Cuidado ao Abordar Uma GP

Mala


Querido diário,

Fazia milênios que esse quadro não recebia atualizações! 😬 Aliás, quem quiser conferir mais postagens deste tema, é só acessar o menu Soltando o Verbo! Hehe.

Hoje estou aqui para contar uma situação mais chata do que engraçada. Algo que passei recentemente e que me causou um certo desconforto. 

Fui descoberta por alguém que tive contato na minha vida civil! Alguém que trabalhei durante certo tempo, mas que depois que voltei para essa vida, nunca mais quis fazer trabalhos de menor remuneração. 

Ele é um jornalista, roteirista e diretor de peças de teatro. Um senhor muito mais velho do que eu (idade entre 60 e 70 anos), solteiro e sozinho. Tive contato com ele no período que eu tinha me aposentado, quando foquei mais na minha carreira artística. 

Uma conhecida me indicou para ele, pois estavam precisando de uma atriz para uma peça que possuía apenas três personagens mulheres. A minha personagem seria justamente uma moça jovem, que tinha um sugar daddy (quando eu falo que o tema sexo me persegue até fora desse meio, ninguém acredita, rs). Gostei da minha personagem! Era engraçada, safada, a típica ninfeta burrinha, rs. 

O fato é que a peça nunca foi pra frente. Chegou ao ponto em que até a atriz que me indicou, abandonou o papel (mesmo sendo a protagonista). Eu acabei indicando outras amigas atrizes para os papéis que iam vagando e no final eu acabei sendo a atriz mais antiga dali. Ganhei a confiança dele. 

Sempre que ele tinha alguma demanda administrativa, me chamava para trabalhar pra ele. Fosse uma edição de vídeo, redigir um texto ou organizar as suas papeladas de escritório. Me dizia que se conseguisse uma proposta de trabalho melhor, pelo qual ele estava batalhando em determinado meio de comunicação, me levaria para trabalhar com ele. Tínhamos uma relação agradável e respeitosa.

Numa dessas vezes que eu estava em sua casa, percebi que ele saía com acompanhantes. Com seu celular em minhas mãos, o ajudando com alguma postagem nas redes sociais, que ele não manjava muito, de repente chegou uma notificação de mensagem de uma mulher que, pelo pé da conversa e pela minha experiência, notei ser de acompanhante. Ainda estavam na fase de negociação de local e duração do encontro.

Até aí tudo bem, um senhor solteiro, sozinho e endinheirado, é claro que cuidaria das suas necessidades de alguma maneira. Fui discreta, claro, fiquei na minha e seguimos com o nosso trabalho juntos. 

Mas como eu estava dizendo, a peça não foi para frente. Após acertarmos cada atriz para cada papel, o que emperrou de vez foi a síndrome do pânico dele. Ele não consegue sair de casa para nada, nem para ir ao teatro negociar o espaço. Os ensaios minguaram e depois que voltei com as minhas atividades sexuais, nunca mais aceitei seus chamados para trabalhos administrativos, pois não me interessava mais passar o dia todo  em sua casa, trabalhando com ele por uma edição de R$ 150 a R$ 300 se meu cachê por hora é R$ 700. 

Eis que, após 4 meses sem nenhum tipo de contato, ele me viu no Clubmodel e, descaradamente, me enviou uma mensagem! É claro que ele me reconheceu, qualquer um que me conhece na vida civil, se ver as minhas fotos sensuais vai linkar que são a mesma pessoa! 

– Você viria em minha casa? 

Ele perguntou sem nem dar boa tarde. E acrescentou:

– Por acaso você é a Fulana?

Obviamente não respondi. No dia seguinte, ele tentou de novo.

– Você viria em minha casa? 

Como novamente ignorei, após um tempo ele disse:

– Se você não responde é porque deve ser a Fulana. Mas tudo bem se for a Fulana. 

Tudo bem para ele, que pelo visto sempre teve tesão em mim, mas para mim não estava nada bem. Não é do meu interesse misturar as coisas e sair com alguém que me conhece na vida civil.

Percebi que ele não me deixaria em paz, enquanto eu não o respondesse, então fiz a sonsa:

– Olá, boa tarde. Fulana? Não entendi. Só atendo em hotéis e motéis. 

Nosso encontro seria inviável já começando pelas minhas restrições. Não atendo a domicílio se não for prédio com portaria. Ele mora em casa e sei que não teria condições mentais para se locomover até outro lugar para me encontrar. 

– Quanto custa?

– R$ 700 a hora. 

– Para mim está bem, desde que você atenda a noite. Antes da gente se encontrar você mostra a foto do rosto?

Tá aí uma pergunta que detesto que me façam! Se todo o meu marketing é mostrando apenas do nariz para baixo, o que faz as pessoas pensarem que vou enviar foto do meu rosto para alguém desconhecido, quando tenho fotos comprometedoras na internet?! 🙄  Os motivos para que eu não o faça são óbvios, não?! Ainda que ele não fosse um desconhecido, a regra se aplica da mesma maneira.

– Não. 

– Só no hotel? Ou você fica de máscara? Aconteceu de uma mulher não querer tirar a máscara no hotel porque não era ela. Bom parece que você deve estar ocupada. Quando você tiver tempo a gente ajusta a data. 

A pessoa mandou tudo isso com um intervalo de um minuto. Não teve nem a paciência de esperar pela minha resposta, já me alfinetando por não lhe dar a plena atenção que ele queria.

Não satisfeito, uma hora depois enviou uma foto minha, CIVIL, mostrando o meu rosto e tudo, com os seguintes dizeres:

– Se você é igual está mulher, me interessa. 

Que desagradável e deselegante ficar trazendo fotos do meu rosto nesse tipo de conversa! Ainda que seja para mim mesma. Se eu já não gosto quando alguns clientes que sabem o meu nome real, me chamam por ele nas mensagens de encontros (evito ao máximo tal vínculo nesses contextos), imagina trazer à tona fotos minhas da vida civil?! Sério, muito sem noção! 

Você está me confundindo com outra pessoa. 

– Mas ao menos é parecida com ela? Se for parecida me interessa. As tuas fotos no Clubmodel são iguais as fotos dela. 

– Devo ser para você achar que são a mesma pessoa.

– Eu quero sim sair com você. Eu sempre quis sair com ela. Mas ela tinha noivo. 

Duas horas depois, o ansioso mandou:

– Sara você vai se encontrar comigo?

Respondi só no dia seguinte.

Como falei não atendo em domicílio. 

Nós vamos em hotel, lá na Augusta. Se você não for a Fulana ganha R$ 700. Se for a fulana ganha R$ 900. Se você for igual as fotos do site saio toda semana com você. O problema maior é que seria a primeira vez que eu iria sem conhecer o rosto da mulher. 

Daí novamente o sem noção me enviou outra foto minha civil, do meu rosto, dizendo:

– Você tem o mesmo corpo que ela. As mesmas pernas. Os mesmos seios (ué, como ele sabe disso? 🤔) e usa óculos de grau igualzinha ela. 

Daí enviou mais 5 fotos, das que estão no meu anúncio do Clubmodel, como se eu já não conhecesse as minhas imagens que estão lá kkkkk.  

Ok. Estou com agenda para semana que vem. Onde seria e quanto tempo gostaria?

– Uma hora. Essa semana não pode?

– Não tenho disponibilidade mais essa semana. Somente a partir de quinta da próxima. 

– A gente se fala semana que vem. Eu trabalho todos os dias e não faço agendamento de lazer com tanta antecedência. Meu trabalho é prioridade. (Ainda bem que sim) Então semana que vem a gente se fala e vê se tem possibilidade de ajustar um dia que nós possamos os dois. Muito obrigado a você. 

Três horas depois, ele manda o seguinte textão (que felizmente só vi dois dias depois, pois eu tinha arquivado a conversa):

– Eu estava pensando até agora. Não vou apostar em saída com uma mulher que não quer me mostrar a foto de rosto. E eu tenho certeza já que você é a Fulana. (Ué se tem tanta certeza, porque faz tanta questão que eu envie foto do meu rosto?! 🙄) E você jogou a saída para daqui há uma semana, porque você não quer sair comigo. (Em nenhum momento passou pela cabeça dele que eu realmente posso ter a agenda cheia e que as coisas não giram em torno dele?) Então não tem porque eu ficar ansioso até semana que vem para sair se na semana que vem voce vai dar uma desculpa e não vai querer sair comigo. Você não é a única mulher linda do site. (Impressionante como a rejeição faz as pessoas atacarem, menosprezando o que antes era objeto de desejo). E não vou esperar uma saída que você não quer fazer. (Que eu não quero fazer é óbvio. Só agora ele percebeu isso?) Agora até entendo porque você não quis mais trabalhar comigo. Se você precisava de dinheiro bastaria ter falado comigo que eu te arrumava o dinheiro. (Que ideia mais descabida é essa? Eu lá sou mulher de pedir dinheiro pra um cara que não é nada meu?! Kkkkk) Mas por alguma razão nem o meu dinheiro você quis. (Quais razões seriam essas? Alguém ajuda ele?) Já bloqueei você no Instagram e vou fazer a mesma coisa no Facebook. (Eu tinha ele no Facebook? 🤔) Muito obrigado a você. 

A pessoa conseguiu azedar todo e qualquer contato que pudesse vir a ter comigo. Fala se não é problematização demais? 🙄

O que fez ele pensar, desde o princípio, que eu gostaria de sair com ele? O fato de eu já conhecê-lo? Justamente por isso que jamais sairia. Se eu não divulgo foto do meu rosto, se atendo com um pseudônimo, é justamente por não querer esse link com pessoas da minha vida pessoal. Ou, por acaso, ele tem tanto amor próprio e autoestima, ao ponto de achar que eu não resistiria a pessoa “super atraente” que ele é?!😅 

Sério, se você, consumidor de putaria, passar por isso em algum momento, se descobrir que determinada acompanhante é alguém que você conhece na vida pessoal, não seja essa pessoa invasiva e inconveniente. Se você tem vontade de sair, tudo bem, faça uma tentativa, sutil, quem não arrisca não petisca, mas no primeiro sinal de não reciprocidade, recue. Desapareça. Não fique insistindo, causando um desconforto para a outra pessoa. Tem coisas que o dinheiro não compra. Respeite isso. 

Desaventuras Amorosas em Série!

Querido diário, 

Esse período solteira tem sido de grande aprendizado. Nunca olhei com tanta atenção para o meu comportamento em relação aos homens que me relaciono, como agora. Estou solteira desde outubro do ano passado e, dentro desses 5 meses, tive algumas transas casuais, com 4 pessoas diferentes. E a cada ficante, um novo aprendizado sobre mim mesma. 

Vou fazer um compiladinho de cada experiência e no final uma análise sobre tudo isso. Quem sabe te estimulo a se conhecer melhor também? Se acomode que esse post está gigante! 

O Desapaixonante

Seu jeito me lembrava muito o meu primeiro amor da adolescência! Um que não fui 100% do tempo correspondida. Tinha horas que parecia que estava na minha e horas que não. Particularmente detesto esse tipo de homem, que me deixa insegura, que não me dá a devida atenção sempre e que, na maioria das vezes, eu que tenho que bolar estratégias para ficar com ele. No entanto, ainda assim me atraí de alguma maneira, acho que pelo desafio da conquista, áries adora um challenge! 

Ficamos por um período de três meses, com uma frequência mais baixa do que eu gostaria, sendo uma vez por mês, praticamente. Fiquei gamadinha. Ele é o dito cujo que mencionei na postagem anterior, na parte em que compartilho que transamos 5x numa noite, na nossa primeira vez juntos, e que depois me apelidou de “Insaciável”.

Nossa química na cama era coisa de outro mundo! Uma conexão imediata, que eu não me lembrava de ter tido há tanto tempo! Até o jeito que ele chupava os meus seios me causava uma sensação gostosa diferente. Criativo, testávamos várias posições e todas encaixavam perfeitamente! O sexo era mesmo surpreendente!

Visivelmente eu também lhe agradava, seus elogios vieram a partir do segundo encontro, sempre me dizendo o quanto eu chupava gostoso. ? Aliás, seu pau também era uma delícia! Tamanho médio (mais para grande, do que para pequeno), grossura excelente.

Contudo, o que era mega satisfatório na cama, fora dela era um fiasco. Ele não me mandava mensagem, não se esforçava para manter contato, não interagia nem com as minhas postagens e somente duas milagrosas vezes tomou a iniciativa de transarmos, as demais sempre partiram de mim. Nossa última transa foi em dezembro. 

Em janeiro, o convidei para transarmos de novo e levei um educado fora:

– Acho melhor a gente não se envolver mais nessa questão. 

– Pq? Tem medo de se envolver? Ou medo de que eu me envolva? 

– Não, nem é medo, nem nada. Eu sei que você sabe o que quer e já deixou claro. É que eu mesmo tomei essa decisão. Então, acho melhor ser franco com você e partilhar também já isso. Mas espero que isso não afete a nossa amizade. Saiba que você pode ter toda intimidade comigo. Eu só não ando bem demais pra poder me encontrar ou relacionar com alguém. Tudo bem?

Fiquei muito chateada com isso. O cara não me levava pra sair, não mantinha uma conversa a distância e até sexo bom ele não seria mais capaz de me dar??!! Quem recusa sexo gostoso, pelo amor de Deus?!! 

Como na mesma conversa estávamos falando assuntos paralelos, sobre como tinha sido o ano novo de cada um, contei para ele da minha brisa transcendental na virada do ano (quem não acompanhou, clique aqui) e finalizei dando um tapa com luva de pelica:

– […] Eu mesma disse coisas pra mim mesma, de posturas que eu deveria adotar para mudar a minha vida esse ano. Inclusive, uma delas era de que eu deveria parar de me interessar por caras que não suportariam a minha intensidade. Acho que esse seu fora é uma confirmação disso. Sei lá. Mas é algo que eu não teria coragem de interromper, pq ainda não encontrei com ninguém a conexão que nós temos na cama. Mas respeito a sua decisão, você sabe o que é melhor pra você.

Um pouco ressentida, talvez? Mas precisava colocar pra fora!

– Saiba que sim, tivemos uma conexão muito boa. – Ele continuou – E vou guardar com respeito todos os momentos. Mas assim como você, também quero me regrar sobre me envolver. Foi mais uma tomada de decisão de véspera de natal que eu pensei em fazer isso. Cortando todo tipo de relação. Quero muito focar na minha área profissional, me estabelecer de forma segura e poder me envolver tranquilo – não nessa ordem.

A conversa se estendeu mais um pouco sobre amenidades correlatas, até que o assunto encerrou comigo dizendo:

– Estar em paz consigo mesmo é o que mais importa. 

Ele curtiu o que falei e nada mais disse. Na real, ele nunca me tratou como eu gostaria e encerrar com ele me dando um fora, fez com que eu pegasse um leve rancinho. Silenciei suas postagens e nunca mais nos falamos, ainda que nossa última conversa tenha sido ‘respeitosa’.

O Perspicaz

O segundo é essa figurinha conhecida aqui no blog! Aquele que eu ficava em 2018 e rolou uma repescagem ao ficar solteira. 

Escrevi sobre ele recentemente nessas páginas (quem não acompanhou, clique aqui) e tinha ficado pendente postar a continuidade desses encontros (tiveram mais 2), mas broxei dele de tal modo, que nem para escrever sobre o encontro ruim, não quis passar pelo bom primeiro, rs.

Lembram quando mencionei na postagem anterior, sobre um cara me negar fogo e se recusar a dizer coisas que me dão tesão de ouvir na hora H? Então… é ele! 

Além dessas questões determinantes, no nosso último encontro ele ainda teve a audácia de ser grosseiro comigo, enquanto ele pedia uma pizza para nós. Vou até compartilhar os detalhes da situação, para que possam se indignar tanto quanto eu! 

Ele me passou seu celular, aberto no IFood, para que eu escolhesse o sabor de pizza que eu queria para mim e quando reparei, vi que era um restaurante de pizza sem glúten! Nesse momento perguntei se ele era alérgico e o azedo, num tom não muito amigável, respondeu da seguinte maneira:

– É sério que você vai me perguntar isso DE NOVO?! Pelo menos finge! ?

É sério que eu tava recebendo grosseria de graça? Aquilo foi o cúmulo pra mim! Não sou obrigada a lembrar de coisas que não me dizem respeito. E ainda que fosse a milésima vez que eu estivesse perguntando, quem ele era pra falar comigo daquele jeito? Gentileza cabe em qualquer lugar! 

Na hora eu fiquei tão atônita com o tratamento inesperado, que não tive ação. Recebi a grosseria calada e não me defendi. Mas, por dentro, já disparou um alerta em mim, dizendo: “Você não vai mais sair com ele!” 

A idiota aqui ainda continuou lá por mais algumas horas, como se nada tivesse acontecido. Jantamos e mais tarde ainda fiquei animada por um segundo round que não veio. Aquela seria minha última vez com ele, então já que estava lá, tentei usufruir até o último instante. 

Depois que fui embora nunca mais o procurei e vice-versa. Ele tentou duas pequenas interações comigo no Instagram, através dos meus stories de treino na academia, mas o ignorei completamente. Boy escroto quero bem longe de mim! 

O Escorpiano

Esse é o tal escorpiano que também mencionei na postagem anterior. Outra repescagem. O conheci no Tinder em 2018. Tivemos dois encontros no passado, encontros esses totalmente voltados para sexo, em que eu fui direto no apê dele, só para transarmos, e depois voltei para casa. 

Desta vez ele investiu pesado e me levou para jantar. Um restaurante chique, caro e muito romântico. De todos os crush’s citados nessa postagem, devo salientar que ele é, de longe, o mais gato e gostoso. Olhos verdes, corpo malhado, bronzeado, todo lindo, enfim, me senti diante do que eu realmente mereço. 

De todos aqui, ele também é o que tem melhor condição financeira, educação e cavalheirismo. Me buscou em casa de carro, desceu do veículo, me aguardou na calçada e ainda abriu a porta para mim! Pequenos gestos que fazem toda a diferença! (Se tratando de pretendentes e não clientes! Rs.)

Tivemos uma noite super agradável, o papo fluía naturalmente, consegui ser eu mesma, sem sentir nenhum nervosismo por querer impressioná-lo. Quando o jantar caminhava para o final, ele, sutilmente, me convidou para esticar, tomando um vinho na sua casa. É claro que a tarada aqui aceitou, me fazer de difícil pra que? Se já tínhamos transado duas vezes no passado? ?

A transa foi incrível! ? Três vezes! Uma quando chegamos, outra no meio da madrugada e uma de manhã. (Sim, acabei dormindo lá, tamanho envolvimento e química que tivemos.) Eu nem lembrava de como era o pau dele e tive uma feliz surpresa! Grande e grosso, como tenho apreciado ultimamente (nem pareço mais aquela pessoa que criou regra para clientes pauzudos no passado ?), ando muito tarada! 

A nossa conexão na cama, surpreendentemente, conseguiu superar a que tive com o Desapaixonante! Genuinamente melhor, em todos os aspectos!

De manhã me trouxe de volta em casa e no mesmo dia já começou a me mandar mensagens. Passamos a nos falar todos os dias e nos encontrávamos uma vez por semana! Durou pouco mais de um mês.

Fizemos coisas que eu nunca tinha feito com nenhum ficante. Como cozinhar juntos, correr na Paulista num domingo e assistir um show de stand up. Ele ainda teve o empenho de assistir as duas temporadas de uma série que eu tinha lhe indicado, só para ter assunto comigo depois. Conheci seu irmão, que morava com ele, e até mesmo a namorada do irmão, que, coincidentemente, tem o mesmo nome que o meu! (A iludida aqui, até fantasiou como seria engraçado fazer parte da família, em que as duas concunhadas tivessem o mesmo nome, rs.)

Ele falava sobre marcarmos uma noite de jogos os quatro, o que, cada vez mais, reforçava a imagem de que ele estava me levando a sério. Parecia que o pedido de namoro viria a qualquer momento. 

As coisas começaram a desandar na fatídica noite em que me vesti de empregada para ele! Eu já tinha jogado a possibilidade no ar, durante uma outra transa nossa, perguntando se ele curtia esse tipo de coisa, tinha dito que sim, mas quando o fiz, ele sequer se recordava dessa conversa! ??‍♀️

O que não me aprofundei na postagem anterior, é que na mesma noite em que o recebi vestida com a fantasia sexual, mais tarde, também fumamos um beck juntos!

Ele não é de fumar, mas numa outra noite que, por acaso, o assunto “maconha” surgiu na conversa, ao saber que eu curtia, ele se convidou para fumar comigo numa próxima vez. Mas ter feito tudo no mesmo encontro, pelo visto não foi uma boa. Muita informação.

Ele ficou desnorteado com a brisa do beck. Seu raciocínio não estava conseguindo acompanhar a série que estávamos assistindo. Troquei para desenho, achando que seria mais fácil o seu entendimento, porém, foi lhe dando sono e eu, que queria transar gostoso chapada, fiquei a ver navios, toda desperta, sozinha! Esse dia até dormimos separados. Ele dormiu na minha cama e eu adormeci no sofá, assistindo. 

Depois desse dia tudo desandou e o príncipe virou sapo. Ainda que continuássemos nos falando todos os dias, nos encontramos uma única vez, apenas para sexo (por insistência minha) e outras duas vezes que marcamos, ele não conseguiu comparecer, pois ‘precisou’ ficar até mais tarde no trabalho. 

Não tive paciência (ariana que fala, né?) e joguei logo a real. Perguntei se era mesmo a questão do trabalho ou se ele tinha perdido o interesse, visto que, das outras vezes, ele sempre dava um jeitinho de sair mais cedo para me encontrar. Sua resposta, DUAS HORAS DEPOIS, foi um verdadeiro balde de água fria:

– Desculpa a demora linda. Cheguei em casa, comi algo e tomei banho (ou seja, sua última prioridade foi me responder). Linda, realmente, hoje o trabalho é minha prioridade e eu já te falei isso. Na verdade, é raro quando eu consigo sair cedo e vc também sabe disso (Sei? Pois tinha entendido o oposto, que sair tarde fosse a exceção e não a regra.) Eu costumo fazer coisas para me divertir apenas aos finais de semana (ué, mas foi ele que sempre sugeria encontros durante a semana!) Esse é um dos motivos que eu não quero me relacionar sério com uma pessoa agora, acho que nunca falamos sobre nossas intenções no relacionamento. (Realmente nunca falamos, mas suas atitudes passavam outra mensagem). Estamos tendo algo muito legal, muito gostoso e eu estou adorando. Mas não quero te prometer que serei uma presença constante, porque eu não posso prometer isso agora.

Francamente. Ele não precisava me mandar mensagens diariamente, sempre que acordava, perguntando do meu dia, contando coisas do dia dele, dando qualquer satisfação quando chegava na sua casa ou dando boa noite, ao ir dormir, se suas intenções eram somente sexo! Tudo isso era para apenas manter um contatinho por perto? Ele poderia claramente me contatar somente quando quisesse encontrar então, sem todo esse joguinho!

De duas, uma: ou ele tinha jogado sujo, me fazendo me sentir importante e especial, conversando todos os dias, com o único intuito de sempre ter sexo. Ou eu que o tinha assustado e agora ele retrocedia, como se fosse algo que ele nunca quisesse. (Aceito palpites nos comentários.)

Eu não o respondi. No dia seguinte não teve mais o seu bom dia e nunca mais saímos. 

Foi triste superar esse, pois fiquei com a sensação de que EU que tinha estragado tudo! Não que eu estivesse buscando um relacionamento, estou solteira há pouco tempo, mas estava gostoso ficar com ele. Me empolguei e ele escapou pelos meus dedos. 

Fiquei péssima com esse rompimento. Aliás, você sabia que é mais difícil superar um ex-ficante do que um ex-namorado? Pois é! Por mais que um namorado tenha mais importância e relevância de que o outro, com o ficante você idealiza tudo que poderia ter sido. O “e se” que você não viveu é mais devastador do que a certeza de uma relação fracassada. 

Ele continua lá, olhando os meus stories, curtindo as minhas fotos, mas, sem nenhum outro tipo de contato.

O Carismático

Chegamos agora no quarto e último ficante, até o momento. Esse homem é diferenciado! Demos match no Tinder (destaque para o super like que me deste ?) e antes de me enviar qualquer mensagem, o rapaz fez toda uma pesquisa de campo, estudando todo o meu Instagram (que, por acaso, deixei o usuário na minha bio do Tinder), usando como vários gatilhos de conversa, os vídeos que tenho publicados. O papo desenrolou rapidamente, de um jeito super descontraído, leve, engraçado, sem aquela conversa protocolar de começo. 

Migramos para o Instagram, depois de muitas conversas, para o WhatsApp, até que ele me convidou para almoçar! Essa foi a primeira vez que fui num date vespertino! Um pouco estranho, confesso, a noite tem aquele Q de perigo, que a luz do dia não oferece, rs.

Mas antes de chegar nessa parte do encontro, preciso contextualizar todo o nosso pré-date, que, de todos os anteriores, foi o mais emocionante! Regado a muitas conversas pelas redes, flertes a base de troca de farpas, muitas risadas, tensão sexual com frases ambíguas, áudios cativantes (ele tem uma voz grossa deliciosa), adquirimos uma certa intimidade natural, como se fôssemos dois amigos de longa data que se atraem, mas que ainda não se pegaram. Quem era o escorpiano irresistível na fila do pão agora? Esse aqui tinha muito mais personalidade e presença! ?

Ele se mostrou um cara interessante, muito legal, divertido e ainda tinha o plus de ter 1,90 de altura! Nunca fiquei com alguém tão alto e já idealizei como seria bom sairmos juntos, comigo usando salto alto sem culpa! Rs. Sem contar que ele já tinha notado, pelas nossas demasiadas conversas, que eu sou (só um pouquinho ?) taradinha e não me julgou por isso, pelo contrário! Em um de seus áudios, ele ainda brincou com a seguinte análise: 

– Completamente doida, chata pra cacete e  tarada! Amei véi! ?

Ele não é tão gato quanto os anteriores, admito, mas até aí, os outros também não possuíam o seu carisma e nem eram tão animados quanto ele! 

Só tínhamos um pequeno probleminha: ele busca relacionamento sério (bom que já deixou claro desde o princípio), diferente de mim, que busco apenas contatinhos de qualidade. Com o escorpiano até fantasiei um namoro, mas isso porque eu estava bastante encantada, não sabia como seria com esse.

O almoço foi agradável, tinham momentos que até ficávamos nos encarando em silêncio, levemente constrangidos, com a tensão sexual que rolava na mesa. Contudo, não pude ignorar pequenos sinais de que, talvez, eu fosse patricinha demais para ele. 

A conta do restaurante ficou quase trezentos reais (nesse valor incluso: duas entradas, dois pratos principais, duas sobremesas, dois sucos e uma água) e ele demonstrou achar caro, a fim de valorizar o seu empenho em me levar ali. Ele achava que estava me impressionando, mas eu tenho outros parâmetros financeiros. Na minha visão, se tratava de um restaurante mediano, o que não era ruim, mas também não tinha toda aquela pompa que ele queria passar. 

Quando saí para jantar com o escorpiano, por exemplo, ele pediu e acertou a conta enquanto eu fui ao banheiro, sequer presenciei este momento. Não sei quanto ficou (não fiquei fazendo as contas e não vi o valor da garrafa de vinho), mas tenho certeza de que não deve ter sido menos de quinhentos reais e nem por isso ele quis se vangloriar pelo gesto. Entende?

Saímos de lá e fomos numa exposição que tinha perto, a fim de encontrar um lugar propício para nos beijarmos. Beijar na mesa de um restaurante super iluminado e cheio, não parecia apropriado, então fomos andando até esse outro trajeto. 

Nos beijamos nas escadas de um andar para o outro. Zero glamour e romantismo. O beijo também não me agradou 100%. O achei um pouco afobado, tive até que pedir que beijasse com mais gentileza, estava muito acelerado. A exposição também achei bem fraca, resumindo, o encontro estava começando a ficar chato.

Depois fomos andando até o metrô. Meu salto estava desconfortável, um sol quente em cima de nossas cabeças, zero encanto para um primeiro encontro. Eu só queria encerrar, voltar para minha casa e tirar aquela sandália que, à essa altura, já estava me machucando. 

Percebi que ele ficou na expectativa de um convite para o meu apartamento (ele sabia que moro sozinha e que estávamos perto), mas não caberia esticarmos naquele momento. Ele entrou no metrô, eu continuei andando mais duas ruas e nesse caminho fui refletindo sobre o date. 

No mesmo dia, conforme foi anoitecendo, decidi convidá-lo para um after (se é que vocês me entendem). Na hora do almoço eu não estava no clima, mas, ao anoitecer, me deu um tesãozinho e fiquei curiosa para descobrir como seria a nossa compatibilidade na cama. 

Ele fez um charminho a princípio, demonstrando querer deixar para um próximo encontro, mas ao final acabou topando, com os dizeres: “Haja Uber”, o que achei mega deselegante. Não tem nada de charmoso em depreciar a sua própria condição financeira. 

Inclusive, adivinha qual foi a primeira frase que ele disse, quando abri a porta do meu apartamento? Duvido alguém adivinhar…

– Você é rica hein! Mó predião!

Aos poucos ele perdia todos os pontos que tinha conquistado, quando ainda estávamos na fase das conversas. Muito deslumbrado. 

Nosso sexo desenrolou sem muita química, ele não parecia relaxado e eu também não estava mais curtindo tanto o seu jeito. Coloquei a minha playlist de Músicas Sensuais para ajudar a dar um clímax e, após poucos minutos da primeira música, ele começou a dar risada! ? Perguntei qual era a graça, ele não respondeu de imediato, me fazendo insistir pela resposta, o que só estragava ainda mais o momento. Enfim revelou ter achado a música engraçada, algo completamente sem sentido. 

Retomamos os beijos, tirei sua camisa, passei a mão no seu peitoral com visível desejo (ele também malha e tem um corpo bonito), e, nessa hora, novamente ele deu risada, como se eu sentir tesão nele fosse uma coisa obscena. Olha… várias sequências de atitudes broxantes em tão pouco tempo. 

Achei que ele fosse adotar uma postura mais sensual na hora do sexo, afinal, todo mundo adquire uma fisionomia diferente nessas circunstâncias. O jeito de falar muda, os olhares ficam mais cerrados, o toque mais profundo, mas com ele não pude usufruir nada disso. Demasiadas vezes ele ficava com um sorriso idiota na cara, como se estivesse deslumbrado por estar me comendo. 

Comecei a achá-lo um banana e tive que conduzir cada manobra da transa. Posso dizer que o prazer que consegui ter foi mais pelo tesão e vontade de transar que eu estava, do que por ser ele. 

Seu pau foi um ponto positivo, me agradou bastante! Era grande e grossinho (não tão gostoso quanto o do escorpiano), mas de que adianta um instrumento bom, se a pessoa não sabe tocar? Ele não tinha muita habilidade nos movimentos. Era nítido que estava se esforçando para fazer tudo certo, o que te impedia de imergir no prazer comigo. Não tivemos nenhuma conexão sexual. 

Não broxou, mas também não gozou em nenhum momento. Eu gozei duas vezes (com a ajuda do meu brinquedinho) mas, mesmo tendo gozado, não achei a transa tão gostosa. Quando percebi que ele é o tipo que demora para gozar, me bateu um baita desânimo! Transas muito longas ficam cansativas e eu gosto de gozar junto. 

Com o escorpiano gozávamos juntos quase todas as vezes! Bastava eu avisar que o meu estava vindo, que ele acelerava e vinha junto comigo! Era muito boa a nossa sintonia. O meu prazer triplicava por também vê-lo gozando. Olha… difícil superar isso. 

Depois da minha segunda gozada, eu já estava satisfeita. Queria que ele fosse pra casa dele, me senti aqueles típicos boys escrotos que comem e depois querem que a mina vaze, rs. Falei para ele que não aguentava mais (me fiz de fraquinha), para que ele entendesse a finalização da transa, já que como ele não gozava, ficaria uma coisa infinita. Eu aguentaria transar mais, com certeza, mas com ele já tinha perdido a graça. Homem passivo na cama, eu que tinha que ficar dando as coordenadas.

Ele entendeu o recado e começou a se vestir, mas não foi embora de imediato. Sentou no meu sofá e disse que eu poderia falar quando eu quisesse que ele fosse. Mas como você diz que quer que a pessoa vá, sem magoá-la? Rs. Fiquei sem jeito de expor o que eu realmente queria e me sentei um pouco com ele. 

Conversamos por poucos minutos e então fui ficando impaciente para que ele me deixasse sozinha. Levantei novamente, bebi um copo de água e tive a ideia de dizer: “agora vou escrever um pouco”, uma sútil deixa para que entendesse que eu queria fazer outras coisas. Felizmente ele novamente entendeu o recado e já foi tratando de chamar o Uber. 

Nos falamos depois disso, ele pediu feedback e fui total sincera com os pontos negativos. Ele me contou o lado dele, razões para ter sido como foi e achei suas considerações complemente plausíveis. Contudo, não vamos prosseguir ou tentar fazer melhor numa segunda vez, pois não temos os mesmos objetivos. Ele quer relacionamento sério e eu casualidade. Se continuássemos saindo ele se envolveria (do meu lado muito improvável, devido ao zero encantamento), o que poderia resultar em sofrimento. Decidimos seguir na amizade, como pessoas maduras e adultas que somos. 

“Quem eu quero não me quer, quem me quer, não vou querer…”

Apesar de eu ter fracassado na busca de um contatinho fixo, conhecer esse último teve seus pontos positivos. Me ajudou a superar o Escorpiano emocionalmente (ainda que sexualmente não tenha chegado nem na ponta do chinelo) e me mostrou que, afinal, não estou desesperada, ao ponto de me apegar a qualquer pessoa.  

Essas experiências estão divididas em duas categorias: 2 eu sofri e 2 não me importei. Olhando com atenção para os que gostei, o que eles tinham em comum? Os dois transavam muito bem e eu, pelo visto, desenvolvo facilmente um amor de pica, rs. O principal motivo de eu querer sustentar a relação, não era porque ambos me tratassem super bem ou fossem atenciosos, mas sim porque me comiam muito gostoso.

Com o Desapaixonante e o Escorpiano, eu, em nenhum momento, fui uma mulher difícil. Pelo contrário, sempre disponível e interessada. Mas talvez seja porque nunca tenho vários ao mesmo tempo, então acabo canalizando as minhas energias apenas para um, causando um leve sufocamento. O problema é que quando surge um incrível, eu fico sem vontade de procurar fora e foco todas as energias nele. Mas agora entendo a importância de, nas próximas vezes, agir diferente e angariar mais caras interessantes!

Aprendi que não devo ignorar os primeiros sinais de incompatibilidade, desde a mais singela aparição. Eu sabia que o Desapaixonante tinha uma personalidade fria que não me agradava. Como também sabia que o Perspicaz não tinha o pau do tamanho que eu gosto. Como o Escorpiano, bem… com esse me senti enganada! E o Carismático veio só para cumprir tabela.

Com os próximos, ainda que eu esteja subindo pelas paredes, jamais tomarei a iniciativa de propor um encontro antes que o cara o faça. Homem gosta de ter o desafio da conquista e vou lhe dar a sensação de insegurança que tanto experimentei. Não deixarei que me veja como a emocionada, sendo mal interpretada, quando na verdade eu só quero sexo gostoso sem miséria. Fantasias sexuais então, nunca mais! Até que eu seja surpreendida com alguma putaria primeiro!

Bem… este é plano… nos próximos episódios venho contar os progressos que tive! ?

Olha aí o amor de pica, rs

Ninfomaníaca?

Querido diário,

Hoje estou aqui para refletir sobre O SEXO! Essa coisa tão gostosa que movimenta o mundo. Quando era mais nova, não entendia por que muitas cantoras pop que eu gostava, em determinado momento mudavam sua imagem e sua música para algo mais “adulto”. Britney Spears, Hilary Duff e Ashley Tisdale são alguns exemplos disso, até mesmo a Avril Lavigne, uma cantora de pop rock, que fui muito fã na adolescência, passou a mudar seu visual para algo mais sensual, ainda que suas músicas mantivessem o mesmo estilo. Por que todas elas tinham que se submeter ao desejo masculino para continuar em evidência? Oras por quê? Simplesmente porque sexo vende!

Tudo que é mais sensual e apelativo chama atenção. Uma simples foto de biquini na praia já repercute mais que uma em um restaurante. E é surpreendente como algo que todo mundo faz e todo mundo gosta (com exceção dos assexuados) ainda existe um certo tabu para falar do assunto publicamente, coisa que vem sendo quebrada aos poucos, com músicas de letras mais explícitas e vestuários que mostram cada vez mais o corpo, sendo consumidos.

S E X O  É  P O D E R . Uma mulher pode seduzir um homem para conseguir o que quiser. Vestir uma roupa sexy te faz se sentir poderosa e no controle, controlando todos olhares que vão para você. Qualquer coisa com teor sexual hipnotiza aos olhos. Mesmo que seja para criticar a perversão que está sendo vista, o sexo prende a atenção de qualquer um.

E eu estou me descobrindo cada vez mais apreciadora de tudo isso. Descobri que sou a pessoa que mais gosta de sexo, entre as minhas amizades mais próximas. O que me surpreende muito, visto que antes de perder a virgindade já tive até vaginismo!

Gosto de sexo tanto quanto ou mais que um homem. Consigo sentir prazer nos encontros com os clientes, mesmo quando eles não são atraentes para mim. No trabalho isso me ajuda muito, é bastante oportuno, mas, na vida pessoal isso atrapalha infinitamente. Sinto vontade de transar com alguém que não seja cliente, alguém diferente, que eu realmente sinta muito desejo, e na maioria das vezes me falta contatinhos para isso.

Os meus ficantes simplesmente evaporam quando percebem o tamanho da minha intensidade. Acho que os intimido. Já fui chamada até de ‘Taradinha’ por um deles. Esse dizia que eu era diferente do que se vê por aí, que era legal eu ser assim, no entanto, ele só aguentava uma rodada por encontro, rs.

Teve um outro que me chamava de ‘Insaciável’. Com esse cheguei a transar 5x numa noite, mas isso foi só na primeira vez que transamos. Nas próximas caiu para três, até que só ia para dois, se eu insistisse.

De tantas experiências vividas por aí, cheguei à conclusão de que o par perfeito para mim só poderia ser um escorpiano. Ariano também (assim como eu), se a relação entre duas pessoas do mesmo signo não fosse tão difícil. Dificilmente atraio homens do mesmo signo que o meu.

Recentemente encontrei um escorpiano! Joguei para o universo e aconteceu! A cada encontro transávamos três vezes! O paraíso para mim, que morria de tesão nele. Uma noite batemos o recorde e esse número subiu para quatro. Claro que, sempre que nos encontrávamos, o dia seguinte era perdido, pois eu precisava remarcar os clientes para recuperar a pepekinha.

Certa noite o recebi vestida de empregada. Mesmo ele sendo escorpiano e muito safado, notei que a recepção da surpresa não foi 100% positiva. Claro que ele entrou no clima, tivemos uma transa bem longa e caprichada, mas a primeira impressão é a que fica, e eu notei, na sua feição, naqueles primeiros segundos, que o impacto, talvez, tivesse sido um pouco demais, se é que vocês me entendem. Surpreendentemente, depois desse evento, nunca mais conseguimos manter aquela média satisfatória de três transas, até que paramos de sair, após um mês e pouquinho de aventura. ☹

Será que entreguei tudo de uma vez? Será que o assustei ao me mostrar tão tarada (ou mais) quanto ele? Nessa noite, enquanto eu sentava no dito cujo, lembro dele dizer: “Você é bem safada, né linda?” Será que foi uma constatação feliz? Visto que caminhou para a ruína, acho que não.

Uma vez transando com aquele contatinho que me apelidou carinhosamente de ‘taradinha’, pedi que ele falasse algumas putarias enquanto me comesse, coisas que me dão muito tesão de ouvir na hora H. Pedi que dissesse que iria gozar dentro de mim, me encher de leitinho, coisas desse tipo. Vocês acreditam que ele recusou, dizendo que estragaria o tesão dele? Que homem não curte gozar dentro??

Ele explicou que ficava encanado até a mulher menstruar e ter certeza de que não estava grávida. Então mesmo que fosse algo apenas falado e não executado, não lhe dava um bom gatilho. “Onde fui amarrar o meu burro?” Pensei diante daquela incompatibilidade. Nessa mesma noite, depois que jantamos, eu queria transar de novo e ele já estava derrotado. É claro que nunca mais o procurei depois disso.

Falando em procurar, está aí outro tópico interessante. Percebo que sinto a necessidade de um repeteco muito antes deles. O que me faz, muitas vezes, tomar a iniciativa de sugerir um novo encontro, algo que eu gostaria que partisse deles, mas que não tenho a menor paciência para esperar por isso. Complicado, não?

Enfim, não sei se continuo sendo eu mesma, sofrendo a cada rompimento, até topar com alguém sexualmente compatível ou se me apresento num modelo mais contido, deixando para expor esse meu lado somente quando houver uma relação séria definida, para que seja visto como algo gradativo e não devasso que sempre tive comigo.  

Afinal, qual a recomendação de vocês?? ?

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Casal: “Os Devoradores”

Fui atendê-los super apreensiva, pois eles possuíam o mesmo nome que um casal de conhecidos meus. Fiquei desconfiando que fossem os próprios, querendo me pregar uma peça, afinal, muita coincidência aquela mesma combinação de nomes, rs. Outros fatores ajudaram a influenciar a minha desconfiança, como, por exemplo, ele ter me contatado de um número fake. Geralmente quando é atendimento para casal, são as próprias mulheres que costumam me contatar e nunca marcam no Lido. Ou seja, pequenos detalhes que reforçavam a minha paranoia, rs.

Quando bati na porta do quarto 212, quase prendi a respiração nos milésimos em que a mesma ia sendo aberta. Para ajudar, quem abria não apareceu de imediato, ficando meio escondido(a) atrás da porta, dando ainda mais suspense para a descoberta. Até que… Ufa, não era quem eu estava pensando!!!

Ela, uma mulher toda tatuada, bem magrinha, cabelo curtinho, me recebeu de lingerie rosa, toda menininha. Ficamos um tempão conversando, enquanto ele se preparava. Descobri que ela era bissexual e uma revelação muito interessante que jamais esquecerei: Me contando as histórias dos vários ménages que já fizeram, disse que na primeira vez que o viu comendo outra, ao invés de sentir qualquer resquício de ciúmes, o que te deu foi uma vontade enorme de ter um pau também! ? Achei sensacional! Ela realmente aprecia uma mulher, para a minha sorte! Hehe.

Quando enfim ele se juntou a nós, eu já estava mais atraída por ela, por toda a sua simpatia durante o nosso papo. Nos encontros de casal eu sempre procuro tratar a mulher como protagonista, pois jamais quero que ela pense que estou competindo a atenção do seu homem, no entanto, nesse encontro aqui, vi que isso não teria o menor problema, pois ambos focaram em mim!! Me senti sendo devorada!! No bom sentido, é claro!! ?

Os dois chuparam os meus seios ao mesmo tempo, ela no direito e ele no esquerdo. Em outro momento me colocaram para deitar, e ela rapidamente desceu para me chupar, enquanto ele ficava intercalando entre chupar os meus seios e me beijar. Eu estava sendo muito paparicada!! ? Após certo tempo, quis chupá-la para retribuir, mas ela sequer me deixou executar a tarefa por mais de um minuto. (Depois revelaram que ela prefere chupar a ser chupada.)

Tive a primeira rodada de transa com ele! Transamos no papai e mamãe, depois fui por cima, mas ele não gozou e fizemos uma pausa. Voltei as minhas atenções para ela, que reverteu a situação e voltou as atenções para mim! ? Ele me chupou, enquanto eu chupava os seios dela. Em determinado momento que ele estava com a boca na minha bu, lhe dei algumas dicas de como gostava e quando eles revezaram, ele saiu dando as coordenadas para ela: “Ela gosta que faz em círculos”. Quando ouvi isso, soltei uma gargalhada! Achei fantástica essa cumplicidade sapeca entre eles!! ?

Me concentrei na chupada dela. Ele, por sua vez, estava colado no meu rosto, beijando, passando a língua e falando umas putarias. De repente, o alerta do meu corpo foi disparado ⚠️ e me vi caminhando para o orgasmo. Quando eu estava quase gozando, ele, percebendo o que estava prestes a acontecer, no timming certinho, falou no meu ouvido: “Goza na boquinha dela!”

 GENTE!!!

Que dupla!!!

GOZEI PELA PRIMEIRA VEZ NO ORAL COM UMA MULHER ME CHUPANDO!! – Se eu já relatei algo antes parecido, me corrijam, mas confesso que não lembro de já ter gozado com uma mulher!! – Ela sabia mesmo o que estava fazendo!!! ?

Fiquei ali, extasiada, por um breve momento, até que voltei as minhas atenções para ele, que também precisava gozar.

Nesse encontro tivemos mais de uma surpresa! Descobri com eles uma posição nova!! Uma mistura com de quatro e sentada. Sabe quando ajoelhamos e sentamos em nossos calcanhares? Ele conseguiu meter comigo desse jeito! Eu sei, também fiquei surpresa! Meteu por um tempo assim, depois me pediu que ficasse de quatro – no modo tradicional que já conhecemos – e então, enfim, gozou assim! ?

Ela não gozou, mas via-se que o seu prazer se dava por eu ter gozado com a sua língua. ? Que mulher! Que casal! ?? Me surpreenderam bastante! E tudo isso aconteceu num ensolarado sábado à tarde. ?

Verdades Sobre Mim

Querido diário, 

F E L I Z   A N O   N O V O!! ✨

E como primeira postagem do ano, trago algo muito especial e muito íntimo que vivenciei. Esse provavelmente será o post mais revelador já publicado aqui! ?

Alerta textão! ???

2023 chegou daquele jeito! Logo no primeiro dia do ano tive uma experiência transcendental comigo mesma! Mas antes de falar disso, preciso contextualizar algumas coisas primeiro.

Todos aqui devem saber da grande importância do autoconhecimento. Que é você se conhecer, entender o que te faz feliz, qual a sua missão de vida e etc. Eu não era muito ligada nesse assunto, mas de uns tempos para cá tenho prestado mais atenção nisso. 

Quando anunciei que não atenderia mais, de fato achei que nunca mais voltaria a ser acompanhante. Estava namorando há um ano, imensamente feliz. Ele sabia da minha atividade, mas tinha muito ciúmes (muito difícil os caras aceitarem esse trabalho), então conversamos sobre eu parar de atender e morarmos juntos. Me joguei!

Eu estava curtindo bastante a vida de mulher casada. Já falávamos sobre ter filhos no futuro, festa de casamento e tudo que tínhamos direito. Pude focar na minha carreira artística, tive meu primeiro trabalho remunerado como atriz, depois mais trabalhos vieram, também fiz alguns jobs como modelo fotográfica e até me arrisquei cuidando das mídias sociais da empresa de um amigo. Mas nada que me trouxesse a mesma renda que eu tinha antes, é claro.

Após pouco mais de um ano morando junto, comecei a perceber que eu não estava mais tão feliz. Sentia falta da minha independência financeira e de transar com outras pessoas (passei a entender ainda mais os meus clientes casados, rs). De repente aquele cenário que vislumbramos, de casamento no papel e construir uma família, já não me apetecia mais, infelizmente. ☹️

Não dava para estender algo que eu não estava mais curtindo e tivemos uma das conversas mais difíceis da minha vida, em que eu precisei botar pra fora que não estava mais feliz naquele relacionamento. Foi triste, todo rompimento de ciclo é. Chorei, lembrando dos momentos bons, enquanto empacotava as minhas coisas, mas ao mesmo tempo que eu tinha gostado de tudo aquilo, ainda assim eu não queria mais continuar. Confuso, não? Terminamos bem, não houve briga, traição, nem nada. Ambos lamentávamos muito que não tivéssemos dado certo. 

Após terminar esse namoro/casamento, fui buscar terapia, pois percebi um padrão se repetindo nos meus relacionamentos. Em geral, eu sempre me interesso / gamo ou apaixono, muito fácil, por quem não sente o mesmo por mim. Sempre foi assim. De tanta insistência da minha parte, eu até conseguia dar uns beijos nesses pretendentes, mas não engrenava em algo sério. E nas poucas vezes que fui correspondida à altura, eu me cansava da pessoa depois de um tempo. É o segundo namoro que termino por conta disso, a relação vai bem, porém, do nada, sinto que não quero mais aquilo. 

Então fui buscar terapia para entender o que está acontecendo comigo. Como vocês devem saber, o celular escuta tudo que a gente fala e de repente apareceu para mim no Instagram, como patrocinado, uma hipnoterapeuta chamada Tayla Rizzo. Vou até trazer seu perfil abaixo, pois ela é maravilhosa!

Marquei uma consulta. Desde o momento em que pisei no seu consultório, me senti muito acolhida, zero julgada e sua voz era muito confortante. Me pediu que eu contasse sobre toda a minha trajetória familiar e meu histórico de relacionamentos. Após tudo isso, por algumas coisas que contei, ela já identificou a relação do porquê eu não conseguia ser plenamente feliz e me explicou tintim por tintim de como funciona a hipnoterapia, que se dá através de uma hipnose, mas, diferente dessas que vemos nos filmes, eu estaria o tempo inteiro consciente. Faríamos uma regressão para o momento que me causou tal programação mental responsável pelo que sou hoje e que, segundo ela, costuma originar na infância. Ela ainda fez uma mini hipnoterapia comigo e já nessa hipnose preliminar, me emocionei, quando reencontrei a minha criança interior. ? No final ainda ganhei um livro de presente, chamado: “Desbloqueie o Poder Da Sua Mente” do autor Michael Arruda. Nossa sessão durou 2h. Voltei para casa me sentindo super bem. O caminho inteiro nem quis mexer no celular e chegando em casa já comecei a ler o livro, 20 páginas de uma vez!

Durante a consulta, ela me explicou que o meu caso não era complexo e que duas sessões bastariam para me tratar. Suas sessões (que ela não gosta de chamar dessa maneira e sim de encontros) não tem limite de duração, ela vai no tempo do paciente. O valor que me passou, confesso que achei um investimento alto, mas, mesmo assim, em nenhum momento cogitei não fazer, pois sentia que precisava disso e que seria um divisor de águas na minha vida. Meus planos era esperar um pouco mais, me planejar melhor financeiramente, afinal, voltei a atender tem apenas dois meses, mas ela facilitou bastante a condição de pagamento. Agendamos! Eis que chegou o grande dia!

Hipnoterapia

Fiz a hipnoterapia três dias antes do Natal e posso dizer que foi um presente que dei a mim mesma. É uma experiência que nenhuma terapia convencional é capaz de alcançar. Foi realmente cirúrgico. Descobri coisas sobre mim que nem eu mesma sabia! Durou 3h todo o processo. Não trarei os detalhes nessa postagem pois ficaria muito extenso e talvez maçante, pois só é interessante para a própria pessoa, mas posso dizer que ainda estou no processo da reprogramação. Como disse a Tayla quando terminamos: “Não é mágica!” Eu não sairia de lá com todas as minhas questões resolvidas, mas que a partir dali eu teria muitos insights, para eu me observar nesse período e nos reencontraríamos em 30 dias.

O motivo de eu estar aqui relatando sobre essa experiência, não é nem pelo que vocês leram até agora (que já é muito interessante por si só), mas sim pelo que relatarei a seguir! Na noite de Réveillon tive uma experiência transcendental comigo mesma e tenho absoluta certeza que só foi possível por conta da hipnoterapia!

Contextualizando…

Viajei para Balneário Camboriú com alguns amigos. Fechamos uma festa para a virada do ano, num lugar chamado Surreal Park – uma fazenda lindíssima que o dono adaptou para criar esse local de eventos – . Foi um festival de música eletrônica I N C R Í V E L com três pistas diferentes! Sério, nunca ouvi tanta remixagem boa como nessa festa!

Quem curte esse tipo de rolê deve saber que sempre rola uma balinha (ecstasy) e dessa vez não foi diferente. (Me julguem.) Eu já usei antes, em outras festas eletrônicas e até mesmo em baladas, mas NUNCA tive uma brisa similar a dessa noite! Foi uma experiência como o nome do lugar já diz: Surreal!

Demorei para tomar a minha, pois estava mega animada naturalmente pela beleza do lugar, o som fantástico que estava rolando e a atmosfera de ano novo. Quando decidi ingerir, o som estava no auge e quando ela bateu, foi ainda mais especial! A brisa veio no exato momento em que a música tomava uma forma diferente, sexy e relaxante. Foi muito sincronizado. Estava mesmo tudo muito perfeito. Já coloquei os meus óculos escuros da Tiffany e me joguei naquela sensação de plenitude!

De repente, começou a acontecer uma coisa completamente inesperada e diferente, que destaco, nunca aconteceu comigo em brisa de ecstasy! Parecia que eu tinha tomado chá ayahuasca! Eu comecei a ter conversas internas, mentalmente, comigo mesma!! Tudo isso enquanto eu dançava.

Escutei uma voz dentro da minha cabeça (que provavelmente era a minha mesma) falando: “Ei maravilhosa! Você sabe que não precisa de homem para ser feliz, né? Para de se interessar por homens que não suportariam a tua intensidade!” e a voz continuou: “Você só vai conseguir ser plenamente feliz quando aceitar a si mesma e abrir a sua verdade para o mundo!”

 A minha verdade, ao qual o meu eu interior se referia, era o fato de eu ser acompanhante. Esse é o meu maior segredo de vida. A minha própria voz me dizia que a partir do momento que eu parar de esconder isso das pessoas, a minha vida irá mudar muito, dar um salto! Segundo o meu eu, quando alguém perguntasse o que eu faço, eu deveria responder da seguinte maneira:

‘Sou formada em Jornalismo, administro dois blogs, também sou atriz, com DRT, ganhei muito destaque no seguimento com eventos de terror, mas a minha principal renda, a que me sustenta e que me permite fazer tudo o que eu quero, é como acompanhante de luxo!’

“Sim, eu sei que você não está preparada para isso ainda, mas a partir do momento que você externar isso pela primeira vez, sua vida irá mudar imediatamente. Não tenha vergonha do que você é! É graças a isso que você tem o seu próprio apartamento e a sua independência desde os 24. Não tenha vergonha de algo que te proporcionou conquistar tantas coisas! Você é foda! Tem blog, livro publicado, lançou um serviço de coach para ajudar novas acompanhantes, o seu TCC da faculdade foi justamente sobre o preconceito com a prostituição, então seja você a primeira a romper esse preconceito através de si mesma!

Você faz o que muita mulher não é capaz e o que muito homem gosta! A partir do momento que você fizer isso, as pessoas rasas irão se afastar, mas as que você realmente precisa ter perto de você, irão ficar. Então, a partir de agora, sempre que você conhecer alguém novo, conte a verdade. Não se esconda. Você só vai conseguir alcançar seus objetivos se acreditar na sua real essência. Você quis voltar pra essa vida, então assuma os seus propósitos!”

E U   O U V I   T U D O   I S S O   D I R E T O   D A   M I N H A   C A B E Ç A!

Até hoje ainda estou analisando e absorvendo tudo isso. Toda vez que releio meus olhos enchem de lágrimas. Talvez tenha sido só efeito da bala mesmo, mas já usei antes e nunca tive uma brisa assim, tão rica em detalhes e significados. Acredito seriamente que a hipnoterapia tem alguma relação, pois me ajudou a desbloquear isso, essa conexão comigo mesma. E a mensagem que eu passava para mim mesma era: “Seja você mesma. Não se importe com a opinião alheia. A única pessoa que realmente importa é a sua mãe e ela já sabe.”

Eu realmente ainda não me sinto pronta para revelar isso para o meu mundo pessoal, mas estou cogitando me ouvir um pouco mais e seguir com a ideia de falar para novas pessoas que surgirem na minha vida. As que já estão descobrirão no momento certo.

O que vocês acham de tudo isso??

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Sexo Bom e Caro

Querido diário… 

Estou de volta há 2 meses! ? Dois intensos e maravilhosos meses, encontrando e reencontrando homens que buscam mais que uma experiência sexual comigo! ❤️

E dentre todas as experiências que tive nesse período, elegi três encontros para relatar a vocês! Sendo um ruim, um que gostei bastante e outro meio termo. Estão preparados para matar a saudade dos meus relatos? ?

Vamos começar pelo que faz mais sucesso aqui no blog: Cliente Desagradável! ?

“O MAÇANTE”

Esse cliente estava querendo sair comigo há muito tempo, desde quando eu não estava mais atendendo. Inclusive, insistiu muito para me encontrar durante esse período afastada, mesmo eu não dando nenhuma brecha para que pensasse numa possível exceção. Determinado. 

Confesso que, por mensagens, o achei um pouco chato e cansativo. Me contava coisas do seu dia (por áudio!!) que não tinha a menor relevância eu saber e ainda se gabava dizendo que ele era o tipo de cliente que, todas as acompanhantes que ele saiu, gostavam de repetir, inclusive, que muitas delas o contatavam, perguntando quando ele viria para São Paulo novamente (ele é de BH). Tudo isso até poderia ser verdade, mas a pessoa usar esse discurso para se enaltecer é ser muito egocêntrico. Não me cativou.

Desde que voltei a atender, tentamos marcar inúmeras vezes e em todas elas precisei cancelar e remarcar por motivos pessoais, o que complicava um pouco a situação, pois ele sempre preparava toda uma logística para vir de BH. Então podem imaginar como toda essa dificuldade gerou uma grande expectativa nele. 

Eis que o dia chegou e, para a nossa infelicidade, desde o início do encontro tivemos vários tropeços. 

O encontrei numa locação estilo Airnbn, que ele estava hospedado. Bati na porta e ele demorou um tempo considerável para atender, algo que me incomodou um pouco. Não tem coisa mais deselegante do que você deixar alguém esperando do lado de fora, sem qualquer aviso. Escutei o barulho da fechadura e nada da porta abrir, achei que talvez ele quisesse que eu mesma abrisse e até tentei abrir a maçaneta, mas continuava trancada. Pra variar, uma pessoa de um outro apartamento também abriu a porta e comecei a me sentir constrangida de ser vista naquela situação, em pé, esperando do lado de fora.

Quando enfim ele abriu, disse que estava arrumando umas coisas e que não teve tempo de terminar, pois eu não tinha mandado mensagem avisando que estava chegando. Como se eu fosse culpada por chegar “de surpresa”. Eu, que já estava incomodada com aquela espera do lado de fora, me incomodei ainda mais com tal frase, que soou como uma acusação, pela sua falta de organização. Respondi que tinha chegado no horário combinado e ele replicou de uma maneira que me pareceu debochada: “Sim, que bom que você chegou no horário, parabéns pra você!”. Pronto, o climão já tinha se instaurado. A partir desse momento eu conversava sem conseguir sorrir. Era mesmo dessa maneira que seria o encontro com um cara que insistiu tanto para me conhecer?! 

Nos sentamos no sofá, ele ficou se queixando da má qualidade do apartamento escolhido e então quis me contar da trajetória amorosa dele. Devido a todo o desenrolar do encontro até ali, confesso que eu não estava achando a sua história interessante. Não era uma pessoa que tivesse me despertado alguma curiosidade em saber, então ele querer falar de si mesmo, só reforçou a minha percepção de muito egocentrismo. 

Após ele contar dos seus relacionamentos, me perguntou se eu gostaria de comentar sobre algo que ele tenha dito. Não, eu não queria e acho que comentários devem surgir por espontâneo e não pressionados. Fez-se um breve silêncio enquanto eu pensava no que dizer e então comentei alguma coisa qualquer, sem que precisasse me aprofundar em nenhum tópico dito. 

Quando começamos a nos beijar, me pareceu que o encontro seria salvo pela sexualidade envolvida, no entanto, quando avançamos para o sexo oral, tive mais uma onda de decepção. A sua chupada em mim foi bem ruinzinha. Chupava sem nenhuma pressão na língua, numa velocidade quase parando. Quando chegou a minha vez de retribuir, a decepção foi ainda maior. Seu pênis tinha um forte odor de urina. ?‍ E se tem uma coisa mais broxante que aquela conversa sem graça e aquele oral sem sal, é um pau fedido. ?

Acabei chupando sem falar nada, ossos do ofício, mas jamais engolia a saliva, deixava escorrer tudo na cama. Quando ele me pedia para enfiar o pau mais fundo na minha boca, eu me fazia de desentendida e ficava só por ali na cabecinha. Depois de um 69 zero excitante, enfim encapamos e fui por cima. 

O momento mais feliz desse encontro, com certeza, foi quando ele gozou. Ele elogiou a minha performance e quis conversar mais no pós sexo, mas eu sabia que já estava próximo de dar o horário, então, no meio do assunto, me levantei para pegar uma toalha e na mesma hora ele se interrompeu, visivelmente percebendo a minha falta de interesse. 

Perguntou se eu gostaria de encontrá-lo novamente, nos próximos dias que ele ainda estaria por São Paulo, mas recusei, dizendo que não tinha mais agenda (e realmente não tinha mesmo). A partir daí o encontro foi minguando. Me acertou, terminei de me vestir e a despedida foi tão estranha quanto a chegada. Ele sequer me enviou qualquer mensagem depois, acho que sentiu que não curti e talvez no fundo nem ele mesmo tenha curtido.

*

Agora vamos para um encontro gostoso?? ?

“O PARTIDÃO”

Combinamos de eu encontrá-lo em seu apartamento. Ele reside no Itaim e me surpreendi com o belíssimo prédio já da calçada. Quando ele abriu a porta, me deparei com um homem alto, em forma, bonito e um pouco sério. O encontro desenrolou rapidamente. Seu apartamento era um duplex, mas sequer conheci a sua cama, transamos na sala mesmo. O homem era bonitão. Depois revelou ter 40 anos, mas te daria uns 34. Gostoso e com um sex appeal elevado. Quando colocou o pau pra fora, não me decepcionei. Era grande, até demais no tamanho, mas na medida certa em grossura. 

Após ficar nu, me colocou sentada na sua frente, naquele sofá de couro, e logo comecei  a chupar aquele colosso. Obviamente não dava pra fazer garganta profunda, mas me empenhei o máximo que pude. ? Depois ele perguntou se também podia me chupar, como se eu fosse capaz de negar um pedido desses. Seu oral estava um pouco afobado, rápido demais para os parâmetros que gosto, então, em determinado momento pedi que me deixasse chupá-lo outra vez. 

Em pouco tempo ele já quis transar. ? Habilmente pegou um preservativo no bolso da sua calça recém tirada, que estava jogada perto da gente, encapou e começamos comigo por cima. Não deu nem dois minutos e me pegou no colo, invertendo para que eu ficasse deitada e ele viesse por cima. Nessa hora quase soltei um grito quando ele entrou todo e pedi que não entrasse tudo, afinal, um pau comprido como o seu machucava se fosse tão fundo. Ele respeitou os meus limites e logo depois me pediu para ficar ajoelhada no chão, em cima do tapete, de quatro, apoiada no sofá, enquanto ele vinha bem gostoso por trás de mim. Nesse momento me senti no filme “Cinquenta Tons de Cinza”, ? com ele me pegando daquele jeito sexy, respirando no meu ouvido e beijando a minha nuca. Percebi que ele não metia com força ou rapidez e em alguns momentos até ficava parado, movimentos esses que sugerem quando o cara está se segurando para não gozar. ?

A transa estava tão gostosa, que quando ele perguntou no meu ouvido, bem baixinho, se podia gozar na minha boca, eu não consegui resistir. Estava muito envolvida naquela atmosfera sexual. Após o meu consentimento, ele deu só mais duas bombadas e então tirou o preservativo, me chamando: “Vem!” ?

Fiquei com a língua pra fora, o encarando bem safada, enquanto ele se masturbava. Logo  posicionou o pau na minha boca e veio. ??? Seu jato foi leve e incrivelmente sem gosto. “Esse deve comer só coisa saudável”, pensei. Depois se sentou no sofá e ficou me olhando em silêncio, até que, diante da minha falta de ação, perguntou se eu queria cuspir. Confirmei e me indicou onde eu poderia ir.

Quando retornei, ficamos um tempão conversando até o término do tempo. Uma pena que não rolou segundo round, ele era mesmo uma delícia! ? Uma hora passou voando! 

“O NERD METELÃO”

Sua foto do WhatsApp não dava para ver direito, mas parecia um cliente potencial de ser gostoso. Fui com algumas expectativas. ? Marcamos no Apple. Não me decepcionei. Alto, magro, de óculos, bonito, idade na casa dos 30, parecia um date pós balada. ? Mal conversamos e já começamos a nos beijar. Muitos amassos, roupas foram tiradas e minha buceta foi chupada. Hummm. Quando ele também ficou nu, me provou que não importa o quão alto você seja, não necessariamente seu pau será condizente com o seu tamanho, rs. Mas era gostosinho, não importa o tamanho da varinha de condão e sim a mágica que ela faz! ? Enfim, encapamos e partimos para o abate. ?

Nosso encontro foi de apenas uma hora e posso dizer que ele usou CADA MINUTO do encontro para transar. O que costuma ser bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque aproveitamos bastante e ruim pois dependendo do ritmo, fica cansativo. ?‍? 

Fizemos de todas as posições possíveis. Eu por cima, ele por cima, de ladinho, comigo de quatro e por último de bruços. Nessa última etapa ele já estava pingando. Consegui tirar uma casquinha gozando com o meu brinquedinho e após ver que eu tinha chegado lá, ele fez uma pequena pausa para lavar seu rosto. Aproveitei para dar uma espiada no relógio e adivinhem só, faltava apenas 5 minutos para o nosso tempo acabar. 

Educada como sou, não falei a questão do horário para que não se sentisse pressionado e conduzi para que se deitasse, obstinada a chupá-lo até que gozasse. Mas ele estava duro na queda, o que me fez repensar se talvez não deveria ter falado do horário para que também se empenhasse. 

Após um tempo chupando e nada, coloquei ele mesmo para bater uma punheta, fui para as suas bolas e fiquei ali enquanto ele se masturbava. De repente ele começou a desacelerar na punheta, o que me causou um certo incômodo, o intuito era que ele chegasse lá e não ficasse enrolando. ? O fuzilei com um olhar que dizia “só temos 5 minutos”, mas é claro que ele não soube interpretar o meu subtexto. 

Voltei a chupá-lo mais uma vez, empenhada, até que me rendi a punheta mesmo. Enfim gozou!!! Glória a Deus! ? Parti para o banho, mas nem o chuveiro quis colaborar, quase 10 minutos para água começar a aquecer… mais uma demora do Uber, nossa… essa noite foi difícil voltar pra casa… 

*

E é isso… ano que vem tem mais e poderá ser você! ?

O Perspicaz | Parte 6: O Retorno

Querido diário…

Enfim venho te rechear com novas histórias!! E volto com a segunda temporada de uma saga antiga, postada em março de 2020!

Quem aí se lembra do Perspicaz? Aquele meu ex crush do Tinder, que desconfiávamos dele saber que eu era acompanhante? Bom, quem não lembra (confesso que muitos detalhes nem eu mesma lembrava direito) recomendo relerem essa história em todas as suas instâncias (como quando reassistimos uma série antiga, após anunciarem uma nova temporada hehe).

Já vou deixar aqui na mão para vocês:

O Perspicaz | Parte 1: Pré-encontro

O Perspicaz | Parte 3: Pós-encontro

O Perspicaz | Parte 4: Segundo Encontro

O Perspicaz | Parte 5: O Príncipe Virou Sapo

Ele foi o último homem que fiquei antes de começar a namorar. Naturalmente deixei de segui-lo no Instagram durante esse período. No entanto, solteira novamente, decidi voltar a seguir, quando o notei curtindo uma foto minha recém postada e vi sua carinha olhando os meus stories. Pensei: “Quer saber? Por que não voltar a segui-lo?” e o gesto não passou despercebido:

– Poxa vida… nem me seguia mais…

– Veja pelo lado bom, voltei a seguir, rs.

– Que bom! Fico feliz!! Você é uma lembrança muito boa que eu guardo…

Oi? Eu estava falando com a mesma pessoa? Isso vindo de um boy que na época não me deu muita bola… ?

– Lembranças podem ser revividas. – Respondi audaciosa.

– Uau.. você continua sendo desconcertante! Eu adoraria revivê-las!

Apenas curti e não falei mais nada.

Sete horas depois veio o convite:

– Já tem rolê pra hoje?

Eu não conseguiria encontrá-lo. Ele me chamou para sair numa sexta e eu só poderia terça, da próxima semana.

– E quando você vai ter um tempinho livre? – Ele insistiu.

– Terça a noite. Que tal?

– Tá longe, mas ok! Combinado.

– Tá nada, terça tá logo aí rs.

Mais próximo do dia o chamei no whatsapp, até mesmo para relembrá-lo do meu número:

– Oie. Tudo bem? Vamos combinar por aqui depois sobre terça.

Ele respondeu uma hora depois:

– Hey! Sim! Vamos. Estou ansioso!

Tivemos mais algumas conversas esporádicas, mas nada relevante e diferenciado que merecesse destaque aqui.

Chegaste, então, a terça-feira e lhe contatei novamente:

– Bom dia. Confirmado hoje? Caso sim, não sei o que pensou, mas acho que seria legal sairmos pra comer em algum lugar. O que acha?

Novamente ele respondeu uma hora depois:

– Bom dia!! Confirmadíssimo. Acho uma boa! Tem alguma sugestão? Algum lugar novo para conhecer?

– Algumas opções: Bar dos Arcos, Restaurante Tantra, Eu Tu Eles Bar, Quintal do Espeto. Nunca fui em nenhum desses. – Respondi engajada.

Ele comentou sobre cada opção e decidimos pelo Bar dos Arcos, um que ele já conhecia e achava bacana. Combinamos para 20:30, direto no local.

Se preparem para esse reencontro! ?

Milagrosamente eu, que sempre sou a atrasada do rolê, cheguei pontualmente e antes dele. O vi descendo do Uber quatro minutos depois. O Bar dos Arcos estava com fila de espera (apenas três mesas na nossa frente) e ele já estava cogitando trocarmos para a Casa do Porco, o que não me agradou muito na hora, mas me mantive aberta às possibilidades. Por sorte, antes que conseguíssemos contato com o referido restaurante para saber sobre a sua lotação naquele momento, fomos chamados, pois a nossa mesa já estava disponível. Ufa.

Eu gostei demais do Bar dos Arcos! Me senti dentro de uma caverna medieval, foi bem legal! O ruim de lá é que as mesas não são individuais, na verdade, não são propriamente mesas e sim bancadas compartilhadas. Ficamos na quina de uma e ao meu lado tinha outro grupo de pessoas. Mas não atrapalhou, achei a composição bem descontraída. Pedi um drink chamado “Descalço”, que acertei muito, estava bem gostoso! Ele também pediu um drink para si e uma entrada para nós.

Conversa vai, conversa vem, estava agradável o papo, ainda que eu notasse uma certa incompatibilidade de assuntos. Como, por exemplo, quando ele veio falar de política. Não gosto de falar sobre política. Vamos falar de filmes, música, relacionamentos, sexo, assuntos leves, mas política não, por favor. Por sorte nessa hora eu ainda estava comendo o meu prato principal (um risotto de queijo com chorizo picado, delicioso!!) então só acenava com a cabeça, soltando pequenos argumentos, nada que me fizesse dizer algo fundamentado.

Ele ficou todo alegrinho com apenas um drink! ?

– Vamos fumar um? – Soltou em algum momento.

Homem de atitude, gosto assim!

– Você trouxe? – Dei corda.

– Tenho uma pontinha.

– Vamos fumar onde? – Perguntei só pra ver o que ele ia responder, pois já estava mal intencionada de levá-lo pra minha casa.

– Vamos lá pra casa. – Ele convidou e novamente gostei da iniciativa.

– Melhor irmos pra minha, é mais perto. – Falei.

Logo pedimos a conta e fomos para o caixa. Ofereci divisão por educação, mas ele me surpreendeu positivamente quando pediu que passassem a maior parte no cartão dele. Enquanto o Uber não chegava, rolou o maior clima, achei que fosse ser beijada. Ele se aproximou da minha boca, mas se conteve no meio do caminho. Será que ele tinha algum problema em beijar em público? Não entendi muito bem, mas fiquei na minha. No uber fomos papeando com o motorista, então nada de amassos no carro também.

Quando chegamos no meu apê, já fui conectando meu celular na caixinha de som, colocando a minha playlist: Músicas Sensuais para tocar. Ele sacou o beck dele, que não era nenhuma pontinha e sim metade de um cigarro inteiro (como ele era modesto, rs) e foi para a varanda acender.

Enfim rolou o beijo!! Delicioso, excitante, com ele encostado na minha lavadora, enquanto dávamos o primeiro trago. Estava muito sensual aquele momento. Somente a luz da varanda acesa, aquela música tocando, um beijo extremamente sexy com amasso. Tinha me esquecido do quanto ele era envolvente. ?

Interrompi quando senti a embalagem do beck, que ele segurava, arranhando as minhas costas. Tal embalagem, por acaso, era do meu beck, que ele queria experimentar. E quando ele foi bolar, ocorreu uma situação bem quebra clima. Ele ficou extremamente indignado por eu não ter piteira! ? Mas indignado mesmo! O que achei um tanto exagerado na hora. Justifiquei que não sou uma fumante assídua como ele, que só fumo para escrever (me dá vários gatilhos de criatividade) e para assistir filme/série, justificativa essa que em nada amenizou a sua decepção.

– Como você é chato! – Soltei diante daquele piti todo.

– Ahhh eu sou mesmo! – Rebateu azedo.

Passado esse pequeno estresse, voltamos ao momento dos beijos. De repente comecei a ficar muito chapada (só tinha fumado o dele até então) e me dei conta que o seu era forte demais. Forte mesmo. Fiquei chapada de um jeito que não gosto. Travada e levemente paranoica. Estávamos nos beijando e tive que interromper para entender aquela brisa. “Nossa, seu beck é muito forte”, externei e, nesse momento, ele, delicadamente, se afastou, indo para a sala.

– Onde você vai?

– Dar espaço pra você respirar. – Respondeu compreensivo.

Eu não queria ficar daquele jeito. Pouco tempo depois ele voltou para onde eu estava e retomei os beijos, afinal, é melhor brisar beijando, do que paranoica com os meus pensamentos. A transa foi desenrolando. Ele se sentou na minha cama, me sentei ao seu lado e voltamos aos beijos.

Uma coisa que eu gosto muito nele é a sua energia masculina. Ele domina na cama. Em todas as instâncias, quem dava o primeiro passo era ele. Depois de alguns beijos já deitados, com ele inclinado por cima de mim, se voltou para o meu decote e sem tirar o meu cropped, afastou o sutiã para chupar os meus seios. Ai que gostoso. Adoro quando chupam os meus peitos!! Depois voltou a me beijar e então foi tirando a minha parte de baixo. Também não me lembrava de que ele chupava tão bem! Percebi que mudava o jeito várias vezes, provavelmente tentando descobrir de qual eu gostava mais. Sinceramente, eu estava gostando de todas as formas que ele fazia, um jeito era mais gostoso que o outro! No entanto, como eu estava muito chapada, não consegui relaxar para gozar. ?

Depois que voltamos a nos beijar, interrompi para pegar um copo de água. Minha boca estava sequíssima! Ele veio atrás de mim e retomamos a pegação na cozinha. Nessa hora o danadinho conduziu para que eu o chupasse, dizendo que uma coisa que ele não esquecia, era como eu chupava bem! ? E enquanto terminava de dizer a frase, já foi abrindo a calça, ao mesmo tempo. Achei aquela cena muito sexy!! ? Me ajoelhei no chão da cozinha, entre o fogão e a pia, e o abocanhei por completo! ? Depois de um reconhecimento daqueles, é claro que eu capricharia! Chupei por um tempo e só parei quando ele mesmo me levantou, me conduzindo de volta para a cama.

Ele pediu pela camisinha e enquanto encapava, apreciei a visão daquele homem pelado na minha frente, se preparando para me comer bem gostoso. Veio por cima de mim. Ele sequer colocou a mão no pau para direcionar ao caminho certo, sem precisar olhar, mirou na bucetinha e veio de uma vez, todo confiante! Que precisão!! ? Que transa maravilhosa! Mesmo mais chapada do que eu gostaria, eu conseguia sentir o quanto aquilo estava gostoso. Ele metia muito bem. E ainda que o meu corpo acompanhasse os seus movimentos, ele fazia tudo praticamente sozinho, eu só tinha o trabalho de curtir e relaxar.

Ele acelerava como se fosse gozar, até que, de repente, retrocedia e recomeçava todo o percurso novamente, uma nuance perfeita! Ele ofegava bastante, mas em nenhum momento pediu arrego, também não me ofereci para ir por cima, deixei que ele conduzisse tudo do seu jeito. Após um tempo me comendo naquela posição, pediu que eu ficasse de quatro. Que tesão! Sem ter a menor ideia, ele me comia nas minhas duas posições preferidas! ?

Quando ele me penetrou de quatro, meu tesão aumentou muito! Eu o assistia pelo espelho da minha cabeceira, o que só realçava as sensações. Visual e sensorial unidos. Quando o percebi acelerando, pedi que não gozasse ainda e perguntei se podia pegar meu brinquedinho, ao que ele respondeu: “Estranhei que você não tinha pegado ainda”. Maroto.

A única parte ruim desta transa é que ele não conseguiu me esperar para gozar e foi antes de mim. ? Também não continuou depois. Triste. ? Mas a transa tinha sido muito boa e não fiquei chateada por isso. Ele saiu de dentro de mim e desmaiou por dois minutos ao meu lado. Depois, repentinamente, voltou a abrir os olhos, levantou a cabeça e disse: “Voltei!”. Achei engraçado, rs.

Daí ficamos conversando sobre relacionamentos. Perguntei se ele já tinha se apaixonado muitas vezes e me respondeu que não gosta de se apaixonar, pois, das poucas vezes que ocorreu, não foi correspondido. Daí filosofamos sobre como ficamos idiotas quando estamos apaixonados por alguém. Nosso comportamento muda completamente, não conseguimos ser nós mesmos e se a pessoa não está na mesma sintonia, é só pagação de mico. Ele disse que agora estava blindado. Não que eu quisesse que ele se apaixonasse por mim, só buscava entender toda aquela independência de envolvimento. Ele também namorou, enquanto eu estava namorando, e disse que achava que só deu certo porque no fundo ele sabia que tinha prazo de validade, já que em determinada data ela iria embora do Brasil e consequentemente terminariam.

Após um tempo de conversa, começou a atacar a sua alergia (tenho gatos), ele não quis tomar o antialérgico que eu tinha e anunciou que dali a pouco iria embora. Não pedi que ficasse. Já estava tarde, eu sabia que não rolaria segunda rodada e também não queria dividir a minha cama.

Quando ele estava saindo, quase não me deu beijo de despedida, um selinho fajuto que reclamei, mas, me explicou que seu nariz estava começando a escorrer por conta da alergia kkkkk. Muito sincero! ?

 Uma semana depois combinamos mais um encontro.

– E aí, quando vamos ter um remember? – Intimei o boy.

– Hey! Essa semana apesar do feriado, está corrida. Vamos combinar, semana que vem!! Levo um beck meu diferente pra você experimentar.

Aguardem os próximos capítulos… ?

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She’s Back!

Vídeo Personalizado

Querido diário…

Voltei. VOLTEI. Volteeeeeei!

Descobri muitas coisas sobre mim mesma, nesse tempo que estive fora. Descobri que sou uma mulher movida a emoções, a adrenalina e novidades. Senti falta das aventuras, das transas casuais, dos presentes, dos desafios, da minha liberdade e, principalmente, da independência que essa vida sempre me proporcionou.

Eu sempre adorei tanto vivenciar essas experiências, que escrever sobre elas depois, aqui no blog, me possibilitava revivê-las através das palavras. Amo escrever, mas desde que seja um assunto que me apeteça muito também. Como o sexo! ?

Quando criei o OnlyFans foi uma maneira de continuar tendo um pouco dessa sensação e continuar vivendo esse universo. Mas chegou um momento em que só a sensação já não me satisfazia mais. Eu queria viver de verdade. De novo. Sentia falta de marcar encontros, de me perfumar para sair, de chegar no hotel e especular se os funcionários ali presentes sabiam o que eu estava indo fazer, rs, de encantar o cliente com o que eu sei fazer de melhor e de sentir muito prazer junto com ele também. ?

Enfim, estava com saudade dos nossos dates! ❤️ Cada dia que passava eu ficava mais desejosa de sentir isso novamente. Por meses fiquei maturando esses pensamentos, até que chegaste esse momento.

Antes de anunciar o meu retorno, com exclusividade, para os meus inscritos do OnlyFans, surgiu a oportunidade de reviver essa experiência com uma amiga – quem me acompanha já até imagina quem seja, Manu Trindade, – num ménage delicioso com um cliente em comum, muito sortudo, e foi a partir desse momento que todas as minhas dúvidas acabaram e eu fui consumida por uma enorme certeza.

Estou com a agenda hiper, mega restrita, pois estou conciliando com outras atividades pessoais. Então, para sair comigo, somente se estiver inscrito no meu OnlyFans (uma maneira de valorizar todos que estão lá me acompanhando) e alguns ex-clientes, poucos, somente aqueles especiais que criei certo vínculo.

Voltei…

Para ficar?

Não sei…

Só sei o que eu quero agora.

E o que eu quero?

Agora eu quero gozar…

MUITO!

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Mais um escrito da madrugada…

Querido diário,

Olha eu aqui de novo! Sim, para dar continuidade a postagem anterior! Aliás, já te adianto que esse post deu 6 páginas do word! ? Se preferir, pode ler em etapas, como quando estamos lendo um livro. ?

Imagino que você tenha ficado curioso para saber se passei ou não no tal teste. A propósito, qual o seu palpite?? ?

(Pausa dramática)

Preciso dizer que eu já estava desacreditada, pois encerrou o prazo de resposta e nada de eu receber o e-mail com a devolutiva da audição. “Não passei, é isso, não era pra ser.” Pensei conformada. Soube de dois amigos que receberam a resposta que tinham passado, o que só reforçava essa ideia. 

Daí… dois dias depois do término do prazo de resposta, quando eu já não nutria mais nenhum tipo de expectativa, recebi uma notificação no e-mail. Era eles! Abri sem a menor empolgação, pensando se tratar de uma simples mensagem de agradecimento por ter participado (que era exatamente o que estava escrito nas primeiras linhas), até que, continuando a leitura, leio a seguinte frase: “pois você foi aprovado para o evento…” (What?????) ??? quem me visse naquele momento, pensaria que tinha aparecido a imagem de um bicho na tela do meu telefone, de tão expressiva que fui! ?

Era a personagem que eu queria? Não, não era. Na verdade, nem imaginei que fosse ter a personagem que peguei, então fiquei dividida entre a felicidade de estar dentro e uma leve frustração por não ser a personagem que eu tinha pensado. “Não seja ingrata”, me repreendi mentalmente. “Um puta evento desse será excelente para o seu currículo, fora o networking, além de ser uma experiência completamente diferente de tudo que você já fez até o momento.” O meu eu mais sábio me dava vários tapas na cara. 

Daí lembrei de um vídeo muito legal daquele ator que fez o Latrell no filme “As Branquelas”, em que ele diz: “Prefiro ter um papel pequeno numa produção foda, do que ser o protagonista numa produção ruim”. Um consolo válido. Não seria a protagonista, mas estaria dentro do negócio e isso era o mais importante! 

Mas a verdade é que eu estou cada vez mais apaixonada pela minha personagem. Ela possui uma relevância maior do que julguei num primeiro momento. Engraçado que fui pesquisar mais a fundo a história dela e é impressionante como a putaria me persegue, rs. Deixarei esse enigma sobre ela com vocês:

“De acordo com o livro original, […] no passado, tinha o costume de se hospedar no quarto, seduzia jovens rapazes e fazia sexo com eles. No entanto, arrependida de seus atos… […] enquanto tomava banho.”

*

Os ensaios começaram essa semana e vou compartilhar um pouco de como tem sido. 

O primeiro dia parecia início de ano letivo. Todo mundo centralizado num determinado ambiente, esperando sermos chamados para dentro. Uma rápida olhada nas pessoas. Pessoas bonitas, alguns rostos conhecidos. Mal parava para cumprimentar um e outro já surgia. – O mundo das artes é mesmo pequeno. – Pessoas que já trabalhei em outros eventos, pessoas que gosto e outras que não aprecio tanto assim. Assinamos nosso nome numa lista, com especificação do horário que cada um chegaste e incrivelmente todos foram pontuais, rs. 

Me inseri num grupo de conversa, ao avistar algumas pessoas conhecidas. Que energia gostosa. Todo mundo animado com a oportunidade e ansiosos pelo que estaria por vir. Como é um evento completamente inédito, a expectativa e curiosidade estava altíssima. 

Com um pouco de atraso fomos convidados a entrar no grande teatro. Indicaram um espaço para colocarmos nossas bolsas e cadeiras foram trazidas, formando uma grande roda de conversa. Dois produtores estavam presentes. Ambos se apresentaram, contando suas bagagens artísticas (um deles é bem conhecido no meio dos musicais) e depois foi solicitado que um por um do elenco fizesse o mesmo. 

Algumas apresentações foram interessantes, engraçadas e outras tediosas, com detalhes irrelevantes. Chegou a minha vez. Fui sucinta, não achei necessário trazer à tona toda a minha trajetória artística, apenas falei que estava no teatro desde 2018 e que a minha experiência com aquele gênero vinha desde o ano passado, quando trabalhei no meu primeiro grande evento. Falei do meu trabalho atual (aquele que conflitei sair ou não), já fazendo aquela singela propaganda do evento e, surpreendentemente, arranquei muitas risadas ao dizer: “Inclusive, quem ainda não foi, vão conhecer, eu faço a guia lá e sou muito boa!” ? convencida, mas de uma maneira fofa e extrovertida. ?

Depois dessa longa apresentação individual, todos fizemos uma pausa de meia hora, que usei para comer alguma coisa. 

Ao retornamos aos nossos lugares, foi aí que o negócio começou a ficar bom. Um dos produtores nos revelou tintim por tintim de como será o evento e ainda que ouvi-lo contar, não trouxesse a mesma emoção do que seria viver tudo aquilo que ele estava dizendo, saber de toda aquela parafernália e efeitos, na íntegra, causava muitos murmúrios entre o elenco, de satisfação e surpresa, com a mega produção que estávamos lidando. Ouso dizer que será o trabalho mais incrível e inesquecível que já participei até agora. Estou muuuuito, muuuito ansiosa pelo que está por vir. Distribuíram os roteiros, fizemos uma leitura conjunta e então finalizamos o primeiro ensaio.

No segundo dia formaram grupos com o elenco que estará junto em cada setor e posso dizer que estou muito satisfeita com as pessoas que estão no meu. Mas ainda que eu tenha gostado deles, estou fazendo um exercício diário de não me prender a ninguém, buscando interagir sempre com todo mundo. Aliás, gostaria de criar uma lacuna de assunto aqui. 

Como contei no primeiro capítulo dessa nova fase (que você pode recapitular clicando aqui), até o momento trabalhei em três grandes eventos. E em cada um tem sido um aprendizado diferente. No meu primeiro trabalho, que durou três meses (não se espante, vida de artista é assim mesmo, dinâmica, estilo nômade, sem aquela rotina e segurança de um CLT que – sendo bem honesta – me entedia, gosto de emoção e adrenalina), eu fiz a besteira de me fechar numa bolha, interagindo somente com dois amigos que eu já conhecia. Me privei de criar relações e isso contribuiu para que determinadas pessoas tivessem uma ideia errada sobre mim. 

Mesmo não criando muitos laços, foi através desse meu primeiro trabalho que consegui o segundo. Uma das atrizes do evento, que, por acaso, interagi um pouco mais nos últimos dias, indicou uma galera para esse segundo e eu estava entre as suas indicações. 

Nesse segundo trabalho colhi o que plantei no primeiro. Muitas pessoas do elenco já estavam conectadas, devido ao trabalho anterior, enquanto eu me sentia uma novata, ainda que não fossem desconhecidos para mim. – Meus amigos não seguiram nesse.

Foi aí que começou o aprendizado. Aprendi que, no meio profissional, não devemos nos prender a pessoas, limitar o nosso círculo, ainda que tenhamos maior afinidade com umas do que com outras. É necessário se permitir criar multi relações interpessoais. Parece óbvio, mas foi algo que precisei vivenciar para aprender. 

Então fiz isso no segundo trabalho e o resultado foi surpreendentemente positivo. Me descobri uma pessoa carismática, admirada e querida. Inclusive, foi uma grande surpresa quando duas pessoas que, por alguma razão que desconheço, não gostavam de mim pelo que interpretaram a meu respeito no trabalho anterior, mudaram suas percepções, ao me conhecerem melhor, nessa segunda jornada trabalhando junto. 

Então passei a entender e a valorizar mais a importância de fazer contatos. Contatos que surgem através da sua boa relação com as pessoas e, claro, com a reputação que se cria a respeito do seu trabalho. 

*

Mas então, voltando a experiência atual, estou exercitando isso, de não me prender a ninguém e interagir com todo mundo igual. Uma vez ouvi em algum lugar que “fazer o bom vizinho é ser falso”, mas não é bem assim. É simplesmente ser você mesmo, o tempo inteiro, com quem quer que seja. E é legal pois não sou mais eu que vou até as pessoas, deixo que elas venham até mim. Está sendo um exercício muito edificante. Às vezes atraio as mesmas pessoas, às vezes pessoas diferentes e assim as relações vão se formando. 

Enfim, ontem foi o terceiro dia de ensaio e fizemos alguns exercícios de interpretação muito legais, que vou compartilhar aqui para aqueles que não tem a menor ideia de como é o meio artístico.

O primeiro exercício eu já tinha feito antes, durante as aulas de teatro e talvez também em algum outro workshop de atuação.

É um exercício com situações hipotéticas. Quem está nos dirigindo começa pedindo que andemos pelo espaço. Daí vamos andando entre nós, nos cruzando sem ordem, como se estivéssemos andando na Times Square, gente para todo lado. Daí ele vai criando situações para que busquemos agir conforme essas eventualidades atingem a gente.

Começou:

Você está indo para algum lugar. – Daí cabe a você criar a sua história. Está indo para onde? Para o trabalho? Para a escola? Encontrar alguém?

Eu imaginei que estava indo encontrar um date, então estava animada na caminhada, visivelmente empolgada e cheia de expectativas pelo encontro.

Daí nesse trajeto foram se formando nuvens no céu e a temperatura foi caindo. – Daí geral começa a fazer sinais de que está com frio, passando as mãos pelos braços, esfregando uma mão na outra, coisas desse tipo. 

Vai esfriando cada vez mais, caindo para 15 graus. 

De repente você percebe que o chão está molhado. – Daí todo mundo começa a andar com mais cautela, se imaginando pisando numa poça de água. 

Gradativamente a água vai subindo. 

Está na altura do seu calcanhar;

Da canela;

Dos joelhos;

Da cintura;

Umbigo;

E nesse momento você percebe que a água está suja, cor escura, para depois se transformar numa água de esgoto mesmo. 

Aquela água fedida e nojenta chega na altura dos seus peitos. – Nessa hora comecei a sentir ânsia de verdade.

Chegou no pescoço e você tá quase sendo coberto por aquela água podre, mal consegue continuar andando. 

Como falei pra vocês, eu já fiz esse exercício antes, mas em nenhuma dessas outras vezes senti de fato que aquilo estava acontecendo comigo. Eu apenas buscava interpretar como eu agiria dentro daquela situação, mas desta vez, senti real, vivendo aquilo mesmo! Consegui imergir de verdade! Me deu ânsia, tossi algumas vezes e até lágrimas escorreram dos meus olhos! Ainda borrei meu rímel. Fiquei muito impressionada e orgulhosa da minha evolução.

Enfim a água foi reduzindo, nos levando para um desfecho de nos depararmos com uma praia, para que lavássemos toda aquela inhaca impregnada na nossa pele. 

O segundo exercício já foi mais leve e divertido. O propósito deste era que conseguíssemos, com o mínimo movimento possível, demonstrar o que estávamos indo fazer. Ele queria nos mostrar que “menos é mais”, pois no evento que vamos trabalhar, nossa interpretação terá que ser mais contida, nível cinema e não expansiva, nível teatro. Então tínhamos que, um por um, andar numa linha reta e, quando chegássemos no meio desta, executar algum pequeno movimento, que desse a entender o que estávamos indo fazer a partir daquele movimento. O ideal era que ficasse claro, para quem estivesse assistindo, pois isso significaria que conseguimos transmitir a mensagem certa para o visitante, mesmo com rápidas ou curtas aparições no evento.

Lá foi o primeiro participante do desafio. Ele fez aquela discreta contração de quando estamos com ânsia e já ficou claro que estava indo vomitar, hipoteticamente falando. A segunda fez uma torcida de nariz, que mostrava que estava indo espirrar. E assim foi indo, até que chegou a minha vez. Adivinhem o movimento que eu fiz? ?

Felizmente ninguém teve a mesma ideia que eu. Andei até o meio do caminho estipulado, no momento de fazer o sútil movimento, olhei para o elenco que assistia e fiz um olhar safado com uma singela e rápida levantada de sobrancelha. Todo mundo caiu na risada na mesma hora, alguns até bateram palmas, diante da minha ousadia. ??? Quem mais teria a coragem de simular publicamente que estava indo transar (hipoteticamente falando)? Somente o meu eu Sara Müller mesmo! ?  

Esse exercício foi bem extenso, imagina 40 pessoas fazendo cada uma na sua vez. Tiveram vários engraçados, como a menina cheirando o ombro, representando que estava indo passar desodorante, ou o menino que travou as pernas de um jeito estranho, representando que estava indo no banheiro. Ou a outra que olhou para os pés, representando que ia amarrar o cadarço. Curioso que também tiveram aqueles que não entenderam o exercício, que faziam no trajeto inteiro, o movimento que era pra ser pequeno e somente em determinado ponto do percurso. Fora aqueles que você sequer entendia o que a pessoa estava indo fazer. ?

Depois teve um novo exercício, agora já focado no roteiro do evento, em que buscamos recriar a cena de nossos personagens.

Voltei para casa me sentindo super leve, sabe? Uma sensação muito gostosa, cuja só é possível quando se está fazendo o que gosta. O mesmo tipo de sensação que eu sentia quando saía dos encontros que eram agradáveis. – Porque também gosto de sexo, rs.- Estou muito feliz de estar conseguindo sentir as mesmas boas sensações e vibrações em outro ramo de atividade também.

Em breve volto com mais novidades!

Grande beijo! ?

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Por dentro do que acontece…

Querido diário,

Voltei mais rápido do que eu imaginava! Hoje para dissertar sobre o processo das entrevistas de emprego, ou melhor, como é dito no meu meio profissional: audições.

Aconteceu um episódio novo desde a última postagem! Um evento MEGA incrível será lançado em setembro e há uma semana recebi as informações do casting. Cachê muuuito interessante (o dobro do que sou paga atualmente), mas também trabalha mais, muito mais. O que também não seria um problema para mim, sou jovem, saudável e com horários bastante flexíveis. Me encantei por ser uma novidade. Um evento completamente inédito, chique, porém, temporário.

Mandei meu material por e-mail, me responderam para agendar o horário da audição, que, por acaso, foi hoje! Primeira vez que vou numa audição dentro de um teatro enorme e famoso, como aquele. Ainda que o evento não for ocorrer lá, esse link entre eles passou muito um ar de credibilidade e requinte. Me agendaram para 16:30, cheguei com 12 minutos de antecedência e fui direcionada para os procedimentos de praxe nessas situações, sendo uma entrevista de emprego ou audição, as mais organizadas sempre consistem em você preencher uma ficha, anexar seu currículo (no meu meio chamado de currículo artístico) e aguardar a sua vez. Havia bastante gente. O pessoal da seleção eram muitos simpáticos, divertidos, brincalhões… ahhh eu amo o mundo das artes, dificilmente você se depara com alguém azedo.

Pela primeira vez fiz uma audição em que também tiravam foto minha lá na hora, segurando uma sulfite com o meu nome escrito em letras garrafais de canetão. Me senti na audição do programa Popstar, que passava alguns anos atrás no SBT, com aquela multidão de gente, cada uma na sua vez, sendo fotografada segurando um número. A propósito, o meu número, coincidentemente, era o mesmo do ano que eu nasci (os dois últimos números no caso). Seria esse um bom presságio? Pensei, supersticiosa.

Percebi que chamavam por grupos. Enquanto aguardava notei também como se vestir de preto nas audições é mesmo um ritual seguido à risca. Vocês sabiam disso? Isso serve para que o selecionador te veja como uma tela em branco, que ele possa ver todas as possibilidades de caracterização com o seu perfil, sem que tenha uma roupa estampada gritando, chamando mais a atenção do que você. Eu já conhecia essa singela regrinha e fui pleníssima num pretinho básico.

Eu não estava nervosa, um friozinho na barriga de leve, mas nada mais que o natural esperado para a situação. Eu já sabia como seria a logística do teste (uma amiga minha também estava participando e foi agendada mais cedo, ou seja, me passou todas as coordenadas depois, hehe). O que, em todo caso, não era uma grande novidade ou diferente do que costumava ser nas audições. Elas seguem o mesmo mecanismo.

Primeiro você apresenta uma cena individual e depois terá uma cena de improviso em grupo. Acho que isso também é comum nos empregos tradicionais, o grupo ter que criar um produto e depois vender para os selecionadores. Nesse caso eles passam um tema, nos dão pouco tempo para criar uma história e então, o pouco que foi ensaiado, vira um caos quando vai para o “ao vivo”.

Mas voltando a sala de espera. Fiquei mais de 1h aguardando. Tomei tanto cuidado de chegar no horário, mas se tivesse me atrasado, sequer seria percebido. Não me importei com a demora, tinha tirado a tarde para isso e estava mais contente pela oportunidade, do que nervosa pelo chá de cadeira. Vou poupá-los das minúcias da espera e vamos para o que interessa: Enfim chegou a vez do meu grupo!

Me devolveram a ficha que eu tinha preenchido, para que eu a levasse para o próximo selecionador que conduziria a partir dali. Olhei para ela e notei um escrito que não era meu, que dizia “grupo 11”. Questionei se mais alguém tinha alguma marcação similar e não, até que uma menina respondeu que só do lado de dentro. Abri a minha ficha e me deparei com mais uma anotação nova. Tinham escrito o que me pareceu ser uma possibilidade de personagem para mim. Se apenas com as minhas características físicas, me consideraram, imaginem quando vissem a minha cena?! Pensei, confiante e entusiasmada. Não conhecia a, talvez, personagem, designada preliminarmente, mas rapidamente pesquisei no google e gostei do que vi. ?

Ahh, deixa eu falar da minha cena para vocês! O evento que trabalho hoje e esse que me candidatei possuem a mesma temática, ou seja, é claro que eu aproveitaria o repertório da minha personagem atual. Infelizmente tive que reduzir / adaptar o monólogo para apenas um minuto, pois eles pediram cena “bem curta”, apesar de eu querer mostrar a minha cena bem completa, rs.

O grupo inteiro entrou e todos se assistiam nesse momento das cenas individuais. O meu nervosismo inicial não foi nem por eles estarem assistindo e sim pela avaliação dos selecionadores mesmo. Aliás, adivinha quem foi chamada primeiro?? ? O meu número vinha antes de todos que estavam ali. Inacreditável. Assim que o ouvi sendo chamado, junto com o meu nome, pensei: “Nossa justo eu serei a primeira?!” ??‍♀️ Geralmente nessas situações eu dou um sorrisinho sem graça, mas na mesma hora me policiei, elevei a postura, fiz cara de séria e procurei demonstrar total confiança, ainda que por dentro o coração estivesse batendo acelerado!

Tive que começar o meu texto já no auge do negócio, pois não teria tempo para o crescente da cena. No monólogo adaptado em 1 min, tratei de compilar os principais pontos da minha interpretação e consegui combinar 7 momentos de nuances potenciais, isso sem perder o sentido, mesmo pulando de uma parte para outra de repente. Fiquei bem orgulhosa dessa faceta inclusive, hehe. ?

O selecionador já tinha avisado que alguns ele poderia cortar, outros poderiam se estender, mas nada isso queria dizer se a pessoa foi bem ou mal. Então, estava ciente de que dos meus 7 elementos a mostrar, talvez nem todos fossem vistos, dependendo de ele querer ver mais um pouco ou já estar satisfeito com o que foi visto.

E lá fui eu! Respirei fundo e entrei na personagem. Mudei minha voz, meu jeito de me expressar e olhei para o vazio entre um selecionador e outro (admiro muito quem tem a ousadia de encarar a pessoa que o está avaliando, já eu prefiro olhar para o nada). Ouvi minha voz causando eco em determinadas frases e achei ótimo, mostrava que a projeção estava boa.

Confesso que no começo foi estranho. Estranho apresentar essa personagem, em específico, fora do seu habitat natural. Ali não tinha a caracterização, muito menos o cenário ou a ambientação, e as pessoas para o qual eu apresentava também não eram o público de onde costumo apresentar. Então foi estranho, como se eu levasse o meu gato para passear e ele estranhasse o lugar diferente.

Será que eles estavam a vendo com a mesma intensidade que ela costuma ser vista dentro do evento? Dos 7 elementos cênicos, consegui mostrar 6 (um percentual excelente) e até tinha me esquecido da possível interrupção, até ela acontecer. Notei também que enquanto eu apresentava, o selecionador fazia anotações. “Ai meu Deus, será que me saí bem? Será que eles gostaram?”, pensei, curiosa, enquanto me encaminhava para um ponto da sala.

Veio a segunda atriz. Achei a cena dela fraca, fiquei com a impressão que até durou menos que a minha, mas a projeção estava boa. Veio o terceiro e após a sua saída, o selecionador fez um pequeno adendo, nos relembrando da importância da projeção da voz. Não achei que os dois, que foram depois de mim, tivessem se saído mal nessa questão, então, quando o selecionador disse isso, na hora disparou um alerta em mim, de que talvez eu não tivesse projetado o suficiente, já que dois depois de mim, no meu entendimento estavam, e pelo visto, para os selecionadores não.

Foram poucos que gostei, mas o que eram bons, mandavam muito bem mesmo! Daí chegou na parte que eu menos gosto das audições: os improvisos em grupo. Segundo o selecionador, essa cena teria muito mais peso, pois eles avaliariam justamente como nos posicionamos numa situação de crise imediata, envolvendo outras pessoas, que, no caso, seriam os clientes da atração. Ele criou uma situação hipotética. Aqui ele também avaliaria as pessoas para determinado papel, cujo papel é o mesmo que eu já faço no evento que eu estou. Daí você pensa: “moleza então”, mas não. Dinâmicas em grupo são muito sabotadoras. Todo mundo quer se destacar, as falas se sobrepõem a outras, rola uma confusão cênica e você sequer tem tempo hábil para criar um roteiro. Afinal, essa é a proposta: improviso, lidar com o inesperado.

Sinto que não me saí bem nessa. Primeiro que não consegui imergir na cena proposta tão rapidamente, exigia um preparo emocional que, imediatista daquela maneira, eu não consegui acessar. Consegui me destacar? Talvez, mas acredito que não do jeito que eles queriam.

Daí me vem a seguinte reflexão: de que adianta essa logística de processo, sendo que, numa situação real de trabalho, não existiria aquele contexto?! E porque aquilo teria que ser levado em consideração, sendo que, não é porque você não foi bem ali, que você não se sairia melhor numa situação real, uma vez que não teria essa pressão de estar sendo avaliado, já tendo adquirido a devida vivência e experiência dentro do verdadeiro contexto.

Minha vontade era de falar em particular com o selecionador depois, dizer-lhe: “Olha, esse papel eu já faço, e faço muito bem, não leve esse fiasco em consideração”. Mas não tomei tal atitude, pois achei que poderia ser visto como desespero ou arrogância, por querer tentar uma conveniência em relação aos outros candidatos. Torcendo aqui para que vejam no meu currículo, rs. ??

Por sorte a cena acabou logo. Tão já eles cortaram, finalizaram a audição e informaram que a resposta sairá em dois dias. Fui embora com uma sensação que não gosto muito, a sensação de que não consegui mostrar o meu real potencial. Em testes confio quando dependo de mim mesma em cena, mas não quando dependo dos outros. Será que terei um retorno positivo?? Torçam por mim!! ??

P.S.: Depois venho aqui contar!

Um beijo! ?