‘A Subordinada’ – Parte 3

Sara não estava em um bom momento no seu relacionamento, quando resolveu ir para a casa do Henrique, durante a noite de um fim de semana. Seu namoro estava por um fio, e ela queria extravasar. Como em um filme de aventura e sexy, colocou para tocar no mp3 do seu celular ‘Problem’ da Natalia Kills cuja letra tinha tudo a ver com o momento, e pegou um ônibus até a estação de metrô. Não sabia o que seria, não tinha certeza se estava agindo certo, mas ela merecia essa adrenalina, e também sentia uma forte atração pelo Henrique, o que a motivou ainda mais. Quando desembarcou na estação, passou em um bar e comprou uma garrafa de Smirnoff Ice, precisava relaxar, estava tensa com o desafio. Iria demorar mais um pouco durante todo o percurso, já que Henrique morava um pouco longe. Quando desembarcou na estação em que ele residia, Henrique já a esperava na catraca.

Ele a elogiou, dizendo que estava linda, e caminharam um pouco até a casa dele. Henrique continuava sendo agradável como sempre. No caminho pararam em uma pizzaria, pois Henrique queria comprar umas cervejas para si, e perguntou se ela estava com fome. Sara mais uma vez com vergonha de lhe dar qualquer gasto, respondeu qualquer coisa. Ele acabou comprando, pensando que depois de suas ‘atividades’ poderiam ficar com fome. Quando chegaram em frente ao portão da casa dele, Sara ficou sem jeito, como se fosse ela que estivesse o levando para conhecer sua própria casa. Ele abriu o cadeado, entraram e se direcionaram as escadas. Havia um carro na garagem que Sara não soube identificar qual seria, e se perguntou se seria dele. Quando ele abriu a porta, realmente aquilo não era o que ela esperava. Ele não residia em dois cômodos como Sara imaginava, a casa era até grande demais para uma pessoa que morava sozinha. A entrada dava numa sala, depois seguia um grande corredor, seguindo pelo corredor você tinha acesso ao quarto, banheiro e no final dele a cozinha com a lavanderia. Ele disse aquela frase de praxe que todos dizem quando levam visita em casa: ‘Não repara na bagunça’ e como se tivesse lido os pensamentos de Sara, perguntou:

– Pensou que fosse só um cômodo com banheiro, né?

Ela riu, mas negou. E sim, realmente pensou exatamente isso! Como ele adivinhara?

Entraram, e nada aconteceu. Ela esperava que começassem a se beijar e que rolaria naquele exato momento, mas Henrique estava tranquilo, sabia como tratar uma mulher e não bancaria o esfomeado. A convidou para comer a pizza que havia comprado, e Sara sem jeito, acabou aceitando, mas comeu empurrando, tamanha era sua vergonha que a visse comendo. Quando terminou, conversaram bastante sobre trabalho, Henrique gostava muito do que fazia e mostrou para a moça, vídeos de inauguração da loja em que ela trabalhava. Sara, por ser funcionária nova estava com todo o gás, ficou muito empolgada com tudo que ele lhe mostrava no computador, e nem parecia que tinha ido até lá para fazerem outra coisa.

Entretanto certa altura da noite, Sara começou a ficar impaciente, afinal, porquê não começavam logo? Que tanto papo de trabalho era aquele?? Ele só bebia cada vez mais, e ela chegou a cogitar que talvez ele não estivesse tão interessado assim e que se estava bebendo tanto era pra tomar coragem. Disposta a agilizar o processo, começou a atiçá-lo, perguntando em que momento iriam ‘ficar juntos’, Henrique procurando se desvencilhar da situação, repetia sempre a mesma coisa ‘Calma Sara…’ ela estava ficando irritada, não acontecer no momento em que chegaram já foi estranho, agora toda aquela enrolação, após horas e horas falando de trabalho, já era demais!! Henrique percebendo a insatisfação da moça, a pegou no colo e a levou para o quarto, a colocou na cama e resolveu provocá-la ainda mais, se demorando a começar. Ela só faltou implorar para ele começar logo. Sara não parecia mais a mesma pessoa do feedback que disse a si mesma que não se interessaria por ele. Com ele ali, diante dela, quase nu, não parecia mais aquele homem feio e sem nenhum atrativo, parecia um homem muito atraente e que lhe causava muita excitação, o beijo dele ainda não era bom como ela gostaria que fosse, mas aprendeu a se deliciar com ele independente de como fosse.

Henrique a chupou nesse momento, mas o que Sara queria era outra coisa, queria senti-lo duro dentro dela, então mesmo que o sexo oral estivesse bom, pediu que ele se apressasse. Quando ele finalmente a penetrou, novamente ela se sentiu no céu! Transar com Henrique lhe causava uma sensação diferente, ela não sabia explicar, era muito prazeroso! A forma como entrava, como saía, como pegava velocidade, Sara, estava em êxtase, como se tivesse usando uma droga proibida. Ele era bom naquilo, a penetrava com força e agilidade, mas algumas vezes reduzia a intensidade, ela sentia tesão por ele ser seu chefe e por estar sendo sua naquele momento. As posições sempre variavam, mas nunca Henrique a comia no papai e mamãe, a preferida dele era com ela de quatro, então revezavam entre essa, ela por cima e frango assado. Como todo homem que tem vontade de fazer sexo anal, ousadamente ele pediu, mas Sara recusou, e respeitosamente ele não forçou a barra.

Quando Henrique ejaculou, um tempo razoavelmente depois, Sara queria mais, ela não tinha chegado ao orgasmo, mas queria que continuasse não por isso, mas sim pela diferente sensação que sentia durante o sexo. Henrique que já estava mais para lá do que para cá com tanta bebida que ingeriu, não aguentou mais uma naquela noite. Deixando Sara mais uma vez desapontada. A moça adormeceu antes dele. Durante a noite, Sara não dormiu muito bem, sonhava que a ex namorada de Henrique, chegava e pegava os dois no flagra.

Na manhã seguinte, Henrique foi muito gentil, preparou o café da manhã para Sara e lhe serviu bisnaguinhas rs. Enquanto Sara comia, Henrique que já havia tomado o seu enquanto ela tomava banho, ficou recostado na porta da cozinha que dava para a área de serviço, fumando seu cigarro. Sara o olhava e o achava mais bonito do que jamais achara. Ele estava vestido com uma roupa comum, de camiseta e bermuda, era um magro muito atraente ela pôde constatar. Após o café, Sara, foi se ajeitar para ir embora, percebeu que Henrique não estava empolgado para mais uma rodada, e resolveu que já era hora de ir. Ainda sentindo um leve desapontamento pela noite anterior, pois apesar de ter sido incrível o ‘durante’, ela queria ter feito mais vezes, e Henrique deixou a desejar. Sara nunca gostou, nem se envolveu com homens que bebiam, e pôde perceber que devido a bebida, sua performance não tinha sido tão duradoura como esperava. Deram mais alguns beijos e ele a levou até o portão. Henrique não a acompanhou até a estação, pois como era dia, alguém da empresa poderia vê-los, não que ele morasse próximo, mas todo cuidado era pouco.

Após aquele dia, Sara desanimou em relação ao Henrique. Ela havia gostado de ficar com ele, mas não foi o que esperava de fato. Ele demorou muito naquela noite para tomá-la como mulher, e bebeu tanto que só fizeram uma vez. Decidiu que ia deixar para lá e até mesmo firmou seu namoro.

Henrique percebeu que Sara estava mais distante, e sabia que tinha sido culpa da sua bebedeira. Não queria que ela ficasse com aquela impressão, pois sabia que podia fazer muito melhor. Então na semana seguinte, quando calhou de ficarem sozinhos na loja, e estavam na cozinha interna, começou a beijá-la! Sara tentou se esquivar dizendo que não queria, mas Henrique a ignorava, ele sabia que tinha um poder de sedução sobre ela e acabou conseguindo vencer as barreiras da moça. Novamente transaram e Sara, de novo sentiu aquela sensação fantástica de quando ele a penetrava.

Aproveitando o momento pós sexo, Henrique pediu que ela fosse de novo até sua casa, dizendo que dessa vez seria melhor, e que sabia que ela não tinha curtido muito da primeira vez, mas que queria compensá-la…

Será que mais uma vez, Sara vai se aventurar com Henrique? 😉

5 comentários em “‘A Subordinada’ – Parte 3

  1. Envolvente e cativante como sempre… Embora penso que as partes ‘quentes’ não tenham sido tão detalhadas ou exploradas, talvez até mesmo pela protagonista não ter se soltado completamente e aparentemente faltar um sangue mais quente correndo nas veias do cara… mesmo assim, o tesão é despertado e a leitura é deliciosa.

    1. Que bom que está gostando!! Você é o segundo que me cobra pelos ‘detalhes’, vou tentar detalhar mais na parte 4! Rsrs. Obrigada por dividir comigo sua opinião, pode ter certeza que as opiniões e sugestões de vocês, são sempre bem vindas! 🙂

  2. Olá Sara, bom dia!

    Muito legal a continuação da narrativa, é lógico esperando a próxima parte!

    Gostei de você te citado a música que a Sara estava ouvindo, instigou a buscar no YouTube, e vendo o vídeo e depois buscando a letra, dá para compor o momento da personagem, muito legal isso.

    Realmente como citou o colega do primeiro comentário, se houver mais detalhes dos momentos, (algo como a narrativa de um TD), talvez fique mais próximo de uma realidade masculina vamos assim dizer na leitura de um conto, embora possa fugir de sua proposta de ser algo mais sutil e com a leveza da alma feminina, isto é, se não for uma forma sua de nós entreter para os próximos capítulos, como também já citado.

    Enfim vamos aguardar, com uma leve brincadeira, onde segundo a sabedoria popular a primeira vez que transamos com uma pessoa e pelo instinto animal, a segunda é a confirmação de que fazemos um sexo bom, e podemos ‘dominar’ ao outro, a terceira vez com a mesma pessoa, é porque fomos ‘dominados’ pelo outro e corremos o risco da paixão.

    Bom, dia!!!

  3. Olha, acho q se ainda há desejo, tesão a ser satisfeito, é porque ainda há coisas por viver nessa relação. Se não há nada disso ou se ela sente q o caminho natural disso tudo é o declínio, ela não deve forçar nada e deixar a situação se cumprir, seguir seu curso de decadência, mesmo que o cara queira insistir.

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