
Querido diário,
Há alguns meses, mais precisamente em outubro do ano passado, quando eu ainda treinava com meu antigo personal, aconteceu de rolar uma paquera entre mim e um cara novo que surgiu na academia. Completamente diferente do finado Brigadeiro, este era caucasiano, olhos verdes, uma leve barba, traços árabes, um gatinho. Trocamos olhares por apenas um dia. Na segunda vez que nos vimos na academia, ele estava fazendo um cárdio perto da saída e quando passei por ele, já indo embora, acabei soltando um “Oi”, acompanhado de um sorriso.
Ele não deixou passar a oportunidade e perguntou se podíamos conversar. Eu respondi que estava com pressa – e estava mesmo, não imaginei que o meu “Oi” surtiria um efeito tão rápido –, daí ele perguntou se poderia então pegar meu número de telefone, consenti, e nesse breve movimento de pegar seu celular e salvar meu contato, desenvolvemos uma rápida conversa.
Descobri que ele tinha acabado de se mudar de Jacareí – o que justificava nunca tê-lo visto na academia antes –, conversamos mais alguma aleatoriedade sobre ele estar morando recentemente em São Paulo e então me fui.
Você acredita que após essa breve interação, eu já dei uma leve desencantada do boy só pela forma como ele falava? Não sei descrever exatamente o que me incomodou, mas tive a percepção dele ser meio bobão, o que confirmou mais tarde, quando ele me chamou no WhatsApp, em que descobri sua idade ser 25 aninhos. Um homem de 25 com cara de 35? Que propaganda enganosa!
Descobrimos que tínhamos algumas coisas em comum, ele também era formado em jornalismo, com a diferença de que atuava na área, enquanto eu só exerço tal habilidade diante dessas páginas. Obviamente não revelei que sou acompanhante, mas também não menti quando respondi que eu era jornalista e atriz, apenas ainda não ganho dinheiro com isso, rs. Conversamos bastante nesse primeiro dia, até descobri que morávamos muito perto um da casa do outro – perto mesmo, tipo 7 min ANDANDO! –, mas nos próximos dias fui desanimando ainda mais em manter a conversa.
Ele foi bastante persistente, sempre tentando me chamar pra sair, mas quanto mais ele insistia, mais eu me esquivava. Estava tendo uma semana ótima de trabalho e tinha o achado meio bobão, novo demais pra mim, então não era alguém que eu quisesse tanto assim conhecer.
Quatro dias depois de eu recusar o seu convite para sairmos, ele tentou puxar assunto, perguntando se eu não ia mais treinar. Não gostei daquilo, parecia que estava me monitorando.
– Bom dia. Irei amanhã. – Respondi por educação.
– Hummm bom saber. 😊 Como vai sua semana? Muitos trabalhos?
Ignorei completamente.
Ele não desistiu. Dois dias depois, me enviou um minitexto, novamente tentando me chamar para sair.
– Oi, bom dia! Bom, sei que a gente não tem se visto e nem se falado muito, mas ainda tenho vontade de te conhecer. Esse final de semana estarei com visita, então pensei da gente jantar hoje, se você quiser/puder. Se achar uma boa ideia, me avisa que consigo alguma reserva ou vejo as opções. Seria por volta das 20h. Beijo.
Achei fofinho a persistência dele, ele não merecia ficar no vácuo, então o respondi tentando ser o mais gentil possível, ainda que eu não estivesse interessada.
– Oi Fulano. Desde o dia que conversamos na academia ocorreram algumas mudanças na minha vida e no momento estou precisando dar uma focada no trabalho – o que era verdade, a demanda estava muito boa -, daí, quando tô mais tranquila, tô usando esse tempo para descansar – o que era meio verdade, rs –. Mas agradeço demais o convite. Vamos deixar para outra oportunidade.
– Certo, entendo. Bom, então se você quiser retomar o contato, só me dar um alô.
Respeitou o meu espaço, agiu numa boa e não insistiu mais. Gostei bastante.
Daí, caros leitores, três meses se passaram, até que recebi uma mensagem dele no meu número de trabalho. Não desconfiei que fosse ele e só descobri que era por, recentemente, ter adotado uma nova regra de segurança, em que não passo mais as minhas informações de atendimento se a pessoa não tiver foto no WhatsApp. (Com a repercussão do meu TikTok, tenho recebido muitas mensagens de apenas curiosos, pessoas que sequer tem a real intenção ou condição de sair comigo, e que só está me enviando mensagem pra saciar uma curiosidade financeira inútil. Então resolvi dificultar um pouquinho.)
Daí ele atendeu ao meu pedido e salvou meu contato, fazendo com que a sua foto ficasse visível no perfil do WhatsApp. Achei curioso que ele não se preocupou em esconder quem ele era, e adotei a mesma postura, o reconhecendo também.
– Eu te conheço Fulano, rs. – Admiti.
– Sim, eu sei kkkkk isso foi uma grande surpresa pra mim também.
– Não sabia que você saía com acompanhantes.
– Então, não faço isso regularmente, mas quando vi, tinha que te mandar mensagem.
– É uma situação um pouco estranha, rs.
– É, um pouco kkk.
Não falei mais nada. Dois minutos depois, ele deu uma insistida:
– Mas enfim, teria interesse de me atender hoje?
Eu duvidava que ele teria condições de pagar o meu cachê.
– Vou te enviar as informações.
– Ok.
Eu sabia que ele não era nenhum rico, mas também sabia que seria deselegante, para não dizer um papelão, me responder que não tinha condição, após ter vindo me procurar para isso.
– Okay, entendido. Podemos marcar para hoje? 1h de atendimento. – Daí combinamos o encontro, eu iria até o apê dele.
Para me assegurar de que ele não tentaria me dar um golpe, achando que por nos conhecermos não precisaria me pagar, avisei que o protocolo seria que me acertasse logo na minha chegada, que assim já tirávamos isso da frente. Ele concordou e disse que não tinha problema.
Ao contrário do que muitos pensam, não senti nenhum constrangimento pela situação, pelo contrário, achei que seria divertido e gostoso atender alguém que, de certa forma, eu já conhecia e que rolou uma breve atração física na academia.
Quando cheguei no apartamento dele, senti um certo alívio por já ter deixado alinhado que me pagasse antes de começarmos, pois, o prédio e o apê eram bem simples, me deixando a dúvida se ele podia se dar ao luxo de um mimo daqueles. Já lá dentro, tive que lembrá-lo desse combinado e ficamos alguns segundos nos olhando em silêncio, como se ele esperasse que eu desistisse de cobrá-lo, rs.
Fui me servindo de um copo de água, enquanto ele entrava no aplicativo do banco. Resolvida essa questão, depois ele colocou uma música para tocar e então nos beijamos. Até que beijava bem. Foi gostosinho. Me chupou primeiro, chupava gostoso, gostei da sua dedicação. Demorou até que colocasse o pau pra fora e quando o fez, foi bem satisfatório. Usamos preservativo, obviamente, e a transa foi mais longa do que o necessário. Achei que estivesse demorando para me impressionar – homem tem essa ideia, de achar que a mulher valoriza mais se a transa for longa –, mas depois revelou que estava um pouco nervoso, visto que em alguns momentos ficou meia bomba.
Achei um pouco desconfortável ter uma transa com aquela intensidade num ambiente tão quente, ao ponto de em algum momento eu precisar interromper pra beber água e pedir que ele aumentasse a potência do ventilador, assim como colocá-lo mais na direção da cama, o que significava tirá-lo de cima da geladeira e posicioná-lo na pia. Teria sido muito mais agradável se tivéssemos combinado num hotel, nem que fosse o Lido, com ar-condicionado, em um ambiente mais preparado.
Em um encontro de 1h, gastei dois preservativos e nem foi por ter segunda rodada, esse foi um daqueles momentos em que ele ficou meia bomba e precisei reanimar o menino no oral. Ahh, não posso deixar de contar que gozei sim, é claro, logo no início, quando ele me pegou no papai e mamãe, estava curtindo transar com ele e comecei a me masturbar enquanto me penetrava. Pra mim veio rapidamente. Já ele veio bastante tempo depois, comigo de bruços, pareceu até que estava cronometrando para utilizar cada minuto do tempo que foi pago, visto que encerramos a atividade pontualmente, uma característica muito comum em clientes que não tem tantos recursos, que fecham a menor duração e aproveitam até o osso.
Lhe dei uma colher de chá, por ser um conhecido, e passei um pouco do tempo, apenas conversando, não quis ser indelicada de já ir embora correndo. Lhe presenteei com o meu livro – que ele fez questão da dedicatória, me entregando uma caneta – e tiramos uma onda da situação toda. Ele revelou que estava saindo com uma menina há alguns meses, quase namorando, mas que quando me viu no site – disse que só acessava para olhar a mulherada, mas que nunca saía com nenhuma – por ser eu, decidiu que não poderia perder a chance, já que nutria essa vontade de ficar comigo há algum tempo.
– Mas vou ser fiel, gosto bastante dela, só fui porque era você! – Ele enfatizava.
Quando nos despedimos, numa calçada ali perto – ele me acompanhou até uma parte do caminho -, ainda finalizou brincando, pedindo que eu não o fizesse trair a sua “quase namorada” de novo rs. Quase respondi que para isso acontecer dependeria mais dele e da sua disposição em fazer um novo investimento, rs.
Dois dias depois ele me enviou uma gentil mensagem, no meu número pessoal:

Parece que alguém ficou curioso em saber a minha percepção da sua performance… 😏