Nova York

Quem diria que eu ficaria triste por deixar aquele hotel horrível em Miami? Rs. Na verdade, só não fiquei mais triste, pois estava de partida para Nova York!! Ahhh, Nova York… que lugar maravilhoso. Se eu pudesse moraria lá. ❤️

No aeroporto de Miami tive um pequeno percalço. Seria preciso pagar pela minha bagagem despachada (viajaria com a Delta) e a máquina do auto atendimento só aceitava cartão de crédito (eu já havia estourado o meu ?).

Pedi ajuda para uma atendente que estava lá para auxiliar os passageiros e ela foi extremamente grosseira, sem me oferecer nenhuma solução. Disse que eu só poderia comprar com cartão de crédito e ponto final.

Até com outra passageira que estava na fila do despacho de bagagem, ela deu uma super patada. Eu e essa passageira nos entreolhamos com aquele olhar de: “Alguém amanheceu com a pá virada hoje”. Fiquei apavorada com a possibilidade de não conseguir levar a minha bagagem.

Resolvi então passar com o funcionário de check-in direto no balcão e tentar, talvez, passar no meu cartão de débito, já que a grossiane disse que no dinheiro não teria como. Por sorte, o rapaz que me atendeu foi um poço de boa vontade e me levou até uma outra máquina, onde seria possível adquirir um cartão de crédito pré-pago. Eu inseri as notas de dinheiro e a máquina depositou aquela quantia no tal cartão.

Na fila do raio X, me senti dentro daqueles filmes americanos, com todos a minha volta falando em inglês e principalmente com as funcionárias do aeroporto gritando continuamente: “Jackets off, shoes off”.

O raio X deles é bem mais intimidador que o do Brasil rs. Você entra numa cabine (precisa colocar seu pé exatamente onde marca o desenho do chão) e tem que levantar os braços para cima, como se estivesse sendo enquadrado pela polícia. \0/

Quando saí da cabine, já fui querendo pegar a minha bolsa (similar como fazemos aqui no Brasil), mas a mulher berrou comigo dizendo que eu tinha que continuar seguindo na direção dela para que ela fizesse uma nova verificação com um aparelho, passando-o em volta de mim. Pedi desculpas acuada. Pra que tanta braveza, gente? Olha bem pra minha cara de terrorista rs. ??‍♀️

Ainda abriram a minha bolsa sem pedir licença e fuçaram nela sem o menor pudor (aqui no Brasil, ao menos pedem licença, isso quando necessário fazê-lo).

De lá segui para a fila do Subway e comprei um lanche de café da manhã. A devolução do troco foi feita por uma máquina que parece um escorregador em miniatura rs. De repente as moedas caem por lá, ao invés do atendente simplesmente entregar o dinheiro na sua mão rs. Me sentei um pouco distante do meu portão de embarque e lá acabei me distraindo, trocando algumas mensagens com o meu amigo D.

De repente, tive a impressão de escutar o meu nome no auto falante do aeroporto. Imediatamente pensei que pudesse ter dado algum xabu com a minha mala despachada (afinal, havia uma caixa gigantesca com um relógio dentro), mas quando corri para o portão de embarque para verificar o que tinha acontecido, todo mundo já havia embarcado!! Deus me livre perder aquele voo, olha que desatenta!! ?

Seria só um bate e volta em Nova York (meu voo de volta para o Brasil seria naquele mesmo dia, por volta das 22h), mas ainda assim estava feliz porque daria para conhecer alguma coisa!! O voo durou 3h. Tentei cochilar para descansar um pouco, já que tinha dormido só duas horas, mas a empolgação era muita, estava elétrica!

Criei uma playlist intitulada: “New York” e fiquei ouvindo repetidas vezes enquanto estava lá, as músicas: “No Roots” da Alice Merton, “Everbody Hates Me” do The Chainsmorkes e “Medicina” da Anitta. E para cada canção eu sentia uma sensação diferente rs. Na música da Alice me sentia a fodona. ? Do The Chainsmokers me sentia grata ?? e na música da Anitta me sentia alegre rs. ?

Que emoção quando o avião pousou!! Fui seguindo as placas em direção a retirada da bagagem (me sentindo num clipe, com a tal playlist de fundo ?), saindo disparada na frente de todo mundo, não queria deixar de aproveitar um minuto sequer em NYC. ?

Felizmente a sorte estava do meu lado mais uma vez e minha mala veio rapidinho! ? De lá segui imediatamente para o local que a guardaria no aeroporto. Quando cheguei no tal balcão, o ágil atendente me orientou a guardá-la no terminal que sairia o meu voo de volta (eu não sabia que tinha mais de um lugar onde guardava a mala), pois ali ficaria muito fora de mão para mim.

Não me recordo em qual terminal eu estava e para qual eu teria que seguir (talvez no 2 e teria que seguir para o 8? ?) e precisei pegar o metrô. Metrô esse dentro do aeroporto mesmo, sem precisar comprar bilhete. ? Daí novamente fui seguindo as placas e cheguei no balcão das bagagens. ?

Me custou US$ 30 deixar as bagagens lá (guardei a de mão e a despachada) e foi solicitado que eu abrisse a mala maior para que o atendente visse que não tinha uma bomba dentro. Meus sutiãs ousadamente surgiram à vista, me deixando levemente constrangida.

Depois novamente peguei o metrô, sentido Manhattan. Aí sim precisei comprar um bilhete e foi bastante confuso. Confuso demais até para narrar. ?  Já na plataforma do trem, me senti na estação Brás. Lugar feio e estranho, nem parecia que eu estava em Nova York rs. Antes que o trem chegasse onde eu queria, mudei de ideia e decidi pegar um Uber, pois pelo menos de Uber daria para ver a cidade durante o trajeto.

Desci numa estação que não lembro o nome, horrorizada com a feiura do lugar, chamei o carro e lá fui eu admirando a vista que nem era tão incrível assim, mas que para mim era, me sentindo naqueles filmes americanos de periferia kkkk.

O trajeto foi longo (pelo menos 40 minutos) e ainda teve trânsito. Percebi que o motorista queria me dar o golpe pegando caminhos mais longos e brinquei com ele para que não fizesse isso comigo, pois eu já não tinha muito tempo para aproveitar. Ele riu rs.


Enfim cheguei na Times Square!!!!!!! #Emocionada. Eu literalmente não sabia para onde olhar com tanta coisa piscando. Aquilo era uma verdadeira poluição visual. Mas uma poluição bonita, não conseguia não ficar deslumbrada olhando tudo aquilo. “Meu Deus, quanto será que eles gastam de energia aqui??” Até nisso eu pensei rsrs.

Observei que tinha algumas pessoas tirando fotos (assim como eu) e deduzi que também fossem turistas. Daí me aproximei de uma japonesa com cara de pessoa honesta que não sairia correndo com o meu celular e perguntei se ela não se importaria de tirar uma foto minha. Enfim, mais uma foto bacana que não seria selfie. ?

Fiquei bastante tempo andando na Times Square, que é grande e repleta de coisas para olhar. Depois comecei a procurar lugar para comer. Estava morrendo de fome. Entrei numa padaria gigante, no estilo da Bella Paulista e pedi pelo cardápio, mas a moça do balcão foi meio seca, dizendo que eles não tinham cardápio. Nossa… nunca vi um estabelecimento que vende comida não ter cardápio. Tudo bem. Agradeci e saí de lá.

Continuei andando, até que cheguei no Applebee’s e resolvi matar a minha fome lá mesmo.

 

Quando a mocinha me trouxe a conta, achei bonitinho seu pedido de gorjeta no papel rs.

De lá segui para o Central Park, que era o lugar mais próximo para eu ir a pé. Quando cheguei, decidi alugar uma bicicleta, mas depois não achei tão bom negócio, já que havia lugares próprios para quem estava a pé e lá estava eu com uma bike a tiracolo rs.

Meu plano era ficar apenas 1h no parque, para que eu pudesse visitar mais lugares depois, então quando faltava 20 minutos para devolver a bicicleta, foquei no pedalo.

Após alguns minutos pedalando fervorosamente, comecei a estranhar que eu nunca chegava no local de devolução e não era possível que eu tivesse me afastado tanto assim. ?

A funcionária disse que eu teria 15 minutos de tolerância para devolver sem ter que pagar multa (que seria de US$ 10) e nada de eu chegar. Comecei a ficar preocupada, mas me recusei a olhar no mapinha que ela me deu. “Já devo estar chegando”, pensei teimosamente. E não, eu não chegava nunca.

Enfim parei de pedalar e peguei aquele mapa nas mãos. Ainda assim não consegui me localizar. Daí procurei por aquelas placas que mostravam qual a localização daquele ponto no mapa e quando vi quase chorei de desgosto. Eu estava exatamente na outra ponta do parque!!! Inacreditável. ??‍♀️ Parecia até uma piada de mal gosto. De repente o passeio se tornou um pesadelo e eu não queria perder todo o meu escasso tempo ali.

Comecei a ficar cansada de tanto pedalar, mexi nas marchas da bicicleta achando que ia ajudar, mas piorou ainda mais e ela virou um fardo. Eu sempre relutava em pedir ajuda, por conta da minha comunicação dificultosa, mas chegou num ponto que eu tava quase carregando a bicicleta nas costas. Um rapazinho me ajudou, mas nunca mais a bicicleta voltou a ser a mesma desde o momento em que a peguei.

Enquanto eu pedalava, tentava aproveitar a brisa e a paisagem, mas não conseguia afastar pensamentos de preocupação. E se eu não encontrasse a saída do parque a tempo e perdesse meu voo de volta?! Certa altura até parei e respirei um pouco, pois estava me dando vontade de chorar de desespero. Quando consegui me acalmar, novamente pedi ajuda e adivinhem só? Eu havia passado a entrada e já estava recomeçando uma nova volta no parque!!! Aquilo parecia um labirinto.

Quando enfim devolvi a bicicleta e paguei a multa, não me restava mais ânimo para continuar o passeio, nem muito tempo também. Era 17:30 e eu teria que estar no aeroporto às 19h. Todos os lugares que eu queria ter visitado (Quinta Avenida, Empire State, Memorial das Torres Gêmeas), não ficavam a uma distância menor que 30 minutos de carro e não quis arriscar perder mais tempo no trânsito.

Andei até um shopping próximo (não lembro o nome), mas nem fiquei muito tempo lá. Na verdade foi o tempo de eu subir e descer a escada rolante.

Cheguei à conclusão que já que eu não tinha tempo hábil para fazer qualquer coisa, melhor eu ir para o aeroporto logo e ficar tranquila que mais nada daria errado no meu dia.

Tentei chamar o Uber e ficou dando erro no aplicativo. Não entendi nada. Tentei em três cartões diferentes e até mesmo no dinheiro, mas ele insistia em dizer “algo deu errado”. O jeito foi pegar táxi (que ficaria uma fortuna), pois não me arriscaria andar de metrô (ainda mais em Nova York que as linhas são gigantescas) e me perder por lá.

Cheguei no taxista e joguei logo a real. Perguntei quanto ele cobraria para me levar ao aeroporto, pois eu  não tinha muito dinheiro. Já para ele fazer um valor fechado, sem eu correr o risco de ficar acima no taxímetro do que eu tinha em mãos. Ele falou exatamente o mesmo valor que estava dando na simulação do Uber (US$ 63) e lá fomos nós.

Entrei no carro e pude descansar de toda a energia que gastei naquele parque. O carro tinha até uma mini TV e divisória. O taxista era bravo, buzinava e xingava igual um louco no trânsito.

Ao final, chegamos no aeroporto um pouco antes do horário que eu precisava e quando lhe entreguei o dinheiro (duas notas de 50), ele ousadamente perguntou quanto ele deveria cobrar dali. Ué. Não entendi aquela pergunta, se afinal ele disse que a viagem ficaria 63 dólares.

O lembrei do valor que havia me passado, mas então entendi que ele se referia a gorjeta. ? Daí me devolveu US$ 30 e perguntou se poderia ser assim, enfatizando que havíamos chegado antes do tempo que eu havia estipulado. Respondi que ok. Não ia ficar criando caso por causa de 7 dólares de gorjeta, não é mesmo?

Check-in feito, só então me dei conta que meu voo atrasaria 2h. Droga, poderia ter aproveitado mais a cidade. Resolvi então jantar num daqueles restaurantes dentro do aeroporto.

Após deixar o restaurante (não lembro o nome, ruim demais), enquanto voltava para o portão de embarque, aconteceu uma coisa muito louca!

Passou um homem por mim, que parecia demaaaaais com o Evaristo Costa!!! Quando bati os olhos nele, na mesma hora fiz aquela cara de espanto como se eu tivesse visto uma assombração. ? Nem consegui disfarçar rs. Ele era IDÊNTICO o Evaristo! Um pouco mais gordinho admito, mas vai que ele tivesse engordado e eu não sabia?? ?

Imediatamente stalkeei as redes sociais do jornalista e ao que parecia ele estava no Brasil, mas pelo que pesquisei também morava em Nova York, então havia uma grande chance de ser ele.

Retoquei a maquiagem e voltei na direção que ele havia passado por mim, já almejando uma foto juntos. Seria o máximo ter uma foto com um jornalista famoso estando eu me formando em jornalismo também, não é mesmo? ? De repente o avistei saindo de uma loja e me apressei na sua direção (até dei uma corridinha básica para alcançá-lo). ?

Quando enfim o alcancei, o cutuquei e perguntei (em inglês mesmo) se ele era o Evaristo Costa. Ele deu uma leve hesitada, depois um leve sorriso enquanto respondia que não. Não?????? Não era possível!!! Parecido demais!! Eu devia ter pedido para tirar foto com ele mesmo assim (afinal, queria ver alguém dizer que não era o próprio quando eu postasse haha), mas fiquei sem graça e apenas me desculpei.

Gente, fiquei na maior neura que era ele sim e que me enganou por ter me achado louca de ter ido atrás dele, após encará-lo daquele jeito quando passou por mim. Voltei para o meu assento frustradíssima. ?

O voo atrasou mais do que o planejado e consequentemente todos os brasileiros na sala de embarque ficaram “amigos”, coisa que só bastante tempo de espera consegue fazer com as pessoas. Fiz amizade com uma senhora que estava viajando com o filho e de repente eu estava por dentro das suas próximas viagens e de todas que ela já fez.

Já no avião, sentei ao lado de um casal (pelo menos eu fiquei na janela ?) e dormi muuuuito mal. Como eu odeio dormir em avião. Acordei tão inchada que meu pé nem cabia mais no tênis.

Mas enfim… de volta ao Brasil. ?

Sem sombra de dúvida foi a melhor viagem da minha vida (até o momento, pretendo fazer outras e aproveitar ainda mais ?), recomendo a todo vocês que estão lendo a dar um pulinho nos Estados Unidos, país incrível demais!! ?

Peço desculpas pela demora com as postagens, semana passada a TPM tomou conta de mim e fiquei sem ânimo nenhum para atualizar o blog. ?

E para fechar com chave de ouro, deixo vocês com uma fotinho que pedi para um estranho tirar de mim no Central Park (antes do meu desespero por não encontrar a saída rs):

PS.: Por acaso estou aceitando pedidos de casamento de cidadãos americanos residentes nos Estados Unidos.  ? ??

#brincadeirinha ?

(ou não ?)

3 comentários em “Nova York

  1. Ri muito com o relato. Só perrengue, mas em país estrangeiro 😀 Na hora dá muita aflição, depois a gente dá risada. Quando fui pela primeira vez para NY também aprontei das minhas. A primeira vez é pra fazer bobagem; depois a gente fica esperto e curte bem mais a viagem! NY é minha cidade favorita do mundo, visitei 5 vezes, conheço Manhattan razoavelmente bem e adoro pagar de guia. (Sou bem metido à besta mesmo.) Fico à disposição para dar bilhões de dicas para a sua próxima viagem pra lá – que certamente vai acontecer!

    (O shopping da foto é o Time Warner Center, no Columbus Circle. Nos prédios acima do shopping ficam os estúdios nova-iorquinos da CNN. A Quinta Avenida fica a 10 minutos a pé.)

  2. Muito hilário esse relato, é muito perrengue para uma pessoa só. Mas Sara parabéns pela viagem, da para perceber em cada texto o quão legal foi pra vc realizar esse sonho, apesar dos pequenos contratempos ?. NY é a cidade americana que eu mais quero conhecer, esse post só me deixou com mais vontade.
    Ps. Cidadãos americanos vcs estão proibidos de levar a Sarinha embora! Ela é praticamente um tesouro nacional.

  3. Fico aqui imaginando seus lindos olhos brilhando ao mergulhar no central park. E ainda bem que faltou um monte de coisa pra ver e pra te levar!

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