Desabafo

Desabafo

Sabe, já faz alguns dias que uma coisa está me incomodando. Há algumas semanas, até postei no Snapchat falando sobre isso, pois já é a segunda vez (a primeira vez foi com o poeta), que perco um cliente legal, por misturarem as coisas. Claro que eu acho ótimo quando o cliente se afeiçoa a mim, pois daí ele passa a sair mais e os encontros vão ficando cada vez mais entrosados. No entanto, se o cliente ultrapassa uma linha tênue, daí passa a não ser mais tão legal, pois ele fica me querendo só para ele, e quando não consegue lidar com esse sentimento, resolve se afastar de mim, como se eu tivesse feito algo de errado.

Uma GP nunca pode ser muito boa ou muito ruim, pois dos dois jeitos ela sai perdendo.” Esse será o meu lema daqui para frente.

Tentei reverter a situação, pois não queria perder o contato, e querendo ou não também gostava de sair com ele. – Toda GP deve possuir clientes assim, em que o pagamento é um mero detalhe, pois a química é tão forte e natural que nem parece programa. – Porém, hoje me dei conta de que não adianta tentar reverter situações como essa, pois só estraga ainda mais.

Tínhamos marcado um novo encontro para essa segunda que passou, cujo encontro tive que desmarcar devido a um compromisso pessoal muito importante. Remarcamos então para essa quarta (hoje!).

Como de praxe, lhe enviei uma mensagem terça a noite, perguntando se estava tudo ok para o nosso encontro. Verifiquei sua última visualização e era de dois minutos antes da minha mensagem, achei que fosse me responder rápido, mas não, sua resposta veio boas horas depois: “Sim!”.

Esse cliente, apesar de muito querido, tem um sério problema, chamado: mudança repentina de ideia, pois diversas vezes já marcou comigo num momento de euforia pessoal, e depois, quando estava próximo de acontecer, desmarcava. Então, apesar dele já ter confirmado, 2:30 antes do horário agendado, senti necessidade de confirmar mais uma vez, já que não tínhamos nos falado desde então, e também por ter achado o seu “Sim!” seco.

Confesso a você que me surpreendi com o que veio a seguir:

Jamais imaginaria receber uma grosseira vinda dele, ainda mais ele, que dizia: “gostar de mim de verdade”.

Me respondeu prontamente??! Isso só pode ser piada! Rs. Já conseguem imaginar o que veio depois né? Novamente (como eu mais temia) desmarcou sem mais nem menos, por motivos que até agora desconheço. Eu penso que talvez ele já estava irritado com alguma coisa, e acabou descontando em mim, pois não vejo razão para uma pessoa vir com sete pedras na mão, apenas por eu querer confirmar algo.

Por mais que eu tivesse sido repetitiva, foi como tentei explicar à ele (e pouco se importou), levo cano das pessoas direto – tem ocasiões que nem posto no blog pra não dar o gostinho pra pessoa de aparecer aqui – então pergunto bastante, ainda mais se é uma pessoa que tem o histórico de marcar e desmarcar.

Ele, que dizia ter um “carinho” por mim, acabou sendo tão cafajeste quanto os outros homens, se igualando à aqueles que marcam e desaparecem. Vejam a mensagem que enviei para ele depois, que sequer teve a consideração de visualizar:

Sabe, isso tudo é muito desgastante. Infelizmente estou passando por uns probleminhas em casa, e atender os clientes tem sido minha válvula de escape, pois além de ser algo que me traz prazer, também há o retorno financeiro de que tanto preciso. Mas situações como essa, só me deixam ainda pior. Por causa desse ocorrido, tive que ficar três horas chocando num banco de faculdade, esperando dar o horário da minha aula, tudo porque um “certo alguém” não teve o mínimo comprometimento. Era preciso tudo isso? Se um cliente conhecido me faz passar por situações assim, o que posso esperar desses estranhos que marcam comigo?

Por favor, não sejam esse cara.