Desaventuras Amorosas Em Série – Pt 4

Querido diário, 

Sigo aqui na minha incessante busca por um contatinho de qualidade. Após fazer muita terapia, descobri numa das sessões, que ter que esconder o que eu faço das pessoas, me causa certos bloqueios, por eu não conseguir ser eu mesma. Dito isso, com minha última experiência do Bumble, decidi aderir uma estratégia diferente. 😼

Dei match com um cara interessante e já comecei a puxar papo com algo escrito na sua bio, sobre ele correr de pessoas que usam a própria foto de fundo (que não é o meu caso, vale ressaltar). Daí a conversa foi desenrolando até chegar na parte em que dizemos o que cada um faz da vida. Decidi aplicar aqui o meu plano. Afinal, era um completo estranho, não tínhamos nenhum amigo em comum, não estava apaixonada por ele, logo, se desse tudo errado, eu não teria nada a perder. 

Decidi lhe trazer algo relacionado a minha vida secreta. Eu não disse na lata que era acompanhante, mas contei que escrevia para o blog de uma (o que de certa forma é verdade, indo pela lógica de que quem escreve para a Sara é a persona por de trás dela 😉). A conversa foi mais ou menos assim:

– Eu escrevo sobre blá, blá, blá, erotismo, blá, blá. (Claro que a palavra “erotismo” saltou na frase.)

– Onde encontro seus textos?

– Eu escrevo para dois blogs. O meu, que, confesso, está um pouco abandonado e temas mais picantes para o blog de uma acompanhante.

… suspense… 

– O que é um blog de acompanhante?

Como assim, gente?

– Um site em que publico meus textos, como se fosse autoria dela, rs. Você não sabe o que é acompanhante?

– Acompanhante é tipo uma prostituta?

Vê-lo pronunciar “prostituta” me soou tão preconceituoso. Poderia ter dito “garota de programa” ou “profissional do sexo”, sei lá. 

– Isso, mas prostituta é uma palavra muito forte. Para quem é do meio há diferença na nomenclatura. 

– Ahh, não sabia. Qual a diferença? Posso ler o blog? Fiquei curioso. 

– Acompanhante é como se fosse uma modelo ficha rosa. O sexo não é o mais importante e sim a companhia. O sexo é consequência. Vou ver com ela se posso divulgar para alguém que não é o público dela. 

E o papo encerrou aí, por hora. 

Fui compartilhar com uma amiga (a Emma Loli, que vocês já conhecem), e ela recriminou totalmente a minha estratégia:

– Ai amiga, não sei… pra mim essa história não cola. Me pareceu muito aqueles papos de adolescente, tipo assim: “ei, a minha amiga quer ficar com você”, sendo que na verdade é a menina que quer. Sabe quando a gente fica colocando uma amiga no meio, pra falar o que a gente quer ou o que a gente é? Você ficou defendendo muito, tipo assim: “Nossa não, não é prostituta, essa palavra é muito forte…” já tá se doendo, muito informada do assunto. E esses assuntos é bom nem mencionar. Isso não valoriza a sua imagem para um namoro sério, ou casamento. Infelizmente tem coisa que a gente tem que deixar guardado. Tem coisa da nossa vida que não precisamos expor. A não ser que você queira ser acompanhante pra sempre na sua vida. É isso que você quer? Agora se for um plano para algo maior no futuro, deixa em off. As pessoas não precisam saber como que você conseguiu pagar todos esses cursos para se tornar uma atriz maravilhosa. Não precisam saber o seu caminho. Não vai interferir na relação, você não está fazendo mal a ele, não está fazendo mal a ninguém, então não precisa contar. Passa longe desse assunto. Aí você fala: “Ai vou ver com ela se posso passar para alguém que não é o público dela”, como você sabe que ele não é o público dela? Porque para uma acompanhante, quanto mais divulgar, melhor. Ele é homem, hétero, então é o público dela.

Eita que balde de água fria! Fui respondendo ponto a ponto:

– Mas amiga eu não mostrei nada pra ele, quem garante que existe realmente esse site? Quem garante que eu escrevo realmente? Entendeu, quem garante? Ninguém garante nada. E eu não estava “me doendo”, estava apenas explicando. Ele não é o público dela simplesmente pelo fato dele sequer saber da existência do blog dela. O cara que pergunta “o que é um blog de acompanhante?”, claramente não é o público. Não basta ser homem e hétero para ser considerado o público alvo. O público dela são homens que gastam dinheiro com esse serviço. E outra, quem disse que eu quero namorar ou casar com esse menino? Amiga, eu estou exercitando uma coisa minha de aceitação, de falar pras pessoas, de não ter vergonha do que eu sou, é um processo de aceitação, estou apenas me exercitando. O problema da sociedade é que as próprias acompanhantes tem preconceito com o que faz.

– Amiga, mas aceitar quem você é? Você é tantas coisas. Por que você tem que falar disso como principal? Então isso te define? É uma coisa que te define pro seu futuro, como carreira, sonhos e aspirações? Agora se for uma parte da sua vida, que você está fazendo e tem prazo de validade, algo que você faz agora para alcançar outra coisa maior no futuro, para quê vai se desgastar falando disso, que já é um assunto delicado pras pessoas, sendo que não é isso que você vai fazer pra sempre? 

– Muito psicóloga ela. – Encerrei o assunto. 

Outro dia ele me cobrou sobre o site, se ela tinha autorizado passar e, com as palavras da Emma reverberando na minha cabeça, respondi que não, que não poderia. 

– 🙁

Refleti ainda mais e depois mudei de ideia. Mandei o site para ele, precisava concluir o meu experimento.

Ele chegou aqui no blog e se deparou com o post anterior, “O Meu Melhor Contantinho” e já veio comentar: 

– Que delícia. Quero um contatinho desse. 

– Quer ser meu contatinho? – Já fui direto ao ponto. 

– Quero muito. Quero você. 

– Precisamos nos conhecer pessoalmente primeiro.

E já combinamos o primeiro encontro, noite de sábado, num barzinho de drinks, sugerido por ele, chamado Regô, na República. 

Assim que desci do Uber e o avistei na calçada, gostei do que vi. Alto, bastante cabelo na cabeça, bonito de rosto, como nas fotos, os únicos pontos de alerta foram, primeiro, para o seu físico, sabe aquele que tá começando a engordar, mas ainda não pode ser considerado um gordinho? Tipo isso. E segundo, sua vestimenta, a calça que ele usava era muito justa (ao ponto de ver como as pernas estavam engordando) e All Star nos pés (sou um pouco avessa a homens adultos que se vestem como adolescente). Usava uma camisa preta (ufa, sem estampas) e, de modo geral, senti uma energia muito boa. Ele também era de Áries, o que prometia um match incrível na cama. 

Gostei que ele se mostrou muito interessado em me ouvir, começou a puxar assunto sobre a minha vida no teatro – já que quase não fui encontrá-lo, mencionando o possível cansaço do ensaio que ocorreu naquele dia – e eu não estava nem um pouco tensa ou nervosa – como costumo ficar em primeiros encontros – por justamente ter dentro de mim de que se ele fosse minimamente esperto, já tinha sacado que “eu” era a “Sara” – afinal, mandei o blog, ele poderia ter fuçado as redes, visto as fotos e ter se dado conta de que éramos muito parecidas – e, se ainda assim quis me encontrar, então eu poderia ser eu mesma que estava tudo certo. Em pouco tempo, o beijo rolou. 💋 Achei delicioso. Fazia tempo que eu não beijava alguém desconhecido na minha vida pessoal e sentia aquele tesãozinho. 

Conversamos muuuuuito, uma conversa super fluída, animada, eu ria com ele, ele ria comigo, estava tudo maravilhoso, um date perfeito. Várias vezes voltávamos a nos beijar e a vontade de transar só crescia. Porém, nesse dia, eu tinha uma grande questão, eu não poderia transar, pois, faria um exame ginecológico de rotina no dia seguinte e tinha que estar em abstinência. Não valeria a pena quebrar o resguarde, pelo tempo que eu já estava nessa. Eu, inclusive, quase cancelei o encontro com ele por conta disso, pois, me conhecendo, sabia que passaria vontade se gostasse dele. Mas, ao mesmo tempo, não queria perder o timing do date e também pensei: “não sou obrigada a transar no primeiro encontro”, então, não seria esquisito se não rolasse. 

Em determinada altura, ele começou a soltar umas putarias no meu ouvido. Dizendo que queria me chupar, por exemplo. Como eu já estava muito excitada com os nossos beijos, super aprovei esse jeitinho mais safado, mas, não pude corresponder do jeito que ele merecia, pois, se eu não ia poder transar naquela noite, por que iria atiçar ainda mais o menino? Então eu só olhava pra ele e dizia: “Hummmmm”  ele deve ter pensado: “Cadê aquela escritora de contos eróticos? Só sabe dizer hummmmm??” 😂😂😂

Conforme o date foi se encaminhando para um ponto de “vai ou racha”, eu apenas falei: “Hoje eu vim só para te conhecer”, tive que jogar aquele balde de água fria, pois chegou um momento em que o comportamento de um destoava muito do outro.

Daí o encontro foi minguando, já tava chato ficar só beijando sabendo que não ia dar em nada. Ele anunciou que estava ficando com sono e foi a deixa para irmos embora. Pagou a comanda sozinho (cavalheiro, gostei), e, na calçada, enquanto aguardávamos nosso uber (que convenientemente chegaram ao mesmo tempo), ele tentou a sua última cartada, me encoxando fortemente, para que eu sentisse o tamanho do seu volume. 

– Gostou? – Ele perguntou. 

– Gostei. – Mas nada fiz. 

Cheguei em casa, lhe avisei que tinha chegado (conforme me pediu) e daí ele quis continuar o papo de putaria. Eu mordia e assoprava. Falei que estava com a calcinha molhada. 

– Deixa eu ver? – Ele pediu.

– O que eu ganho em troca?

– Te mostro como estou por aqui. – E já mandou um vídeo curto, filmando apenas a parte da cueca, preta, em que ele passava a mão no volume, que, naquele ângulo, não parecia tão volumoso assim. 

Enviei a foto da calcinha e aí ele disse que queria ver meus seios. Daí nessa hora fiquei na dúvida se ele realmente sabia que eu era a tal acompanhante, pois já teria visto meus seios nas redes sociais. 

– Isso é tudo que você terá hoje. – Cortei.

Ele ficou se lamentando.

– Sua imaginação cuidará do resto. – Fui mais enfática no corte e parei de responder. Não me agradava ficar trocando putaria com alguém que eu ainda não tinha transado. E se a transa fosse ruim? De que valeria toda aquela falação?

No dia seguinte, para que a última mensagem não ficasse sendo a dele deixado no vácuo, puxei assunto:

– Boa tarde taradinho.

– Boa tarde taradinha do screenshot.

– Como assim?

– Eu percebi que você tirou print do meu vídeo ontem.

Eu tinha mesmo. Não printei, mas gravei da tela. Como ele tinha mandado visualização única, quis gravar para o caso de ser algo muito bom que eu quisesse ver de novo depois. Muito X9 esse Instagram. Aff.

– E você guardou essa informação para um momento preciso. 

– Ontem estava muito entretido pra dizer qualquer coisa. 

– Estava mesmo, muito empolgado.

– Pois é hahaha. 

E o assunto morreu aí. 

Durante a semana, tomei a iniciativa de convidá-lo para assistir uma peça de teatro no sábado seguinte. Uns amigos meus estavam se formando e era um espetáculo de conclusão de curso, completamente gratuito. Fui assistir 5x e toda vez que eu ia levava mais pessoas, pra vocês verem o tanto que eu gostei do espetáculo, realmente incrível! Achei que seria um rolê divertido pra gente, não queria ir direto transar, sem fazer algo antes.

A partir daqui as coisas começaram a ficar estranhas. 

Nossa comunicação era toda pelo Instagram. Sequer trocamos número de telefone no encontro. Eu fiz o convite umas 10h da manhã e ele foi me responder às cinco da tarde, estando online VÁRIAS VEZES. Não que eu estivesse controlando, mas, por acaso, quase sempre o via online, quando eu entrava também. 

Você deve estar pensando o que qualquer pessoa normal pensaria: “Ahh ele devia estar ocupado, trabalhando, o Instagram estava aberto no computador”, mas se fosse o caso, ele permaneceria sempre online e não entrando e saindo. Enfim, comecei a reparar nesses detalhes e senti um certo descaso. Ele sequer tinha visualizado, totalmente desinteressado. Lá pelas cinco da tarde, sua resposta veio e foi super negativa:

– Olar. Tudo bem e com você? – Quem usa “olar” com uma possível crush? Pra mim isso é muito dialeto de friendzone. – Sábado já marquei compromisso. – Seco assim. Sequer sugeriu outra data. 

Preciso acrescentar um rápido adendo: No barzinho, após eu dizer que naquela noite não rolaria, eu mesma já tentei combinar um próximo date. O diálogo foi:

– Quando vamos nos ver de novo? – Já intimei. 

– Durante a semana eu tô morto. 

– Então próximo sábado?

E ele concordou! Daí agora, o bonitão vem dizer que já tinha marcado outro compromisso. 

Fiquei muito com a sensação de que como não embarquei no seu papo de putaria, eu não tinha mais serventia pra ele. Ao mesmo tempo, fiquei com várias indagações: 

  • Não dizem que o homem se atrai pelo difícil?
  • Se já estava me tratando com esse descaso sem ter me comido (quando em tese deveria estar mais interessado), imagine depois que me comesse?
  • Será que ele achou que eu seria difícil demais e simplesmente não quis ter trabalho?
  • Ou descobriu que eu era acompanhante e achou ridículo o meu “joguinho”? (Que na verdade nem era um.)
  • Ou descobriu que eu era acompanhante e ficou com preconceito.

Conversei com um amigo, para ter uma visão masculina das coisas:

– Amiga, já chama ele pra transar. Diz que está com tesão e quer experimentar ele. Homem gosta de ser usado. Seja dominadora. 

– Pra que vou dar esse gostinho dele me comer, me tratando desse jeito? O cara sequer tá se esforçando pra isso.

– Ele está te ignorando e vc está caindo no jogo dele. Reverte isso. Não é sobre dar o gostinho é sobre ganhar o jogo kkkkk.

– Reverter dando o que ele quer?

– Ou é o que vc quer? 😏

Realmente eu queria. Tá. Mandei a mensagem.

– Mas a gente não ia transar no sábado? Já tínhamos combinado na noite do barzinho. – Trouxe logo o assunto para a putaria, já que, pelo visto, era isso que o atraía. 

Daí, minha gente, isso era 20h e ele online. No dia seguinte, 8h, novamente ele online e eu continuava ignorada. Isso me indignou muito. 12h no vácuo. Agi impulsivamente e lhe enviei um áudio bem malcriada. Antes que desse tempo de eu apagar, agora sim ele foi rápido e abriu a conversa. O que ele fez após ouvir o áudio? Exatamente o que eu pedi, deixou de me seguir, nem tentou reverter a situação. 

Ai que merda, rs. 

Pior que eu estava super curiosa pra transar com ele, fiquei muito atiçada na noite do barzinho e só não fui para os finalmentes por motivo de força maior. Não estava aceitando a derrota e fui lá mexer na merda mais um pouco. Pedi que ele me esclarecesse o que tinha acontecido. 

– Não tem nada a ver com não embarcar com a conversa sexual eu não sair no sábado com você. Mas se você reage assim a eu não te responder na mesma hora é melhor a gente não continuar o papo mesmo.

Entendo completamente que ninguém tem obrigação de ser rápido nas mensagens, mas a falta de prontidão me pareceu muito proposital, visto que houve uma mudança significativa de comportamento, pois, quando estávamos na fase de combinar o date, ele respondia rápido e agora demorava até mesmo para visualizar o que eu mandava, mesmo ele estando quase sempre online.

Levei toda essa análise para ele, que, com certeza, me achou controladora e possessiva. Eu só piorava as coisas. 🤦🏼‍♀️

– Okay, eu não vou fazer nada pra reverter a situação. E desculpas por ter cancelado algo que eu tinha combinado antes. Aconteceu que eu marquei outro compromisso. Foi isso. Eu esqueci. 

Fiquei me sentindo a louca da história. 

Eu ainda estava querendo transar com ele, então, mais tarde, no mesmo dia, fiz uma última tentativa de reverter a situação:

– Posso te chamar pra ir lá em casa hoje a noite então? Já que pelo visto eu tive uma interpretação errada das coisas… Não quero que fique com a imagem de que eu sou uma surtada rs, além de eu realmente ter curtido você.

Quem adivinhar a resposta dele, sem ler a continuação, vai ganhar um encontro de 1h comigo! 😄

Ele disse:

– Oi *****. Não quero, mas obrigado pelo convite.

E encerrou assim. Fim. 🤡

Aceito análises e teorias nos comentários. 👀

Desaventuras Amorosas em Série – Parte 3

Querido diário,

Nem acredito que já faz mais de um mês que não nos vemos. Muita coisa tem acontecido do lado de cá, mas hoje estou aqui para atualizar esse engraçadíssimo quadro, sobre a minha terrível vida amorosa. Preparado para entretenimento de qualidade?? 😁

O NERD TÍMIDO

Quando falei na parte 2 que eu tinha desanimado do Tinder, isso ainda se mantém até hoje, no entanto, esse era um contato antigo, que não tinha desenrolado no passado. Ele ressurgiu das cinzas. Tinha ficado pendente marcarmos um encontro, mas eu não pude, depois ele viajou, a conversa esfriou e não imaginei que ele voltaria para retomar daquele ponto.

Marcamos num domingo à tarde, por volta das 15h, um restaurante que eu não conhecia, no rooftop do Shopping Light. Ele até tentou combinar algo pela zona sul, mas eu ando um tanto preguiçosa de ir para lugares distantes – quando não é trabalho – e conduzi para que fosse algo mais perto da minha residência. Ele foi bastante flexível, todo proativo em vir até mim, o que achei bastante positivo.

Bonito, mais bonito pessoalmente do que nas fotos. No entanto, não sei explicar, algo nele não me despertou uma conexão imediata. Mas, conforme a conversa foi desenrolando, descobrimos que tínhamos várias coisas em comum, como, por exemplo, o fato de ambos gostarem de steak tartare (foi uma sintonia muito perceptível ao escolhermos a entrada) e ambos terem o gênero terror como o seu preferido. Falamos sobre determinados filmes de terror que os dois já tinham assistido e até indiquei a série “American Horror Story” que ele ainda não viu e que é simplesmente a supremacia para quem é fã do gênero.

O achei simpático, bonito, parecia ser uma pessoa bacana, mas nada que me despertasse a vontade de beijá-lo. Determinado momento levantamos para ir conhecer uma parte do espaço (esse restaurante tem um vista bem legal do centro), e foi quando percebi duas coisas nele que não curti tanto. O fato dele ser exatamente da minha altura (estou numa pegada de homens mais altos) e fumar tabaco. Se fosse maconheiro ok, mas tabaco achei zero atraente, rs. 

Ficamos no restaurante até o estabelecimento fechar, umas 17h. Dividimos a conta, o que não curti muito. Sou das antigas e acho gentil quando o cara paga a conta. Conversamos bastante na saída do shopping, enquanto seu Uber não chegava, e a conversa estava tão interessante, que ele quase perdeu o carro, devido ao tempo de espera, pela sua desatenção durante o nosso papo, sério, ele teve que sair correndo atrás do motorista, literalmente, rs. Uma bela partida kkkk.

Alguns minutos depois, me enviou a seguinte mensagem:

– Aproveitando, muito agradável nosso encontro, fica o convite para marcarmos um segundo… de repente pra rachar um vinho dessa vez 🍷:)

– Vamos marcar sim. 😉 – respondi sucinta. 

Dois dias depois ele me enviou um link de um restaurante, com a foto de um steak tartare muito bonito e apetitoso.

– Esse é o steak tartare que eu comentei com você no domingo!

– Nossa achei a cara muito boa. 😋 Esse picles também instiga.

– É muuuuito bom! O picles e essa alcaparra gigante que eles colocam. Você gosta de alcaparra?

– Gosto também. 😋

Achei que fosse vir um convite para irmos no tal restaurante, mas a conversa morreu aí rs. 

Dois dias depois, novamente ele mandou algum assunto. Dessa vez um link do Instagram, com uma postagem de determinado filme.

Esse é um dos filmes que falamos domingo passado (hereditário). A propósito, essa página é legal pra dicas 👌haha.

– Ahh legal! 😃 Falando em Instagram, nem trocamos né? – Tentei trazer a conversa para um tópico mais promissor. Funcionou. Ele me passou o ig dele e já tocou no assunto sobre um novo encontro. 

– E esse fds, tem planos? Tava pensando em tirar do papel aquela nossa ideia de sair de novo. 👀

Enfim combinamos um segundo encontro, desta vez no Bar dos Arcos. Outro restaurante próximo a mim, que, por acaso, eu já conhecia de outro date. 😏

Marcamos para um sábado à noite. Ele estava cheiroso, hálito refrescante, mais atraente que no primeiro encontro. A noite prometia! Conversamos muuuuuito no restaurante. Um papo alegre, engraçado, eu com certeza o beijaria desta vez! No total foram dois drinks para cada, três entradas e uma garrafa de vinho que terminamos de beber na minha casa. Ele pagou a maior parte da conta. 

Quando chegamos no meu apê, fomos direto para a varanda, que ele queria fumar, e lá ficamos bebendo e conversando, com a minha playlist de fundo. Conversamos sobre quase todos os assuntos que se pode imaginar. Ambos compartilhamos sobre o nosso último relacionamento, soube de algumas curiosidades sobre ele, como, por exemplo, que ele ouve podcast que faz análises sobre Freud, quando está praticando exercícios no seu quarto. O mais próximo que chegamos do tema sexo, foi ele dizer que tem curiosidade em conhecer uma casa de swing. O que nada combinava com ele, me parecia ser muito conservador e certinho, eu sequer conseguia me imaginar contando para ele que sou acompanhante.

Terminamos a garrafa de vinho, ele fumou uns seis cigarros (contei as bitucas no final e fiquei espantada com a quantidade), inclusive gastou as minhas sedas (esqueceu de trazer as suas), daí sugeri uma mudança de cenário e fomos para o sofá, quis colocar um episódio de American Horror Story para ele conhecer. Até estourei pipoca, se você quer saber. Assistimos um episódio inteiro.

Quando começou o segundo episódio, eu olhei para o relógio e já era 01h25. Eu não estava acreditando que ele ainda não tinha me beijado! Quando eu decido adotar uma outra postura, de não chegar atacando, para não assustar os caras e me acharem tarada, me deparo com um cara extremamente tímido, com zero iniciativa para um contato mais íntimo. Eu me recusava a ter que tomar atitude por ele, já fiz muito, o levando para a minha casa, o próximo passo tinha que ser seu!

Comecei a ficar com sono. Soltei um: “Nossa, já são 01:25” e, como eu esperava, ele se espantou com o horário, acrescentando que já ia embora. Consenti, se não tínhamos feito nada até aquele momento, agora eu que não queria mais, minha bateria já estava descarregando. Desci com ele e quando fomos nos despedir, já fui virando o rosto para o beijo na bochecha. Se não tinha me beijado dentro de casa, onde tinha muito mais potencial de rolar algo, não seria na minha portaria que rolaria. O pior ainda foi sua frase final:

– A gente combina uma próxima vez, talvez, quem sabe.

Talvez? Quem sabe? 🤔

Aquilo ficou martelando na minha cabeça. Eu já estava puta que não tinha rolado nada, sua frase de despedida me deixou ainda mais frustrada. Voltei para o apartamento e já mandei mensagem, repetindo as suas palavras:

– A gente combina uma próxima vez, talvez, quem sabe. Rs. Que vago.

– Hahaha. É verdade, ficou vago. A conversa foi tão boa que o tempo passou muito rápido. O que queria ter dito é que eu curti esse rolê com você hoje. Por mim podíamos ter esticado, mas tb não queria te atrapalhar 🙄 kk

Achei ridículo ele falar de esticar, quando sequer teve atitude de me beijar!!

– Você não deu indícios rs. – Cutuquei.

– Poxa eu não paro de pensar nisso Hahaha. Me perdi no tempo mesmo. Enfim, mas pra não ficar vago então.. eu achei muito bons nossos dois roles.

– Tbm gostei.

– Ah então vai ter que rolar de novo hahahaha. – Qual a graça?

– Acho que precisamos rs. – Finalizei.

O fato, minha gente, é que esse cara não me chamou mais para sair! Virou uma grande incógnita entender porque não rolou nada naquela noite. Eu até pediria palpites aqui, mas essa situação é um tanto antiga e já tiveram novas atualizações!

Um mês depois, numa solitária noite de sábado, me encontrava com muita vontade de transar, me restando reciclar esse contato. 👀

– Oie, tudo bem? – Mandei.

– Hellooo. Tudo bem e você? – Me respondeu 2 minutos depois.

– Bem também. Está livre hoje? – Diretíssima.

– Huuum que pensas? Eu tô na casa dos meus pais, mas jaja tô indo pra casa.

– Sendo bem honesta com você, até hoje não entendi pq não nos beijamos aquela noite. 🤔

– Hahahaha eu tb não. Enfim, fiquei me perguntando isso também vários dias. Aprecio a honestidade.

– Pois é, uma grande incógnita rs.

– O que vc tá pensando? De repente um vinho? (Preciso te repor uma seda tb hahah 😂)

– Pensei nisso, te convidar para tomar um vinho aqui em casa essa noite e resolvermos isso. 🙈

– Fechou. Vamos marcar tipo umas 22:00? Acho que dá tempo. O que vc acha?

Enfim combinamos. Ele chegou por volta das 22h30. Achei que fosse chegar chegando, mas me deparei com o mesmo comportamento devagar da última vez. 🙄 Abrimos o vinho que ele trouxe, sentamos no sofá, conversamos e somente quando, em algum momento, o encarei sem dizer nada, que finalmente nos beijamos. Aleluia senhor! Beijo bom, gostei!

Aos poucos as coisas foram desenrolando e então fomos para a cama. Gostei bastante da sua chupada! Teve outro momento, que um masturbou o outro, por um tempo, e o achei muito habilidoso com os dedos também! Mas apesar desses pontos super favoráveis, eu achei a transa muito vazia. Protocolar. Ocorreu tudo bem, mas não teve aquela super química, sabe? Matei minha vontade, me masturbei enquanto transávamos, gozei, mas, definitivamente, não repetiria.

Quando estou transando, o momento que o outro goza é muito importante. Cada homem tem um jeito de gozar e dependendo de como ele goza, o tornará ainda mais atraente ou desinteressante pra mim. Por exemplo, acho muito sexy quando o cara urra igual um animal e explode ferozmente. É muito másculo! É excitante quando você nitidamente percebe que o outro está gozando, o comportamento dele muda, adquirindo uma intensidade ainda não vista. Quando o cara goza em silêncio é muito monótono, linear e sem graça.

Enfim, o jeito dele gozar não me apeteceu. Foi a primeira vez que vi alguém me avisar que ia gozar, dizendo o meu nome junto, “Vou gozar Fulana”. Pra que dizer o meu nome? Achei muito estranho kkkkk. Seu gemido final também foi um tanto afeminado. Não passou no teste… kkkk.

– Era para termos feito isso no outro encontro. – Ele reconheceu.

– Pois é…

– Eu não sabia se você queria.

– Eu te trouxe para a minha casa, rs.

– É, eu sei que foi um sinal, mas sei lá.

Lerdo.

Quando ele foi no banheiro tirar a camisinha – ahh, um adendo aqui, ele trouxe preservativo da mesma marca que eu uso! Primeira vez que isso acontece, do boy também usar a Skyn 👏🏻 – , aproveitei para me vestir. Percebi o seu desapontamento quando me encontrou vestida, acho que esperava que transaríamos mais. Argumentei que estava com frio – e estava mesmo – como também satisfeita do sexo, mas isso eu não disse. Daí ele se vestiu e sentamos no sofá para ver um filme que ele tinha indicado, “De Olhos Bem Fechados”. Na metade do filme, tomou a iniciativa de ir embora:

– Acho que eu vou embora… – soltou.

– Está tarde, né? – Apoiei.

Não rolou aquele beijão de despedida, apenas um selinho meia boca. Não trocamos mensagens no pós e não voltamos a sair. Mas continua lá no meu instagram, me acompanhando e curtindo as coisas que eu posto.

Ainda não foi dessa vez que encontrei o meu contatinho perfeito! 😞

Mas calma, tenho muito mais para compartilhar! Contudo, como esse post ficou enorme – 7 páginas do word – dividirei as postagens e vou soltando durante a semana. Tenho mais dois pra relatar!

Me aguarde! 😈

Desaventuras Amorosas em Série!

Querido diário, 

Esse período solteira tem sido de grande aprendizado. Nunca olhei com tanta atenção para o meu comportamento em relação aos homens que me relaciono, como agora. Estou solteira desde outubro do ano passado e, dentro desses 5 meses, tive algumas transas casuais, com 4 pessoas diferentes. E a cada ficante, um novo aprendizado sobre mim mesma. 

Vou fazer um compiladinho de cada experiência e no final uma análise sobre tudo isso. Quem sabe te estimulo a se conhecer melhor também? Se acomode que esse post está gigante! 

O Desapaixonante

Seu jeito me lembrava muito o meu primeiro amor da adolescência! Um que não fui 100% do tempo correspondida. Tinha horas que parecia que estava na minha e horas que não. Particularmente detesto esse tipo de homem, que me deixa insegura, que não me dá a devida atenção sempre e que, na maioria das vezes, eu que tenho que bolar estratégias para ficar com ele. No entanto, ainda assim me atraí de alguma maneira, acho que pelo desafio da conquista, áries adora um challenge! 

Ficamos por um período de três meses, com uma frequência mais baixa do que eu gostaria, sendo uma vez por mês, praticamente. Fiquei gamadinha. Ele é o dito cujo que mencionei na postagem anterior, na parte em que compartilho que transamos 5x numa noite, na nossa primeira vez juntos, e que depois me apelidou de “Insaciável”.

Nossa química na cama era coisa de outro mundo! Uma conexão imediata, que eu não me lembrava de ter tido há tanto tempo! Até o jeito que ele chupava os meus seios me causava uma sensação gostosa diferente. Criativo, testávamos várias posições e todas encaixavam perfeitamente! O sexo era mesmo surpreendente!

Visivelmente eu também lhe agradava, seus elogios vieram a partir do segundo encontro, sempre me dizendo o quanto eu chupava gostoso. ? Aliás, seu pau também era uma delícia! Tamanho médio (mais para grande, do que para pequeno), grossura excelente.

Contudo, o que era mega satisfatório na cama, fora dela era um fiasco. Ele não me mandava mensagem, não se esforçava para manter contato, não interagia nem com as minhas postagens e somente duas milagrosas vezes tomou a iniciativa de transarmos, as demais sempre partiram de mim. Nossa última transa foi em dezembro. 

Em janeiro, o convidei para transarmos de novo e levei um educado fora:

– Acho melhor a gente não se envolver mais nessa questão. 

– Pq? Tem medo de se envolver? Ou medo de que eu me envolva? 

– Não, nem é medo, nem nada. Eu sei que você sabe o que quer e já deixou claro. É que eu mesmo tomei essa decisão. Então, acho melhor ser franco com você e partilhar também já isso. Mas espero que isso não afete a nossa amizade. Saiba que você pode ter toda intimidade comigo. Eu só não ando bem demais pra poder me encontrar ou relacionar com alguém. Tudo bem?

Fiquei muito chateada com isso. O cara não me levava pra sair, não mantinha uma conversa a distância e até sexo bom ele não seria mais capaz de me dar??!! Quem recusa sexo gostoso, pelo amor de Deus?!! 

Como na mesma conversa estávamos falando assuntos paralelos, sobre como tinha sido o ano novo de cada um, contei para ele da minha brisa transcendental na virada do ano (quem não acompanhou, clique aqui) e finalizei dando um tapa com luva de pelica:

– […] Eu mesma disse coisas pra mim mesma, de posturas que eu deveria adotar para mudar a minha vida esse ano. Inclusive, uma delas era de que eu deveria parar de me interessar por caras que não suportariam a minha intensidade. Acho que esse seu fora é uma confirmação disso. Sei lá. Mas é algo que eu não teria coragem de interromper, pq ainda não encontrei com ninguém a conexão que nós temos na cama. Mas respeito a sua decisão, você sabe o que é melhor pra você.

Um pouco ressentida, talvez? Mas precisava colocar pra fora!

– Saiba que sim, tivemos uma conexão muito boa. – Ele continuou – E vou guardar com respeito todos os momentos. Mas assim como você, também quero me regrar sobre me envolver. Foi mais uma tomada de decisão de véspera de natal que eu pensei em fazer isso. Cortando todo tipo de relação. Quero muito focar na minha área profissional, me estabelecer de forma segura e poder me envolver tranquilo – não nessa ordem.

A conversa se estendeu mais um pouco sobre amenidades correlatas, até que o assunto encerrou comigo dizendo:

– Estar em paz consigo mesmo é o que mais importa. 

Ele curtiu o que falei e nada mais disse. Na real, ele nunca me tratou como eu gostaria e encerrar com ele me dando um fora, fez com que eu pegasse um leve rancinho. Silenciei suas postagens e nunca mais nos falamos, ainda que nossa última conversa tenha sido ‘respeitosa’.

O Perspicaz

O segundo é essa figurinha conhecida aqui no blog! Aquele que eu ficava em 2018 e rolou uma repescagem ao ficar solteira. 

Escrevi sobre ele recentemente nessas páginas (quem não acompanhou, clique aqui) e tinha ficado pendente postar a continuidade desses encontros (tiveram mais 2), mas broxei dele de tal modo, que nem para escrever sobre o encontro ruim, não quis passar pelo bom primeiro, rs.

Lembram quando mencionei na postagem anterior, sobre um cara me negar fogo e se recusar a dizer coisas que me dão tesão de ouvir na hora H? Então… é ele! 

Além dessas questões determinantes, no nosso último encontro ele ainda teve a audácia de ser grosseiro comigo, enquanto ele pedia uma pizza para nós. Vou até compartilhar os detalhes da situação, para que possam se indignar tanto quanto eu! 

Ele me passou seu celular, aberto no IFood, para que eu escolhesse o sabor de pizza que eu queria para mim e quando reparei, vi que era um restaurante de pizza sem glúten! Nesse momento perguntei se ele era alérgico e o azedo, num tom não muito amigável, respondeu da seguinte maneira:

– É sério que você vai me perguntar isso DE NOVO?! Pelo menos finge! ?

É sério que eu tava recebendo grosseria de graça? Aquilo foi o cúmulo pra mim! Não sou obrigada a lembrar de coisas que não me dizem respeito. E ainda que fosse a milésima vez que eu estivesse perguntando, quem ele era pra falar comigo daquele jeito? Gentileza cabe em qualquer lugar! 

Na hora eu fiquei tão atônita com o tratamento inesperado, que não tive ação. Recebi a grosseria calada e não me defendi. Mas, por dentro, já disparou um alerta em mim, dizendo: “Você não vai mais sair com ele!” 

A idiota aqui ainda continuou lá por mais algumas horas, como se nada tivesse acontecido. Jantamos e mais tarde ainda fiquei animada por um segundo round que não veio. Aquela seria minha última vez com ele, então já que estava lá, tentei usufruir até o último instante. 

Depois que fui embora nunca mais o procurei e vice-versa. Ele tentou duas pequenas interações comigo no Instagram, através dos meus stories de treino na academia, mas o ignorei completamente. Boy escroto quero bem longe de mim! 

O Escorpiano

Esse é o tal escorpiano que também mencionei na postagem anterior. Outra repescagem. O conheci no Tinder em 2018. Tivemos dois encontros no passado, encontros esses totalmente voltados para sexo, em que eu fui direto no apê dele, só para transarmos, e depois voltei para casa. 

Desta vez ele investiu pesado e me levou para jantar. Um restaurante chique, caro e muito romântico. De todos os crush’s citados nessa postagem, devo salientar que ele é, de longe, o mais gato e gostoso. Olhos verdes, corpo malhado, bronzeado, todo lindo, enfim, me senti diante do que eu realmente mereço. 

De todos aqui, ele também é o que tem melhor condição financeira, educação e cavalheirismo. Me buscou em casa de carro, desceu do veículo, me aguardou na calçada e ainda abriu a porta para mim! Pequenos gestos que fazem toda a diferença! (Se tratando de pretendentes e não clientes! Rs.)

Tivemos uma noite super agradável, o papo fluía naturalmente, consegui ser eu mesma, sem sentir nenhum nervosismo por querer impressioná-lo. Quando o jantar caminhava para o final, ele, sutilmente, me convidou para esticar, tomando um vinho na sua casa. É claro que a tarada aqui aceitou, me fazer de difícil pra que? Se já tínhamos transado duas vezes no passado? ?

A transa foi incrível! ? Três vezes! Uma quando chegamos, outra no meio da madrugada e uma de manhã. (Sim, acabei dormindo lá, tamanho envolvimento e química que tivemos.) Eu nem lembrava de como era o pau dele e tive uma feliz surpresa! Grande e grosso, como tenho apreciado ultimamente (nem pareço mais aquela pessoa que criou regra para clientes pauzudos no passado ?), ando muito tarada! 

A nossa conexão na cama, surpreendentemente, conseguiu superar a que tive com o Desapaixonante! Genuinamente melhor, em todos os aspectos!

De manhã me trouxe de volta em casa e no mesmo dia já começou a me mandar mensagens. Passamos a nos falar todos os dias e nos encontrávamos uma vez por semana! Durou pouco mais de um mês.

Fizemos coisas que eu nunca tinha feito com nenhum ficante. Como cozinhar juntos, correr na Paulista num domingo e assistir um show de stand up. Ele ainda teve o empenho de assistir as duas temporadas de uma série que eu tinha lhe indicado, só para ter assunto comigo depois. Conheci seu irmão, que morava com ele, e até mesmo a namorada do irmão, que, coincidentemente, tem o mesmo nome que o meu! (A iludida aqui, até fantasiou como seria engraçado fazer parte da família, em que as duas concunhadas tivessem o mesmo nome, rs.)

Ele falava sobre marcarmos uma noite de jogos os quatro, o que, cada vez mais, reforçava a imagem de que ele estava me levando a sério. Parecia que o pedido de namoro viria a qualquer momento. 

As coisas começaram a desandar na fatídica noite em que me vesti de empregada para ele! Eu já tinha jogado a possibilidade no ar, durante uma outra transa nossa, perguntando se ele curtia esse tipo de coisa, tinha dito que sim, mas quando o fiz, ele sequer se recordava dessa conversa! ??‍♀️

O que não me aprofundei na postagem anterior, é que na mesma noite em que o recebi vestida com a fantasia sexual, mais tarde, também fumamos um beck juntos!

Ele não é de fumar, mas numa outra noite que, por acaso, o assunto “maconha” surgiu na conversa, ao saber que eu curtia, ele se convidou para fumar comigo numa próxima vez. Mas ter feito tudo no mesmo encontro, pelo visto não foi uma boa. Muita informação.

Ele ficou desnorteado com a brisa do beck. Seu raciocínio não estava conseguindo acompanhar a série que estávamos assistindo. Troquei para desenho, achando que seria mais fácil o seu entendimento, porém, foi lhe dando sono e eu, que queria transar gostoso chapada, fiquei a ver navios, toda desperta, sozinha! Esse dia até dormimos separados. Ele dormiu na minha cama e eu adormeci no sofá, assistindo. 

Depois desse dia tudo desandou e o príncipe virou sapo. Ainda que continuássemos nos falando todos os dias, nos encontramos uma única vez, apenas para sexo (por insistência minha) e outras duas vezes que marcamos, ele não conseguiu comparecer, pois ‘precisou’ ficar até mais tarde no trabalho. 

Não tive paciência (ariana que fala, né?) e joguei logo a real. Perguntei se era mesmo a questão do trabalho ou se ele tinha perdido o interesse, visto que, das outras vezes, ele sempre dava um jeitinho de sair mais cedo para me encontrar. Sua resposta, DUAS HORAS DEPOIS, foi um verdadeiro balde de água fria:

– Desculpa a demora linda. Cheguei em casa, comi algo e tomei banho (ou seja, sua última prioridade foi me responder). Linda, realmente, hoje o trabalho é minha prioridade e eu já te falei isso. Na verdade, é raro quando eu consigo sair cedo e vc também sabe disso (Sei? Pois tinha entendido o oposto, que sair tarde fosse a exceção e não a regra.) Eu costumo fazer coisas para me divertir apenas aos finais de semana (ué, mas foi ele que sempre sugeria encontros durante a semana!) Esse é um dos motivos que eu não quero me relacionar sério com uma pessoa agora, acho que nunca falamos sobre nossas intenções no relacionamento. (Realmente nunca falamos, mas suas atitudes passavam outra mensagem). Estamos tendo algo muito legal, muito gostoso e eu estou adorando. Mas não quero te prometer que serei uma presença constante, porque eu não posso prometer isso agora.

Francamente. Ele não precisava me mandar mensagens diariamente, sempre que acordava, perguntando do meu dia, contando coisas do dia dele, dando qualquer satisfação quando chegava na sua casa ou dando boa noite, ao ir dormir, se suas intenções eram somente sexo! Tudo isso era para apenas manter um contatinho por perto? Ele poderia claramente me contatar somente quando quisesse encontrar então, sem todo esse joguinho!

De duas, uma: ou ele tinha jogado sujo, me fazendo me sentir importante e especial, conversando todos os dias, com o único intuito de sempre ter sexo. Ou eu que o tinha assustado e agora ele retrocedia, como se fosse algo que ele nunca quisesse. (Aceito palpites nos comentários.)

Eu não o respondi. No dia seguinte não teve mais o seu bom dia e nunca mais saímos. 

Foi triste superar esse, pois fiquei com a sensação de que EU que tinha estragado tudo! Não que eu estivesse buscando um relacionamento, estou solteira há pouco tempo, mas estava gostoso ficar com ele. Me empolguei e ele escapou pelos meus dedos. 

Fiquei péssima com esse rompimento. Aliás, você sabia que é mais difícil superar um ex-ficante do que um ex-namorado? Pois é! Por mais que um namorado tenha mais importância e relevância de que o outro, com o ficante você idealiza tudo que poderia ter sido. O “e se” que você não viveu é mais devastador do que a certeza de uma relação fracassada. 

Ele continua lá, olhando os meus stories, curtindo as minhas fotos, mas, sem nenhum outro tipo de contato.

O Carismático

Chegamos agora no quarto e último ficante, até o momento. Esse homem é diferenciado! Demos match no Tinder (destaque para o super like que me deste ?) e antes de me enviar qualquer mensagem, o rapaz fez toda uma pesquisa de campo, estudando todo o meu Instagram (que, por acaso, deixei o usuário na minha bio do Tinder), usando como vários gatilhos de conversa, os vídeos que tenho publicados. O papo desenrolou rapidamente, de um jeito super descontraído, leve, engraçado, sem aquela conversa protocolar de começo. 

Migramos para o Instagram, depois de muitas conversas, para o WhatsApp, até que ele me convidou para almoçar! Essa foi a primeira vez que fui num date vespertino! Um pouco estranho, confesso, a noite tem aquele Q de perigo, que a luz do dia não oferece, rs.

Mas antes de chegar nessa parte do encontro, preciso contextualizar todo o nosso pré-date, que, de todos os anteriores, foi o mais emocionante! Regado a muitas conversas pelas redes, flertes a base de troca de farpas, muitas risadas, tensão sexual com frases ambíguas, áudios cativantes (ele tem uma voz grossa deliciosa), adquirimos uma certa intimidade natural, como se fôssemos dois amigos de longa data que se atraem, mas que ainda não se pegaram. Quem era o escorpiano irresistível na fila do pão agora? Esse aqui tinha muito mais personalidade e presença! ?

Ele se mostrou um cara interessante, muito legal, divertido e ainda tinha o plus de ter 1,90 de altura! Nunca fiquei com alguém tão alto e já idealizei como seria bom sairmos juntos, comigo usando salto alto sem culpa! Rs. Sem contar que ele já tinha notado, pelas nossas demasiadas conversas, que eu sou (só um pouquinho ?) taradinha e não me julgou por isso, pelo contrário! Em um de seus áudios, ele ainda brincou com a seguinte análise: 

– Completamente doida, chata pra cacete e  tarada! Amei véi! ?

Ele não é tão gato quanto os anteriores, admito, mas até aí, os outros também não possuíam o seu carisma e nem eram tão animados quanto ele! 

Só tínhamos um pequeno probleminha: ele busca relacionamento sério (bom que já deixou claro desde o princípio), diferente de mim, que busco apenas contatinhos de qualidade. Com o escorpiano até fantasiei um namoro, mas isso porque eu estava bastante encantada, não sabia como seria com esse.

O almoço foi agradável, tinham momentos que até ficávamos nos encarando em silêncio, levemente constrangidos, com a tensão sexual que rolava na mesa. Contudo, não pude ignorar pequenos sinais de que, talvez, eu fosse patricinha demais para ele. 

A conta do restaurante ficou quase trezentos reais (nesse valor incluso: duas entradas, dois pratos principais, duas sobremesas, dois sucos e uma água) e ele demonstrou achar caro, a fim de valorizar o seu empenho em me levar ali. Ele achava que estava me impressionando, mas eu tenho outros parâmetros financeiros. Na minha visão, se tratava de um restaurante mediano, o que não era ruim, mas também não tinha toda aquela pompa que ele queria passar. 

Quando saí para jantar com o escorpiano, por exemplo, ele pediu e acertou a conta enquanto eu fui ao banheiro, sequer presenciei este momento. Não sei quanto ficou (não fiquei fazendo as contas e não vi o valor da garrafa de vinho), mas tenho certeza de que não deve ter sido menos de quinhentos reais e nem por isso ele quis se vangloriar pelo gesto. Entende?

Saímos de lá e fomos numa exposição que tinha perto, a fim de encontrar um lugar propício para nos beijarmos. Beijar na mesa de um restaurante super iluminado e cheio, não parecia apropriado, então fomos andando até esse outro trajeto. 

Nos beijamos nas escadas de um andar para o outro. Zero glamour e romantismo. O beijo também não me agradou 100%. O achei um pouco afobado, tive até que pedir que beijasse com mais gentileza, estava muito acelerado. A exposição também achei bem fraca, resumindo, o encontro estava começando a ficar chato.

Depois fomos andando até o metrô. Meu salto estava desconfortável, um sol quente em cima de nossas cabeças, zero encanto para um primeiro encontro. Eu só queria encerrar, voltar para minha casa e tirar aquela sandália que, à essa altura, já estava me machucando. 

Percebi que ele ficou na expectativa de um convite para o meu apartamento (ele sabia que moro sozinha e que estávamos perto), mas não caberia esticarmos naquele momento. Ele entrou no metrô, eu continuei andando mais duas ruas e nesse caminho fui refletindo sobre o date. 

No mesmo dia, conforme foi anoitecendo, decidi convidá-lo para um after (se é que vocês me entendem). Na hora do almoço eu não estava no clima, mas, ao anoitecer, me deu um tesãozinho e fiquei curiosa para descobrir como seria a nossa compatibilidade na cama. 

Ele fez um charminho a princípio, demonstrando querer deixar para um próximo encontro, mas ao final acabou topando, com os dizeres: “Haja Uber”, o que achei mega deselegante. Não tem nada de charmoso em depreciar a sua própria condição financeira. 

Inclusive, adivinha qual foi a primeira frase que ele disse, quando abri a porta do meu apartamento? Duvido alguém adivinhar…

– Você é rica hein! Mó predião!

Aos poucos ele perdia todos os pontos que tinha conquistado, quando ainda estávamos na fase das conversas. Muito deslumbrado. 

Nosso sexo desenrolou sem muita química, ele não parecia relaxado e eu também não estava mais curtindo tanto o seu jeito. Coloquei a minha playlist de Músicas Sensuais para ajudar a dar um clímax e, após poucos minutos da primeira música, ele começou a dar risada! ? Perguntei qual era a graça, ele não respondeu de imediato, me fazendo insistir pela resposta, o que só estragava ainda mais o momento. Enfim revelou ter achado a música engraçada, algo completamente sem sentido. 

Retomamos os beijos, tirei sua camisa, passei a mão no seu peitoral com visível desejo (ele também malha e tem um corpo bonito), e, nessa hora, novamente ele deu risada, como se eu sentir tesão nele fosse uma coisa obscena. Olha… várias sequências de atitudes broxantes em tão pouco tempo. 

Achei que ele fosse adotar uma postura mais sensual na hora do sexo, afinal, todo mundo adquire uma fisionomia diferente nessas circunstâncias. O jeito de falar muda, os olhares ficam mais cerrados, o toque mais profundo, mas com ele não pude usufruir nada disso. Demasiadas vezes ele ficava com um sorriso idiota na cara, como se estivesse deslumbrado por estar me comendo. 

Comecei a achá-lo um banana e tive que conduzir cada manobra da transa. Posso dizer que o prazer que consegui ter foi mais pelo tesão e vontade de transar que eu estava, do que por ser ele. 

Seu pau foi um ponto positivo, me agradou bastante! Era grande e grossinho (não tão gostoso quanto o do escorpiano), mas de que adianta um instrumento bom, se a pessoa não sabe tocar? Ele não tinha muita habilidade nos movimentos. Era nítido que estava se esforçando para fazer tudo certo, o que te impedia de imergir no prazer comigo. Não tivemos nenhuma conexão sexual. 

Não broxou, mas também não gozou em nenhum momento. Eu gozei duas vezes (com a ajuda do meu brinquedinho) mas, mesmo tendo gozado, não achei a transa tão gostosa. Quando percebi que ele é o tipo que demora para gozar, me bateu um baita desânimo! Transas muito longas ficam cansativas e eu gosto de gozar junto. 

Com o escorpiano gozávamos juntos quase todas as vezes! Bastava eu avisar que o meu estava vindo, que ele acelerava e vinha junto comigo! Era muito boa a nossa sintonia. O meu prazer triplicava por também vê-lo gozando. Olha… difícil superar isso. 

Depois da minha segunda gozada, eu já estava satisfeita. Queria que ele fosse pra casa dele, me senti aqueles típicos boys escrotos que comem e depois querem que a mina vaze, rs. Falei para ele que não aguentava mais (me fiz de fraquinha), para que ele entendesse a finalização da transa, já que como ele não gozava, ficaria uma coisa infinita. Eu aguentaria transar mais, com certeza, mas com ele já tinha perdido a graça. Homem passivo na cama, eu que tinha que ficar dando as coordenadas.

Ele entendeu o recado e começou a se vestir, mas não foi embora de imediato. Sentou no meu sofá e disse que eu poderia falar quando eu quisesse que ele fosse. Mas como você diz que quer que a pessoa vá, sem magoá-la? Rs. Fiquei sem jeito de expor o que eu realmente queria e me sentei um pouco com ele. 

Conversamos por poucos minutos e então fui ficando impaciente para que ele me deixasse sozinha. Levantei novamente, bebi um copo de água e tive a ideia de dizer: “agora vou escrever um pouco”, uma sútil deixa para que entendesse que eu queria fazer outras coisas. Felizmente ele novamente entendeu o recado e já foi tratando de chamar o Uber. 

Nos falamos depois disso, ele pediu feedback e fui total sincera com os pontos negativos. Ele me contou o lado dele, razões para ter sido como foi e achei suas considerações complemente plausíveis. Contudo, não vamos prosseguir ou tentar fazer melhor numa segunda vez, pois não temos os mesmos objetivos. Ele quer relacionamento sério e eu casualidade. Se continuássemos saindo ele se envolveria (do meu lado muito improvável, devido ao zero encantamento), o que poderia resultar em sofrimento. Decidimos seguir na amizade, como pessoas maduras e adultas que somos. 

“Quem eu quero não me quer, quem me quer, não vou querer…”

Apesar de eu ter fracassado na busca de um contatinho fixo, conhecer esse último teve seus pontos positivos. Me ajudou a superar o Escorpiano emocionalmente (ainda que sexualmente não tenha chegado nem na ponta do chinelo) e me mostrou que, afinal, não estou desesperada, ao ponto de me apegar a qualquer pessoa.  

Essas experiências estão divididas em duas categorias: 2 eu sofri e 2 não me importei. Olhando com atenção para os que gostei, o que eles tinham em comum? Os dois transavam muito bem e eu, pelo visto, desenvolvo facilmente um amor de pica, rs. O principal motivo de eu querer sustentar a relação, não era porque ambos me tratassem super bem ou fossem atenciosos, mas sim porque me comiam muito gostoso.

Com o Desapaixonante e o Escorpiano, eu, em nenhum momento, fui uma mulher difícil. Pelo contrário, sempre disponível e interessada. Mas talvez seja porque nunca tenho vários ao mesmo tempo, então acabo canalizando as minhas energias apenas para um, causando um leve sufocamento. O problema é que quando surge um incrível, eu fico sem vontade de procurar fora e foco todas as energias nele. Mas agora entendo a importância de, nas próximas vezes, agir diferente e angariar mais caras interessantes!

Aprendi que não devo ignorar os primeiros sinais de incompatibilidade, desde a mais singela aparição. Eu sabia que o Desapaixonante tinha uma personalidade fria que não me agradava. Como também sabia que o Perspicaz não tinha o pau do tamanho que eu gosto. Como o Escorpiano, bem… com esse me senti enganada! E o Carismático veio só para cumprir tabela.

Com os próximos, ainda que eu esteja subindo pelas paredes, jamais tomarei a iniciativa de propor um encontro antes que o cara o faça. Homem gosta de ter o desafio da conquista e vou lhe dar a sensação de insegurança que tanto experimentei. Não deixarei que me veja como a emocionada, sendo mal interpretada, quando na verdade eu só quero sexo gostoso sem miséria. Fantasias sexuais então, nunca mais! Até que eu seja surpreendida com alguma putaria primeiro!

Bem… este é plano… nos próximos episódios venho contar os progressos que tive! ?

Olha aí o amor de pica, rs