Cliente 63 – “O Mecânico”

Quando estava subindo as escadas do hotel e parei em frente ao elevador, uma mulher que provavelmente também deveria ser garota de programa se juntou a mim, trocamos sorrisos e coincidentemente fomos para o mesmo andar. Quando a porta do elevador se abriu e saímos, logo sentimos um cheiro horroroso de maconha! Aff. Ela estava indo na minha frente e virou para comentar sobre o cheiro, falamos juntas “nossa que cheiro de maconha” eu estava com fone de ouvido então a compreendi apenas por leitura labial, mas quando fui me aproximando da porta e tirei o fone, ela terminou de comentar sobre o cheiro, dizendo: “nem sabia que podia fumar maconha aqui” gente do céu! Que voz grossa era aquela?! Só então percebi que “ela” era um traveco!! Hahaha. Nossa como eles enganam bem!!! Ela/ele continuou andando pelo corredor até que sumiu de vista na curva, fiquei tão atônita que até bati na porta errada!! Hahaha. Bati três vezes e comecei a estranhar a demora dele em abrir, pois ouvia-se um movimento dentro do quarto, só me toquei que era o quarto errado quando uma mulher lá dentro disse “Oi??” e depois o cara também “Oi?!” Nossa que vergonha!! Ainda bem que ninguém abriu a porta!! Hahahaha, falei que tinha errado o quarto, pedi desculpas e fui olhar de novo no celular o número do quarto, era 178 e eu fui no 175, aff sem comentários!!

Enfim, quarto 175! Assim que ele abriu a porta nos cumprimentamos apenas verbalmente e fui até a mesa colocar minha bolsa, percebi ele olhando minha roupa e parecia que seu olhar era de reprovação, imediatamente me desculpei por não estar vestida com uma roupa sensual, mas achei que o dia fosse ser frio quando saí de casa de manhã (estava de calça, botinha e blusa de frio), ele disse que não tinha problema, mas percebi que só estava sendo educado. Talvez por ter ouvido a frase “quando saí de casa de manhã” ele achou que eu precisava imediatamente de um banho e perguntou se eu queria tomar um, me senti como se achasse que eu estivesse fedida, a princípio respondi que não precisava (queria mostrar pra ele que já estava cheirosa mesmo assim), mas percebi que ele não gostou muito, então falei que se ele se sentisse mais a vontade eu tomaria, ele disse “você que sabe” tudo dele era “você que sabe”, falei que ia então, pra ver se ele melhorava aquela cara séria. Ele era novo, disse ter 22 anos, mas achei que tinha cara de ser mais velho, não era japonês.

Enquanto me despia para o banho tratei de puxar assunto para quebrar aquele gelo e perguntei se ele tinha vindo de casa, ele disse que não, que foi do trabalho, fiz igual ele e perguntei se não gostaria de tomar banho também, ele hesitou mas disse que sim (tá vendo como é bom?! Rsrs). Tomei banho primeiro, depois ele e depois fui esperá-lo na cama. O quarto, não pude deixar de reparar que era muito bonito, o mais bonito que já fiquei daquele hotel, as paredes eram revestidas com papel de parede e o chuveiro era enorme, um quadrado de inox. Ele também teve o bom gosto de preparar o ambiente, o som estava ligado e sintonizado na Alfa FM e a TV ligada no canal Fox, devia ser um playboyzinho, tinha o cabelo um pouco grande e liso e não parava de passar a mão nele, também era alto e magro, assim como eu, e seu pau era grandinho.

Quando saiu do banho e veio para a cama, achei que tudo fosse melhorar a partir daquele momento, mas ainda assim estava o maior climão, ele não se deitou, ficou ajoelhado no meio da cama e eu que tive que me ajoelhar também para que nos beijássemos. Não gostei do beijo e ele mal me tocava, aos poucos conforme fui passando a mão nele, foi passando a mão em mim também, mas aquela coisa bem sem vontade. Depois de um tempo o beijando resolvi chupá-lo pra ver se melhoraria, mas novamente deu na mesma, ele não gemia, nem dizia nada, fazia umas caras de quem estava gostando, mas ainda assim fiquei com minhas dúvidas. Não o chupei muito e voltei a beijá-lo. Estava tudo muito seco e mecânico, sabe? Ele não parecia ter me curtido desde o momento em que entrei no quarto.

Logo perguntei se queria transar, ele respondeu que sim e me levantei para ir pegar a camisinha, acabei tropeçando na ponta da cama, tudo conspirando contra. Voltei e ele disse que como o chupei, agora era a vez dele, até me surpreendi com aquilo, pois até pra falar de me chupar ele estava sendo seco, ou seria educado demais? Ele pediu que eu ficasse na beirada da cama e se ajoelhou no chão, brinquei para não deixar que o pau amolecesse e ele respondeu que ali era difícil. O sexo oral dele era normal, talvez por toda a situação eu que já não estava tão empolgada, até que após um tempo sendo chupada foi ficando mais gostoso, mas ainda assim não gozei. Quando ele se levantou o chupei mais um pouco (já que seu pau deu uma leve amolecida) e o empacotamos, perguntei como gostaria de começar, ele foi genérico e respondeu de novo com aquele “você que sabe” falei que pra mim tanto fazia, então ele disse para começarmos comigo por cima. Nem transando seu jeito mudava!! Ele não gemia e mal metia, ficava parado enquanto eu me movimentava, as vezes conduzia meu corpo com a mão, mas bem devagar. Depois de um tempo, mecanicamente perguntou: “quer trocar de posição?” respondi com um “pode ser” e ele veio por cima, confesso a você que achei que seria melhor, a cada troca de posição minha esperança se renovava, mas ele continuava metendo lentamente e sem demonstrar nenhum entusiasmo, levantei a cabeça e começamos a nos beijar, mas não estava bom seu beijo, estava me babando toda, então assim que pude parei de beijá-lo e optei por beijar seu peitoral acima de mim. Depois de um tempo naquela posição, perguntei se estava se segurando para não gozar (afinal eu não estava entendendo porquê ele metia tão devagar) ele respondeu que não e explicou que demorava para gozar. Depois de novo ele perguntou se eu gostaria de trocar de posição e fiquei de quatro. Nessa hora comecei a me masturbar e a falar algumas putarias como “mete com vontade” no intuito que ele se soltasse também, mas continuava sempre igual, ao menos consegui gozar nessa hora. Depois trocamos de posição de novo e fui por cima.

Quando eu estava por cima pela segunda vez, ele perguntou se eu gostaria de tentar uma posição diferente, nessa hora tivemos um pequeno atrito no diálogo, pois eu respondi que não conhecia nenhuma diferente e perguntei se ele conhecia, ele me respondeu com o “você que sabe”, oi? Eu que sei o quê?! Rs, aí depois ele percebeu o erro e disse que não conhecia. Depois perguntou se a maioria dos meus clientes costumavam gozar rápido, respondi que sim e ele então disse: “quer dizer que sou exceção?” Reparei mais uma falha na sua fala, pois o antônimo de maioria não seria exceção rs, o respondi que não exatamente, que ele seria a minoria.

Depois trocamos de novo a posição, com ele vindo por cima e aproveitamos para trocar também a camisinha, ele tinha trazido uma mais chique (aquelas que vem num potinho, feito de outro material mais fino) e sugeriu que a usassemos. A troca da camisinha foi um ponto positivo, pois realmente deu uma diferença na sensibilidade. Várias vezes percebi que ele queria me beijar enquanto metia, pois beijava meu rosto só esperando eu virar, mas não virei, já não estava tão agradável aquele sexo mecânico, beijo babado não queria também não. Lembrando que a cada troca de posição ele me perguntava antes se eu queria trocar, não era algo que acontecia naturalmente. Quando ele se cansou de ir por cima, não falei para irmos de quatro e voltei a ir por cima dele, eu já estava ficando entediada, não tinha muito o que fazer e ele não gozava nunca. Perguntei como ele costumava gozar, se era com a menina por cima ou por baixo, ele respondeu que era de quatro e perguntou novamente se eu gostaria de trocar de posição. Fiquei de quatro de novo, demorou, mas ele gozou assim. Aleluia!!

A está altura faltava meia hora para o tempo acabar (tínhamos fechado 2:00). Tirei a camisinha pra ele, joguei fora e voltei a me deitar ao seu lado, ficamos conversando e foi muito mais agradável conversar do que o sexo em si. Quando faltava uns vinte minutos para o tempo acabar, perguntei se estava com fome e falei da refeição gratuita que o hotel fornecia como cortesia, ele se interessou mas não quis nem olhar o cardápio, disse para eu pedir para ele o mesmo que fosse pedir para mim. Enquanto a comida não chegava tomamos banho, nos vestimos e ficamos conversando.

Na recepção ocorreu uma outra situação bem chata. Geralmente quando o cara não está de carro, eu pergunto se ele também vai para o metrô, pois não me importo de irmos juntos, então perguntei se ele gostaria que o esperasse e ele respondeu com aquele irritante “você que sabe” bem desinteressado, acabei o esperando pois fiquei sem graça de não esperar, uma vez que demonstrei que gostaria de companhia. Entretanto enquanto ele pagava, ficava olhando para frente bem sério, como se sua mente dissesse “aff vai embora logo menina”, eu devia mesmo ter ido naquele momento, pois quando chegamos na estação tive a certeza de que ele não queria que eu estivesse junto. Eu inocentemente perguntei qual sentido do metrô ele iria pegar, ele desconversou dizendo que não sabia direito, que se confundia de metrô. Até então achei que fosse verdade, porquê ele disse durante as nossas conversas no quarto o bairro em que morava, então não tinha pra quê tanto mistério, mas quando estávamos quase na catraca ele disse que iria carregar o bilhete para o dia seguinte e então na hora me toquei que ele queria se livrar logo de mim. Me apressei em dar tchau e nem olhei pra trás.

Eu acho que teria sido muito mais bacana e menos chato se ele tivesse dito “pode ir indo” quando ainda estávamos na recepção do hotel, muito mais digno, não acham?! Já saí com vários clientes que preferiam que eu saísse antes, ou o contrário, não vejo problema nenhum contanto que haja sinceridade. Prefiro isso do que futuros constrangimentos.