Você Quer Brincar?

Alugamos um quarto de hotel. Uma diária cara, apenas para passarmos uma data comemorativa fora de casa. Quando chegamos no local, me surpreendi que fosse um hotel que no passado já fui para me encontrar com algum cliente. Deu uma nostalgia de leve pelos velhos tempos e tive a ideia de usar isso a meu favor. Propus que brincássemos de acompanhante e cliente. Depois de nos acomodarmos como hóspedes, pedirmos uma refeição e conhecermos a suíte, me ausentei por breves minutos, fazendo hora no corredor, enquanto dava-lhe o tempo para adentrar no espírito da coisa. A regra que impus era para que não saíssemos do personagem. Bati na porta como se fosse realmente um encontro pago com um desconhecido.

 

Sara Müller sou eu, mas também uma personagem. Uma doce mulher que não tem problemas, que está sempre feliz e disposta a agradar. Sim. A Sara é também um pouco de mim, mas em determinados aspectos ela é melhor, por estar sempre contente e com muita vontade de dar. ?

 

Não achei que fosse conseguir encarnar esse meu eu com alguém que eu já conhecesse em outro contexto, mas deu super certo! Toda tímida e sorridente, adentrei não suíte fingindo não conhecê-lo. Coloquei minha bolsa na mesa e logo nos beijamos, após um rápido cumprimento. Era como se eu realmente estivesse atendendo de novo, mas com o plus de ser com alguém que eu sabia que seria muito gostoso. ?

 

Depois de um longo tempo nos beijando, com ambos ainda de pé, ele me ofereceu algo para beber, me deixando escolher entre vinho e espumante. Optei pelo espumante. ? Comecei a puxar assunto como se realmente não o conhecesse, perguntando de onde ele era, por conta do sotaque que eu, particularmente, já nem percebo mais, rs, e engatamos uma conversa introdutória. 

 

Perguntei se ele já teve outras experiências com acompanhantes, o que geralmente eu perguntava nos encontros mesmo. É sempre interessante saber se você é a primeira vez do cliente ou se é um consumidor frequente do serviço. ? Ele disse que já fazia muito tempo que não saía com ninguém e seguimos brindando nossas taças. Elogiei seu bom gosto para música e então voltamos a nos beijar. 

 

Depois ele delicadamente retirou a taça da minha mão e perguntou se eu gostaria de ir para o quarto. Respondi que sim, mas não conseguimos ir de imediato, pois ele me virou de costas para beijar minha nuca e eu imediatamente comecei a esfregar, de leve, a minha bunda no seu pau, ainda por cima da roupa. 

 

Ai que delícia. ?  Eu só conseguia pensar que precisávamos praticar aquilo mais vezes! ? Quando enfim fomos para a cama, as coisas ficaram ainda mais quentes. ? Ele me deitou e já foi se posicionando na beirada da cama para me chupar. Ahhh como é bom quando a iniciativa do sexo oral parte primeiro deles. Ainda que às vezes possa ser um trabalho, e que a preocupação de agradar o outro deva ser da prestadora do serviço, quando eles o fazem primeiro parece que rompe a barreira do dinheiro, como se fosse uma situação real e casual, em que a mulher é mais paparicada para o homem conseguir o que ele quer, aos pouquinhos. (Não que ela não quisesse também, mas vocês me entenderam! ?)

 

Daí ele me chupou por algum tempo e quando parou já comecei a me movimentar para chupá-lo também. Ele ficou de pé e começou a descer sua cueca e bermuda, ao que eu me ajoelhava na sua frente, na mesma altura em que o seu pau entraria na minha boca. ? Comecei a chupá-lo mentalizando que aquele não era um pau conhecido e sim uma completa novidade. Funcionou. O ambiente contribuiu muito para que me sentisse dentro de outra situação, embarquei completamente na brincadeira.

 

Pensei em chupar até que ele pedisse para transar, deixar que ele conduzisse conforme suas vontades, como eu costumava fazer para agradar os clientes. Mas decidi fazer melhor. A vantagem de ser uma brincadeira, é poder agir diferente quando lhe convém, então não esperei que ele pedisse e sem sentir qualquer insegurança de que ele pudesse pensar que eu estava acelerando o processo, fiquei de pé na sua frente, acomodando seu pau entre as minhas pernas. Comecei a roçar. ?

 

Roçando o seu pau todo babadinho na minha entrada, sem sentir a menor preocupação de estar fazendo aquilo. Eu sabia que era alguém conhecido, mas ao mesmo tempo mentalizava que não era e conseguia sentir as duas coisas mais antagônicas ao mesmo tempo: a segurança e o perigo. Logo ele me deitou, vindo por cima de mim e agi como se a presença de um preservativo fosse algo importante. “Espera, calma, o que você está fazendo? Precisamos de uma camisinha”. Ele seguiu ignorando, como se soubesse que no fundo eu também estava pouco me importando com aquilo. 

 

Todo mundo que já transou sem camisinha com alguém que não estava comprometido, sabe muito bem como é deliciosa essa sensação. Por mais receio que tenhamos de pegar uma DST, o tesão, poucas vezes, consegue se sobressair a esses pensamentos. A loucura se apresenta tão apetitosa e tentadora, que você não consegue considerar que possa existir uma consequência ruim, vivendo algo tão incrível e prazeroso daquela magnitude. Você então o faz e o durante é tão forte e intenso quanto o grande ápice do final. 

 

Olhei para ele me comendo no frango assado, na beirada da cama, no pelo, e mentalizei que aquela de fato fosse a primeira transa que estávamos tendo. Primeira transa. Sem proteção. No primeiro encontro. Foi um tesão tremendo imaginando isso! ???

Estava tão gostoso que nem tive pressa de pegar o vibrador e após um tempo curtindo a pura sensação da penetração, comecei a masturbar o meu clitóris com os meus próprios dedos. Quando decidi usar o vibrador, ele quis trocar de posição, para comigo de quatro. ? Nesse exato segundo de troca de posições, em que seu pau precisou fazer uma rápida pausa ao sair de mim, o interfone do quarto tocou. Parecia até que tinha sido planejado. 

A refeição que tínhamos pedido chegou muito antes do previsto! Nesse momento percebi que ele quase saiu do personagem, ao dizer “O pedido chegou”, mas rapidamente o fiz voltar, quando o questionei se ele tinha pedido alguma coisa, como se eu não soubesse de nada, rs. ? Ele fechou a porta do quarto para que eu ficasse mais à vontade e quando retornou senti que tínhamos deixado escapar um pouco do clima. Então voltei a chupá-lo, como no início, e recomeçamos todo o processo. Me comeu novamente no frango assado, até que avançamos para de quatro outra vez. Que delícia de transa! ? Voltei a mentalizar que era a nossa primeira e percebi que ele fez o mesmo, pois metia com uma força e gemidos que não me lembrava de já ter visto! 

Gozamos quase ao mesmo tempo, mas fui poucos segundos antes. Totalmente extasiados, deitamos, trocamos algumas carícias, até que decidimos nos alimentar, com o pedido que havia chegado. Achei que manteríamos a brincadeira, mas, ao nos direcionarmos para a cozinha, ele soltou: “Posso ter a ***** de volta?” Ele reconheceu que entrar na personagem deixou meu comportamento diferente. Mais tímida, menos íntima, e me alegrou saber que o meu verdadeiro eu era ainda mais encantador aos seus olhos, apesar dos meus rompantes e momentos, de uma pessoa normal, rs. A partir disso voltamos a ser o casal que somos, aquele que se conhece há mais tempo, que conversa sem receio e que ainda trocam confidências.

Resolvi vir aqui compartilhar essa situação, como uma dica para os casais que estiverem lendo. Mesmo que a sua(eu) parceira(o) nunca tenha sido uma acompanhante, arrisquem brincar disso também! Aposto que será uma experiência muito louca e diferente para vocês. É muito verdade quando dizem que as brincadeiras sexuais apimentam a relação e de fato isso acontece. Vocês saem do comum, da mesmice e vê como o outro reage numa situação completamente diferente. É instigante. Atraente. Inovador. Deixo o campo dos comentários para que compartilhem alguma experiência diferente que já fizeram também, que tenha agregado na relação do casal. Vamos trocar figurinhas! ?

video
play-rounded-fill