Desaventuras Amorosas em Série – Pte 7

Querido diário,

Voltei para o Bumble.

Minha relação com esse aplicativo é de amor e ódio, rs. Na verdade, mais ódio do que amor, rs. O ciclo geralmente é: me reconecto engajada, daí basta uma experiência ruim, que desanimo novamente, rs. E nesse momento me encontro no ciclo engajada!

O Garotão Passageiro

O cara da vez é uma incógnita pra mim. Não achei ele muito bonito nas fotos, mas gostei das coisas que estavam escritas e pensei: “por que não dar uma chance para os não tão bonitos, mas engraçados? Quem sabe me surpreendo!” Sua idade marcava 25 anos, não curto novinho e dificilmente daria moral, mas como nas fotos ele aparentava ser dez anos mais velho, decidi arriscar.

O papo fluiu rapidamente, logo estávamos trocando áudios, super conectados nos assuntos. (Infelizmente não consigo trazer os diálogos detalhadamente, pois, o final foi tão estranho, que, no impulso, já desfiz o match e perdi o histórico.)

Em meio a uma conversa que estávamos tendo, ele teve a iniciativa do nosso primeiro encontro ser num evento imersivo de terror, chamado “Edifício Rolim”, que acontece nesse mesmo prédio, localizado na Praça da Sé. É um evento novo, dos mesmos donos de outro evento de terror, chamado “Abadom”, que rolava em Santo Amaro.

Como eu já estava querendo ir conhecer, adorei quando ele propôs a ideia, já que a minha amiga que planejava ir comigo, nunca está casando as agendas. Ele comprou os ingressos e ficamos sem nos falar de quinta até domingo, quando ele me enviou uma mensagem durante a tarde, confirmando nosso encontro para a noite daquele mesmo dia.

Precisei atender um cliente antes e com isso acabei me atrasando para o nosso date. Combinei com ele 19:30 (meia hora antes do evento), mas acabei chegando quase oito horas. (Não deixei que me buscasse em casa, por questões de segurança.) Como cheguei em cima da hora, nossa interação inicial foi mais objetiva, nos cumprimentamos e já fomos subindo as escadas.

No entanto, é claro, que não pude deixar de reparar na sua aparência. Muito mais bonito que nas fotos, corpo robusto e malhado, um verdadeiro armário: alto e grande. Gostei bastante!

O Thales, esse boy que conheci no aplicativo, já tinha me avisado que era muito medroso e que gritava fino. E realmente ele não estava mentindo. Fomos num grupo de seis pessoas, sendo três casais, e ele era o que mais se assustava, o que acabou dando um tempero pra experiência, com seus demasiados gritos femininos kkkkkk. Nem as outras mulheres se assustavam tanto quanto ele, rs. Confesso que numa hora deu até um tesãozinho, quando nossos corpos se prensaram em determinado cenário.

O evento em si não me surpreendeu, mas isso porque sou atriz, já trabalhei em outros eventos com essa mesma temática e não me assusto fácil. Além de notar muitas similaridades com a forma de conduzir o público e propiciar os sustos. Muita bateção de porta, muita escada, muita correria. Eu só ficava sorrindo, por prestigiar a atuação dos meus colegas, (inclusive até reconheci um, mesmo caracterizado de monstro), mas susto mesmo, não levei nenhum.

Saindo de lá, sugeri irmos no barzinho ORFEU, que ficava perto e dava pra ir a pé. Conversamos bastante, assuntos leves, nada muito profundo e de fato ele era muito engraçado, sempre desenrolando uma piadinha. Tomei um Bloody Mary e ele uma cerveja, ainda pedi tiras de fraldinha como petisco e, no final, ele fez questão de pagar a conta.

Viemos andando até a minha casa. Quando chegamos na frente do meu prédio, não o convidei para que subisse, ele perguntou se podia me dar um beijo e quando nos beijamos, rapidamente senti o seu volume no meio das pernas. Parecia bem grande. Deu um tesãozinho, mas nada que me fizesse transar com ele naquela noite. Depois que entrei no meu apartamento, choveu de mensagens suas, querendo sair comigo novamente. Combinamos para o final de semana seguinte e a programação exata não foi definida.

*

– A senhorita quer algo mais romântico, intimista ou algo mais encontro casual? – Ele perguntou, enfim, na véspera do segundo encontro.

– Todas as opções me apetecem. – Respondi. – Você tá em qual vibe?

– Eu tô na vibe de te ver. Ajuda? Hahah.

– Ou seja: “Decide você, qualquer coisa pra mim tá bom”. Kkkkk.

– Não é isso hahah, é que eu queria fazer alguma vontade sua. Não tem nenhum lugar que vc queira ir?

– A minha vontade é te ver também. – Devolvi a peteca.

– Olha só que astuta. Nesse caso, quer tomar vinho? Podemos ir ver algum filme, depois pararmos pra tomar vinho.

– Um cineminha? Gostei.

– Tenho o meu favorito de estimação (ele gosta de ir no Cine Belas Artes, ali na rua da Consolação). Mas se eu escolher o cinema, você escolhe o filme.

Ele mandou o link para que eu escolhesse, isso foi por volta das 18h e só apareci com a resposta no dia seguinte, dez da manhã:

– Bom dia!! Desculpa a demora, minha amiga chegou aqui em casa ontem e não consegui ver com calma as opções. – Mentira, eu tinha ido atender.

Não estava sendo captada por nenhum filme, até que, de repente, vi: ANORA, ganhador do Oscar, que eu tava louca pra assistir.

*

Ele veio me buscar num carrão. – Quero dizer, eu achava que era carrão, até ouvir do meu personal que Spin não é carrão e sim carro grande, utilizado para transportar coisas. – Deixou o carro no estacionamento que fica ao lado do Hotel Renaissance e caminhamos alguns quarteirões até o teatro, o que não achei muito conveniente, rs.

Chegando lá, pude perceber uma forte tensão sexual vinda dele, quando estávamos parados na fila da compra do ingresso e depois na fila da pipoca. Como se o tempo inteiro ele quisesse me seduzir a ir embora dali, querendo beijar em público, num ambiente extremamente iluminado e cheio de pessoas em volta. Por vezes tive que contê-lo. Após sentados na poltrona, não sei como iniciamos um assunto sobre sexo, com ele falando da sua primeira vez e que o recorde que já aguentou foi oito numa noite. De repente o filme foi começando e ele queria continuar falando. Aquilo me constrangeu um pouco, detesto incomodar os outros.

– Fala mais baixo, – Solicitei, cochichando, para que ele entrasse na minha.

– O filme já vai começar. – Cochichei de novo, em outro momento, para que ele desligasse o radinho.

Ele queria ficar beijando no cinema. O que não vejo nenhum problema, se a sessão estiver mais vazia. No entanto, havia pessoas ao meu lado e do dele, e ninguém merecia ficar ouvindo os estalos dos nossos beijos, então, a certa altura, o interrompi, que toda hora vinha fazer uma nova tentativa, beijando o meu ombro, no intuito de que eu virasse o meu rosto para ele. Em outro momento acabei cedendo e nessa hora ele quase me levou pra sua casa.

– Agora entendi porque você deixou que eu escolhesse o filme, já que a sua intenção nem era assistir mesmo. Né? Rs. – Cochichei.

Ele concordou.

– Então nem precisava ter vindo né, já devia ter combinado outro lugar. – Continuei.

E nesse momento ele falou que se eu quisesse podíamos ir embora, naquele momento, para a sua casa. – Ele morava com a vó, mas, segundo ele, ela estava internada no hospital.

– Em Osasco?! – Desanimei um pouco com a distância e a fama do lugar.

Ainda assim, achei que seria uma adrenalina conhecer a casa dele e transar naquela noite. Por um segundo passou um filminho na minha cabeça, me visualizando levantando da poltrona, passando pelas pessoas e depois no carro com ele. Foi por muito pouco que não aceitei, pois também estava com bastante tesão. Mas aí olhei pro filme que estava passando na tela e também era algo que eu queria muito assistir, não quis fazer uma escolha no impulso, então recuperei um pouco da sanidade e propus:

– Vamos fazer assim, terminamos a pipoca e vamos assistindo mais um pouquinho do filme.

Se o filme fosse chato, eu concordaria em ir embora depois.

Mas o filme foi ficando interessante. E dali a pouco, quando ele vinha tentar me beijar, eu não tirava mais os olhos da tela. Só voltei a dar atenção pra ele, quando comecei a ficar apertada e incomodada com a demora para que o filme acabasse (durou quase 3h).

MINHAS PERCEPÇÕES DO FILME ANORA

Tem Spoiler

Não vi nada de extraordinário que merecesse o Oscar mais do que “Ainda Estou Aqui”, mas sim, gostei, e achei interessante que abordaram a prostituição num contexto que eu nunca tinha visto igual em outro filme. A garota que se deixa iludir por um riquinho mimado, de 21 anos, (se iludindo tipo, casando com ele), pra depois ter todo um rebuliço dos pais dele, extremamente milionários e influentes, contratando capangas para que fizessem o garoto anular o casamento, pois era um escândalo, ele ter casado com uma prostituta.

Daí o moleque foge e ela fica refém dos capangas, mas assim, nada violento, essa cena, inclusive, foi uma das mais engraçadas. Analisei até que a razão pela qual a atriz também tenha ganhado o Oscar, possa ser pela sua capacidade de dar vários gritos, como aqueles frenéticos de histeria. Daí o filme se demora muito na busca pelo rapaz (talvez tenha sido proposital, para justamente nos causar essa mesma sensação de desgaste), para depois o bonitão ser encontrado na mesma boate que ela trabalhava, numa dança particular com justo uma garota que ela tinha muitos desafetos. O mais incrível disso tudo, pelo menos pra mim, é que, apesar de todas as evidências apontarem para uma coisa óbvia, assim como na vida, precisamos nos humilhar mais até entender a grande sacanagem da outra pessoa com a gente. O filme inteiro ela buscando um apoio dele, em meio a aquilo tudo e o tempo inteiro ele em cima do muro, sem manifestar de que lado estava de fato. Somente nas últimas cenas ela consegue extrair isso dele, numa cena decisiva em que eles estão prestes a entrar no jatinho particular para viajar até Las Vegas e anular o casamento.

Enfim, eu até que tava gostando do filme, ia sair com uma conclusão de Talvez Amei do que apenas GOSTEI, até que a cena final foi além da minha capacidade de entendimento, não entendi aquela mensagem final que quiseram passar e isso me fez não sair plenamente satisfeita com o filme. (Preciso assistir mais vezes para que venham mais reflexões).

Daí, voltando ao encontro, quando saímos do cinema, trocamos poucas impressões sobre o filme, porque, afinal, eu ainda não estava com uma opinião formada.

– Você quer fazer o que agora? – Ele perguntou manhoso, jogando a peteca pra mim.

O que eu queria fazer? Sinceramente? Ir pra minha casa dormir. Foram três horas exaustivas de filme, tava começando a me dar uma leve dor de cabeça pelo tempo que fiquei sem comer algo realmente nutritivo (aquela pipoca carregada de óleo e sódio não conta), já era 23:30h, consideravelmente tarde, e eu tinha cliente no dia seguinte, 11h (o que significava eu ter que acordar 9h).

– Pra casa. Tá tarde. – Falei, desanimando os planos dele.

– Você vai fazer alguma coisa amanhã? – Ele perguntou se eu ia fazer alguma coisa no dia seguinte, que era feriado.

Fiquei muda, sem responder. Eu tinha um cliente de 2h para às 11 da manhã, mas como poderia falar que ia ter que trabalhar no feriado?

Na caminhada de volta até o estacionamento, eu tremia de frio. Estava vestida consideravelmente agasalhada, saia com meia calça fio 80, bota, e uma blusa de malha, de manga comprida, cacharréu. Ele disse:

– Quer que eu tire minha camisa? Coloca suas mãos pra esquentar debaixo da minha camisa. (Em contato direto com a pele dele.)

E eu fiz, andando meio que abraçada nele. Mas não resolveu, continuei com muito frio. Daí no carro eu percebi seu jeito sutilmente mais hostil, acendendo até mesmo um cigarro, com o carro em movimento.

– Meu cabelo vai ficar fedendo a cigarro. – Reclamei de um jeito mais fofinha.

Não lembro as palavras que ele usou, mas disse que estava se empenhando para que a fumaça não viesse muito pra dentro do carro e aí eu abri todo o meu vidro também. Percebi que ele devia estar frustrado por eu determinar que não transaríamos. Daí voltei nesse assunto e falei sobre marcarmos algo no dia seguinte a noite (que era feriado de 1 de maio), ou na sexta a noite, que eu não precisaria acordar cedo no dia seguinte. Ele super animou e até apagou o cigarro.

Quando estávamos descendo a minha rua, tivemos um diálogo peculiar. Ele fez mais uma das suas belas cantadas da noite, tão perfeita e clichê, daí eu respondi:

– Sei. Só vou acreditar em tudo isso se você não sumir depois de transar kkkkk. – Ele achava que eu era ingênua?

– Por que, você está acostumada com as pessoas fazendo isso com você? – Ele perguntou.

– Eu não diria acostumada, pois isso seria se eu tivesse confortável com a situação. Mas sim, acontece bastante. – Revelei.

– Por quê?

– Porque eu só encontro caras que não querem nada com nada.

Pausa na história para uma revelação!

Sabemos que eu tô sempre falando que não quero me relacionar e sim ter muitos contatinhos, certo? Pois bem, descobri que esse meu discurso tem uma grande contradição com o que realmente reverbera dentro de mim. Eu sempre acabo me apegando aos contatinhos que me despertam algum tipo de admiração e que o sexo é incrivelmente compatível. Aí você pensaria: “Ahh mas isso se chama carência, Sara”, e não necessariamente, pois o que mais tenho a minha volta são homens com dinheiro, querendo me paparicar e me conquistar, e não me envolvo por eles. O apego vem por aqueles caras que me interesso na minha vida pessoal, sem qualquer envolvimento financeiro e que eu escolhi. Não consigo ter mais de um contatinho, porque basta rolar um legal, que já canalizo naquele pobre coitado todas as minhas energias. Então os caras somem e eu, que sei o quanto sou maravilhosa e gostosa, fico na merda tentando entender o porquê deles não terem se apaixonado por mim. Daí entro numa crise existencial de falta de autoestima, me questionando se realmente sou tudo isso, afinal, eu sou uma mulher da vida, né? (Pois, é, nessas horas eu dou uma balançada).

Por que a Sara é mais amada?

O que eu estou usando em uma que não uso na outra?

E o que poderia ser usado por ambas?

Enfim…

Daí corta para o diálogo de volta:

– E você perguntou por que não querem namorar? – Ele perguntou.

– Todos traumatizados.

De fato, tenho dois casos muito parecidos, são caras que decidiram nunca mais se apaixonar (e eu achava que a gente não tinha controle sobre essas coisas), pois tinham traumas com relações ruins do passado, até mesmo se espelhando no relacionamento fracassado dos próprios pais dentro de casa. Eu sempre acho que o cara vai mudar essa visão se acontecer uma mágica, mas essa mágica nunca acontece comigo. Acabo atraindo muito esse perfil de caras não disponíveis emocionalmente, porque, afinal, o universo só está me ouvindo gritar aos quatro ventos que não quero relacionamento, então só me manda caras que não estão disponíveis pra se relacionar.

Pois bem, no dia que eu chorei durante a minha terapia, trazendo pra fora a minha real vontade de querer viver um amor, a partir dali o universo entendeu e agora sim está trabalhando a meu favor.

Ele não disse nada após a minha conclusão acima e logo chegamos no meu prédio. Du a volta para estacionar com calma do outro lado da rua e então demos aquele beijo de despedida. Que beijo. Fiquei com MUITO tesão.

– Você não quer ir lá pra casa? – Ele tentou novamente.

– Mas eu tenho compromisso amanhã 11h. – Respondi pesarosa, pois eu queria mesmo poder fazer as duas coisas.

– Eu te trago bem cedo.

– Mas já é meia noite, vai ficar muito tarde, daqui dez minutos vou cair de sono. Quero te encontrar de novo, com mais tempo. Numa próxima podemos nos encontrar umas 18h, vamos pra sua casa, pedimos um Ifood e vemos Netflix. – Sugeri.

Ele adorou a ideia.

– Podemos amanhã a noite ou sexta a noite. – Tentei já deixar combinado.

Ele demonstrou muito entusiasmo com as duas opções, se mostrou bastante compreensivo com a minha decisão de não encerrar a noite na casa dele, desceu do carro para abrir e porta pra mim, e ali fez sua última tentativa, me beijando tão colado, que novamente senti o seu volume no meio das pernas.

– Você não quer dormir de conchinha comigo? – Ele apelou e fiquei com ainda mais tesão por dentro.

Me imaginei tendo que cancelar com o cliente no dia seguinte, mas era um cliente potencial que eu estava meio que fidelizando, não queria dar essa mancada, então, com muito autocontrole, decidi seguir a razão e não ir pra casa dele.

– Dá um beijo nos seus gatos por mim? – Ele disse, e senti que queria que eu o chamasse pra dentro da minha casa, já que eu não estava com disposição de ir até a dele. Uma tentativa que achei um tanto apelativa e falsa, visto que nunca falei dos meus gatos com ele.

*

– Em casa senhorita. Obrigado por hoje novamente. – Ele mandou mais tarde.

– Que bom que chegou em segurança. Obrigada também.

– E vc chegou bem?- Cheguei sim.

Na manhã seguinte, acordei morrendo de tesão, todo aquele tesão reprimido que não descarreguei durante a noite. Mandei mensagem pro cliente reconfirmando o encontro, e, para o meu desgosto, ele disse que tinha amanhecido resfriado (até gravei um vídeo contando essa história lá no meu Tiktok), fiquei muito puta naquele momento (literalmente), porque além de ter ficado sem sexo, também ficaria sem dinheiro. Eu quase tinha ido transar na noite passada com um boy que eu estava com muita vontade, não fui, pois, se eu fosse provavelmente cancelaria com o cliente e agora o infeliz que cancelava!! VTC.

Após a confirmação e a decepção de que eu não me encontraria com o cliente, tentei resgatar alguma coisa com o Thales:

– Dormiu bem?

– Bom dia senhorita. Como estamos? Dormi sim, acabei de acordar. E vc? Como foi sua manhã?

– Produtiva. – Frustradíssima.

– O que fez de bom?

– Tive reunião, te falei ontem. – Corta pro horário dessa mensagem: 11:11

– O que você acha de encontrarmos pra almoçar e esticar a tarde juntos? – Propus doida pra dar, com o tesão todo acumulado da noite passada.

– Eu vou almoçar no hospital com a minha avó hoje, então não consigo.

Na hora que essa mensagem bateu nos meus olhos, eu o não vi indo cuidar da avó e sim me rejeitando.

– Como ela está? Nenhuma melhora? – Ele disse, na noite anterior, que ela estava internada, com câncer. – Será que eu fui insensível? Afinal, não se melhora de um câncer da noite para o dia.

Vocês acreditam que ele nunca mais falou comigo depois disso?

A noite eu fiz uma nova tentativa de contato:

– Oie, tudo bem por aí? Aconteceu alguma coisa? Cê sumiu, fiquei preocupada.

Comecei a achar que a vó dele tinha morrido. Ele nunca demorava tanto pra me responder no whatsapp, aquele sumiço estava fora do normal. Fui investigar no Instagram, ele tinha postado dois stories depois da minha mensagem perguntando da vó dele mais cedo, o que demonstrava ele não ter me respondido de propósito e não porque estivesse longe do celular. Interagi nesses stories, mas o boy evaporou. Sequer visualizou as minhas interações.  

No dia seguinte, comecei a cair em mim que ele tinha me dado um ghosting e fui buscar respostas no tarot. Contatei uma taróloga maravilhosa que me responde 7 perguntas por R$ 42 com áudios riquíssimos de detalhes e interpretações completas.

A primeira pergunta que eu fiz era se a vó dele tinha morrido.

Não tinha.

– Aqui nas primeiras cartas não aparece óbito, não aparece energia de desencargo. Ela pode até estar doente, mas ainda não mostra aqui no baralho que ela tenha morrido. Até porque quando tem desencargo são cartas bem específicas que aparecem.

Na sequência perguntei se ele tinha sumido por conta da vó.

Não tinha.

– Não, não é por conta da vó dele, tá tendo alguma outra situação que tá pedindo pra ele maturidade, postura, tempo inteiro, que faz com que ele cuide demais disso e dê menos atenção a vocês. E não é necessariamente por conta da vó, pode ser que a história da vó esteja envolvida, mas não é só isso. Tem outras coisas. Talvez seja algo relacionado ao trabalho, pois está mostrando cartas aqui que ele tá precisando de mais maturidade, dedicação e empenho, fazendo com que ele coloque mais energia nisso. – Fala se ela não dá uma interpretação muito completa?

A terceira pergunta foi se ele tinha sumido por ter perdido o interesse em mim:

– Não é isso. Tem aqui uma conexão que ele ainda sente em relação a você, mas muito mais ele fazendo coisas da vida dele, coisas que pedem a atenção e energia, do que não estar mais interessado em você.

Gente mas que rebuliço é esse que aconteceu na vida dele, do dia para a noite, se a vó dele não morreu?!

Na quarta pergunta eu quis saber se ele era comprometido.

– A carta da árvore diz que sim. Ele tem algum tipo de compromisso com outra pessoa. Ou ele fica com outra pessoa, ou tem uma relação, mas consta sim um vínculo.

Na quinta pergunta eu quis desvendar algo que parecia meio óbvio, se ele queria só sexo.

Incrivelmente disse que não.

– Não, ele até tava se envolvendo, tava gostando do contato e da vivência que tava tendo contigo. Não era só sexo, claro que o sexo falava mais alto, mas tinha também um envolvimento a mais, talvez pelo seu jeito, pela sua energia.

Depois perguntei se ele ia me procurar e quanto tempo demoraria.

– A resposta é sim, só que isso pode demorar um pouco. Ele ainda não tem clareza desse tempo.

De acordo com essas respostas, quis investigar mais e paguei por mais perguntas avulsas:

– Ele mora com a pessoa que é comprometido?

– A resposta é sim. Ele tem algum tipo de convivência séria, mais intensa com essa pessoa. Talvez alguém que ele fique e dorme na casa, alguém que ele já tem uma certa intimidade.

– A vó dele está mesmo internada?

– Aqui mostra que essa pessoa tem sim algum tipo de problema de saúde, mas não confirma uma internação. Ou ela passou pela internação e agora tá em casa, mas ainda assim com algum problema de saúde. Aqui fala mais sobre o problema de saúde do que a internação em hospital. Ela deve fazer uso de medicamentos e ter um acompanhamento médico mais intenso.

– Se eu tivesse transado com ele, teria sumido do mesmo jeito?

– A resposta é sim, mas não é sobre você. O fato dele ter sumido não é porque não gostou de você, mas é que a vida dele tem outras responsabilidades, outras demandas, outra situação, que desconectou vocês nesse caminho. Mas você transar ou não com ele, não ia mudar em nada isso.

Pode até ser, mas se eu tivesse transado e gostado, com certeza teria me sentido pior com esse sumiço.

O tarot me ajudou a superar aquela história.

MAS ESTOU ACEITANDO TEORIAS DO OCORRIDO NOS COMENTÁRIOS!!

Depois deixei de seguir, removi e desfiz o match. Fiquei com um leve ranço, não por ele ter desistido, afinal, entendo perfeitamente que as pessoas têm livre arbítrio. Mas ele poderia ter sido mais honesto e transparente no que ele estava buscando e não vir com aquele papo fajuto de que não gostava de relações líquidas.

Toda essa situação reverberou uma energia tão estranha, que até o cliente que tinha cancelado em cima da hora comigo, me bloqueou, quando orientei que o correto seria me acertar o combinado do mesmo jeito. Uma pessoa que se mostrava exageradamente encantado por mim e que já tinha dado essa mancada de cancelar com pouca antecedência anteriormente.

Não entendi nada do que aconteceu com esse menino, muito menos com o cliente, mas como tenho aprendido na terapia, estou praticando o “deixar fuir” e apenas aceitar como as coisas vem, sem me estressar, nem reter qualquer energia. Não era pra ser, com nenhum dos dois.

Palpites?

P.S.: Quem se interessou pelos talentos da taróloga, o insta dela é @saritah.tarott

Essa música tocou no momento em que ele me buscou em casa. Achei muito gostosinha:

Perdendo a Fé nos Homens

Querido diário,

Acho que nunca contei nessas páginas sobre o meu último relacionamento. O tal que morei junto e que parei de atender por conta dele. Sempre fui muito discreta em relação a ele, pela forma como nos conhecemos: era cliente. Mas ao contrário do Habib e Fenomenal, já relatados aqui, que me deixei envolver e eram casados, com este o curso da história foi totalmente ao contrário.

Na primeira vez que saímos, ele também era comprometido, casamento nas últimas, até me mostrou a foto da esposa e me surpreendi que ela fosse tão mais bonita do que ele. Sobre o nosso encontro, sinceramente falando, não gostei muito. Não me atraiu em nada e a parte sexual também não teve nada de surpreendente.

Meses se passaram e ele voltou a me procurar. Desta vez, recém separado, reconstruindo sua vida. Neste encontro lhe fiz uma deliciosa massagem tântrica – lembro dele dizendo que tinha sido muito intenso –, e ao final do encontro lhe indiquei um filme que o ajudaria muito nesse processo de “voltar pra pista”, chamado “Amor a Toda Prova”, pelo nome parece um filme mela cueca, mas, pelo contrário, tem uma trama muito interessante e condizente com esse momento de vida, do homem mais velho que termina um casamento de anos e precisa reencontrar a sua masculinidade.

Mais alguns meses se passaram, até que ele voltou a me procurar. Agora o atendimento foi direto no seu apê de homem solteiro. Eu fiquei bastante surpresa quando ele abriu a porta, estava repaginado! Tinha deixado a barba crescer, fez uma tatoo grande no braço e tinha emagrecido! Uma outra versão muito melhorada. 👏🏻

– Adorei a dica do filme, me ajudou bastante. – Ele reconheceu, agradecido.

Se tornou meu cliente fixo, saindo comigo toda semana, inicialmente encontros de 4h que passaram a ser pernoite. Com o passar do tempo, atender ele não parecia mais trabalho, ele me tratava como uma legítima namorada, cozinhava pra mim – e mandava muito bem, poderia abrir um restaurante que seria sucesso –, assistíamos filme juntinhos no sofá, me levava pra jantar fora, enfim, dates que fugiam do estereótipo sexual de programa.

Na última vez que saímos pagando, lembro dele ter contratado um pernoite de sexta para sábado e no dia seguinte eu não queria ir embora. Tive que decidir naquele momento se ultrapassava essa linha ou não, e acabei decidindo por sim.

– Você sabe que essa é a última vez que você sai comigo pagando, né? – Admiti pra ele.

– Ainda bem, já estava ficando sem dinheiro. – Ele brincou, rs.

Logo mais veio a pandemia, o que intensificou ainda mais o nosso envolvimento. Em um mês saindo, sem que houvesse mais a parte financeira envolvida, oficializamos o namoro.

– Você está namorando com essa *******? Todo fim de semana só fica com ela! – Um amigo dele o questionou, e ele estava me contando.

– E o que você respondeu? – Perguntei.

– Que sim.

– Você me pediu em namoro, por acaso?

– Precisa pedir?

– Mas é claro!

Daí ele se ajoelhou e me pediu em namoro, fazendo toda uma cena. Foi muito fofinho. Confesso que levei algum tempo para desvincular a sua imagem a de um cliente. Muitas vezes tinha receio de compartilhar alguma coisa dos encontros, pensando nele como um cliente também, como se eu estivesse sendo antiética, não o vendo como alguém que eu poderia compartilhar qualquer coisa. Foi uma delícia quando a minha chavinha virou e já não o via mais como alguém que um dia precisou pagar para sair comigo.

No começo ele lidava bem com o meu trabalho, mas conforme foi ganhando mais importância na relação, começamos a ter sérios desentendimentos, por ele não se sentir confortável de eu continuar atendendo, com receio de que da mesma forma que me envolvi por ele, também me apaixonasse por outro. Quando completamos um ano de namoro, decidimos morar juntos, como uma forma de reduzir os meus gastos. Foi nesse período que criei minha conta no OnlyFans, com o intuito de migrar a minha fonte de renda.

E lá fomos nós, entramos de cabeça nessa vida a dois. Coloquei meu apartamento pra alugar, ele também saiu do que ele estava e nos mudamos para um maior. Me senti muito feliz durante esse período, estava completamente apaixonada, já imaginando o dia que nos casaríamos oficialmente e teríamos filhos.

Ele tinha uma vida social bastante ativa, todo final de semana íamos para eventos diferentes com a sua turma, sempre viajávamos com dois casais de amigos, festas, churrascos, esse povo rico sabe viver a vida. O curioso é que nunca consegui me conectar completamente com as namoradas/esposas dos amigos dele. Isso me incomodava muito por dentro, como se eu não me encaixasse naquele meio. Não que elas me tratassem mal, muito pelo contrário, mas nunca rolou uma amizade profunda, organicamente.

Tentei fazer dar certo a minha carreira de atriz, trabalhando em alguns eventos, mas nada que me trouxesse a renda que eu tinha antes, é claro, o que, com o passar do tempo, começou a me gerar incomodo. Uma vez, o chamei pra conversar e falei sobre eu voltar a atender, apenas para estruturar a minha saúde financeira, já que parei de atender abruptamente por conta do nosso relacionamento – ele bancava a casa, nossos passeios e viagens, mas as minhas despesas mensais ficavam por minha conta –, e ele não foi nada flexível, dizendo que se eu voltasse a atender, terminaríamos. Egoísta. Pensando apenas na sua insegurança masculina, mesmo as minhas contas não fechando, todo mês no vermelho, desde que começamos a morar juntos.

Com o passar do tempo, o meu sentimento por ele foi diminuindo, uma vez que eu precisei me diminuir para estar com ele. Eu não tinha mais autonomia financeira, não podia mais fazer as coisas que eu gostaria, como aulas de canto e dança para me desenvolver nas artes, eu nem andava mais de uber e também tive que reduzir o amparo que fornecia a minha mãe. Me vi num grande retrocesso de vida. Tinha saído de casa, aos 25, pra ter a minha independência, pra agora estar presa num pseudo casamento, sem nenhum puto no bolso.

Por outro lado, eu não tinha o que me queixar dele. Era um lord comigo, cozinhava pra mim, me tratava como uma rainha. Pagou até coach profissional para que eu descobrisse outras áreas que eu pudesse me desenvolver profissionalmente. Mas num destes tantos testes que precisei fazer com ela, descobri que estabilidade financeira é um valor muito importante pra mim, e talvez por isso que eu estivesse cada vez mais tão incomodada de continuar naquele relacionamento.

A chavinha não virou do dia para a noite. Aos poucos fui ficando sem paciência, sem vontade de transar e calhou dele passar um mês fora viajando a trabalho. Eu ainda mantinha as minhas redes sociais da Sara e, um dia, enquanto ele viajava, decidi responder uma mensagem no Twitter, em que a pessoa me perguntava se eu atendia casal. Num primeiro momento respondi que não mais e indiquei a Manu Trindade. Mas depois voltei na conversa e especulei para quando gostariam. Eu não confirmei que os atenderia, no entanto, cogitei essa possibilidade.

Para o meu azar – ou não –, o meu Twitter estava logado no celular dele. Ficou furioso e desconfiado de que eu já estivesse atendendo escondido, já que ele estava o mês inteiro fora. Eu não estava, mas também não fiquei me desculpando por nada, não era novidade que eu estava sem dinheiro e chegou um certo ponto em que comecei a pesar na balança o que era mais importante, um relacionamento ou minha independência financeira. Diante das circunstâncias, continuar com ele já não tinha mais o mesmo brilho e vê-lo me acusando de estar atendendo pelas suas costas, me causou mais revolta ainda, pois, odeio ser acusada de algo que não fiz. Por outro lado, suas acusações me fizeram me imaginar naquele cenário – o de estar atendendo novamente – e gostei de me ver nesse lugar, tendo a minha antiga vida de volta.

Nesse momento o jogo inverteu. Vendo que eu terminaria com ele para voltar aos atendimentos, ficou mais flexível, querendo ceder a um pedido meu do passado, quando propus que eu voltasse a atender até me estruturar financeiramente. Mas agora era tarde demais, eu não queria ter que ficar mais dando satisfação para ninguém e voltar a ter a minha total liberdade para fazer o que eu bem entendesse. Lembro como se fosse ontem a nossa conversa que culminou no término, foi a mais difícil que conduzi em toda a minha vida.

Ele chegou de viagem e me buscou no meu trabalho de atriz. Ali eu vi que não sentia mais nada por ele, pois fazia dias que não nos víamos e eu sequer estava com saudade. Ele tentou me beijar no carro, mas me esquivei da sua investida e falei que em casa conversaríamos, eu que não ia lhe provocar emoções enquanto dirigia. Quando chegamos, na maior calma, falei que ia tomar banho e enquanto eu estava no chuveiro, estruturei toda a conversa na minha mente. Eu sabia o que eu queria, mas não sabia como colocar pra fora de forma condizente, mas, conforme aquela água caía sobre a minha pele, veio tudo naturalmente.

Nos sentamos na sala e então comecei.

– Eu não estou mais feliz nesse relacionamento.

Pausa.

– Sinto um carinho e gratidão enorme por você, mas, os sentimentos que mantém uma relação viva, eu já não sinto mais. – Continuei.

Mais pausa.

– Quero voltar a atender e ter a minha independência financeira de volta.

– Não tem nada que eu possa fazer?

– Não.

– E se alinhássemos sobre você voltar a atender, ainda estando juntos?

– Quero ter minha liberdade pra atender tranquilamente.

Em resumo, foi uma conversa bastante difícil, ambos choramos. É difícil romper um ciclo, ainda mais um ciclo bom como tinha sido aquele. Ele foi tão evoluído que, dias depois, ainda me ajudou a empacotar as minhas coisas, mesmo que a minha partida doesse nele. Choramos muito no dia da minha mudança. Eu estava triste por estar indo embora, mas não triste o bastante pra continuar ali.

Ao todo nosso relacionamento durou pouco mais de dois anos e estamos separados há dois anos e quatro meses. Mantivemos contato, afinal, não tinha acontecido nada de grave para que terminássemos, traição ou coisa do tipo, apenas momentos de vida diferentes. Vez ou outra trocamos mensagens, nada que tivesse segundas intenções de nenhum dos lados.

O fato novo é que, recentemente, retomei o contato com uma grande amiga, – uma que estávamos há meses sem nos falar, mas que sempre fomos muito próximas, inclusive na época que eu ainda estava com ele – e descobri que esse homem que eu nutria um certo respeito e admiração por toda a nossa história, estava dando em cima dela! (Talvez pensou que por estarmos afastadas, tudo bem cortejá-la, ignorando o fato de sempre ter sido uma pessoa muito próxima a mim e que poderíamos retomar a amizade a qualquer momento). Não é uma amiga qualquer, mas justo uma que frequentava a nossa casa, que sempre estava presente nos eventos que organizávamos para reunir a galera.

Quando ela me contou, não pensei muito na perplexidade que aquela informação representava e reagi numa boa.

– Amiga, se você quiser tudo bem, dou o maior apoio, não sinto mais nada por ele. – Até me diverti com a possibilidade.

Mas conforme ela avançava no relato e me mostrava as mensagens trocadas, se mostrando perplexa e nem um pouco interessada, que foi caindo a minha ficha do grande papelão que ele havia cometido, ao ponto ainda dele argumentar com ela, que a minha amiga não estava embarcando no flerte dele por medo de mim, ignorando o fato dela não estar interessada e também de haver um respeito e código de ética entre amigas, quando se refere a ex-namorados (que dirá ex maridos). Entendo que não estávamos mais juntos, mas ainda assim achei feio, pra não dizer péssimo.

A imagem que eu tinha dele ruiu completamente. Eu o via como um cara super legal, correto, decente, até mesmo por ainda mantermos contato de forma respeitosa, interagindo vez ou outra sobre algum assunto, mas saber que ele deu em cima da minha melhor amiga (ainda que estivéssemos brigadas) me fez criar um certo desprezo e ranço, ainda que, de verdade, eu não tenha mais o menor interesse nele há muito tempo. Será que estou sendo antiquada?

Você que é homem, acha normal e plausível dar em cima de alguém muito próximo da sua ex? E vocês mulheres? Como receberiam algo desse tipo, mesmo que não sentisse mais nada pelo cara? Não ficariam com a sensação de que sempre houve esse interesse por parte dele, mesmo quando ainda estava com você? Estou sendo careta? Qual a visão de vocês sobre o assunto?

Premissas Básicas de Um Relacionamento

À la Abby Richter de “A Verdade Nua e Crua” que possui uma rigorosa lista de requisitos do seu homem ideal: ?

 

  • Transar gostoso
  • Não ter silêncio chato
  • Admiração contínua
  • Não ter preconceito com beck
  • Não ter preconceito com prostituição
  • Não ter preconceito com gays
  • Não ter preconceito com negros
  • Beijar bem
  • Não ultrapassar dez anos de diferença
  • Ser bonito por dentro
  • Ser atraente por fora
  • Se dar bem com os meus amigos
  • Não ter ciúmes da minha profissão
  • Ter pau médio
  • Que seja engraçado
  • Que seja bem de vida
  • Que não me constranja em nenhum momento
  • Ser uma boa companhia em todos os momentos
  • Que me respeite independente de qualquer coisa

Arquivo pessoal 21/10/2018 às 20:35

 

E você? Também tem aquela lista de requisitos necessários do parceiro(a) ideal? ?