Réveillon no Rio – Parte 5

Último dia do ano! 31 de dezembro de 2019. Estávamos eufóricas!! Tínhamos comprado uma festa de Réveillon e as expectativas estavam altas! Nem vou falar de como foi o nosso dia e pularei logo para a parte principal dos acontecimentos. Vou começar falando da nossa produção para a virada de ano.

Gabi passou com o tradicional branco. Um cropped e uma saia longa de cintura alta, um charme! Ela até fez um penteado com trança! Make não muito pesada, afinal, passaríamos na praia. Rasteirinha no pé.

Eu sou o tipo de pessoa que adora um brilho!  Se tem glitter, paetê ou strass é 99,9999999…% de chances de eu adorar! Sendo assim, usei um vestido belissímo que comprei na Zara há não sei quantos meses e ainda não tinha tido a oportunidade de usar. Cor de rosa – porque sou a verdadeira Penélope Charmosa e AMO essa cor – , todo de paetê (os paetês que eram rosa, no caso) que me faziam brilhar até mesmo no escuro absoluto.

Dizem que a cor que você usa no réveillon representa o que você quer que o universo reserve para a sua vida no próximo ano – por exemplo: branco significa paz, amarelo: dinheiro, vermelho: paixão, verde: esperança e etc… – eu queria amor – aí entra a cor rosa – e os paetês brilhosos e reluzentes: o sucesso! Queria brilhar em 2020 tanto quanto eu brilhava naquela noite. Até a minha rasteirinha tinha pedrinhas brilhosas! ? A make foi aquela que eu não perderia tempo fazendo todo dia. Enfim, estávamos maravilhosas!!! ??‍♀️

Fomos até a Marina da Glória, pois a tal festa era lá. Daí você pensa: “Poxa, que legal, deve ter sido o máximo”. Vocês não tem noção de como, rs. Eis o momento de eu revelar mais um pouco sobre o tal evento. Talvez o que eu diga a seguir já te dê um belo spoiler, ou talvez não, já que não deu para nós: Escuna. Essa é a palavra chave. Fez algum sentido pra vocês? Se não fez, terão que aguardar mais um pouquinho então.

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Paramos na fila de uma das escunas e já de início sentimos uma leve frustração. As pessoas que estavam na fila eram tudo famílias. Pais, avós, crianças, nada de pessoas da nossa idade, com seus respectivos amigos e amigas, como era o nosso caso. Óbvio que chamamos a atenção de geral, foi como se tivéssemos sido convidadas para a festa errada.

Já estávamos aceitando a nossa iminente derrota, quando, após um tempo na fila, decidi confirmar se estávamos na fila certa. Não estávamos! Quase dei pulinhos de felicidade na frente de todas aquelas pessoas que nos fuzilavam, como se fôssemos duas intrusas.

A nossa escuna estava bem mais a frente e quase a perdemos. A mesma já tinha dado partida e voltaram só para nos buscar. Na hora achamos aquilo incrível, afinal, não queríamos perder a festa em alto mar pelo qual pagamos com tanto gosto. Contudo, horas depois, a nossa perspectiva mudou e compreendemos que o fato de quase termos ficado para trás, na verdade, foi um sinal divino que, não muito espertas, ignoramos. No começo o passeio estava legal, mas isso porque estávamos iludidas. A verdade daquela experiência ainda estava por vir.

Tocavam músicas brasileiras que eu gosto, artistas como Iza, Karol Conká, Ludmilla e Anitta. A festa era open bar e open food, mas não conseguimos usufruir. Quando fui tentar pegar algo para nós, a desorganização era tanta que até desisti. Quando voltei para onde a Gabi estava, até o meu lugar ao seu lado eu tinha perdido – faltou pulso firme dela em falar para a tal pessoa que ali tinha gente, mas ok – . Consegui um espaço na lateral, ao lado de um senhor, muito simpático, que se espremeu para que eu conseguisse me sentar ao seu lado. Começamos a conversar e dali a pouco recebo uma mensagem da Gabi, me zoando. ? 

Muito abusada! Se eu estava ali, tendo que socializar com um estranho, agradecida por ter me cedido um assento, era tudo culpa dela!! Rs. Respondi com uma figurinha de mim mesma sorrindo meio sem graça, razão pela qual precisei ocultar no print acima a minha resposta para esse afronte.

*

Aos poucos o brilho do evento foi sumindo e fui me dando conta da real furada em que tínhamos nos metido. De repente as músicas mudaram, continuaram nacionais, mas umas completamente desconhecidas, aquele estilo de funk zero comercial, se é que vocês me entendem. Eu sou o tipo de pessoa que é apaixonada e fascinada por música, então, se a música é ruim, automaticamente o rolê também estraga. Parece que a energia fica meio estranha, sabe?

A cada música tocada, renovava a minha esperança de que aquela playlist, de péssimo gosto, fosse passageira, mas infelizmente ela tinha chegado para ficar. A minha segunda grande decepção foi quando o barco parou na posição em que ia ficar até a virada do ano. Olhei para os lados e não tinha nada, nem sinal das balsas. “Cadê as balsas??” Perguntei alarmada. Sem as balsas por perto, isso significava que a queima de fogos estaria longe, o que fugia completamente do meu propósito para aquela noite.

Em algum momento liberou espaço ao lado da Gabi e consegui voltar para o meu posto.

-O Moreno Gato e o Árabe Boss estão naquela festa do Sheraton que eles falaram para a gente. O Árabe Boss acabou de me mandar uma mensagem. – Noticiou-me a Gabi, logo que voltei a sentar do seu lado.

Aqui vou adicionar um pequeno adendo. Lá atrás, quando eles nos levaram na mureta da Urca para ver o pôr do sol, perguntaram o que faríamos na virada do ano. Enchemos a boca para falar desse evento que compramos com certa antecedência, quando ainda estávamos em São Paulo, como se fosse a festa mais incrível do mundo. “Virada em Alto Mar”, era esse o título da festa. 

Eles tentaram nos alertar que não seria bom e até nos convidaram para ir na mesma festa que eles. Mas recusamos, pois eu realmente acreditava no potencial da nossa festa. Acreditei cegamente que o barco estacionaria ao lado das balsas –  já que ambos ficavam no mar – e que a queima de fogos seria bem em cima das nossas cabeças. Muito leiga, eu sei. Mas é errando que se aprende.

*

De repente, em meio aquele barulho horroroso, que era tudo menos música, começou a contagem regressiva. Não era possível que nem durante a contagem eles não desligariam aquele som!!! Fiquei extremamente indignada. Para variar, a contagem deles estava atrasada, antes que chegassem no um, já começou a queima de fogos láááá longeee, há quilômetros de distância!

Queima de fogos de Copacabana em 2020

Eu tenho a crença de que para o ano ser incrível, a entrada tem que ser mais incrível ainda e quando me vi naquele barco, cercada de gente estranha e desinteressante, com aquela música, de péssimo gosto, comendo nos meus ouvidos e a tão sonhada queima de fogos so far away, lágrimas de desgosto escorreram pelos meus olhos. Por que eu não dei ouvidos a Gabi, quando sugeriu que fôssemos para Búzios ou Angra dos Reis? Por quê??! ? Defendi tanto a ideia de passar em Copa, por algo que sequer tive.

Quando ela percebeu que eu estava chorando, se compadeceu e me abraçou, pedindo que eu não ficasse daquele jeito. Eu só consegui dizer uma coisa:

-Se e a virada está sendo assim, imagine como será o ano! ?

Agora eu te pergunto: Como foi mesmo 2020??? Ah tá! Rs.

Imaginem passar por tudo isso sem nenhuma gota de álcool para ajudar. Observávamos uma menina toda feliz e saltitante dançando e invejei toda aquela animação. Especulei com a Gabi como era possível alguém se divertir tanto num evento mega caído daqueles e ela, no alto da sua sabedoria, respondeu:

-Ah amiga, ela tem cara de ter uns quatorze anos, nessa idade não somos exigentes. Isso aqui deve estar sendo O evento pra ela.

A festa duraria até quatro horas da manhã e fiquei pedindo à Deus mentalmente para que não fôssemos obrigadas a ficar ali até o seu término. Felizmente ele me ouviu e logo mais anunciaram que voltaríamos para a Marina da Glória, pois a festa continuaria com o barco estacionado lá. Seria a nossa chance de dar no pé.

Durante esse trajeto de volta, a estadia foi ficando cada vez mais desagradável. Estávamos sentadas de frente para as escadas que davam no banheiro e inevitavelmente assistimos a muitas pessoas vomitando toda a bebida que ingeriram ao longo da noite. E que noite! ?

Quando o barco finalmente encostou e liberaram a saída de quem quisesse ir embora (p.s.: não fomos as únicas a abandonar o barco) , sentimos uma sensação de alívio tão grande, como se estivéssemos sendo resgatadas do inferno.

Na própria Marina da Glória avistamos uma outra festa, bem mais potencial, rolando em terra firme e fomos até lá, numa tentativa desesperada de salvar a nossa noite. Infelizmente não estavam mais recebendo ninguém aquela altura e o jeito foi voltarmos para o hotel mesmo. ?

A fila para pegar táxi estava gigantesca e decidimos ir até a avenida para chamarmos algum pelo aplicativo. Mais uma escolha ruim. O sinal da internet estava péssimo, a localização não era muito favorável e ficamos ali por mais tempo do que se tivéssemos aguardado na fila anterior. O risco e o medo de sermos assaltadas era grande, até porque o vestido que eu usava era mega chamativo e luxuoso demais para o ambiente.

Quando finalmente conseguimos embarcar, o que foi mesmo um milagre dos céus – nosso anjo da guarda devia estar fazendo hora extra – , mais uma vez tivemos aquela deliciosa sensação de alívio, sensação essa que não durou muito tempo, pois, mais ou menos próximo do nosso destino final, o taxista anunciou que não poderia seguir com a viagem, visto que as ruas estavam fechadas. Teríamos que seguir a pé.

Ele disse isso sem a menor delicadeza, como se fôssemos um estorvo no seu carro. Gabi perguntou o que poderíamos fazer, explicando que não éramos dali, que não sabíamos por onde seguir e novamente ele foi grosseiro, do tipo: “Se virem queridas, isso não é problema meu”. Não com essas palavras, mas foi exatamente essa mensagem que quis nos passar.

Ainda por cima tentou dar um de esperto pra cima da gente, querendo que pagássemos a corrida no débito, alegando que o aplicativo estava com problema. Realmente deu um bug lá na hora de encerrar a corrida, porém foi cobrada normalmente depois. Ainda bem que fui firme e não cedi.

Descemos do carro e fomos pedindo informação para as pessoas na rua. Não estava propício ver o mapa no celular, além de estarmos quase sem bateria. Foi uma boa caminhada até chegarmos no hotel, ainda bem que tinha bastante gente na mesma situação que nós, geral voltando pra casa a pé.

As primeiras horas de 2020 foram tão ruins e desmotivadoras quanto como quando surgiu a pandemia. Acredito piamente que o nosso réveillon de merda foi mesmo um prelúdio do que seria o ano.

O lado bom de tudo isso é que a virada de 2020 para 2021 foi imensamente diferente e muuuuito melhor! Então, segundo a minha crença, prevejo um 2021 repleto de muitas alegrias e sucesso para todos nós!! ✨

Agora, para fechar, respondo-lhes a pergunta que não quer calar: Será que o meu brinco foi encontrado?? – Minutos de suspense… –

Sim!! Mas até o seu regresso para as minhas mãos foi trabalhoso. O encontraram e deixaram na portaria para que eu enviasse um loggi retirá-lo. Antes disso, até surgiram convites para que encontrássemos os rapazes novamente, mas como os nossos dias no Rio estavam acabando, demos prioridade para outras coisas, programas entre amigas. Tais como bater perna no shopping – quase fomos à falência na Sephora, rs – almoçar uma lasanha deliciosa no Abbraccio, saborear o irresistível Grand Gateau do Paris 6, enfim, coisas comuns que poderíamos fazer em São Paulo, mas que queríamos fazer no Rio também, rs.

Então, continuando com a narração, enviei um loggi e quando o entregador chegou lá, o porteiro dificultou, pois se recusava a entregar o meu brinco para alguém que não fosse eu mesma. Ele não compreendia que o entregador estava lá me representando. Tivemos todo um desgaste de ligar para o Árabe Boss e pedir que ligasse na portaria e autorizasse o porteiro a entregar meu brinco para o motoboy que estava lá esperando.

-Amiga, o porteiro deve estar achando que o seu brinco é uma joia.

Era a única explicação plausível para tanta dificuldade. Mas não se tratava de nenhuma joia não. Não precisa ser algo tão caro para que eu valorize. Enfim, o loggi ficou o dobro do preço, só pelo tempo de espera do entregador em conseguir retirar o item. Ahh, ainda por cima veio sem a tarracha!!

Nessa reta final da viagem, já começou a bater aquela saudade de casa. Acho que a nossa alma, o nosso interior, em qualquer viagem, de fim de semana ou meses, sempre sabem a hora certa de voltar. E como é gostoso esse regresso! Voltar para a sua casa, sua rotina, suas coisas, seus gatos!! ?❤️?

Retornamos para São Paulo de avião, enquanto dois lugares no ônibus – previamente comprados – lamentariam a nossa ausência. Sabe aquela frase: “O barato sai caro”? É completamente verdade. Se tivéssemos fechado, desde o início, ida e volta de avião, teria ficado beeeem mais em conta do que pagamos somente para voltar, comprando em cima da hora. Mas o nosso conforto, desta vez, falava mais alto que o nosso bolso.

Voltamos com a bagagem cheia de lembranças e histórias. “Embarque para Congonhas, portão 8”.

Réveillon no Rio – Parte 4

Hello meus lindos! Olha eu aqui de novo!! Tudo bem com vocês??

Não queria lhes deixar na curiosidade da continuação por tanto tempo, mas final de ano, sabem como é, né? Viajei na última semana de dezembro, retornei esta segunda e precisei desses dias para reorganizar a minha vida.

Bom… sem mais delongas, vamos lá!

Mulheres Sofredoras

Mulher apaixonada e de coração partido é uma coisa muito triste e ao mesmo tempo engraçada. Fazemos coisas ridículas em busca daquela atenção masculina que tanto almejamos. Minha amiga estava tão desesperada para conseguir, de alguma maneira, reatar seu namoro, que ainda que estivéssemos no Rio, prospectando no Tinder e conhecendo rapazes promissores na praia, teve o empenho de pagar o Tinder Gold, colocar a localização do ex e ficar na investigação se ele também estava cadastrado no aplicativo.

Adivinhem só, ele estava! O intuito dela era lhe causar ciúmes, caso ele também a visse, porém, o tiro saiu pela culatra. Ele ligou para ela e a excomungou por ser tão fria de já estar na caça. – Sendo que ele também estava, né?! –  Eu, como boa amiga que sou, filmei ela discutindo com ele no telefone, chorando, se exaltando – apenas para arquivo pessoal – e hoje, quando lhe mostro o vídeo, sente a maior vergonha de si mesma. Pra você ver ao que nos sujeitamos!

Já eu, ficava toda hora trocando a foto do WhatsApp, na tentativa frustrada de que alguma das que eu colocasse, despertasse a vontade de um certo alguém puxar assunto comigo. Não, não me refiro ao Moreno Gato que estava pendente de encontrar o meu brinco, mas ao outro que eu realmente nutria algum sentimento, aquele que citei na primeira postagem, o que precisou parar de sair comigo por motivo de força maior. Você tenta encontrar uma nova distração, mas quando vê que não vai adiante com o novo que apareceu, volta a sofrer pelo antigo.

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Novamente a viagem não estava sendo tão promissora quanto merecíamos. A caça no Tinder permanecia, eu e a Gabi dávamos match com praticamente os mesmos caras, rs.

Teve um que estava hospedado no mesmo hotel que nós, um gringo que me secou de tal maneira no elevador ao ponto de me deixar constrangida. Poucos minutos depois lá estava ele me dando super like no Tinder – isso que dá usar as mesmas roupas das fotos – , pelo jeito não era só nós que estavámos tentando a sorte no aplicativo, rs, deslizei o dedo para a esquerda.

Ainda tive um pequeno estresse com outro meliante que se achava o Don Juan. Este aqui deu match primeiro comigo e começamos a combinar logo um encontro. Quando chegou no ponto de definirmos o horário e local, ele acabou dando match com a Gabi também.

Nesse momento, eu já previra que ele seria cafajeste com uma das duas e fomos dando corda para ver até onde ele iria. Falamos de marcar encontro para o mesmo dia e aguardamos ver como ele se sairia dessa. Daí o cretino simplesmente parou de me responder e passou a combinar com a Gabi o que antes estava combinando comigo. Arrrgh, não queiram conhecer a fúria de uma ariana!!! ???

Demos o troco que ele merecia. Mandei mensagem para ele dizendo que sabia que ele estava combinando algo com a minha amiga – surpreendentemente ele voltou a me dar atenção imediatamente – e que só para ele saber, não gostávamos de homens baixinhos, que só fomos dando corda para ver com qual das duas ele seria um cuzão. Ele respondeu algo entre risos, tentando se justificar, mas já era tarde demais. As duas desfizeram o match e ele ficou sem ninguém.

Gabi conseguiu marcar encontro com outro rapaz e ele levou um amigo também. Fomos numa lanchonete. Ambos eram bonitos, mas estava nítido que o tal amigo que ele levou para me conhecer tinha muito mais a ver com a Gabi, enquanto ele, por sua vez, tinha mais a ver comigo.

Concordávamos nos mesmos assuntos, enquanto a Gabi também tinha mais sintonia com os gostos e o jeito do amigo dele. Não haveria o menor problema invertermos os casais, porém, contudo, todavia, na hora de nos despedirmos – os rapazes sequer pagaram a conta, tudo foi dividido – faltou atitude.

Mesmo tendo ficado claro que rolou mais afinidade comigo, ele preferiu não trocar o que considerava certo pelo duvidoso – afinal, o match pelo aplicativo tinha sido com a Gabi – e pediu para ficar com ela, quando a mesma também se decepcionou pela falta de iniciativa do amigo dele em investir nela. Ficamos todos no zero a zero.

O jeito foi nos aventurarmos de outras maneiras…

Aventura de verdade

Trilha Pedra da Gávea

Agora vou lhes contar duas coisas sobre mim. Não sou o tipo de mulher que curte fazer trilhas. Já fiz algumas vezes, o bastante para saber que prefiro a tranquilidade de um sítio, campo ou fazenda. Quando estou em contato com a natureza, gosto de relaxar, apreciá-la bem quietinha enquanto leio um bom livro, ouvindo o canto dos pássaros.

Também detesto acordar cedo, ainda mais estando de férias. Sabe quando o Seu Madruga diz em algum dos episódios do Chaves: “Quem ousa me acordar às 10h da madrugada?”, então, essa frase me define, essa sou eu, rs. Gosto de acordar sem despertador, não há maneira melhor de começar o dia! No entanto, a Gabi insistiu muito para que fizéssemos esse passeio e o que os nossos amigos não nos pedem sorrindo que não fazemos chorando?

Lá estávamos nós, saindo de Copacabana super, hiper, mega cedo, pois tínhamos que estar na Barra da Tijuca às 7h. Durante os dates que tivemos no Rio, sempre que falávamos que faríamos essa trilha, os rapazes faziam uma careta e diziam que éramos corajosas. Não entendíamos muito bem o que aquilo significava. Depois a Gabi descobriu que fechou a trilha errada. Ela pensou se tratar da Pedra do Telégrafo, uma trilha muito mais rápida e tranquila, quando, na verdade, estava nos levando para a trilha do mal.

Esperávamos pelo guia num bar qualquer. Eu encostei minha cabeça na mesa e aproveitei para tirar um belo cochilo enquanto o cara não chegava. Logo mais ele chegou, um rapaz simpático, mas franzino, me deixando não muito segura quanto à sua força em nos amparar caso fosse preciso. Gabi estava toda animada e sua empolgação tomou forma quando saímos do bar. Ao sair do estabelecimento, sem mais nem menos, ela caiu de joelhos no chão, se ralando toda, já queimando a largada. Não tive como não rir! ??? Não é todo dia que vemos uma beldade daquelas se estatelando no chão. ??

Eu já estava com preguiça da trilha antes mesmo de começar, mas em determinado momento dei aquele gás, com o pensamento de que quanto mais rápido andássemos, mas rápido terminaríamos. Doce ilusão. Quanto mais andávamos, mais distante o topo parecia. Não desejo a ninguém aquela trilha. O guia nos perguntou: “Vocês querem com emoção ou sem emoção?”, é injusto perguntar isso para alguém que não tem a menor noção do que está sendo perguntado. Ele pegou o caminho da emoção. Coitadas de nós!

Essa trilha só foi interessante por uma razão: Autoconhecimento. Eu, que detestava trilha, que preferia estar na cama do hotel dormindo, acabei me saindo melhor que a Gabi. Algo que surpreendeu a nós duas. Em muitos trechos ela precisou de ajuda e eu, querendo que aquilo acabasse logo, ia subindo sozinha antes que o guia voltasse para me ajudar a subir também, pois não queria perder tempo.

O rapel foi apavorante!!! Eu tenho medo de altura, então imaginem como foi. Gabi foi primeiro e lá de cima ficou tensa me assistindo subir. Ficava ainda mais chocada quando topávamos com pessoas fazendo aquela trilha sem um guia. Muito perigoso!!

Posso dizer que quase morri num trecho logo após o rapel da subida. Estávamos num penhasco muito, mas muito alto, só se via o verde da natureza e morros em volta. Estávamos escalando uma parte de terra pisando e segurando em apenas algumas pedras que estavam grudadas na terra. Teve uma hora, enquanto eu me segurava numa dessas pedras, que a mesma saiu na minha mão!! O que me salvou foi os meus pés estarem firmes em outra pedra mais abaixo. Fiquei apavorada quando isso aconteceu. Comecei a subir cada vez mais rápido para sair logo dali, ao passo que a minha amiga ficava para trás com o guia a ajudando.

Gabi sofreu ainda mais. Já estava ralada e com os joelhos ardendo do tombo inicial, fora os escorregões e tropeços que vieram depois. Ela também passou por sufocos naquele mesmo ponto que a pedra saiu na minha mão ao ponto de chorar de medo. Mesmo com guia a trilha é perigosíssima!

Enfim chegamos no topo, a primeira parte do desafio tinha sido concluída!

Vista do topo, trilha Pedra da Gávea

Depois de todo aquele sufoco, você me pergunta: “Valeu a pena, não valeu? Aquela vista não é mesmo maravilhosa?” Sim, a vista é perfeita, nos rendeu fotos incríveis, mas se me dissessem que seria aquele nível de dificuldade para chegar até lá, eu, com certeza, teria recusado. Minha vida vale muito mais que uma visão de cima do Rio e eu quase morri real naquela bendita pedrinha.

A descida foi um pouco, só um pouco mais tranquila, mas ainda assim teve seus desafios horrorosos. Se eu já tinha achado aterrorizante o rapel da subida, imagine o da descida em que você precisa descer de costas, sem saber direito onde está pisando??! Eu gritava desesperada, queria que um helicóptero estivesse ao meu dispor para me tirar dali. Depois daquilo ainda tiveram pedras gigantes extremamente inclinadas, dificílimas de descer.

Bom, meus caros, ficamos naquela trilha por pelo menos nove horas. Nove horas em atividade física direto, sem uma refeição decente, apenas a base de barras de cereais, água e frutas, que levamos. Às 7h00 tiramos uma foto na entrada da trilha, pleníssimas, e às 16h00 tirávamos outra foto, no mesmo ponto, completamente destruídas. – Fiz questão de deixar até mesmo a foto desfavorável no meu destaque do Instagram (pessoal), para que todos vissem, em nossas fisionomias e aparência, como foi difícil! – 

Ao final de tudo, até mesmo a Gabi, que insistiu tanto por aquele passeio, reconheceu que não foi uma boa escolha. Só nos restou dar risada pelo apuro que tínhamos passado e darmos graças a Deus por ter acabado e termos sobrevivido.

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A próxima parte da história será a última. O gran finale com o desfecho fantástico do nosso réveillon – que não foi tão fantástico assim, rs – . Prometo não demorar tanto para postar! ?

P.S. Comentários são sempre bem vindos, me motivam a continuar escrevendo e postando! ❤️

Réveillon no Rio – Parte 3

O terceiro dia no Rio foi bem light. Decidimos conhecer a piscina do hotel e nos surpreendemos positivamente. Tranquila, quentinha, pouquíssimas pessoas, era a paz que estávamos buscando, depois de uma experiência esquisita na praia de Copacabana, no dia anterior. Perto do sol se pôr demos um pulinho na praia de Ipanema, mas ficamos pouco tempo, sequer entramos no mar. 

O babado mesmo foi no dia seguinte…

Quarto dia no Rio. Quando finalmente as coisas desenrolaram a nosso favor.

Localização: Praia do Leblon.

Sortudos: Dois homens atraentes, sentados na areia bem na nossa frente.

Codinomes: Árabe Boss e Moreno Gato. – Impressionante como o mais gato é sempre o menos simpático. – 

Moreno Gato: era de longe o mais atraente. Corpo em forma (via-se que frequentava academia), pele bronzeada, menos falante que o Árabe Boss. Lhe daria uns 34 anos.
 
Árabe Boss: Bonito também, mas com uma leve pancinha. Bronzeadinho, olhos claros, todo conversador. Lhe daria uns 39.
 
A interação começou quando o mais simpático deles – que mais tarde descobrimos ser dono de um restaurante árabe, badalado no Rio, (por isso o “Boss”) –  pediu  para a Gabi cuidar dos pertences deles, enquanto davam um mergulho. Eu estava no mar nesse momento e quando voltei peguei a conversa no meio do caminho.
 
Quando voltaram, após agradecerem, já engatamos uma conversa. Papo vai, papo vem, nos convidaram para conhecer a mureta da Urca. Fizemos um pequeno charminho, mas, obviamente aceitamos. Estávamos em busca de aventura e a oportunidade se apresentou finalmente. ✨
 
O carro pertencia ao mais gato/menos simpático, nomeado como “Moreno Gato”, que estava ao volante. Eu e a Gabi fomos no banco de trás. Fizemos uma rápida parada na casa de um deles para que pegassem uma garrafa de vinho, mas não descemos do carro, aguardamos que retornassem com a birita. Conversamos bastante durante o trajeto e os rapazes pareciam ser super do bem, bancando os guias turísticos da gente. 
 
Nesse primeiro momento pareceu que a Gabi ia dar match com o mais gato, mas o outro reverteu a situação, marcando presença com a Gabi, deixando o mais gato para mim, que aliás, gostei muito. ?
 
Quando chegamos na mureta da Urca, a vista era realmente linda. Avistamos até um restaurante flutuante no meio do mar! Uma lanchonete badaladíssima, logo em frente a mureta, estava lotada – saudade de quando podia aglomerar – , mas os rapazes conseguiram comprar uns petiscos deliciosos pra gente. Bolinho de bacalhau, talvez? Confesso que não me recordo o que comemos exatamente, só sei que era muito bom. ? Depois nos encostamos na mureta e passamos o finzinho de tarde ali, conversando e socializando, enquanto aguardávamos pelo pôr do sol.
 
Dali a pouco o Árabe Boss chamou a Gabi para ir com ele num restaurante próximo, de um amigo dele, buscar mais vinho para nós,  já que nas lanchonetes próximas só vendiam cerveja. Fiquei sozinha com o Moreno Gato.
 
Conversa vai, conversa vem e nada de algo acontecer. Começou  a me incomodar a falta de iniciativa dele. Ou ele realmente era lerdo ou simplesmente não estava interessado em mim. 
 
Quando começou a anoitecer, Gabi e o Árabe Boss voltaram, já engalfinhados, super entrosados. Gabi, disfarçadamente, usando nossos códigos femininos, sondou se eu também já tinha beijado e revelei que não, frustradíssima. Ela também se espantou com a lerdeza do bonitão. 
 
Não muito depois fomos embora. Precisávamos de um banho para nos preparar para a night e foi nesse momento que comecei a notar uma coisa estranha. O Árabe Boss, que estava ficando com a minha amiga, começou a ser muito atencioso comigo também. Sentou no meio de nós duas no carro (o banco da frente estava ocupado por um outro amigo deles que apareceu na mureta depois) e vez ou outra pegava na minha mão. Eu fiquei confusa, não queria que a Gabi pensasse que eu estava furando o seu olho, mas ele fazia tudo isso na frente dela também, me deixando na dúvida se o safadinho, vendo que o amigo não tomou nenhuma atitude, cogitava algo a três. ? Deve ser coisa de árabe, querer sempre um harém. 
 
Nos deixaram no hotel e seguiram para suas casas. Tomamos nosso banho, nos arrumamos e, como era de se esperar, o Árabe Boss queria encontrar a Gabi ainda naquela noite. Entretanto, como estávamos em duas, é claro que ela não me deixaria sozinha para sair com ele. Daí nesse momento ela aproveitou para investigar:
 

-Seu amigo não curtiu a minha amiga?

-Curtiu sim!! É que ele já tem um esquema aqui no Rio. […] E então, vamos sair?

-Não vou deixar a minha amiga sozinha.

-Tem o DJ!

DJ era o tal amigo deles que chegou lá na mureta depois. Um homem super simpático e aparentemente gente boa, porém, zero atraente aos meus olhos.
 

-Bom, então tá. Se mudarem de ideia, manda mensagem! – Deixando a porta aberta, diante da nossa recusa.

Quando a noite cai…

Eu e Gabi fomos para uma balada. Chegamos super cedo e abrimos a pista de dança. Encontramos uns amigos nossos gays que também estavam passando o final de ano no Rio e foi tudo incrível. ✨
 
Mais tarde, quando íamos embora para o hotel, Gabi conferiu seu celular e o Árabe Boss não parava de mandar mensagem. Ele insistia para que fôssemos encontrá-lo, dizendo que estava com outro amigo para me apresentar. ? Acabamos indo mais pela insistência dele.
 
Quando chegamos no tal prédio, adivinhem quem era o outro amigo que ele queria que eu conhecesse? O mesmo que estava com ele na praia mais cedo. ? Ele tinha mentido para que fôssemos até eles. Broxei e fiquei com vontade de ir embora.
 
Lá dentro do apto, acabei ficando sozinha na presença do Moreno Gato, fumamos um e conversamos. Ele disse que assim como eu devia ter meus esquemas em São Paulo, ele também tinha os dele no Rio e, basicamente, naquele momento eu estava servindo de stand-by (não com essas palavras) por ele ter brigado com a tal garota. Não foi algo que gostei, mas era o que tinha para aquela noite. Era gato e serviria para satisfazer as minhas vontades. 
 
A moradia era do Moreno Gato, mas, infelizmente, ficamos sem acesso a um cômodo mais privativo, porque a pistoleira da Gabi foi mais rápida e já escoltou o Árabe Boss para o quarto, nos deixando com um mísero sofá, sem a devida privacidade. 
 
Ele me agarrou quando estávamos voltando da cozinha. Eu tinha pedido um copo de água (boca seca, devido ao beck) e no corredor ele fez toda uma cena sensual, me pressionando contra a parede e subindo os meus braços acima da minha cabeça. “Quero que seja especial”, ele disse, todo seduzente. Me beijou ardentemente e desceu com seus beijos pelo meu pescoço, até chegar no meu decote. Na sequência fomos para o sofá.
 
As preliminares foram de respeito. Na brisa que estávamos, as sensações foram ainda mais intensas e calorosas. ? Ele me chupou, eu o chupei, fizemos 69, até que chegou o momento da penetração.
 

-Você tem camisinha? – Perguntei.

-Está no quarto. – Ele respondeu depois de uma longa hesitação.

-Não consegue pegar?

-Eles estão no quarto. Não consigo entrar lá agora.

Xinguei muito a Gabi nesse momento.
 

-E agora? – Perguntei novamente.

-Você que sabe…

Eu que sei o quê? Ele queria transar sem preservativo?? Fiquei no maior dilema, minha gente. Hora H, morrendo de tesão, não tinha como buscar a camisinha e também não tinha a menor possibilidade de eu fazer com ele sem, por mais chapada que eu estivesse. No entanto, o tesão estava gritando dentro de mim e não conseguia me enxergar saindo de lá sem saciar a minha vontade. Em um milésimo de segundo pensei em várias possibilidades, até que me ocorreu olhar na minha bolsa. Eu sempre saio prevenida, afinal, vai que a balada resultasse em alguma coisa, rs, e lá estava ela! Uma camisinha solitária da minha marca preferida (Skyn)! Uhuuuu, alguém gozaria naquela noite! Minha última transa do ano! ?
 
Começamos comigo por cima, sentada no seu colo. Transamos em várias posições (não vou me aprofundar nos detalhes, pois a memória está comprometida), só lembro que ele bombou por um tempão comigo de quatro, ajoelhada no sofá, até finalmente gozar nessa última posição. Depois ficamos abraçados, no maior chamego, completamente nus, conversando sobre banalidades. Ele perguntou quando eu ia embora e me chamou para voltar lá depois. Estávamos absortos e aconchegados nos braços um do outro, até que fomos surpreendidos pelo Árabe Boss e a Gabi abrindo a porta do quarto. Me cobri rapidamente e Gabi, a estraga prazeres, soltou um:
 

Vamos embora amiga? – Tesourando o meu momento.

-Claro amiga.

Me vesti e sem muitas delongas partimos. Chegamos no hotel e começamos a trocar figurinhas. Ela contou que o Árabe Boss não deu muito no couro e se surpreendeu quando contei que o Moreno Gato tinha um pau mais modesto, diferente do que imaginávamos por conta do seu porte físico.
 

-Você sabe que era pra EU ter transado no conforto do quarto, enquanto VOCÊ na simplicidade do sofá, né? – Acusei.

-Ai amiga, fui falando pra ele me mostrar o apto, até que chegamos no quarto. Sorry.

-Piranha.

Na manhã seguinte…

Eu já estava super in love pelo Moreno Gato! Não que tivesse sido a melhor transa da vida, mas eu estava carente e me apaixonando por qualquer transa bem sucedida. Ele não tinha pegado meu telefone, mas o Árabe Boss tinha o da Gabi e para solicitar o meu era dois palitos.
 
Porém, contudo, todavia, o Moreno Gato não fez a menor questão de descolar o número do meu telefone. ? E isso me incomodou MUITO! Afinal, ele não tinha falado para eu voltar lá depois??
 
Para variar, eu tinha perdido um dos meus melhores brincos enquanto estávamos transando. Movi céus e terras para recuperá-lo, mas essa minha determinação por um mísero acessório, passou a ideia errada de que eu estava inventando qualquer pretexto para contatá-lo.
 

-Gabi, fala com o Árabe Boss do meu brinco.

-Já falei amiga, ele não encontrou.

-Fala pra ele procurar direito!! ? Arrastar aquele sofá! Lembro muito bem do momento em que o meu brinco caiu. Eu ainda consegui recuperar a tarracha e a coloquei numa dobra do sofá! O brinco deve ter caído pelo chão.

-Tá amiga, vou falar pra ele procurar novamente.

Estava desagradável ter que terceirizar a busca, porque o comedor de meia tigela não me mandava uma mensagem! Seria muito mais prático falar com ele – que sabia muito bem como utilizamos aquele sofá – , para procurar o meu brinco nos pontos certos!
 
-Amiga, admite que você está usando o brinco como desculpa para se aproximar dele… – Gabi, viajando na maionese.

-Amiga… não é desculpa! Eu paguei caro naquele brinco e adoro ele! Faço questão de ter o meu brinco de volta!!

Qual a dificuldade de entenderem que eu sou uma mulher vaidosa, que preza pelos seus pertences?? Quando senti meu brinco caindo, enquanto ele bombava fortemente comigo de quatro, rapidamente salvei a tarracha, que ainda estava grudada na minha orelha, e mentalmente esquematizei: “Depois que terminarmos vou procurar o brinco”. Porém esqueci. Acontece. Juro pra vocês que a minha vontade de recuperar o brinco era genuína. Apenas isso.
 
Terceira vez que a Gabi falava com o Árabe Boss…
 

-Amiga e o meu brinco??

-Ele não encontrou amiga.

-Não é possível! Ele não procurou e está dizendo que não achou, sem sequer ter procurado! Impossível não estar naquele chão!

-Amiga, já está chato eu ficar cobrando isso dele.

-NÃO INTERESSA!! QUERO O MEU BRINCO!! ??? Se tiver ruim pra você, me passa o número dele que eu mesma mando a mensagem cobrando!!

[…]

-Meu, a minha amiga tá me irritando aqui com a história do brinco dela. Será que você poderia procurar mais uma vez?
 
Eu não voltaria para São Paulo sem a porra do meu b-r-i-n-c-o!
 
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Feliz Natal!!!

Réveillon no Rio – Parte 2

Primeiro dia de praia, ai que delícia! Aquele sol escaldante, somado ao calor abundante, era exatamente tudo o que a gente precisava! Compramos nossas canguinhas, alugamos um guarda sol com duas cadeiras e lá estávamos nós, lindas e belas, pleníssimas estendidas na areia. Estávamos tão maravilhadas por estar na praia num belíssimo dia de sol e calor como aquele, curtindo nossas férias maravilhosamente, em frente ao Copacabana Palace, tão absortas no nosso mundinho, dentro da nossa bolha, que, nesse primeiro momento, não percebemos a quantidade de pessoas estranhas e esquisitas que jaziam por todos os lados naquela areia. 

A primeira ilusão visual foi quando chegou um casal e se instalaram a poucos metros da gente. Os apelidamos de “O falso jogador de futebol e sua mulher gringa”. Quando eles chegaram, foi uma entrada triunfal. Eles trouxeram uma caixa de som gigantesca e colocaram uma música eletrônica que ecoava por toda a praia. Chegaram no exato momento em que a Gabi tinha acabado de comprar, de um camelô, uma caixinha de som vagabunda, só para ouvirmos entre nós duas ali mesmo. Quando o casal vizinho chegou e colocou a caixa de som deles pra funcionar, a nossa ficou apagada e até brinquei com a tal gringa que o som deles tinha humilhado o nosso. Ela deu um sorriso amarelo, como se não tivesse entendido a piada, e atribuímos o seu não entendimento a sua possível origem estrangeira. 

– Aposto que ele é jogador de futebol, que nem o Neymar! E essa namorada dele é gringa! – Análise prematura da Gabi.

A tal gringa usava uma canga branca de bolinhas pretas, algo que realmente parecia refinado. Com o passar do tempo, notamos uma constante movimentação no vizinho ao lado. Sempre ia alguém falar com ele e ele, o tal jogador de futebol, mostrava uma corrente dourada para a tal pessoa.

– Ele está vendendo correntes de ouro na praia! Que chique! – Novamente Gabi, a iludida.

Ficamos algumas horas curtindo o sol e cuidando da vida alheia, até que, com o passar do dia, o filtro da riqueza foi se esvaindo dos nossos olhos, principalmente dos da Gabi, que desde o princípio pintou uma imagem glamourosa deles.

Quando a tal gringa tirou a canga, revelando uma tatuagem de péssimo gosto na região do bumbum – era um tribal – , Gabi caiu em si que aquela mulher não era gringa coisa nenhuma! Dito isso, instantaneamente, a tal gringa já não parecia mais tão bonita e exótica, mas sim uma mulher comum e sem atitude, ao lado de um cara que dava mais atenção para as pessoas que vinham até ele, do que para ela que estava o tempo inteiro ali.

Mais tarde ainda, uns dois policiais rondaram onde estávamos e caímos em si que, na verdade, aquelas correntes douradas deveriam ser fachada para um esquema de venda de drogas. Ou seja, estava rolando o maior tráfico ali, bem debaixo dos nossos narizes e a Gabi achando que o possível traficante era jogador de futebol! ???

*

Paralelamente, observamos também uma mulher, alguns metros à frente, descolorindo seus pelos como se estivesse no quintal da sua casa. Uma visão horrorosa, minha gente! Ficamos abismadas com a coragem daquela mulher, não se importando com o ridículo.

– Vai ver, aqui isso é normal. – Ponderou Gabi, tão confusa quanto eu, diante dos hábitos cariocas.

*

Uma outra situação estranha foi quando, de repente, alguém jogou areia na gente. As duas espalhafatosas gritaram e quando olhamos para o lado, tinha sido uma criança que estava junto com a sua família. Todos os membros presentes nos encararam, com a maior cara de poucos amigos. Gabi, para disfarçar o climão que se instaurou, falou: “Me assustei, rs”, como se as erradas fôssemos nós, por termos gritado. Eles, no entanto, sequer pediram desculpas pela sapecagem da criança e continuaram nos fuzilando, como se fôssemos duas intrusas.

– É amiga, acho que as pessoas que moram em Copa já foram tudo viajar. Essas que estão aqui são pessoas que moram em bairros mais distantes. – Mais uma análise da Gabi, agora sim, mais certa do que nunca.

Voltamos para o hotel, levemente desapontadas. Esperávamos paquerar na praia, encontrar pessoas bonitas e interessantes, mas não foi bem isso que aconteceu.

Pelo menos ainda nos restava a noite…

Nos arrumamos lindamente e fomos num Pub chamado: “The Rock Bar”. Estava bastante promissor. Teve um show de música ao vivo, tínhamos reservado uma mesa, comemos, bebemos algumas bebidas – infelizmente não conseguimos ficar bêbadas – e até fui reconhecida por um cara que dei match no Tinder na noite anterior. 
 
Contudo, nada significativo acontecia naquele pub. Éramos as gatas que não deram certo no rolê. Impressionante. Saímos de lá e fomos para outro lugar. Nesse outro – que sequer lembro o nome – , pagamos entrada para irmos embora em menos de uma hora. Tocava pagode, depois mudou para eletrônico, o que em outro momento teria nos animado, porém, como estávamos vindo de outro agito, à essa altura já não tínhamos mais tanto pique. Voltamos para o hotel, novamente frustradas.
 

– É amiga, a viagem não está sendo como imaginávamos. – Falei um pouco desanimada, enquanto estávamos no Uber, rumando de volta para o hotel.

– É amiga, não está mesmo não. – Respondeu Gabi, vencida pelo cansaço.

Mas a viagem estava apenas começando!! Dias melhores viriam!!
 
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Réveillon no Rio

Essa é uma história baseada em fatos reais, cujos momentos ocorreram em meados de dezembro de 2019. Aquele tipo de experiência que depois que passa você ri, vira assunto em rodas de conversa, você verdadeiramente se diverte lembrando, mas, no tempo real dos acontecimentos não foi bem assim. Quem nunca passou por isso ainda não viveu nessa vida!

Final de ano chegando e você, que ainda não tem nada planejado, começa a pensar nas possibilidades para o seu réveillon. Eu queria ir para o Rio. Tinha uma lembrança antiga de um ano novo que passei com uns amigos em Copa (de 2015 para 2016) e queria muito vivenciar tudo de novo. A queima de fogos na praia tinha sido algo tão lindo, tão mágico e tão belo, que me fez sentir algo tão especial por dentro, como se tudo aquilo – toda a experiência visual e sensorial – fosse a confirmação de que o ano que entraríamos seria incrível.

Como realmente foi. Em 2016 realizei o meu tão sonhado objetivo de sair de casa e morar sozinha, escrevi meu primeiro livro, enfim, foi um ano de muitas conquistas e crescimento pessoal e atribui todas essas conquistas à mágica invisível presente na virada do ano. Como uma superstição. Se a virada de ano for incrível, então o ano que entrará será melhor ainda. Eu queria ter esse mesmo sucesso em 2020. Estava decidido. Eu iria para o Rio de Janeiro no réveillon outra vez! 

Depois que você decide o que fazer, o próximo passo é pensar “com quem”. Com os amigos que fui anos atrás não seria mais possível, as rotinas mudaram, não éramos mais tão próximos.  

Coincidentemente, uma grande amiga minha terminou seu namoro bem nessa época de festas de final de ano. Seu relacionamento de três anos tinha sido rompido abruptamente e ela estava inconsolável. Foram dias difíceis. A intimei passar uns dias na minha casa e quando eu achava que finalmente estava conseguindo distraí-la, dali a pouco a flagrava chorando de novo. Decidi então arrastá-la para o Rio comigo. Réveillon na praia, solteira e com uma amiga alto astral do meu lado (que naquele momento não estava tão alto astral assim, rs) tinha tudo para dar certo! Ninguém seguraria a gente!

Ela tentou me convencer a irmos para Búzios ou Angra dos Reis, algo mais glamouroso, mas eu, teimosa como sou, a convenci de que assistir a queima de fogos em Copacabana seria muuuuuito melhor! Partiu Rio!

… de ônibus.

Não que não tivéssemos dinheiro para ir de avião, mas eu estava num momento de reeducação financeira, levemente pão dura, lendo muito Nathalia Arcuri, optando sempre pelo mais em conta e não o mais confortável.

Péssima escolha.

Pegamos muito trânsito e a viagem que começou animada, se tornou cansativa e desgastante. E assim foi dada a largada!

*

O hotel que nos hospedamos, bem… também deixou a desejar. Para um quatro estrelas, ele estava mais para três, quase duas. Minha amiga – a partir daqui vou chamá-la de Gabi, para fluir melhor o texto – estava mais conformada, dizendo que, pelas fotos, sabia que não era grande coisa. Já eu era a cara da decepção. Com o valor que pagamos, para passar uma semana inteira, esperava algo muito melhor do que aquilo.

A boa notícia é que depois que arrumamos o quarto com as nossas coisas, instantaneamente mudou a energia do lugar, ficando bem mais aconchegante. “Mal vamos ficar no hotel, amiga”, relembrou Gabi, no alto de sua sabedoria.

Contudo, Gabi não estava plenamente certa de suas palavras. Afinal, tínhamos um plus nessa viagem: o coração partido. Levá-la para o Rio não curou as suas mágoas num passe de mágica e a fossa tem o poder maligno de tirar o brilho das coisas – só fico na dúvida se numa Nova York, Las Vegas ou Califórnia, o efeito ainda seria o mesmo, rs – .

Como se já não bastasse a Gabi estar na maior fossa, nível hard, eu também estava um pouquinho abalada amorosamente. Não tanto quanto ela, mas também não estava 100%. No meu caso, o que aconteceu foi o seguinte, o boy que eu saía na época teve uns problemas pessoais e tivemos que parar de sair. Saíamos por três meses, pouco tempo, mas com muita intensidade, se é que vocês me entendem. Para variar, coincidentemente ele morava no Rio – juro que não foi por esse motivo que eu quis ir para lá – o que me deixava ainda mais emotiva durante a viagem.

Então, sendo assim, eu e Gabi, Gabi e eu, após desfazermos as nossas malas e nos depararmos com os cinquenta tons de cinza das paredes do quarto, sem nenhum cronograma do que fazer naquela noite carioca, decidimos então baixar o Tinder! Isso mesmo, o Tinder! – Não nos orgulhamos disso. – Até mesmo um corretor de imóveis carioca, que eu conhecia de São Paulo, encontrei no abençoado aplicativo – devia ter ido passar o final de ano com a família, rs – .

Por fim, consideramos saudável ficar no hotel naquela primeira noite, por vários motivos. Primeiro: estávamos cansadas da viagem de ônibus; Segundo: além do cansaço do trajeto, ainda tivemos mais tarefas ao chegarmos, arrumando o quarto e o deixando do nosso jeitinho; E por último, mas não menos importante, não tínhamos A MENOR ideia do que fazer no Rio! Não pesquisamos nada com antecedência, não nos planejamos, simplesmente fomos! Então usamos esse tempo no quarto para descansar e ao mesmo pesquisar boys potenciais no Tinder para nos trazer um pouco de aventura nos próximos dias que viriam.

Será que encontramos??

Aguarde os próximos capítulos…

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Perguntador

Viagem com o Perguntador – 2° Dia!

Acordei com seus beijos nas minhas costas, e me virei para beijá-lo. Depois desci para seu pau e o chupei por um tempo, até que encapamos e começamos comigo por cima. Após um tempo cavalgando, invertemos e ele veio no papai e mamãe, enquanto eu me masturbava bem gostoso. Depois de alguns minutos gozei, e ele também. Ahhh, nada como um sexo matinal. ?

Fui me banhar, e enquanto isso ele ficou na varanda, sentado na cadeira, lendo vários jornais diferentes. Devo ter demorado mais de meia hora até lavar o cabelo, secar, passar meus cremes e me vestir, e como já havia demorado o bastante, ele nem perdeu tempo tomando banho naquela hora, fomos logo tomar o café da manhã.

No restaurante, algumas coisas estavam disponíveis para pegarmos, e outras tivemos que pedir através do cardápio, para que fizessem na hora. Meu cliente sugeriu de comermos algo muito gostoso que não lembro o nome, feito com ovo, presunto, e torrada, uma delícia! ?

Depois daquele delicioso café da manhã, voltamos para o quarto. O Perguntador queria assistir à corrida de Fórmula 1, e eu me aproveitei para tirar um cochilo, já que ainda estava com um pouco de sono, por termos acordado cedo. Ao deitarmos na cama, no entanto, sem planejarmos acabamos transando de novo rs, entre um beijinho e outro o fogo se acendeu e quando vimos ele já estava perdendo a abertura da corrida rs. Após gozarmos, aí sim cochilei, deitada em seu peito.

Após um tempo que não sei definir exatamente quanto, acordei com ele me perguntando o que eu achava sobre a noite, umas 20h, irmos assistir o Fábio Porchat na peça “Meu Passado Me Condena 2”! ? Eu veria o Fábio bem na minha frente??! Quase não acreditei!! Respondi que seria incrível, e que eu queria sim!! ? Daí voltei a cochilar, enquanto ele fazia a compra on-line, pelo notebook.

Depois de algumas horas, ele se banhou e fomos passear pelas redondezas. Ele conhecia um barzinho ali perto, e fomos andando até lá. Enquanto andávamos na calçada da avenida, uma coisa impressionante e totalmente inusitada aconteceu! Uma mulher o gritou do outro lado da rua, ela estava no alto de um outro barzinho com algumas amigas. Puts! Ele disse que era uma grande amiga e que não daria para seguirmos sem cumprimentá-la direito, então fomos juntos até lá. Acabei a conhecendo, ele me apresentou como uma “amiga” rs. – Ainda bem que estávamos em outro estado, se ele encontrou uma pessoa conhecida lá, bem capaz de eu encontrar alguma também, se estivéssemos em São Paulo.- ?

Eles conversaram por alguns minutos, sobre até quando ele ficaria no Rio e etc, enquanto eu fazia cara de paisagem, com o sorriso congelado no rosto, só conseguia pensar no que a tal amiga deveria estar pensando sobre nós. Por sorte não nos sentamos com ela, seria muito estranho para mim. Ele se despediu e continuamos andando mais um pouco, contudo não ficamos muito longe dali – tanto que quando ela estava indo embora, deu tchauzinho quando nos viu no outro bar -.

Ficamos no barzinho por um tempo, ele bebeu algumas cervejas, e eu caipirinha de limão, que estava uma delícia e conseguiu me deixar “alegrinha” com apenas um copo. De lá rumamos para um restaurante chamado “Aprazível” que era simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO! ❤️

Primeiro tentamos achar um táxi, o que deu um pouco de trabalho rs, e para nosso azar – ou não, já que nos divertimos muito com isso -, o taxista não sabia chegar nesse restaurante! O que considerei uma pequena falha dele, afinal estávamos perto, e como o taxista dali não conhecia os points da região?! Rimos a beça no carro, porque ele precisou pedir informação para outros dois taxistas, e ainda pegou uma subida contramão rsrs, tadinho, devia estar pensado: “Maldita hora que peguei esses dois” Rsrs.

Mas vamos lá, o Aprazível! Se eu tivesse que avaliar esse restaurante, com certeza a nota seria 10! Em todos os aspectos! Precisamos pegar um elevador, para descer, mas não pensem que era fechado não! Pelo contrário! Era todo aberto, e assim como o hotel em que estávamos hospedados, totalmente ligado à natureza! Muito fantástico! – Apesar de não ser ideal para dias de chuva -. E os garçons? Nos tratavam como reis! Simpáticos, sempre sorrindo e não era aquela coisa forçada não, eles realmente nos deixaram bastante a vontade enquanto estivemos lá. Conseguiram uma mesa incrível para nós, com assentos de estofados, similar àqueles sofás do Outback, sabe? E demos sorte, pois não eram todas as mesas que tinham aquele assento.

De entrada, meu cliente pediu pão de queijo com linguiça dentro, algo que eu nunca tinha comido (nessa combinação) e que adorei! Como todas as outras coisas que ele me proporcionou descobrir, desde o nosso jantar, no restaurante do hotel. Ele continuou bebendo suas cervejas e eu mais uma caipirinha, só que agora de maracujá, um drink delicioso que até ele acabou tomando comigo, de tão gostoso que estava rs. Infelizmente, perto do prato principal chegar, tivemos que trocar de mesa, pois o sol estava baixando, e ficou bem na nossa cara rs. Providenciaram uma outra para nós, igualmente confortável, no entanto, num lugar mais fresco e comecei a sentir frio a partir daí, então almoçamos e não nos prolongamos mais, o frio acabava com o encanto rs.

Voltamos para o hotel andando, e novamente nos divertimos, pois o meu cliente que já estava um pouco mais “altinho” do que eu, não estava botando fé em mim, quando falei que sabia o caminho de volta rs. Daí ele me pressionou tanto, que em determinado momento até me bateu uma insegurança, e justamente nessa hora, quase pegamos o caminho errado, mas que fique bem claro que eu sabia o certo! Rsrs.

O Perguntador, assim como eu (o que me deixou muito feliz), também costuma dormir um pouco à tarde, então quando voltamos para o quarto, nos deitamos para tirar aquele cochilo gostoso após aquele almoço igualmente maravilhoso. Mas antes, coloquei o despertador em ação, para não perdemos a peça do Fábio mais tarde!

Ele pegou no sono mais rápido do que eu (afinal eu já tinha cochilado um pouco, de manhã), o que me permitiu descobrir que ele roncava! ? Baixo, mas ainda assim aquilo era um ronco, e falaria com ele quando acordasse sobre aquilo! (Ele tinha me garantido que não roncava rs.) Quando o relógio despertou, tive que ser forte para acordar e acordá-lo também. Eu sabia que se eu não quisesse ir, ele não iria (mesmo que já tivesse comprado), mas imagina se eu ia querer perder a oportunidade de ver o Fábio Porchat bem na minha frente?! E ainda mais perder uma peça de teatro, algo que adoro e que fazia tempo que eu não assistia. Acordamos um pouco em cima da hora, então apenas nos trocamos rapidamente enquanto o táxi não chegava.

Acabamos pegando um trânsito no caminho do tal shopping em que ocorreria a peça, mas ainda bem que conseguimos chegar a tempo, pois depois que voltei para casa, vi no ingresso uma mensagem, dizendo: “Não é permitido a entrada após o início”. Olha o perigo! Eu teria ficado bastante frustrada se perdêssemos a peça. ? Sentamos na segunda fileira do canto direito, o que nos proporcionou uma visão incrível do palco! E a sala estava surpreendentemente cheia.

Para a minha surpresa, o Fábio e a Miá surgiram detrás da plateia! Fiquei fascinada por vê-los tão de perto! Pena que o Fábio não veio pelo nosso lado, e sim a Miá, mas ainda assim achei o máximo! A minha vontade era de tirar fotos a todo momento, mas me contive, já que mais ninguém o fazia, não queria que me achassem uma afobada que nunca viu um artista de perto na vida rs.

Peça Meu Passado Me Condena 2
Fábio Porchat e Miá Mello, durante a peça “Meu Passado Me Condena 2” no Rio de Janeiro, em Junho 2016

Peça Meu Passado Me Condena 2
Peça “Meu Passado Me Condena 2”

A história é continuação do filme que leva o mesmo nome, agora eles estão casados e a cena apresentada é exatamente a sequência após a festa de casamento, quando chegam na sua nova moradia, com os pertences ainda dentro das caixas.

O cenário é simples, no entanto bastante criativo, essas caixas estavam intituladas com as coisas que haviam dentro, por exemplo: “Som Frágil”, “Fotos da Miá”, “Presentes de Casamento” e etc. As atuações foram impecáveis, e dificilmente a platéia ficava séria por mais de dois minutos. Miá incorporou aquela mulher sonhadora que após se casar espera que tudo seja perfeito, e o Fábio, aquele típico marido que só quer transar após a chatice do casamento, e nada mais. Claro que acontece de tudo, menos o tão esperado sexo rs, brigavam pelos presentes que ganharam, pelas ligações da mãe do Fábio que ocorriam a todo momento, entre outras coisas de casal, e eram essas discussões que nos faziam rir mais e mais rs. Teve uma hora que o Fábio simulou uma partida, e nisso desceu para a plateia, passando bem na minha frente!! Meu Deus que emoção! ? E toda a plateia era bastante contida, não haviam seguranças e mesmo assim ninguém ousava interferir na apresentação, por que num show de alguma banda também não poderia ser assim?! Rs.

Ao final da peça, esperei que eles sumissem assim que as cortinas se fechassem, mas não, eles continuaram no palco, agora interagindo com o público, questionando quem ali não era do Rio, e perguntando a cada mão levantada, de onde vieram. Infelizmente nossas mãos passaram despercebidas, e acabaram não perguntando para nós. ☹️ Mas pelo menos consegui tirar mais algumas fotos!

Fábio Porchat e Miá Mello
Fábio Porchat e Miá Mello, após término da peça “Meu Passado Me Condena 2” em Rio de Janeiro / Junho de 2016

Fábio Porchat e Miá Mello

Depois fomos embora, comigo toda sorridente e radiante rs. ??

Voltamos para o hotel, com o mesmo taxista que nos levou. Ao chegarmos no quarto, ficamos um tempo sentados nas cadeiras da varanda, conversando, curtindo o restinho do fim de semana, no dia seguinte eu voltaria para São Paulo. ? Depois ele pediu um prato para comermos no quarto mesmo, e após a refeição, fomos dormir. ???

Perguntador

Viagem com o Perguntador!

Um fim de semana conto de fadas, é a melhor maneira para definir esses três dias que passamos no Rio. Essa foi a primeira vez que viajei para ficar com um cliente; Uma vez quase aconteceu, com o Francês, mas não fomos adiante, pois na época acabei entrando em período menstrual. Nesse caso, o Perguntador já estava lá a trabalho, e comprou minha passagem para que eu embarcasse no sábado de manhã.

Assim como fiz com o post do pernoite com o Francês, para não ficar um relato ainda mais extenso, postarei em três partes, sendo essa do primeiro dia (sábado), depois de domingo e por ultimo segunda.

Infelizmente o meu voo atrasou, mas nada que pudesse estragar a minha viagem. Quando desembarquei no Rio, a primeira coisa que pensei, foi: “ele me enganou!”, pois havia me dito que o tempo lá estava “gostoso” (o que tomei como “quente”), mas que nada! Estava tão nublado quanto em São Paulo! Rs. Não tão frio obviamente, mas ainda sem o sol que eu estava esperando, e detalhe, só tinha levado vestidos e roupas de calor! ?

Enquanto esperava minha mala aparecer na esteira, acabei comentando alto: “Que tantas caixas são essas?!”, (pois só aparecia caixas e mais caixas na tal esteira, malas que era bom, nada), e daí um cara do meu lado sorriu para mim, achei que ele estava rindo do que eu comentei por compartilhar do mesmo pensamento, mas daí ele começou a puxar conversa, perguntando se eu estava ali a passeio, e dizendo (sem nem mesmo eu ter perguntado “e você?”) que ele veio para uma conferência e que ficaria por uma semana. A princípio achei que ele fosse gay, pelo seu jeito enfrescalhado de falar, mas depois tive a impressão que estava querendo flertar rs. No exato momento em que ele terminou de falar que ficaria no Rio por uma semana, avistei minha mala e levantei sem dizer nada (estávamos sentados lado a lado, naquelas cadeiras do aeroporto), daí para não parecer mal educada, assim que a peguei e ia me encaminhar para a saída, me virei na sua direção e disse tchau, ele acenou ainda sorrindo.

Conforme as instruções do meu cliente, peguei o táxi e indiquei o caminho do hotel. A corrida foi rápida, ficando menos de R$ 20 – que o taxista teve a cara de pau de arredondar de 17 para 20 ? -. Quando cheguei no hotel, que era muito bonito, mandei mensagem para o Perguntador, avisando que tinha chegado, e daí, ele fez uma brincadeira que para ser bem sincera, não gostei nada!

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?

Quando li aquilo, por um minuto pensei que fosse verdade. Senti uma coisa estranha por dentro, e comecei a pensar em como faria para antecipar minha passagem de volta; Também o bloquearia, sem sombra de dúvida, para nunca mais falar com ele na minha vida! Nisso o taxista já tinha saído e estava tirando a minha mala do carro. “Não, ele não seria tão maldoso assim, ele gastou dinheiro com a minha passagem, não poderia ser tão filho da puta.”  – pensei durante esse um minuto, enquanto ele não desmentia. Fiquei tão assustada com a possibilidade disso ser verdade, que ainda assim não consegui ficar aliviada por completo, quando ele mandou essa outra:

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Ao invés de eu entrar no hotel sorrindo, com o funcionário já levando minha mala, minha cara era de tensão, vai que não fosse verdade que ele estava no quarto?! A recepcionista me recebeu a todo sorrisos, falei o nome dele, mas daí ela ignorou e perguntou o meu, “ai meu Deus, será que ela nem sabe de quem eu estou falando?!” Pensei aflita, enquanto lhe passava meu documento. Ela me perguntou aqueles dados rotineiros para o check-in, até que ao final, lhe perguntei: “O Fulano de tal está hospedado aqui?”, daí ela nem precisou responder, pois nesse exato momento ele apareceu do meu lado, rindo a beça da minha pergunta. ?

O hotel possuía um estilo rústico, o que adorei, me senti mais próxima da natureza enquanto ficamos hospedados lá. Após me encontrar na recepção, fomos para o quarto, que era super aconchegante, havia até varanda e um gramado mais a frente. Assim que entramos e acomodei minha mala num canto, ele me abraçou e disse que estava feliz por eu estar ali, eu também estava, devo confessar, aquele fim de semana prometia! Animadamente ele falou “Vamos passear?”, mas acho que estava só me testando, duvido que sairíamos daquele quarto sem uma transada de boas vindas rs. Tirei o sapato e a meia fina, enquanto ele fechava a porta da varanda, percebendo minhas reais intenções rs. Começamos a nos beijar loucamente, até que nos encaminhamos para a cama. Rapidamente fiquei sem roupa, ele me deitou na beirada da cama e começou a me chupar, hummm que delícia! Após um tempo me paparicando, encapou e logo colocou pra dentro, me pegando bem gostoso no papai e mamãe. Comecei a me masturbar e após um tempo gozei. Como se estivesse só me esperando, ele também gozou alguns segundos depois de mim. Que delícia de transa! Ficamos um tempo deitados nos recuperando.

Durante esse descanso, ele falou sobre seus planos para aquele dia. Falou sobre me levar no morro do Vidigal, num barzinho chamado “Bar da Laje”, que possui uma vista incrível. Achei a ideia fantástica, pois já tinha ouvido falar que o morro do Vidigal é considerado turístico, devido a visão que temos lá de cima. Ele combinou com um taxista de ir nos buscar, e enquanto o mesmo não chegava transamos outra vez hehehe, da mesma forma que a primeira transa, sem nenhuma variação, ele veio por cima e até que gozou bastante rápido, para uma segunda gozada rs.

O taxista nos deixou até uma parte do caminho, e tivemos ajuda de uma menininha para chegar no tal bar. A garota era mesmo adorável, negra, magrinha, devia ter uns 10 anos, e usava um batom roxo claro nos lábios, que era um charme! Durante esse pequeno trajeto que fizemos a pé, pude conhecer um outro lado do meu cliente, ele era mesmo um homem muito simples, conversava com a menina na maior simpatia, fazendo com que ela também ficasse a vontade conosco. A achei muito esperta, e provavelmente sempre levava as pessoas até o tal barzinho em troca de alguns trocados, pois em determinado momento ela disse que estava juntando dinheiro para comprar salgadinho, uma maneira sutil de pedir dinheiro rs. Meu cliente lhe deu R$ 10 e ainda assim, a danadinha disse que faltava mais 10 para conseguir comprá-lo! Mas que salgadinho caro era aquele?! ?

O bar da Laje era bem frequentado, tivemos até que fazer um cadastro antes de entrar. Era composto de dois andares: o de cima que era mais movimentado, com música ao vivo (pagode) e mesas a céu aberto; e o andar de baixo – ao qual ficamos – com mais privacidade e menos barulho, ideal para nossas conversas durante os drinks. ☺️

Vista do Bar da Laje
Vista do Bar da Laje

Ficamos no bar até umas 18h, conversando, comendo e bebendo, o tempo passou super rápido, quando vi já estava de noite. O taxista nos buscou no mesmo lugar em que havia nos deixado, e novamente a garotinha nos acompanhou, agora já sem o charmoso batom.

Voltamos para o hotel e novamente transamos. Não vou ficar aqui detalhando a transa em si, pois além de ter muita coisa para contar, não teve nada de diferente em relação as transas anteriores, como já devem ter percebido nos relatos de repetecos com ele, sempre fazemos na mesma posição, o que não quer dizer que seja ruim, ou entediante, muito pelo contrário! Pois é desse jeitinho mesmo que gostamos, e o encaixe é sempre perfeito! ?

A noite era uma criança e podíamos fazer qualquer coisa, no entanto, eu não estava muito animada para sair, e felizmente ele também não, então resolvemos jantar no restaurante do hotel mesmo, para depois voltarmos para o quarto. O jantar foi lindo, me senti dentro de um filme, o lugar era bastante sofisticado e sua iluminação nada mais que uma penumbra, o que tornava o ambiente ainda mais incrível. Depois de comermos aqueles  “pratos” deliciosos, voltamos para o quarto e ficamos um tempo sentados nas cadeiras da varanda conversando, enquanto digeríamos a comida.

Meu cliente tem o hábito de dormir cedo, já eu não, mas nesse dia, por eu ter acordado consideravelmente cedo para pegar o voo, também estava com bastante sono (talvez por isso que nem me animei em sair a noite), então foi a combinação perfeita, após um tempo de conversas na varanda, escovamos os dentes e fomos para a cama. Adormeci rapidamente. ???