica difícil estabelecer confiança. Adoraria espairecer essa 1 hora contigo, relaxando! Minha agenda devido a reforma aqui em casa está mais difícil, vou acabar dando prioridade a outras pessoas. Certeza de que quer desmarcar?”

Muito educada e explicativa demais com uma pessoa que não merecia, mas enfim. Ele respondeu com apenas um “sim”, o que significava que manteria o cancelamento. Lhe respondi com um “Então tá bom. Boa tarde”, que ele sequer teve a consideração de visualizar. Teria sido melhor eu dar a primeira resposta que me veio a cabeça, né? Rs.

Fiquei bastante chateada com essa situação, mas depois vi pelo lado bom. Pude fazer todas as minhas coisas que eu tinha pra fazer sem a menor pressa, por não precisar mais encaixá-lo no meu dia, e ainda me privei da companhia de uma pessoa afetada nesse nível.

Imagine ter que trocar  energia com uma pessoa tão folgada, que não é capaz de honrar um compromisso, apenas porque não fiquei de lero lero com ele nas mensagens. Isso tudo vindo de uma pessoa que já saiu comigo. Realmente não conhecemos as pessoas.

Esse tipo de cliente eu prefiro não ter. Uma pessoa que me manda 100 mensagens para que um encontro aconteça e olhe lá. Gosto de homens decididos, ponta firme, que não cancelam por pouca coisa e que respeitam o espaço do outro. Esses sim, eu quero em grande abundância.

Cuidado ao Abordar Uma GP

Mala

Lidar com pessoas. Está aí uma coisa que nem todo mundo sabe como fazer. Seja no trabalho, na vida, onde for, sempre terão aquelas pessoas que não sabem se comunicar, respeitar ou até mesmo se colocar no lugar do outro. Hoje estou aqui para fazer um post de desabafo.

Nas últimas semanas pude conhecer homens incríveis, gentis e excitantes, que, sem querer, tornaram o meu trabalho ainda mais interessante do que já costuma ser. Também pude repetir encontros com clientes maravilhosos e selecionados, aqueles que tenho muito tesão em atender, que rola a maior química e uma troca de energia fantástica.

Contudo, sabemos que nem sempre as coisas acontecem como planejamos ou gostaríamos e estou aqui para falar dessas experiências que me chateiam e que preciso colocar para fora de alguma maneira.

Se você que estiver lendo for um homem que costuma ou quer sair com acompanhantes, quem sabe esse post te ajude a ter mais empatia por nós? 

Case 1

Há vinte dias tive um encontro que, a princípio, tinha tudo para dar certo. Rapaz casado, filho recém nascido, estava apreensivo em sair com uma acompanhante, pois, não queria “trair” a sua esposa. No entanto, estava há meses sem transar e subindo pelas paredes. 

O meu blog, a maneira como escrevo e me posiciono sobre certas coisas, foram os diferenciais que o fizeram querer sair comigo. “Por que achei você completamente fora da curva”, foram exatamente estas as suas palavras. “Sorte a minha que achei você. Confesso que fiquei impressionado com os vídeos e fotos. Nenhuma mulher se mostra dessa maneira. Pensei que se eu tivesse a oportunidade de sair com uma mulher igual você, não poderia deixar de aproveitar”. Muito lindo, não é mesmo? Elogios desse tipo acarícia o ego de qualquer um.

Acabei lhe dando uma atenção maior na noite anterior ao nosso encontro, conversamos bastante pelo whatsapp, pois, senti a necessidade de ajudá-lo a quebrar o gelo, visto que ele não estava tão a vontade de sair com outra mulher nessas circunstâncias.

Ele não queria ir em motel ou hotel. Tinha medo de que alguém visse o seu carro entrando em qualquer estabelecimento “suspeito” e sugeriu que eu fosse atendê-lo na sua casa. O que, confesso, me soou mil vezes pior do que ser pego saindo de um motel.

Se já é difícil para uma mulher perdoar uma traição, imagine se o cara leva a outra para dentro da própria casa e transar com ela na mesma cama que dorme com a esposa, tendo o berço do filho recém nascido ao lado?! ? Eu sinceramente não entendo a cabeça dos homens. Para algumas coisas tem tanto medo e para outras – mais absurdas – não.

Sugeri que fôssemos para um hotel e que ele fosse de Uber. Se acaso alguém o visse – o que seria MUITA coincidência – poderia inventar que estava ali para uma reunião (o que, de certo modo, seria mesmo rs). Eu também não queria que nenhuma interferência externa atrapalhasse o nosso encontro e suspeitava que se eu o atendesse em sua própria casa, poderia lhe bater a culpa a qualquer momento, tornando o nosso encontro em algo desastroso. Ele topou e então marcamos de nos encontrarmos num hotel X, tal hora, para um atendimento de 1h com probabilidades de se estender para 1:30.

Confesso que nem sempre sou pontual e que é comum eu me atrasar em alguns encontros. No entanto, quando isso acontece, sempre procuro não lesar o cliente de nenhuma maneira. Seja ficando pelo tempo total, ainda que isso me atrase para outros compromissos (afinal, a culpa foi minha) ou ficando menos tempo e recebendo menos (quando são encontros superiores a 1h), se o cliente não tiver flexibilidade de tempo para que eu cumpra a duração inicialmente combinada.

Agora quando é o inverso e o cliente que se atrasa, temos duas opções:

  • Se eu estiver tranquila de horário, o espero e deixo para contabilizar o tempo somente quando ele chegar (válido para pequenos atrasos) ou;
  • Simplesmente vou embora quando o tempo acabar e ele me acerta pelo tempo combinado, ainda que ele tenha chegado atrasado, já que a culpa foi dele e não minha.

Este aqui chegou quarenta minutos atrasado e, considerando o tempo que demorou na fila da recepção fazendo o check-in, até o momento que de fato adentramos na suíte, já estava dando quase uma hora do horário inicialmente combinado. Tentei abstrair esse ocorrido, mas, não consegui me entregar completamente ao encontro, pois, não parava de pensar que isso me atrasaria – e muito – para outro compromisso, correndo o risco ainda de eu receber menos neste atendimento, já que, não ficaríamos juntos pela 1:30 que tanto almejávamos, pois, o tempo do quarto também estava contado. (Ele alugou a suíte por seis horas e quis deixar para irmos nas últimas duas horas de uso.) 

Fiquei incomodada com a falta de comprometimento dele. O quarto estava a nossa disposição muitas horas antes, no entanto, ele deixou para ir no último momento e ainda se atrasou quarenta minutos. Atrasando também a minha vida fora dali e provavelmente me pagaria menos, pois, como inicialmente combinamos 1h com probabilidades de estender para 1:30, diante das circunstâncias, ele iria ficar apenas 1h, com a desculpa do tempo do quarto não poder ser prorrogado.

Eu aceitava ficar menos tempo caso fosse uma decisão dele, por não rolar a química necessária entre a gente. E não porque ele foi um banana de se atrasar tanto, prejudicando a duração do nosso tempo juntos.

Por sorte (ou não), no final do encontro, quando foi me acertar, teve o bom senso de perguntar quanto me devia, ao invés de simplesmente me acertar por 1h sem falar nada. Visto que ele teve essa honrosa postura, respondi o que achava ser o justo, que considerando o seu atraso, o correto seria me acertar pela 1h30, afinal, eu estava desde o horário combinado à sua disposição.

Talvez ele tenha pensado que por eu morar perto do hotel e ter deixado para ir para lá somente quando ele também tivesse chegado não fosse motivo para eu cobrar o cachê total, mas, não faria sentido isso, pois, esperar para sair da minha casa somente quando ele tivesse perto, foi a maneira que encontrei de amenizar o meu desconforto na espera, ao invés de ficar plantada no hall de um hotel por quarenta minutos.

“Você vai me cobrar pelo meu atraso?” Ele rebateu enquanto pegava meu cachê, como se fosse exagero da minha parte ‘puni-lo’ por isso. Apenas dei uma risadinha para não criar um clima ruim, que se instauraria se eu respondesse o que realmente pensava a respeito da sua pergunta descabida.

Fui embora do encontro com o meu cachê completo, mas, nem por isso saí de lá me sentindo bem. Ganhei o dinheiro, mas perdi o cliente. Sei que ele não gostou disso. Deve ter me achado mercenária por cobrá-lo por algo que, ao seu ver, não foi culpa sua (e nem minha). Ainda precisei sair do quarto às pressas, – pois, seu atraso fodeu comigo – deixando-o lá ajeitando as suas coisas sozinho, antes que também deixasse o quarto, lhe causando, talvez, a impressão que eu fosse mais uma dessas acompanhantes que só estão preocupadas com o dinheiro e nada mais. Tenho certeza que a minha saída repentina também pegou mal. 

Eu não preciso agradar a todo mundo, é uma coisa que ouvi de consolo de algumas pessoas que compartilhei a situação. O fato dele não ter mandado uma mensagem sequer depois do encontro – não que eu espere por isso após os atendimentos, mas, visto que dispensei um bom tempo conversando com ele na noite anterior e que me enalteceu tanto antes mesmo de me conhecer, era o mínimo esperado, caso tivesse gostado – me mostrou que, no final das contas, ele não deve ter curtido sair comigo mesmo com todas as referências que teve.

Situações como essas me chateiam. Encontros promissores que vão por água abaixo. Eu sou uma pessoa muito sensível e não gosto que fiquem com a impressão errada de mim. Gosto de voltar de um encontro sorridente, alegre, com uma energia boa, por ter alegrado a manhã/tarde ou noite de alguém e não preocupada, irritada ou atrasada. Precisava desabafar sobre isso, pois é uma situação chata que vira e mexe eu lembro.

Case 2

Outra situação desagradável é quando o cliente NÃO RESPEITA as minhas regras. Atendi um gringo que teve o disparate de gozar na minha boca!! ? Como esse tipo de situação me enfurece!! ??? Nem é pela porra em si, mas, pela falta de respeito comigo! É como se o cara estivesse me dizendo: “Olha aqui sua puta, estou cagando para as suas restrições, estou pagando e vou fazer o que eu quiser com você”.

A sua péssima atitude ainda teve um adicional, gozou num momento em que pressionou minha cabeça com sua mão, de modo que seu pau entrasse mais fundo. Por acaso queria que eu engolisse também?! ? Minha raiva foi tanta que esqueci que ele era gringo e comecei a xingá-lo em português, estava nervosa demais para processar a tradução das ofensas. Gringo de merda. ??

Daí você me pergunta: foi embora depois disto? Quase. Enquanto enxaguava a minha boca, só pensava em me vestir e ir embora, mas, me contive quando ele começou a pedir desculpas. Não por acreditar no seu arrependimento. Fiquei apenas em consideração ao meu dinheiro e ao meu tempo que gastei indo até ali. Se já estava desagradável toda aquela situação, seria ainda pior sair dali sem receber nada pelo atendimento.

Não fui mais carinhosa, nem amigável após o ocorrido. Ativei o modo mecânica e profissional que os clientes tanto reclamam e felizmente ele me liberou logo após o primeiro round, me livrando da sua pessoa desagradável e medíocre, antes mesmo do tempo acabar, sem descontar um centavo sequer do meu cachê por isso – deveria até ter te pedido um belo adicional de periculosidade -.

Se for para atender este tipo de gente, prefiro mil vezes nem sair de casa. Sugiro que ele pegue seus quinhentos reais e vá torrar na porcaria de um vintão, que será bem mais proveitoso.

Case 3

Por último, mas, não menos importante, meu último desabafo – e puxão de orelha – vai para os homens que não sabem se comunicar com uma acompanhante. Não importa se você é inexperiente, se não fala português, whatever! Nada justifica uma comunicação idiota como esta dos prints abaixo…:

Tenho PREGUIÇA de falar com pessoas que se comunicam desse jeito. Parece que estou falando com alguém desprovido de intelecto. Colocando em cheque até mesmo a credibilidade de uma pessoa dessa pagar o meu cachê no término do encontro.

Enfim…

… Tudo isso foi apenas um desabafo, de alguém que gosta muito de escrever e que encontrou na escrita, uma maneira mais gostosa de compartilhar coisas boas e ruins do seu dia-a-dia como acompanhante.

Um beijo e até a próxima postagem! ??‍♀️