“O da Banda Cover”

Querido diário…

Mais uma vez me arrisquei num atendimento à domicílio com um estranho. Aliás, é impressionante como o tempo e a experiência nos dá coragem. Quando comecei, eu JAMAIS aceitava atender em domicílio logo de cara um cliente novo. Bobeira a minha. Quantos clientes bons e potenciais eu não devo ter perdido? Claro que, alguns cuidados básicos eu ainda mantenho, como por exemplo, pelo menos uma foto no whatsapp (dele mesmo) o cara tem que ter. Pelo menos isso. E eu não me desapontei com este. Na verdade, o achei ainda mais interessante pessoalmente. Itaim Bibi. Encontro de 2h.

Ufa. Foi o primeiro respiro mental que dei, após ele abrir a porta. Era o mesmo da foto, tinha um semblante alegre e pude sentir uma energia super bacana. Ahh, ele também tinha um cachorro vira-lata. Gente que tem bicho e que ainda por cima não gastou dinheiro para tê-lo, dificilmente é do mau. Lhe cumprimentei pelo apartamento que pelo pouco que vi era muito bonito e de bom gosto, e isso acabou dando gancho para outro assunto, pois havia umas caixas amontoadas numa parte da sala, e ele brincou que a existência delas não deixava o apartamento tão bonito assim rs. Logo de cara deu para perceber que ele era simpático e bem humorado, gostei disso. Pelo visto seriam 2h muito leves e agradáveis. ?

Ele pegou uma garrafa no meio de tantas outras, procurando por algo que se aproximasse mais do meu gosto (lhe confidenciei que vinho Moscatel é o meu preferido) e encontrou. Foi até a cozinha abrir a garrafa para nós e fiquei encostada na soleira da porta enquanto o assistia abri-la, ao mesmo tempo que conversávamos sobre alguma coisa. Acredito que foi nesta hora que ele me contou que apesar de ser advogado, também possui uma banda cover, de um grupo internacional de rock, que não posso revelar a vocês (não é dos Beatles, a imagem que escolhi é meramente ilustrativa rs). Quem diria… um advogado e músico. Que mais talentos ele deveria ter?

Fomos para o sofá, já com nossas taças em mãos e o tema “música” continuou como pauta principal. Eu também sou bastante musical, então me senti ainda mais em casa conversando com ele. Em determinado momento, até colocou um som para me mostrar, da banda Depeche Mode, uma música chamada “Enjoy The Silence”, o maior sucesso deles, segundo ele. Papo vai, papo vem, ele ainda me contou uma coisa surpreendente da vida dele, que achei o máximo e que queria ter passado algo parecido com um artista que eu fosse muito fã também. Ele contou que certa vez que estava nos Estados Unidos, mais precisamente em Nova York, assistindo ao show dessa banda que ele faz cover, teve a puta sorte de subir ao pouco e tocar com o vocalista!!!!!!! Olha que história FODA!!

Ele estava segurando um cartaz, produzido artesanalmente por ele mesmo, em que dizia: “Fulano (nome do vocalista) deixa eu tocar uma música com você?”, o vocalista viu e após um tempo perguntou para a plateia, quem era o cara que estava segurando um cartaz pedindo para tocar com ele. Daí ele levantou o cartaz novamente e foi convidado a subir ao palco!!! Fiquei boquiaberta com toda a sua sorte! Olha que demais?! Me coloquei no lugar dele e imaginei a emoção e felicidade que ele deve ter sentido. “Realmente foi muito emocionante, um dos momentos mais inesquecíveis da minha vida”, narrava ele. Tocaram uma música juntos, ele ainda ganhou o violão da banda que lhe emprestaram na hora para ele poder tocar, ganhou vários seguidores nas redes sociais, foi entrevistado pela TV local (afinal era um fã brasileiro que conseguiu a proeza de tocar com uma banda internacional no palco), ou seja, junto com toda aquela emoção ainda veio uns brindes à parte, teve seus minutos de fama. Que puta história. ????

Até contei que também já subi no palco com a Karol Conká, no dia que fui em seu show para, ousadamente, lhe entregar o meu livro (quem leu, sabe que eu faço citações de uma música dela ao final de cada capítulo), mas isso não chega nem aos pés da experiência dele. Eu subi com outras pessoas junto (ela chamou uma galera pra subir todos de uma vez, para dançar a música “Tombei”) e eu sequer fui escolhida por ela, meti o carão e subi sem autorização, com o intuito apenas de ser vista por ela e poder lhe entregar em mãos, o livro em que, singelamente, a homenageio (que no dia nem era livro ainda, apenas uma encadernação kkk). Quando ela me viu subindo sem ser chamada, fiquei com medo dela mandar eu voltar e perguntei sem graça: “Posso subir Karol?” e ela “Você já está aqui, né gata?” kkkkkk. Uma fofa.

Daí você me pergunta: Conseguiu entregar o livro Sara? Não. Ela saiu de fininho no término da música (eu tomei o cuidado para não lhe entregar aquela pasta gigante enquanto ela estava ocupada cantando) e corri para a entrada do camarim depois, mas não me deixaram entrar (mesmo eu tendo dançado com ela no palco, não tive moral nenhuma rs). Entreguei para um produtor dela que estava entrando e soube (contatos são contatos) que ela sequer leu meu livro ainda. Vida de artista é muito requisitada.

Mas enfim… voltando (viajei legal agora), contei para ele da minha experiência com a Karol, até para poder entrar no assunto do meu livro, que eu lhe daria depois, e ele sequer sabia quem era a Karol Conká rs. Ficamos de prosa por pelo menos 1h, até que nos beijamos. Beijo bom. Gostei do beijo. Gosto de beijos profundos e lentos. Pra que pressa na hora de beijar? Vai engolir a pessoa? Seu jeito de beijar era na medida certa. Me sentei por cima dele e assim seguimos despindo nossas roupas aos poucos, antes de interrompermos para continuarmos na cama.

Seu apartamento era mesmo grande, meu sonho um dia ter um apartamento enorme como aquele. Para irmos para o quarto descobri novos caminhos lá dentro rs. Nos deitamos, ele precisou colocar o cachorro para fora, que estava querendo ficar na cama com a gente (parecendo os meus gatos rs) e então partimos para ação mais intensamente. Dotado o rapaz, me deu um certo trabalhinho, mas foi uma transa gostosa. Passamos pelas preliminares sem pressa e então encapamos. Tentei ir por cima, mas como seu membro era grande e um pouco torto, dificultou ainda mais a minha entrada, pedi que ele viesse por cima. Transamos um pouco assim e então pediu que eu ficasse de quatro. Não trocamos mais até ele gozar. Usei meu vibrador clitoriano durante as estocadas e gozei também.

Como conversamos bastante quando cheguei e o desenrolar sexual foi sem pressa nenhuma, não nos restou tempo hábil para uma segunda rodada. Rolou apenas quma conversa no pós-sexo (foi quando lhe entreguei o meu livro), acabamos entrando no assunto de manuscritos (falei até do livro-reportagem que fiz no TCC da faculdade e ele me mostrou o seu de tese do doutorado) e assim ficamos papeando até que precisei me vestir  para ir embora (tomei banho em casa mesmo). Voltei para casa feliz. É muito gostoso quando os encontros desenrolam dessa maneira leve e gostosa. Papo legal, um vinhozinho, beijos, amassos… Não vejo a hora dele repetir.

8 comentários em ““O da Banda Cover”

  1. Fácil de achar no Google, advogado que subiu no palco e tocou em NY com banda famosa (U2)…Esse não precisou imaginar como seria, deu pra ver…Corrige o texto, coitado!

    1. Coitado por que? ? Tudo que escrevo é previamente combinado com os meus clientes (exceto os desagradáveis rs). Não citei algumas informações para deixar que os curiosos descobrissem por si mesmos. Parabéns stalker! ??

  2. Foi tão discreto seu relato, quase sem detalhes sobre SEU cliente, realmente foi meu comentário que o expôs…? Peço desculpas pela indiscrição.

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