Cuidado ao Abordar Uma GP

Mala

Lidar com pessoas. Está aí uma coisa que nem todo mundo sabe como fazer. Seja no trabalho, na vida, onde for, sempre terão aquelas pessoas que não sabem se comunicar, respeitar ou até mesmo se colocar no lugar do outro. Hoje estou aqui para fazer um post de desabafo.

Nas últimas semanas pude conhecer homens incríveis, gentis e excitantes, que, sem querer, tornaram o meu trabalho ainda mais interessante do que já costuma ser. Também pude repetir encontros com clientes maravilhosos e selecionados, aqueles que tenho muito tesão em atender, que rola a maior química e uma troca de energia fantástica.

Contudo, sabemos que nem sempre as coisas acontecem como planejamos ou gostaríamos e estou aqui para falar dessas experiências que me chateiam e que preciso colocar para fora de alguma maneira.

Se você que estiver lendo for um homem que costuma ou quer sair com acompanhantes, quem sabe esse post te ajude a ter mais empatia por nós? 

Case 1

Há vinte dias tive um encontro que, a princípio, tinha tudo para dar certo. Rapaz casado, filho recém nascido, estava apreensivo em sair com uma acompanhante, pois, não queria “trair” a sua esposa. No entanto, estava há meses sem transar e subindo pelas paredes. 

O meu blog, a maneira como escrevo e me posiciono sobre certas coisas, foram os diferenciais que o fizeram querer sair comigo. “Por que achei você completamente fora da curva”, foram exatamente estas as suas palavras. “Sorte a minha que achei você. Confesso que fiquei impressionado com os vídeos e fotos. Nenhuma mulher se mostra dessa maneira. Pensei que se eu tivesse a oportunidade de sair com uma mulher igual você, não poderia deixar de aproveitar”. Muito lindo, não é mesmo? Elogios desse tipo acarícia o ego de qualquer um.

Acabei lhe dando uma atenção maior na noite anterior ao nosso encontro, conversamos bastante pelo whatsapp, pois, senti a necessidade de ajudá-lo a quebrar o gelo, visto que ele não estava tão a vontade de sair com outra mulher nessas circunstâncias.

Ele não queria ir em motel ou hotel. Tinha medo de que alguém visse o seu carro entrando em qualquer estabelecimento “suspeito” e sugeriu que eu fosse atendê-lo na sua casa. O que, confesso, me soou mil vezes pior do que ser pego saindo de um motel.

Se já é difícil para uma mulher perdoar uma traição, imagine se o cara leva a outra para dentro da própria casa e transar com ela na mesma cama que dorme com a esposa, tendo o berço do filho recém nascido ao lado?! ? Eu sinceramente não entendo a cabeça dos homens. Para algumas coisas tem tanto medo e para outras – mais absurdas – não.

Sugeri que fôssemos para um hotel e que ele fosse de Uber. Se acaso alguém o visse – o que seria MUITA coincidência – poderia inventar que estava ali para uma reunião (o que, de certo modo, seria mesmo rs). Eu também não queria que nenhuma interferência externa atrapalhasse o nosso encontro e suspeitava que se eu o atendesse em sua própria casa, poderia lhe bater a culpa a qualquer momento, tornando o nosso encontro em algo desastroso. Ele topou e então marcamos de nos encontrarmos num hotel X, tal hora, para um atendimento de 1h com probabilidades de se estender para 1:30.

Confesso que nem sempre sou pontual e que é comum eu me atrasar em alguns encontros. No entanto, quando isso acontece, sempre procuro não lesar o cliente de nenhuma maneira. Seja ficando pelo tempo total, ainda que isso me atrase para outros compromissos (afinal, a culpa foi minha) ou ficando menos tempo e recebendo menos (quando são encontros superiores a 1h), se o cliente não tiver flexibilidade de tempo para que eu cumpra a duração inicialmente combinada.

Agora quando é o inverso e o cliente que se atrasa, temos duas opções:

  • Se eu estiver tranquila de horário, o espero e deixo para contabilizar o tempo somente quando ele chegar (válido para pequenos atrasos) ou;
  • Simplesmente vou embora quando o tempo acabar e ele me acerta pelo tempo combinado, ainda que ele tenha chegado atrasado, já que a culpa foi dele e não minha.

Este aqui chegou quarenta minutos atrasado e, considerando o tempo que demorou na fila da recepção fazendo o check-in, até o momento que de fato adentramos na suíte, já estava dando quase uma hora do horário inicialmente combinado. Tentei abstrair esse ocorrido, mas, não consegui me entregar completamente ao encontro, pois, não parava de pensar que isso me atrasaria – e muito – para outro compromisso, correndo o risco ainda de eu receber menos neste atendimento, já que, não ficaríamos juntos pela 1:30 que tanto almejávamos, pois, o tempo do quarto também estava contado. (Ele alugou a suíte por seis horas e quis deixar para irmos nas últimas duas horas de uso.) 

Fiquei incomodada com a falta de comprometimento dele. O quarto estava a nossa disposição muitas horas antes, no entanto, ele deixou para ir no último momento e ainda se atrasou quarenta minutos. Atrasando também a minha vida fora dali e provavelmente me pagaria menos, pois, como inicialmente combinamos 1h com probabilidades de estender para 1:30, diante das circunstâncias, ele iria ficar apenas 1h, com a desculpa do tempo do quarto não poder ser prorrogado.

Eu aceitava ficar menos tempo caso fosse uma decisão dele, por não rolar a química necessária entre a gente. E não porque ele foi um banana de se atrasar tanto, prejudicando a duração do nosso tempo juntos.

Por sorte (ou não), no final do encontro, quando foi me acertar, teve o bom senso de perguntar quanto me devia, ao invés de simplesmente me acertar por 1h sem falar nada. Visto que ele teve essa honrosa postura, respondi o que achava ser o justo, que considerando o seu atraso, o correto seria me acertar pela 1h30, afinal, eu estava desde o horário combinado à sua disposição.

Talvez ele tenha pensado que por eu morar perto do hotel e ter deixado para ir para lá somente quando ele também tivesse chegado não fosse motivo para eu cobrar o cachê total, mas, não faria sentido isso, pois, esperar para sair da minha casa somente quando ele tivesse perto, foi a maneira que encontrei de amenizar o meu desconforto na espera, ao invés de ficar plantada no hall de um hotel por quarenta minutos.

“Você vai me cobrar pelo meu atraso?” Ele rebateu enquanto pegava meu cachê, como se fosse exagero da minha parte ‘puni-lo’ por isso. Apenas dei uma risadinha para não criar um clima ruim, que se instauraria se eu respondesse o que realmente pensava a respeito da sua pergunta descabida.

Fui embora do encontro com o meu cachê completo, mas, nem por isso saí de lá me sentindo bem. Ganhei o dinheiro, mas perdi o cliente. Sei que ele não gostou disso. Deve ter me achado mercenária por cobrá-lo por algo que, ao seu ver, não foi culpa sua (e nem minha). Ainda precisei sair do quarto às pressas, – pois, seu atraso fodeu comigo – deixando-o lá ajeitando as suas coisas sozinho, antes que também deixasse o quarto, lhe causando, talvez, a impressão que eu fosse mais uma dessas acompanhantes que só estão preocupadas com o dinheiro e nada mais. Tenho certeza que a minha saída repentina também pegou mal. 

Eu não preciso agradar a todo mundo, é uma coisa que ouvi de consolo de algumas pessoas que compartilhei a situação. O fato dele não ter mandado uma mensagem sequer depois do encontro – não que eu espere por isso após os atendimentos, mas, visto que dispensei um bom tempo conversando com ele na noite anterior e que me enalteceu tanto antes mesmo de me conhecer, era o mínimo esperado, caso tivesse gostado – me mostrou que, no final das contas, ele não deve ter curtido sair comigo mesmo com todas as referências que teve.

Situações como essas me chateiam. Encontros promissores que vão por água abaixo. Eu sou uma pessoa muito sensível e não gosto que fiquem com a impressão errada de mim. Gosto de voltar de um encontro sorridente, alegre, com uma energia boa, por ter alegrado a manhã/tarde ou noite de alguém e não preocupada, irritada ou atrasada. Precisava desabafar sobre isso, pois é uma situação chata que vira e mexe eu lembro.

Case 2

Outra situação desagradável é quando o cliente NÃO RESPEITA as minhas regras. Atendi um gringo que teve o disparate de gozar na minha boca!! ? Como esse tipo de situação me enfurece!! ??? Nem é pela porra em si, mas, pela falta de respeito comigo! É como se o cara estivesse me dizendo: “Olha aqui sua puta, estou cagando para as suas restrições, estou pagando e vou fazer o que eu quiser com você”.

A sua péssima atitude ainda teve um adicional, gozou num momento em que pressionou minha cabeça com sua mão, de modo que seu pau entrasse mais fundo. Por acaso queria que eu engolisse também?! ? Minha raiva foi tanta que esqueci que ele era gringo e comecei a xingá-lo em português, estava nervosa demais para processar a tradução das ofensas. Gringo de merda. ??

Daí você me pergunta: foi embora depois disto? Quase. Enquanto enxaguava a minha boca, só pensava em me vestir e ir embora, mas, me contive quando ele começou a pedir desculpas. Não por acreditar no seu arrependimento. Fiquei apenas em consideração ao meu dinheiro e ao meu tempo que gastei indo até ali. Se já estava desagradável toda aquela situação, seria ainda pior sair dali sem receber nada pelo atendimento.

Não fui mais carinhosa, nem amigável após o ocorrido. Ativei o modo mecânica e profissional que os clientes tanto reclamam e felizmente ele me liberou logo após o primeiro round, me livrando da sua pessoa desagradável e medíocre, antes mesmo do tempo acabar, sem descontar um centavo sequer do meu cachê por isso – deveria até ter te pedido um belo adicional de periculosidade -.

Se for para atender este tipo de gente, prefiro mil vezes nem sair de casa. Sugiro que ele pegue seus quinhentos reais e vá torrar na porcaria de um vintão, que será bem mais proveitoso.

Case 3

Por último, mas, não menos importante, meu último desabafo – e puxão de orelha – vai para os homens que não sabem se comunicar com uma acompanhante. Não importa se você é inexperiente, se não fala português, whatever! Nada justifica uma comunicação idiota como esta dos prints abaixo…:

Tenho PREGUIÇA de falar com pessoas que se comunicam desse jeito. Parece que estou falando com alguém desprovido de intelecto. Colocando em cheque até mesmo a credibilidade de uma pessoa dessa pagar o meu cachê no término do encontro.

Enfim…

… Tudo isso foi apenas um desabafo, de alguém que gosta muito de escrever e que encontrou na escrita, uma maneira mais gostosa de compartilhar coisas boas e ruins do seu dia-a-dia como acompanhante.

Um beijo e até a próxima postagem! ??‍♀️

3 comentários em “Cuidado ao Abordar Uma GP

  1. Situações bem chatas, apesar de, embgraus diferentes…
    Só não achei legal sua fala sobre o “vintão”… é como se lá não tivesse regras e as meninas desses lugares não merecerem respeito…
    Lembre-se que essas meninas exercem a mesma profissão que você, e que a diferença possa estar, talvez na beleza, talvez na educação, talvez até na opção de “faço porque gosto” como você sempre fala… e talvez até elas não tenham voz pra reclamar de clientes desagradáveis…
    Sara… estereótipos podem parecer uma coisa boba mas andam de mãos dadas com o preconceito… just keep your mind open.

  2. Acho que no primeiro caso vc foi muito profissional no mau sentido. Infelizmente São Paulo é uma cidade com muito trânsito. A menos que você fale sobre a sua agenda e que não tolera atrasos, você passou uma impressão de bem antipatica pra ele. Rss

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