“O Erudito”

Querido diário…

Fazia muito tempo que ele tentava sair comigo (desde julho de 2018 para ser mais exata). Contou que demorou tanto pois, estava esperando pela oportunidade certa de passar mais horas comigo, mas, como um ano se passou e nada feito, chegou a conclusão que mesmo que fosse apenas 1h, não perderia mais nenhuma oportunidade. (Por que ele não chegou a essa conclusão antes?! ?)

Combinamos no Lush, suíte 604. Levou um vinho Moscatel para nós (que definitivamente virou o meu preferido, aquele CASA PERINI que citei no relato com o Ardiloso). Mais do que isso, também levou petiscos (dois tipos de queijo, azeitonas e amendoim), ou seja, todo um preparo, e ainda presentes! ?

Após o brinde, nos beijamos mais e rapidamente nos despimos. Beijou os meus seios e seguiu com os carinhos até a minha menina. Me chupou lá embaixo por um tempão, muito tempo mesmo, fiquei até sem graça por estar lhe dando tanto trabalho (via-se que estava focado em me fazer gozar), até que o interrompi e falei que era a minha vez. O chupei até que me pedisse pela camisinha.

Menino encapado, fui por cima e ele gozou consideravelmente rápido, o que encarei como um elogio. ? Daí ficamos conversando até o término do tempo, bebericando e petiscando. Ele é um homem muito culto, então aproveito para anexar aqui um texto incrível que ele me apresentou, do Augusto dos Anjos:

Versos Íntimos

“Elegido como um dos 100 melhores poemas brasileiros do século XX”

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Uma semana depois, ainda fui agraciada com o feedback completo do meu livro: ?