-Que gostoso, que bonito acordar e as primeiras coisas a ler serem essas palavras tão doces e carinhosas, muito gostoso. Obrigada ********** (disse meu nome no diminutivo e depois deu uma risadinha). …Ô, mas deixa de ser palhaça, sabe que tudo isso aí não é verdade, que eu não sou isso, que eu não estou te tratando assim. É só porque é carnaval né, carnaval é diferente. Mas eu quero muito te ver. O que é que você vai fazer hoje?
Não imaginava que a minha mensagem da noite anterior fosse me render um áudio – positivo – de 30 segundos!! Fiquei bastante feliz com o resultado!!! ?
-Agora ele vem querendo me reconquistar jogando todo o seu charme sonoro pra cima de mim! Ai ai. – daí enviei uma figurinha com os seguintes dizeres: – Hoje eu to disponível! Amanhã também…
-Hahaha. Boa! Quando eu sair do trabalho te aviso.
-Que seria mais ou menos que horas?
-Eu saio tal hora. Quero comprar uma camisa de carnaval, bora?
Me chamando para ir às compras com ele?? Interessante… ?
-Topo! Vou te convencer a comprar uma bem feia e cafona pra não fazer tanto sucesso nesses bloquinhos.
-Hahahaha.
E assim fomos combinando o nosso segundo encontro…
Ele falou de irmos numa loja que, a propósito, ficava muito perto da minha humilde residência, fazendo com que ideias de trazê-lo para conhecer o meu cafofo brotassem na minha mente. Porém, acabamos não indo para a tal loja, por conta da repentina chuva que acometeu São Paulo. No entanto, ele foi para a minha casa, algo que me rendeu uma certa adrenalina!
Quando ele estava pegando o Uber, saindo do trabalho dele, eu também estava dentro de um Uber, voltando de um cliente. Ele saiu antes do previsto. Cheguei em casa toda esbaforida, fui direto para o chuveiro e com o tempo que me restou dei uma ajeitada mais severa no apartamento, camuflando possíveis pistas que ele não poderia descobrir (tão já) a meu respeito.
Interfone tocou. O boy já estava na portaria. Vocês também sentem um friozinho na barriga sempre que recebem alguém na sua casa pela primeira vez? Confesso que não me sinto tão confortável sendo a anfitriã, prefiro muito mais ser a hóspede, mas, lá estava eu, apresentando a ele o meu paraíso particular. Esperei por ele na porta e assim que saiu do elevador, o vi se direcionar para o lado contrário rs. Estudou e andou pelo meu apartamento como se aqui fosse um museu. Viu minha estante de livros e filmes, comentou sobre certos quadros na parede e até o banheiro dos meus gatos virou pauta de assunto. Depois de todo “esse tour”, se sentou no sofá e me sentei no colo dele.
–Sentiu saudade? – Ele perguntou.
-Me diz você… – Não entreguei o jogo.
-Hahaha, olha como você é… toda misteriosa… – pausa – senti sim.
Nos beijamos. Aquele costumeiro beijo gostoso e, por um segundo, achei que as coisas fossem desenrolar ali. Mas, não. Ele puxou mais assunto e entendi que não queria transar tão rápido. Daí falei de um texto que precisei desenvolver para a aula – o teatro também trazendo à tona os meus talentos como escritora – e levantei para buscar o meu caderno de estudo. Primeiro li para ele o texto que me foi dado como referência e depois o meu, que desenvolvi orgulhosamente. Quando terminei a leitura, olhei para ele e perguntei o que tinha achado. Ele pareceu impressionado e pegou a folha da minha mão, relendo direto da minha escrita. Fiquei mais uma vez orgulhosa com aquele texto, acho que consegui impressionar o boy. ?
Depois a conversa caminhou naturalmente para outros assuntos e dali a pouco, quando eu menos esperava, ele se voltou para o meu caderno que estava abandonado do seu lado. O meu caderno de estudo, devo alertá-los, é um mini diário de bordo, pois, muitos textos postados aqui foram primeiramente rascunhados lá. Então imaginem o meu pequeno pânico interior, quando ele começou a folhear as páginas, temendo que ele caísse ou chegasse numa página errada. ?
O texto “Eu, Tu e Ela”, por exemplo, também nasceu lá e de todos que escrevi era o mais destacado, escrito em caneta vermelha, com o gritante título: “Ménage à trois”. Ao mesmo tempo já comecei a pensar num plano de fuga, caso o pior acontecesse e decidi que se fosse preciso eu tomaria o caderno da mão dele repentinamente, com alguma desculpa que ainda não tinha conseguido elaborar.
Eu sei que não deveria escrever esse tipo de coisa num espaço destinado para outras finalidades, mas, sempre aproveito os momentos de inspiração onde quer que eu esteja. Imaginem só, a professora explicando sobre determinado conceito que, por acaso está me entediando, e eu lá dissertando sobre algo completamente inapropriado. ??
Felizmente não foi preciso nenhuma atitude desesperadora da minha parte, ele folheou as páginas por mais um tempo na ordem que as folhas se apresentavam e perdeu o interesse antes de chegar no primeiro rascunho. Nos beijamos mais uma vez e quando voltamos a nos olhar, ele me observou por tempo que considerei demais em silêncio. Acabei lhe perguntando: “o que foi?” e ele, inesperadamente disse que eu tinha “alguma coisa”.
-Como assim, alguma coisa? – Perguntei confusa e curiosa ao mesmo tempo.
-Sei lá, alguma coisa. Alguma coisa não encaixa em você.
-Como assim?? Rs. – Que papo mais estranho era aquele?
-Sei lá, talvez você seja mesmo uma louca.
-Louca??! Como está na minha frase do Tinder? – O tal texto fora da casinha que bolei.
-Sim.
-Hahahahahaha. Já pensou??
O boy estava desconfiado. Disse que me achava misteriosa demais e que alguma coisa havia. E realmente havia, afinal, um segredo muito importante sobre mim estava sendo ocultado dele e, de alguma maneira, na sua visão coisas em mim não estavam encaixando. Talvez fosse a minha independência mesmo parecendo tão nova, sei lá, ele não foi mais claro e eu tratei de mudar de assunto.
Daí começamos a conversar sobre música e acabei colocando um videoclipe da Lana Del Rey que é brisa total:
Depois tivemos a ideia de assistir um filme e o escolhido foi: “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”. Durante a sessão sugeri fazermos brigadeiro de panela e coloquei o boy para “cozinhar” pra mim. ? O brigadeiro dele não ficou tão bom quanto o dos meus amigos, mas, ainda assim estava gostoso. (Qual brigadeiro consegue ser ruim??)
Em determinada parte do filme, fiquei com vontade de fazer uma pausa para intercalarmos com alguma outra atividade juntos (tipo sexo) e joguei a isca:
-Você não quer deitar mais o sofá?
-Não, melhor não, senão vou ficar com vontade de te agarrar e quero terminar de assistir o filme – Mas era justamente esse o intuito!
-Ahh, mas o filme dá pra pausar e voltar… – Fiz minha última tentativa, que ele ignorou.
Fiquei levemente desapontada, pois, não havíamos nos beijado pra valer ainda, muito menos transado e pelo visto somente eu estava preocupada com isso. Não forcei a barra e voltei a prestar atenção no filme, ainda que eu estivesse subindo pelas paredes. ?
Quando enfim o filme terminou, fomos para a minha cama de uma maneira um tanto ensaiada e me senti um pouco estranha, como se ele só quisesse seguir um script e não porque estivesse realmente excitado. Foi gostoso porque eu estava com muita vontade, mas, de longe via-se que não houve a mesma dedicação do primeiro encontro. Tomamos um banho, voltamos para a cama e fiquei na expectativa de um segundo round. Que não veio. Ele conseguiu perceber a minha empolgação por mais uma rodada e me jogou um grande balde de água fria, dizendo:
-Você é taradinha, né?
-Sou?
-Sim, você é muito sexual.
-Por que você diz isso?
-Aquele dia na minha casa, logo que terminamos de transar você já disse que queria de novo (verdade, eu disse mesmo) e antes de ir embora ficou querendo uma terceira…
-Ué, você que ficou me provocando antes de eu ir…!
-Eu estava só brincando… e agora durante o filme de novo você deu uma investida.
-Isso é ruim? – Fiquei realmente confusa já que ele percebia e não correspondia ao meu ritmo.
– Não, mas, às vezes me sinto pressionado.
Oi???? Eu não acreditei no que estava ouvindo. A gente mal se via e estávamos nos conhecendo, era completamente normal que rolasse muito tesão de ambas as partes no começo, ou pelo menos de alguma parte, já que o tesão aparentemente só vinha do meu lado. Estranho, muito estranho…
Dito isso, não rolou o segundo round que eu gostaria e saímos para comer fora. Os olhos dele estavam irritadíssimos da alergia dos meus gatos, então descartamos a possibilidade de pedir algo para comer no apartamento. Fomos numa pizzaria que não lembro o nome agora – uma que fazia pizza sem glúten – e foi engraçado nos depararmos com um público tão diferente de nós. Somente famílias e gente mais velha, sendo nós o único casal no estabelecimento.
Ele não gostou da pizza, achou mal servida e cara. Já eu, que estou acostumada com coisa boa, achei m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a. Ele não me deixou contribuir no momento de pagar a conta (ainda que tivesse reclamado do valor, dizendo que eu pagaria só na próxima) e em contrapartida pediu apenas que eu chamasse o Uber para nós, dali até a sua casa, que era bem mais perto de onde estávamos do que voltar para a minha.
Para a minha infelicidade, o que já estava lento parou de vez. Não transamos de novo em sua casa, ele colocou um filme para nós (um bastante sinistro, chamado: “Demônio de Neon”) e adormeceu com a cabeça deitada sobre as minhas pernas.
Após algum tempo que ele dormiu, pausei o filme e fui para o celular bombardear as minhas amigas de mensagens…
Para amiga 1:
Para a amiga 2:
Quando o filme acabou fomos para a cama, dormimos juntos naquela noite, porém nada de conchinha. Ele estava capotado. Dormi depois dele e acordei primeiro.
Amiga 1:
Esperei ansiosamente ele acordar para termos um matinal de respeito – já que não transamos na noite anterior, quando voltamos da pizzaria – e para o meu grande desapontamento, o matinal foi bem sem graça. Novamente fiquei com aquela sensação estranha de que ele estava executando a atividade somente por minha causa e não porque quisesse de fato.
Teve uma hora que fui por cima e ele fechou os olhos. Achei aquilo péssimo. Enquanto no primeiro encontro ele até acendeu a luz para me assistir gozar, agora ele ficava de olhos fechados, enquanto eu, lindamente, dava o meu melhor em cima dele. Gosto de olhar para a pessoa que estou transando e gosto mais ainda quando o outro também retribui o olhar. Fechar os olhos em algum momento ok, agora, permanecer o tempo inteiro de olhos fechados é broxante! Como se durante aquele tempo contínuo de ausência visual estivesse se utilizando da própria imaginação para pensar em outra pessoa. Me pareceu desinteresse e não me contive em interromper a transa. Saí de cima dele e falei que achava melhor fazermos uma pausa. Ele ficou sem entender, já que, afinal, a taradinha aqui parece estar sempre disposta e interessada.
Depois ele foi no mercado comprar algumas coisas para o nosso café da manhã e eu voltei a dormir mais um pouco. Não sei ao certo quanto tempo ele demorou para voltar, mas, tive a sensação que foi muito. Quando ele chegou, acordei na mesma hora com o barulho. Perguntei sobre a demora – apenas para me certificar que não era impressão minha – e ele disse que tal mercado estava fechado, fazendo com que precisasse ir até outro mais distante.
Fiz panqueca para nós, que não ficou das melhores já que alguns ingredientes tiveram que ser substituídos, mas, ele elogiou e comeu toda a sua parte. Durante a digestão do café da manhã assistimos a mais um filme – o convenci a assistirmos “A Família do Futuro” – e durante o filme rolou um negocinho!!!
De repente começou a rolar uma troca de carinhos. Talvez para ele fossem carinhos inocentes, mas, para mim pareceu uma abertura para algo mais, até porquê percebi que ele estava duro. Então abaixei a sua bermuda e comecei a chupá-lo. Ele entrou no clima e começou a me masturbar. Estava gostoso. Eu estava toda molhada. Ficamos naquela delícia por alguns minutos, até que interrompi para ir ao banheiro. Eu estava um pouco apertada e como todo o mundo sabe, transar com a bexiga cheia é mega desconfortável. Fui logo então, enquanto ainda estávamos nas preliminares ao invés de deixar para a hora H.
Daí, quando voltei, meus senhores, ele havia vestido a bermuda de volta!! Todo o clima tinha se dissipado e compreendi que não daria para retomar nada naquele momento. “Ok, vamos esperar o filme acabar”, pensei esperançosa. Lhes desafio a adivinhar o que aconteceu depois. Sim, acertou você que disse “nada”, absolutamente nada! Trocamos apenas alguns beijos e ele disse que também gostava só de carinhos, como se eu fosse uma ninfomaníaca que quisesse transar a todo momento.
Nem tentei fazer a seduzente para conseguir alguma coisa, pois, naquele contexto seria como implorar e eu não precisava disso. Queria ser conquistada e não ter que conquistar alguém, ainda mais alguém que parecia tão inacessível sexualmente. Nunca imaginei que um boy da vida real me negaria fogo desse jeito. Sou de áries, gosto de intensidade! ? Emoções fortes! ? Coisas mornas não me encantam. Por acaso estávamos casados há mais de dez anos para já estar escasso daquele jeito?!
Aceitei as considerações dele numa boa e dali a pouco me vesti para ir embora, o que já estava previsto, independente de rolar uma nova transa ou não. Ele gentilmente desceu comigo até a portaria e se despediu com o seu costumeiro: “tchau gata”.
Fui embora de lá sem uma saideira completamente frustrada! Como um cara que é apenas três anos mais velho do que eu, pode ter um ritmo sexual tão diferente?!
Amiga 2:
Maaaaaaaaaaas… apesar dos pesares, a história ainda não termina aqui! Ficamos juntos mais duas vezes e a próxima parte, que será a parte final – sim, acrescentei mais uma! – está ainda mais e-n-i-g-m-á-t-i-c-a!
Vocês não perdem por esperar!
Enquanto isso… gostaria que continuassem compartilhando aqui qual a opinião de vocês a respeito de tudo que viram até o momento.
Seria eu uma tarada incorrigível? Precipitada e eternamente insatisfeita? Ou estaria ele exagerando por simplesmente não ter o mesmo apetite, não ser tão compatível ou qualquer outra discriminação que só quem está de fora poderia analisar? Quero saber!! Estou amando a interação de vocês nas postagens!! Continuem comentando!! ❤️❤️❤️