Tesão Platônico Pelo Personal – Final

Querido diário,

Nem pretendia postar essa frustrada continuação, mas, atendendo a pedidos dos meus seguidores/leitores, que ficaram curiosos pelo desfecho, decidi então postar essa pequena humilhação, rs.

Recapitulando, tinha finalizado a Parte 1, comigo lhe enviando a seguinte mensagem:

A resposta dele foi apenas essa figurinha. E o assunto morreu aí.

No dia seguinte, por volta das 19h, puxei assunto, perguntando qual era a boa do dia (se ele tivesse em algum rolê legal, capaz que eu aparecesse por lá). Estava confiante de que tendo a oportunidade certa, darmos uns beijos seria só uma consequência.

Ele me respondeu 3h depois…

– Tô num rolê que um brother meu vai tocar. E depois TALVEZ eu vá pra Osasco.

*

Três dias depois foi o dia de treinarmos e senti um clima estranho, como se ainda estivesse reverberando a nossa última discussão, nem parecia que tínhamos trocado mensagem durante o fim de semana. Depois que voltei pra casa, lhe enviei um áudio, trazendo uma outra questão que também estava me incomodando:

– Vou conversar com você, pois percebi que hoje tava um clima meio estranho no treino e… eu não queria ter que trocar de personal, mas, se você achar que não dá pra gente recuperar o clima de antes, tô disposta a isso, encerrarmos dia 19 e eu procurar outro personal. Vou ser bem honesta com você, porque ainda estou na tentativa de resgatar, mas, me incomoda demais você mexer no celular durante o nosso treino, eu sinto que você não tá dando total atenção pro meu exercício, hoje você até ouviu um áudio durante o meu treino, então assim, eu me sinto um pouco desrespeitada, porque eu estou te contratando pra me dar essa atenção durante 1h e não é o que tá acontecendo. Eu queria ver com você a possibilidade de a gente ajustar essas coisas… semana passada a gente teve aquela discussão, eu não sei se na sua cabeça você já tá meio que foda-se e não é mais do seu interesse seguir com os treinos, mas estou conversando com você pra gente tentar alinhar sobre isso.

– Você me dá atenção pra eu passar o treino, se no seu intervalo você não fala comigo, eu também não falo com você, mas no treino está sendo total foco em você, tanto que hoje fiz um treino mais intenso do que você tá acostumada. A gente pode treinar tranquilo, não tem problema, só que, novamente, eu não vou levar desaforo, tá bom? Mas, por mim, eu só continuei fazendo o que eu já fazia, da mesma forma que eu tô escutando o seu áudio na aula de um aluno, escutei o de uma outra aluna, na sua aula.

– Sim, realmente você sempre utilizou, e é justamente por isso que eu tô reclamando agora, porque é uma coisa que eu venho observando já há um bom tempo e já tá me incomodando há algum tempo. Eu não falei logo de cara porque fui observando pra ver se seria uma coisa recorrente e vejo que é, entende? E não é só durante os meus intervalos que você mexe no celular, já peguei você olhando o celular quando eu estou fazendo exercício, tanto que teve vezes de você me corrigir na segunda ou terceira série que eu tô fazendo. Então assim, se não é uma coisa urgente, um familiar internado, uma coisa que você não consegue esperar, eu realmente gostaria que você se policiasse, me parece meio óbvio que se você tá no horário de trabalho, o celular, que é uma distração, deixa pra depois. Eu tô te trazendo isso agora, vê se é possível pra você fazer esse ajuste pra que possamos continuar, eu realmente não queria trocar de personal, já vai fazer um ano que estamos treinando, eu gosto que você tem flexibilidade de horário, consegue me atender no horário que eu preciso, tá dentro do meu orçamento, mas eu realmente gostaria de fazer esses ajustes pra ficar melhor o rendimento do treino.

– Blza, tranquilo. Combinado.

E retomamos o treino normalmente, minha mensagem surtiu efeito.

*

Tesão a gente não escolhe, infelizmente. Uma semana depois, fiz uma nova investida.

Por volta de umas 20h, numa segunda-feira, lhe enviei a seguinte mensagem:

– Tá de boa?

– Tô treinando. – Ele respondeu imediatamente.

– Onde?

– Aqui perto de casa.

– Tem compromisso pra hoje?

– O compromisso era descanso kkkk.

– Cansado 8 da noite, realmente é um jovem senhor.

– Eu não parei nem pra almoçar hoje. Desde a sua aula eu só parei pra treinar. Mas qual era a proposta?

Agora foi o meu grande momento de lançar a cantada. Confesso que senti um frio na barriga, um medinho de levar um fora, um medo de estragar as coisas, mas, era tudo ou nada, não dava mais pra eu ficar na vontade, sem ao menos tentar alguma coisa…

– Estou precisando de uma ajudinha pra trocar uma lâmpada aqui no meu apartamento. Só está funcionando aquele abajur. – E mandei a seguinte foto:

Me surpreendi comigo mesma! Não é o tipo de coisa que tenho coragem de fazer. Uma coisa é a Sara sedutora, eu, na vida pessoal, não tenho um terço dessa sedução, rs.

Sua resposta veio meia hora depois:

– Tu sabe que eu não faço essas coisas…

– Tem oportunidades que são únicas na vida da gente. – Mal sabia ele, que teria o melhor sexo da vida.

40 minutos depois, ele respondeu:

– Não vai rolar.

– O convite já tinha expirado. – E tinha mesmo, pois eu já estava quase dormindo.

Dali a dois dias tivemos treino e ambos nos comportamos como se nada tivesse acontecido.

*

Um outro dia ele me mandou um áudio pela manhã, para ajustar o horário do nosso treino e, quando o respondi, também por áudio, desenvolvemos uma conversinha boba, que achei ser um sinal de que ainda poderia rolar algo…

– Tá ressacuda né? – Ele perguntou.

– Ressaca em plena quinta, tá doido? Rs. É a minha voz de quando acordo mesmo. Se fosse ressaca eu nem acordaria 8 da manhã.  Você tem ressaca com duas míseras taças de vinho? – Eu tinha comentado que encontraria uma amiga na noite anterior.

– Não, mas com duas garrafas quem sabe. Mentira, da última vez que tomei uma garrafa só, já fiquei com dor de cabeça.

– Não devia ser vinho bom. Você lembra a uva?

– Um era Cabernet Sauvignon, o outro acho que era Pinot Noir.

– Ué, duas vezes te deu dor de cabeça? Rs.

– Sim. Um era aquele gato negro e o outro casillero del diablo.

– Humm, acho que esses são mais medianos. Tentamos Malbec então. – Deixei um possível convite no ar, mas ele não mordeu a isca.

*

Dois dias depois, num sábado a tarde, fiz minha última tentativa.

– Ainda está sem planos pra hoje a noite? – Perguntei por mensagem, enquanto estava na manicure, após minha amiga cancelar nosso rolê.

Duas horas se passaram sem que eu tivesse uma resposta. Daí, pra quebrar o gelo daquele vácuo vergonhoso, mandei uma figurinha que dizia:

“Isso não precisa me responder não, eu adoro falar sozinha nesse caralho”

16 minutos depois, ele apareceu:

– Hoje, TALVEZ, eu vá na festa da Warung que vai rolar ali na Mooca.

– Podíamos fazer algo hoje, já que o seu rolê não está definido. O que me diz?

– Não vai rolar. Já te falei.

– Achei não fosse rolar aquele dia.

– Infelizmente vai contra minha ética. Sigo firme nisso.

– Já estamos no último mês, logo mais vou passar uma temporada fora e não nos veremos tão cedo. Somos dois adultos. A não ser que você não tenha nenhuma vontade MESMO.

Ahh, um rápido adendo aqui, eu estava com planos de ir trabalhar na Europa, então já tinha deixado ele de sobreaviso, que seria meu último mês com ele.

– Não tenho interesse. Acho você bonita, porém, não tenho essa vontade, mesmo que seja nosso último mês de treino juntos.

– Obrigada pela sinceridade. Não está mais aqui quem falou. – E mandei uma figurinha de um gatinho fechando a porta, bem dramático.

Sim, fiquei chateada com o fora, confesso, mais pela curiosidade de saber como ele era na cama, do que por nutrir qualquer sentimento. A verdade é que eu já estava mega insatisfeita com o seu trabalho, a sua beleza e sex appeal eram as únicas coisas que sustentavam os treinos, se eu iria só passar vontade (e raiva), qual o sentido de continuar?

Seguimos treinando naquele último mês, não tocamos no assunto e agimos como se nada tivesse acontecido. Acabei não indo para a Europa, como eu tinha planejado, mas também não renovei o pacote de treinos. Conversei com meu antigo personal, consegui negociar os horários que eu precisava e, mesmo ficando mais caro, optei por voltar a treinar com ele. Foi a melhor decisão que já tomei.

O meu antigo personal não fica interrompendo nosso treino para ir ao banheiro toda hora, não fica mexendo no celular, quando deveria estar atento a forma como eu estou fazendo o exercício, não me dá motivos para reclamar de coisa alguma, não se aproveita dos meus atrasos e, de quebra, ainda limpa os equipamentos antes e depois do meu uso, além de ser alguém que eu posso conversar sobre qualquer assunto.

Parei de passar vontade, deixando de conviver com alguém que eu jamais poderia ter e também parei de passar raiva. Ele achou que se transássemos, perderia a aluna, mas, perdeu, inclusive, por não ter me comido, rs.

Tesão Platônico Pelo Personal

Querido diário,

Estou com um tesão platônico pelo meu Personal Trainer. Eu sei, que coisa mais clichê! Mas de fato é muito fácil rolar atração pelo seu personal, se ele for um profissional genuíno, com um corpo de dar o exemplo. 😏

Vai fazer um ano que treino com ele. Pedi indicação no grupo do condomínio e um vizinho o indicou. De primeira o achei muito gato. Olhos azuis (tenho um fraco por homens de olhos claros), malhado e todo tatuado. Marcamos um treino teste e quando ele chegou na academia, fiquei até sem graça por não ter me arrumado. O cara era ainda mais tesudo pessoalmente!! 🤩 Quer motivação melhor do que essa para treinar e ficar mais gostosa?! 😁

Dois meses após iniciarmos os treinos, ele levou um pé na bunda da namorada. Ela tinha descoberto uma traição dele no passado. Quando me contou que terminaram, você tinha que ter visto a minha cara, eu não consegui conter um enorme sorriso. 

– Não acredito!! – Falei enquanto sorria, pra disfarçar. 

Fiquei esperançosa de rolar uma pegação entre a gente, agora que ele estava solteiro. 

Comecei a interagir mais nos stories que postava, até que chegamos a uma fatídica conversa. Lembra do Brigadeiro? Quando ele desconfiou que eu ficava com meu Personal? Então, levei essa história para ele e aproveitei o ensejo para descobrir se ele era o tipo que ficava com aluna. 

– Povo acha que os personal são tudo mulherengo. Errado não estão. Porém, ética né kkkk. – Ele disse. 

– Você nunca, nunquinha na sua vida ficou com aluna? Rs.

– Aluna de personal não. Pô, mó treta se “para de ficar”, ou sei lá. Já não fica uma relação profissional né. 

– Sensato. Realmente se der ruim perde a aluna.

Dei tiro no meu próprio pé!! Poderia ter falado: “Ahh, mas depende da cabeça da pessoa, se for dois adultos bem resolvidos pode dar bom.” Mas entreguei os pontos sem nem lutar. Ele apenas curtiu o que eu disse e o assunto morreu aí. 

Seguimos treinando, compartilhando histórias de casos amorosos, me despertando ainda mais a curiosidade sobre como ele deve ser na cama. 

Mas a novidade, é que, recentemente, discutimos na academia. E a discussão me fez ter mais tesão ainda!! 😱

Apesar de achá-lo muito gato e gostoso, não tapo os meus olhos para algumas coisas que desaprovo no trabalho dele. Como o fato de mexer muito no celular durante o nosso treino, chegar atrasado e não me falar do atraso se eu chegar mais atrasada do que ele, e andar lentamente pela academia, quando estamos indo de uma ponta a outra, ao invés de otimizar todos os treinos do mesmo ambiente. Coisas pequenas que às vezes me incomodam. 

Cogitei diversas vezes voltar para o Personal anterior, mas aí lembro do porquê troquei – sua inflexibilidade de agenda para quando eu precisava trocar o horário, por conta de algum Job que surgisse – e fico sem alternativa. 

Daí um dia lá estava eu treinando, de mau humor por conta de alguma outra situação e acabei descarregando no meu Personal, já que treinar também não é lá uma coisa muito prazerosa (ainda não cheguei nesse nível de paixão pelo treino). Eu estava fazendo exercício de pelve e reparei que ele estava contando errado minhas séries. Na terceira vez, não me aguentei e reclamei: 

– Você está contando a menos!

Ele só tem que prestar atenção em mim no treino e ainda por cima conta errado?! Eu sei, chatinha, mas estava de mau humor. Daí, ele simplesmente rebateu:

– Então faz mais na próxima série. 

No próximo exercício, leg press, ele preparou o equipamento e após a minha primeira série, perguntou se estava leve. Respondi que sim. Daí ele foi lá e colocou duas vezes mais o peso. Reclamei que tinha exagerado. 

– Ué, você disse que estava muito leve. 

– Eu não disse que estava MUITO leve, apenas disse que estava leve, então que colocasse só um peso a mais, não tudo isso! 😤

Ele respondeu algo sobre eu estar reclamona demais, que se queria ficar gostosa tinha que sofrer mesmo e ainda me deu uma dura pela forma como falei com ele, dizendo:

– Se for falar atravessado comigo, vou falar atravessado com você também. 

Me surpreendi que, apesar de contrariada, no fundo gostei da postura dele. Acho afrodisíaco homens com personalidade forte, que se impõe e não é um pau mandado. (Mas vale ressaltar que com clientes prefiro que sejam bonzinhos. 😬)

Duas semanas depois, vulgo nesta, tivemos uma discussão ainda mais acalorada. 

Cheguei na academia e o bonitão não estava lá. Detalhe, 15 min atrasada, ou seja, ele estava mais atrasado ainda. De vez em quando ele avisa quando vai se atrasar, mas já reparei que muitas vezes ele fica quietinho, porque sabe que eu também me atraso e se ele chega um pouco antes de mim, finge que nada aconteceu, como se ele tivesse chegado no horário e encerra o treino na risca do tempo. Então nesse dia eu trouxe toda essa minha insatisfação à tona. 

Comecei a fazer os treinos de braço sozinha e quando eu estava no segundo equipamento, o vejo chegando todo tranquilão e ainda parou para conversar com duas pessoas!! Duas!!! Achei muito abuso. Ele não me avisou do atraso e ainda ficou papeando na academia. “Pra quê que eu pago Personal?” Pensei furiosa. 

Percebi que enquanto se direcionava para o vestiário, me procurou com os olhos, mas eu estava numa máquina mais escondida, e não me viu. 

Ficou uma vida no vestiário. Fui para o terceiro equipamento sozinha. No relógio da academia – que por sua vez é alguns minutos adiantado – já estávamos indo para meia hora do meu tempo contratado de treino. 

Daí quando fui estrategicamente para um equipamento que ficava na reta do vestiário, de repente ele surge do meu lado, com o maior ar de quem já estava na academia faz tempo, perguntando desde que horas eu estava ali, pois não tinha me visto. 

– Estou aqui desde 11:15. Você chegou 11:20, não me avisou que se atrasaria e ainda parou pra conversar com duas pessoas?! 

Descarreguei em cima dele. 

– 11:20 são agora. – Disse ele me mostrando o horário no seu celular, que marcava exatamente 11:23.

– Estou considerando o relógio da academia!! 

– Eu não sabia que ia me atrasar, tive dificuldade pra estacionar, parei minha moto longe. 

– Você chega 20 min atrasado e não sabia que ia atrasar?! – Ri de deboche. 

– Não, não sabia. 

– Aham. – E me virei pra continuar treinando. 

– Você chega atrasada todas as vezes. 

– Eu sou a cliente, Beltrano, eu posso chegar atrasada! Se eu chego atrasada quem perde tempo de treino sou eu, menos trabalho pra você.

– Mas eu fico lá plantado esperando, quando poderia ficar mais 10, 15 minutos na minha casa. 

“Plantado esperando, super entretido no celular?! Me poupe, né.” Pensei, mas não falei.

– Eu poderia muito bem considerar aula dada quando você chega 10, 15 minutos atrasada. No contrato que te mandei, falo justamente isso.

– Eu assinei esse contrato?! – Perguntei debochada e ele riu mais debochado ainda.

– Você não assinou, mas concordou. 

– Eu nem li. 🙄

Daí rolou mais alguma discussão com a repetição do assunto, até que ele saiu e me largou treinando sozinha (como eu já estava). Daí um minuto depois voltou, dizendo:

– Então, a partir de amanhã, se você chegar atrasada, vou considerar aula dada. Combinado? Combinado então?

– Combinado nada. 

– Ué, você está aí me recriminando por uma vez que cheguei atrasado, mas você pode chegar sempre atrasada. 

– Não foi só uma vez né.

– Duas que seja.

– Não foram só duas, mas tudo bem, não reclamei quando aconteceu também. 

Daí ele disse mais alguma coisa, até que, a contragosto, encerramos a discussão, e ele saiu, me intimando a acompanhá-lo para iniciarmos o treino. 

Na máquina seguinte o clima ainda estava tenso, olhei para ele e quando o vi parado de frente para mim, do outro lado do equipamento, todo sério, me olhando com aquele olhar de desprezo, você acredita que a minha raiva passou na hora e fiquei excitada? Achei ele ainda mais gato todo bravinho! Na luta de tentar não transparecer o que eu estava pensando e sentindo, me deu vontade de rir, e esbocei um sorriso que estava me controlando ao máximo para segurar. 

– Não estou vendo graça. – Ele disse ainda sério. 

– Eu tô. – Estava rindo da desgraça de ficar excitada num segundo seguinte ao que eu estava com raiva. 

– Se você fala assim com seu namorado e suas amigas, comigo não vai falar assim não. 

Ui, fiquei ainda mais molhada. Dei risada, eu nem namorado tenho pra “falar assim”. 

– Já é a segunda vez que você me falta com respeito. 

– Eu faltei com respeito? – Impressionante como ele queria reverter a situação. Eu não estava no meu direito de reclamar?! 

– A forma como você falou sim.

– Como você queria que eu falasse?  “Ahh poxa vida, Beltrano, você chegou atrasado e ainda parou pra conversar com duas pessoas…” – simulei manhosa. 

– Não precisava falar da forma como você falou. 

Posso ter dado uma surtada, mas era algo que já estava me incomodando faz tempo, descarreguei o que estava entalado. Ele continuou emburrado por mais um tempo, daí para quebrar o gelo, revelei que tinha sido roubada no dia anterior (um dia depois de eu voltar de NY, fui roubada dentro do uber, um cara tomou meu celular pela janela e saiu correndo, enquanto o carro estava parado no farol, sendo que não tem nem dois meses que também fui roubada por um cara de bicicleta, ou seja, duas situações desagradáveis em um curto espaço de tempo. Aliás, tomem muito cuidado em São Paulo, pois está terrível!), então meio que justificou o meu humor ácido nesse dia com ele. Aos poucos, voltamos a conversar normalmente. 

No dia seguinte, cheguei dois minutos adiantada. Porém, no outro dia, quem disse que eu tinha forças para ir treinar? Meus braços estavam moídos!! Cancelei o treino, alegando essa incapacidade física, e olha o que ele teve a audácia de me responder:

– Na quarta peguei pesado no braço mesmo.

No dia da nossa discussão, ele judiou de mim!

– Isso se chama abuso de poder. 

Ele ficou em silêncio, daí 10 minutos depois pressionei o assunto:

– Vc acha isso bonito?

– Foi merecido.

Novamente fiquei excitada, achei muito bad boy.

Decidi arriscar e mandei uma ousadia:

– Pois te achei bem sexy todo bravinho. 😏

Agora o que ele respondeu, vou deixar você na curiosidade até a próxima postagem sobre ele. 😎

Será que ele mordeu a isca? 

Qual o seu palpite? 😎