Verdades Sobre Mim

Querido diário, 

F E L I Z   A N O   N O V O!! ✨

E como primeira postagem do ano, trago algo muito especial e muito íntimo que vivenciei. Esse provavelmente será o post mais revelador já publicado aqui! ?

Alerta textão! ???

2023 chegou daquele jeito! Logo no primeiro dia do ano tive uma experiência transcendental comigo mesma! Mas antes de falar disso, preciso contextualizar algumas coisas primeiro.

Todos aqui devem saber da grande importância do autoconhecimento. Que é você se conhecer, entender o que te faz feliz, qual a sua missão de vida e etc. Eu não era muito ligada nesse assunto, mas de uns tempos para cá tenho prestado mais atenção nisso. 

Quando anunciei que não atenderia mais, de fato achei que nunca mais voltaria a ser acompanhante. Estava namorando há um ano, imensamente feliz. Ele sabia da minha atividade, mas tinha muito ciúmes (muito difícil os caras aceitarem esse trabalho), então conversamos sobre eu parar de atender e morarmos juntos. Me joguei!

Eu estava curtindo bastante a vida de mulher casada. Já falávamos sobre ter filhos no futuro, festa de casamento e tudo que tínhamos direito. Pude focar na minha carreira artística, tive meu primeiro trabalho remunerado como atriz, depois mais trabalhos vieram, também fiz alguns jobs como modelo fotográfica e até me arrisquei cuidando das mídias sociais da empresa de um amigo. Mas nada que me trouxesse a mesma renda que eu tinha antes, é claro.

Após pouco mais de um ano morando junto, comecei a perceber que eu não estava mais tão feliz. Sentia falta da minha independência financeira e de transar com outras pessoas (passei a entender ainda mais os meus clientes casados, rs). De repente aquele cenário que vislumbramos, de casamento no papel e construir uma família, já não me apetecia mais, infelizmente. ☹️

Não dava para estender algo que eu não estava mais curtindo e tivemos uma das conversas mais difíceis da minha vida, em que eu precisei botar pra fora que não estava mais feliz naquele relacionamento. Foi triste, todo rompimento de ciclo é. Chorei, lembrando dos momentos bons, enquanto empacotava as minhas coisas, mas ao mesmo tempo que eu tinha gostado de tudo aquilo, ainda assim eu não queria mais continuar. Confuso, não? Terminamos bem, não houve briga, traição, nem nada. Ambos lamentávamos muito que não tivéssemos dado certo. 

Após terminar esse namoro/casamento, fui buscar terapia, pois percebi um padrão se repetindo nos meus relacionamentos. Em geral, eu sempre me interesso / gamo ou apaixono, muito fácil, por quem não sente o mesmo por mim. Sempre foi assim. De tanta insistência da minha parte, eu até conseguia dar uns beijos nesses pretendentes, mas não engrenava em algo sério. E nas poucas vezes que fui correspondida à altura, eu me cansava da pessoa depois de um tempo. É o segundo namoro que termino por conta disso, a relação vai bem, porém, do nada, sinto que não quero mais aquilo. 

Então fui buscar terapia para entender o que está acontecendo comigo. Como vocês devem saber, o celular escuta tudo que a gente fala e de repente apareceu para mim no Instagram, como patrocinado, uma hipnoterapeuta chamada Tayla Rizzo. Vou até trazer seu perfil abaixo, pois ela é maravilhosa!

Marquei uma consulta. Desde o momento em que pisei no seu consultório, me senti muito acolhida, zero julgada e sua voz era muito confortante. Me pediu que eu contasse sobre toda a minha trajetória familiar e meu histórico de relacionamentos. Após tudo isso, por algumas coisas que contei, ela já identificou a relação do porquê eu não conseguia ser plenamente feliz e me explicou tintim por tintim de como funciona a hipnoterapia, que se dá através de uma hipnose, mas, diferente dessas que vemos nos filmes, eu estaria o tempo inteiro consciente. Faríamos uma regressão para o momento que me causou tal programação mental responsável pelo que sou hoje e que, segundo ela, costuma originar na infância. Ela ainda fez uma mini hipnoterapia comigo e já nessa hipnose preliminar, me emocionei, quando reencontrei a minha criança interior. ? No final ainda ganhei um livro de presente, chamado: “Desbloqueie o Poder Da Sua Mente” do autor Michael Arruda. Nossa sessão durou 2h. Voltei para casa me sentindo super bem. O caminho inteiro nem quis mexer no celular e chegando em casa já comecei a ler o livro, 20 páginas de uma vez!

Durante a consulta, ela me explicou que o meu caso não era complexo e que duas sessões bastariam para me tratar. Suas sessões (que ela não gosta de chamar dessa maneira e sim de encontros) não tem limite de duração, ela vai no tempo do paciente. O valor que me passou, confesso que achei um investimento alto, mas, mesmo assim, em nenhum momento cogitei não fazer, pois sentia que precisava disso e que seria um divisor de águas na minha vida. Meus planos era esperar um pouco mais, me planejar melhor financeiramente, afinal, voltei a atender tem apenas dois meses, mas ela facilitou bastante a condição de pagamento. Agendamos! Eis que chegou o grande dia!

Hipnoterapia

Fiz a hipnoterapia três dias antes do Natal e posso dizer que foi um presente que dei a mim mesma. É uma experiência que nenhuma terapia convencional é capaz de alcançar. Foi realmente cirúrgico. Descobri coisas sobre mim que nem eu mesma sabia! Durou 3h todo o processo. Não trarei os detalhes nessa postagem pois ficaria muito extenso e talvez maçante, pois só é interessante para a própria pessoa, mas posso dizer que ainda estou no processo da reprogramação. Como disse a Tayla quando terminamos: “Não é mágica!” Eu não sairia de lá com todas as minhas questões resolvidas, mas que a partir dali eu teria muitos insights, para eu me observar nesse período e nos reencontraríamos em 30 dias.

O motivo de eu estar aqui relatando sobre essa experiência, não é nem pelo que vocês leram até agora (que já é muito interessante por si só), mas sim pelo que relatarei a seguir! Na noite de Réveillon tive uma experiência transcendental comigo mesma e tenho absoluta certeza que só foi possível por conta da hipnoterapia!

Contextualizando…

Viajei para Balneário Camboriú com alguns amigos. Fechamos uma festa para a virada do ano, num lugar chamado Surreal Park – uma fazenda lindíssima que o dono adaptou para criar esse local de eventos – . Foi um festival de música eletrônica I N C R Í V E L com três pistas diferentes! Sério, nunca ouvi tanta remixagem boa como nessa festa!

Quem curte esse tipo de rolê deve saber que sempre rola uma balinha (ecstasy) e dessa vez não foi diferente. (Me julguem.) Eu já usei antes, em outras festas eletrônicas e até mesmo em baladas, mas NUNCA tive uma brisa similar a dessa noite! Foi uma experiência como o nome do lugar já diz: Surreal!

Demorei para tomar a minha, pois estava mega animada naturalmente pela beleza do lugar, o som fantástico que estava rolando e a atmosfera de ano novo. Quando decidi ingerir, o som estava no auge e quando ela bateu, foi ainda mais especial! A brisa veio no exato momento em que a música tomava uma forma diferente, sexy e relaxante. Foi muito sincronizado. Estava mesmo tudo muito perfeito. Já coloquei os meus óculos escuros da Tiffany e me joguei naquela sensação de plenitude!

De repente, começou a acontecer uma coisa completamente inesperada e diferente, que destaco, nunca aconteceu comigo em brisa de ecstasy! Parecia que eu tinha tomado chá ayahuasca! Eu comecei a ter conversas internas, mentalmente, comigo mesma!! Tudo isso enquanto eu dançava.

Escutei uma voz dentro da minha cabeça (que provavelmente era a minha mesma) falando: “Ei maravilhosa! Você sabe que não precisa de homem para ser feliz, né? Para de se interessar por homens que não suportariam a tua intensidade!” e a voz continuou: “Você só vai conseguir ser plenamente feliz quando aceitar a si mesma e abrir a sua verdade para o mundo!”

 A minha verdade, ao qual o meu eu interior se referia, era o fato de eu ser acompanhante. Esse é o meu maior segredo de vida. A minha própria voz me dizia que a partir do momento que eu parar de esconder isso das pessoas, a minha vida irá mudar muito, dar um salto! Segundo o meu eu, quando alguém perguntasse o que eu faço, eu deveria responder da seguinte maneira:

‘Sou formada em Jornalismo, administro dois blogs, também sou atriz, com DRT, ganhei muito destaque no seguimento com eventos de terror, mas a minha principal renda, a que me sustenta e que me permite fazer tudo o que eu quero, é como acompanhante de luxo!’

“Sim, eu sei que você não está preparada para isso ainda, mas a partir do momento que você externar isso pela primeira vez, sua vida irá mudar imediatamente. Não tenha vergonha do que você é! É graças a isso que você tem o seu próprio apartamento e a sua independência desde os 24. Não tenha vergonha de algo que te proporcionou conquistar tantas coisas! Você é foda! Tem blog, livro publicado, lançou um serviço de coach para ajudar novas acompanhantes, o seu TCC da faculdade foi justamente sobre o preconceito com a prostituição, então seja você a primeira a romper esse preconceito através de si mesma!

Você faz o que muita mulher não é capaz e o que muito homem gosta! A partir do momento que você fizer isso, as pessoas rasas irão se afastar, mas as que você realmente precisa ter perto de você, irão ficar. Então, a partir de agora, sempre que você conhecer alguém novo, conte a verdade. Não se esconda. Você só vai conseguir alcançar seus objetivos se acreditar na sua real essência. Você quis voltar pra essa vida, então assuma os seus propósitos!”

E U   O U V I   T U D O   I S S O   D I R E T O   D A   M I N H A   C A B E Ç A!

Até hoje ainda estou analisando e absorvendo tudo isso. Toda vez que releio meus olhos enchem de lágrimas. Talvez tenha sido só efeito da bala mesmo, mas já usei antes e nunca tive uma brisa assim, tão rica em detalhes e significados. Acredito seriamente que a hipnoterapia tem alguma relação, pois me ajudou a desbloquear isso, essa conexão comigo mesma. E a mensagem que eu passava para mim mesma era: “Seja você mesma. Não se importe com a opinião alheia. A única pessoa que realmente importa é a sua mãe e ela já sabe.”

Eu realmente ainda não me sinto pronta para revelar isso para o meu mundo pessoal, mas estou cogitando me ouvir um pouco mais e seguir com a ideia de falar para novas pessoas que surgirem na minha vida. As que já estão descobrirão no momento certo.

O que vocês acham de tudo isso??

O Perspicaz | Parte 6: O Retorno

Querido diário…

Enfim venho te rechear com novas histórias!! E volto com a segunda temporada de uma saga antiga, postada em março de 2020!

Quem aí se lembra do Perspicaz? Aquele meu ex crush do Tinder, que desconfiávamos dele saber que eu era acompanhante? Bom, quem não lembra (confesso que muitos detalhes nem eu mesma lembrava direito) recomendo relerem essa história em todas as suas instâncias (como quando reassistimos uma série antiga, após anunciarem uma nova temporada hehe).

Já vou deixar aqui na mão para vocês:

O Perspicaz | Parte 1: Pré-encontro

O Perspicaz | Parte 3: Pós-encontro

O Perspicaz | Parte 4: Segundo Encontro

O Perspicaz | Parte 5: O Príncipe Virou Sapo

Ele foi o último homem que fiquei antes de começar a namorar. Naturalmente deixei de segui-lo no Instagram durante esse período. No entanto, solteira novamente, decidi voltar a seguir, quando o notei curtindo uma foto minha recém postada e vi sua carinha olhando os meus stories. Pensei: “Quer saber? Por que não voltar a segui-lo?” e o gesto não passou despercebido:

– Poxa vida… nem me seguia mais…

– Veja pelo lado bom, voltei a seguir, rs.

– Que bom! Fico feliz!! Você é uma lembrança muito boa que eu guardo…

Oi? Eu estava falando com a mesma pessoa? Isso vindo de um boy que na época não me deu muita bola… ?

– Lembranças podem ser revividas. – Respondi audaciosa.

– Uau.. você continua sendo desconcertante! Eu adoraria revivê-las!

Apenas curti e não falei mais nada.

Sete horas depois veio o convite:

– Já tem rolê pra hoje?

Eu não conseguiria encontrá-lo. Ele me chamou para sair numa sexta e eu só poderia terça, da próxima semana.

– E quando você vai ter um tempinho livre? – Ele insistiu.

– Terça a noite. Que tal?

– Tá longe, mas ok! Combinado.

– Tá nada, terça tá logo aí rs.

Mais próximo do dia o chamei no whatsapp, até mesmo para relembrá-lo do meu número:

– Oie. Tudo bem? Vamos combinar por aqui depois sobre terça.

Ele respondeu uma hora depois:

– Hey! Sim! Vamos. Estou ansioso!

Tivemos mais algumas conversas esporádicas, mas nada relevante e diferenciado que merecesse destaque aqui.

Chegaste, então, a terça-feira e lhe contatei novamente:

– Bom dia. Confirmado hoje? Caso sim, não sei o que pensou, mas acho que seria legal sairmos pra comer em algum lugar. O que acha?

Novamente ele respondeu uma hora depois:

– Bom dia!! Confirmadíssimo. Acho uma boa! Tem alguma sugestão? Algum lugar novo para conhecer?

– Algumas opções: Bar dos Arcos, Restaurante Tantra, Eu Tu Eles Bar, Quintal do Espeto. Nunca fui em nenhum desses. – Respondi engajada.

Ele comentou sobre cada opção e decidimos pelo Bar dos Arcos, um que ele já conhecia e achava bacana. Combinamos para 20:30, direto no local.

Se preparem para esse reencontro! ?

Milagrosamente eu, que sempre sou a atrasada do rolê, cheguei pontualmente e antes dele. O vi descendo do Uber quatro minutos depois. O Bar dos Arcos estava com fila de espera (apenas três mesas na nossa frente) e ele já estava cogitando trocarmos para a Casa do Porco, o que não me agradou muito na hora, mas me mantive aberta às possibilidades. Por sorte, antes que conseguíssemos contato com o referido restaurante para saber sobre a sua lotação naquele momento, fomos chamados, pois a nossa mesa já estava disponível. Ufa.

Eu gostei demais do Bar dos Arcos! Me senti dentro de uma caverna medieval, foi bem legal! O ruim de lá é que as mesas não são individuais, na verdade, não são propriamente mesas e sim bancadas compartilhadas. Ficamos na quina de uma e ao meu lado tinha outro grupo de pessoas. Mas não atrapalhou, achei a composição bem descontraída. Pedi um drink chamado “Descalço”, que acertei muito, estava bem gostoso! Ele também pediu um drink para si e uma entrada para nós.

Conversa vai, conversa vem, estava agradável o papo, ainda que eu notasse uma certa incompatibilidade de assuntos. Como, por exemplo, quando ele veio falar de política. Não gosto de falar sobre política. Vamos falar de filmes, música, relacionamentos, sexo, assuntos leves, mas política não, por favor. Por sorte nessa hora eu ainda estava comendo o meu prato principal (um risotto de queijo com chorizo picado, delicioso!!) então só acenava com a cabeça, soltando pequenos argumentos, nada que me fizesse dizer algo fundamentado.

Ele ficou todo alegrinho com apenas um drink! ?

– Vamos fumar um? – Soltou em algum momento.

Homem de atitude, gosto assim!

– Você trouxe? – Dei corda.

– Tenho uma pontinha.

– Vamos fumar onde? – Perguntei só pra ver o que ele ia responder, pois já estava mal intencionada de levá-lo pra minha casa.

– Vamos lá pra casa. – Ele convidou e novamente gostei da iniciativa.

– Melhor irmos pra minha, é mais perto. – Falei.

Logo pedimos a conta e fomos para o caixa. Ofereci divisão por educação, mas ele me surpreendeu positivamente quando pediu que passassem a maior parte no cartão dele. Enquanto o Uber não chegava, rolou o maior clima, achei que fosse ser beijada. Ele se aproximou da minha boca, mas se conteve no meio do caminho. Será que ele tinha algum problema em beijar em público? Não entendi muito bem, mas fiquei na minha. No uber fomos papeando com o motorista, então nada de amassos no carro também.

Quando chegamos no meu apê, já fui conectando meu celular na caixinha de som, colocando a minha playlist: Músicas Sensuais para tocar. Ele sacou o beck dele, que não era nenhuma pontinha e sim metade de um cigarro inteiro (como ele era modesto, rs) e foi para a varanda acender.

Enfim rolou o beijo!! Delicioso, excitante, com ele encostado na minha lavadora, enquanto dávamos o primeiro trago. Estava muito sensual aquele momento. Somente a luz da varanda acesa, aquela música tocando, um beijo extremamente sexy com amasso. Tinha me esquecido do quanto ele era envolvente. ?

Interrompi quando senti a embalagem do beck, que ele segurava, arranhando as minhas costas. Tal embalagem, por acaso, era do meu beck, que ele queria experimentar. E quando ele foi bolar, ocorreu uma situação bem quebra clima. Ele ficou extremamente indignado por eu não ter piteira! ? Mas indignado mesmo! O que achei um tanto exagerado na hora. Justifiquei que não sou uma fumante assídua como ele, que só fumo para escrever (me dá vários gatilhos de criatividade) e para assistir filme/série, justificativa essa que em nada amenizou a sua decepção.

– Como você é chato! – Soltei diante daquele piti todo.

– Ahhh eu sou mesmo! – Rebateu azedo.

Passado esse pequeno estresse, voltamos ao momento dos beijos. De repente comecei a ficar muito chapada (só tinha fumado o dele até então) e me dei conta que o seu era forte demais. Forte mesmo. Fiquei chapada de um jeito que não gosto. Travada e levemente paranoica. Estávamos nos beijando e tive que interromper para entender aquela brisa. “Nossa, seu beck é muito forte”, externei e, nesse momento, ele, delicadamente, se afastou, indo para a sala.

– Onde você vai?

– Dar espaço pra você respirar. – Respondeu compreensivo.

Eu não queria ficar daquele jeito. Pouco tempo depois ele voltou para onde eu estava e retomei os beijos, afinal, é melhor brisar beijando, do que paranoica com os meus pensamentos. A transa foi desenrolando. Ele se sentou na minha cama, me sentei ao seu lado e voltamos aos beijos.

Uma coisa que eu gosto muito nele é a sua energia masculina. Ele domina na cama. Em todas as instâncias, quem dava o primeiro passo era ele. Depois de alguns beijos já deitados, com ele inclinado por cima de mim, se voltou para o meu decote e sem tirar o meu cropped, afastou o sutiã para chupar os meus seios. Ai que gostoso. Adoro quando chupam os meus peitos!! Depois voltou a me beijar e então foi tirando a minha parte de baixo. Também não me lembrava de que ele chupava tão bem! Percebi que mudava o jeito várias vezes, provavelmente tentando descobrir de qual eu gostava mais. Sinceramente, eu estava gostando de todas as formas que ele fazia, um jeito era mais gostoso que o outro! No entanto, como eu estava muito chapada, não consegui relaxar para gozar. ?

Depois que voltamos a nos beijar, interrompi para pegar um copo de água. Minha boca estava sequíssima! Ele veio atrás de mim e retomamos a pegação na cozinha. Nessa hora o danadinho conduziu para que eu o chupasse, dizendo que uma coisa que ele não esquecia, era como eu chupava bem! ? E enquanto terminava de dizer a frase, já foi abrindo a calça, ao mesmo tempo. Achei aquela cena muito sexy!! ? Me ajoelhei no chão da cozinha, entre o fogão e a pia, e o abocanhei por completo! ? Depois de um reconhecimento daqueles, é claro que eu capricharia! Chupei por um tempo e só parei quando ele mesmo me levantou, me conduzindo de volta para a cama.

Ele pediu pela camisinha e enquanto encapava, apreciei a visão daquele homem pelado na minha frente, se preparando para me comer bem gostoso. Veio por cima de mim. Ele sequer colocou a mão no pau para direcionar ao caminho certo, sem precisar olhar, mirou na bucetinha e veio de uma vez, todo confiante! Que precisão!! ? Que transa maravilhosa! Mesmo mais chapada do que eu gostaria, eu conseguia sentir o quanto aquilo estava gostoso. Ele metia muito bem. E ainda que o meu corpo acompanhasse os seus movimentos, ele fazia tudo praticamente sozinho, eu só tinha o trabalho de curtir e relaxar.

Ele acelerava como se fosse gozar, até que, de repente, retrocedia e recomeçava todo o percurso novamente, uma nuance perfeita! Ele ofegava bastante, mas em nenhum momento pediu arrego, também não me ofereci para ir por cima, deixei que ele conduzisse tudo do seu jeito. Após um tempo me comendo naquela posição, pediu que eu ficasse de quatro. Que tesão! Sem ter a menor ideia, ele me comia nas minhas duas posições preferidas! ?

Quando ele me penetrou de quatro, meu tesão aumentou muito! Eu o assistia pelo espelho da minha cabeceira, o que só realçava as sensações. Visual e sensorial unidos. Quando o percebi acelerando, pedi que não gozasse ainda e perguntei se podia pegar meu brinquedinho, ao que ele respondeu: “Estranhei que você não tinha pegado ainda”. Maroto.

A única parte ruim desta transa é que ele não conseguiu me esperar para gozar e foi antes de mim. ? Também não continuou depois. Triste. ? Mas a transa tinha sido muito boa e não fiquei chateada por isso. Ele saiu de dentro de mim e desmaiou por dois minutos ao meu lado. Depois, repentinamente, voltou a abrir os olhos, levantou a cabeça e disse: “Voltei!”. Achei engraçado, rs.

Daí ficamos conversando sobre relacionamentos. Perguntei se ele já tinha se apaixonado muitas vezes e me respondeu que não gosta de se apaixonar, pois, das poucas vezes que ocorreu, não foi correspondido. Daí filosofamos sobre como ficamos idiotas quando estamos apaixonados por alguém. Nosso comportamento muda completamente, não conseguimos ser nós mesmos e se a pessoa não está na mesma sintonia, é só pagação de mico. Ele disse que agora estava blindado. Não que eu quisesse que ele se apaixonasse por mim, só buscava entender toda aquela independência de envolvimento. Ele também namorou, enquanto eu estava namorando, e disse que achava que só deu certo porque no fundo ele sabia que tinha prazo de validade, já que em determinada data ela iria embora do Brasil e consequentemente terminariam.

Após um tempo de conversa, começou a atacar a sua alergia (tenho gatos), ele não quis tomar o antialérgico que eu tinha e anunciou que dali a pouco iria embora. Não pedi que ficasse. Já estava tarde, eu sabia que não rolaria segunda rodada e também não queria dividir a minha cama.

Quando ele estava saindo, quase não me deu beijo de despedida, um selinho fajuto que reclamei, mas, me explicou que seu nariz estava começando a escorrer por conta da alergia kkkkk. Muito sincero! ?

 Uma semana depois combinamos mais um encontro.

– E aí, quando vamos ter um remember? – Intimei o boy.

– Hey! Essa semana apesar do feriado, está corrida. Vamos combinar, semana que vem!! Levo um beck meu diferente pra você experimentar.

Aguardem os próximos capítulos… ?

Mais um escrito da madrugada…

Querido diário,

Olha eu aqui de novo! Sim, para dar continuidade a postagem anterior! Aliás, já te adianto que esse post deu 6 páginas do word! ? Se preferir, pode ler em etapas, como quando estamos lendo um livro. ?

Imagino que você tenha ficado curioso para saber se passei ou não no tal teste. A propósito, qual o seu palpite?? ?

(Pausa dramática)

Preciso dizer que eu já estava desacreditada, pois encerrou o prazo de resposta e nada de eu receber o e-mail com a devolutiva da audição. “Não passei, é isso, não era pra ser.” Pensei conformada. Soube de dois amigos que receberam a resposta que tinham passado, o que só reforçava essa ideia. 

Daí… dois dias depois do término do prazo de resposta, quando eu já não nutria mais nenhum tipo de expectativa, recebi uma notificação no e-mail. Era eles! Abri sem a menor empolgação, pensando se tratar de uma simples mensagem de agradecimento por ter participado (que era exatamente o que estava escrito nas primeiras linhas), até que, continuando a leitura, leio a seguinte frase: “pois você foi aprovado para o evento…” (What?????) ??? quem me visse naquele momento, pensaria que tinha aparecido a imagem de um bicho na tela do meu telefone, de tão expressiva que fui! ?

Era a personagem que eu queria? Não, não era. Na verdade, nem imaginei que fosse ter a personagem que peguei, então fiquei dividida entre a felicidade de estar dentro e uma leve frustração por não ser a personagem que eu tinha pensado. “Não seja ingrata”, me repreendi mentalmente. “Um puta evento desse será excelente para o seu currículo, fora o networking, além de ser uma experiência completamente diferente de tudo que você já fez até o momento.” O meu eu mais sábio me dava vários tapas na cara. 

Daí lembrei de um vídeo muito legal daquele ator que fez o Latrell no filme “As Branquelas”, em que ele diz: “Prefiro ter um papel pequeno numa produção foda, do que ser o protagonista numa produção ruim”. Um consolo válido. Não seria a protagonista, mas estaria dentro do negócio e isso era o mais importante! 

Mas a verdade é que eu estou cada vez mais apaixonada pela minha personagem. Ela possui uma relevância maior do que julguei num primeiro momento. Engraçado que fui pesquisar mais a fundo a história dela e é impressionante como a putaria me persegue, rs. Deixarei esse enigma sobre ela com vocês:

“De acordo com o livro original, […] no passado, tinha o costume de se hospedar no quarto, seduzia jovens rapazes e fazia sexo com eles. No entanto, arrependida de seus atos… […] enquanto tomava banho.”

*

Os ensaios começaram essa semana e vou compartilhar um pouco de como tem sido. 

O primeiro dia parecia início de ano letivo. Todo mundo centralizado num determinado ambiente, esperando sermos chamados para dentro. Uma rápida olhada nas pessoas. Pessoas bonitas, alguns rostos conhecidos. Mal parava para cumprimentar um e outro já surgia. – O mundo das artes é mesmo pequeno. – Pessoas que já trabalhei em outros eventos, pessoas que gosto e outras que não aprecio tanto assim. Assinamos nosso nome numa lista, com especificação do horário que cada um chegaste e incrivelmente todos foram pontuais, rs. 

Me inseri num grupo de conversa, ao avistar algumas pessoas conhecidas. Que energia gostosa. Todo mundo animado com a oportunidade e ansiosos pelo que estaria por vir. Como é um evento completamente inédito, a expectativa e curiosidade estava altíssima. 

Com um pouco de atraso fomos convidados a entrar no grande teatro. Indicaram um espaço para colocarmos nossas bolsas e cadeiras foram trazidas, formando uma grande roda de conversa. Dois produtores estavam presentes. Ambos se apresentaram, contando suas bagagens artísticas (um deles é bem conhecido no meio dos musicais) e depois foi solicitado que um por um do elenco fizesse o mesmo. 

Algumas apresentações foram interessantes, engraçadas e outras tediosas, com detalhes irrelevantes. Chegou a minha vez. Fui sucinta, não achei necessário trazer à tona toda a minha trajetória artística, apenas falei que estava no teatro desde 2018 e que a minha experiência com aquele gênero vinha desde o ano passado, quando trabalhei no meu primeiro grande evento. Falei do meu trabalho atual (aquele que conflitei sair ou não), já fazendo aquela singela propaganda do evento e, surpreendentemente, arranquei muitas risadas ao dizer: “Inclusive, quem ainda não foi, vão conhecer, eu faço a guia lá e sou muito boa!” ? convencida, mas de uma maneira fofa e extrovertida. ?

Depois dessa longa apresentação individual, todos fizemos uma pausa de meia hora, que usei para comer alguma coisa. 

Ao retornamos aos nossos lugares, foi aí que o negócio começou a ficar bom. Um dos produtores nos revelou tintim por tintim de como será o evento e ainda que ouvi-lo contar, não trouxesse a mesma emoção do que seria viver tudo aquilo que ele estava dizendo, saber de toda aquela parafernália e efeitos, na íntegra, causava muitos murmúrios entre o elenco, de satisfação e surpresa, com a mega produção que estávamos lidando. Ouso dizer que será o trabalho mais incrível e inesquecível que já participei até agora. Estou muuuuito, muuuito ansiosa pelo que está por vir. Distribuíram os roteiros, fizemos uma leitura conjunta e então finalizamos o primeiro ensaio.

No segundo dia formaram grupos com o elenco que estará junto em cada setor e posso dizer que estou muito satisfeita com as pessoas que estão no meu. Mas ainda que eu tenha gostado deles, estou fazendo um exercício diário de não me prender a ninguém, buscando interagir sempre com todo mundo. Aliás, gostaria de criar uma lacuna de assunto aqui. 

Como contei no primeiro capítulo dessa nova fase (que você pode recapitular clicando aqui), até o momento trabalhei em três grandes eventos. E em cada um tem sido um aprendizado diferente. No meu primeiro trabalho, que durou três meses (não se espante, vida de artista é assim mesmo, dinâmica, estilo nômade, sem aquela rotina e segurança de um CLT que – sendo bem honesta – me entedia, gosto de emoção e adrenalina), eu fiz a besteira de me fechar numa bolha, interagindo somente com dois amigos que eu já conhecia. Me privei de criar relações e isso contribuiu para que determinadas pessoas tivessem uma ideia errada sobre mim. 

Mesmo não criando muitos laços, foi através desse meu primeiro trabalho que consegui o segundo. Uma das atrizes do evento, que, por acaso, interagi um pouco mais nos últimos dias, indicou uma galera para esse segundo e eu estava entre as suas indicações. 

Nesse segundo trabalho colhi o que plantei no primeiro. Muitas pessoas do elenco já estavam conectadas, devido ao trabalho anterior, enquanto eu me sentia uma novata, ainda que não fossem desconhecidos para mim. – Meus amigos não seguiram nesse.

Foi aí que começou o aprendizado. Aprendi que, no meio profissional, não devemos nos prender a pessoas, limitar o nosso círculo, ainda que tenhamos maior afinidade com umas do que com outras. É necessário se permitir criar multi relações interpessoais. Parece óbvio, mas foi algo que precisei vivenciar para aprender. 

Então fiz isso no segundo trabalho e o resultado foi surpreendentemente positivo. Me descobri uma pessoa carismática, admirada e querida. Inclusive, foi uma grande surpresa quando duas pessoas que, por alguma razão que desconheço, não gostavam de mim pelo que interpretaram a meu respeito no trabalho anterior, mudaram suas percepções, ao me conhecerem melhor, nessa segunda jornada trabalhando junto. 

Então passei a entender e a valorizar mais a importância de fazer contatos. Contatos que surgem através da sua boa relação com as pessoas e, claro, com a reputação que se cria a respeito do seu trabalho. 

*

Mas então, voltando a experiência atual, estou exercitando isso, de não me prender a ninguém e interagir com todo mundo igual. Uma vez ouvi em algum lugar que “fazer o bom vizinho é ser falso”, mas não é bem assim. É simplesmente ser você mesmo, o tempo inteiro, com quem quer que seja. E é legal pois não sou mais eu que vou até as pessoas, deixo que elas venham até mim. Está sendo um exercício muito edificante. Às vezes atraio as mesmas pessoas, às vezes pessoas diferentes e assim as relações vão se formando. 

Enfim, ontem foi o terceiro dia de ensaio e fizemos alguns exercícios de interpretação muito legais, que vou compartilhar aqui para aqueles que não tem a menor ideia de como é o meio artístico.

O primeiro exercício eu já tinha feito antes, durante as aulas de teatro e talvez também em algum outro workshop de atuação.

É um exercício com situações hipotéticas. Quem está nos dirigindo começa pedindo que andemos pelo espaço. Daí vamos andando entre nós, nos cruzando sem ordem, como se estivéssemos andando na Times Square, gente para todo lado. Daí ele vai criando situações para que busquemos agir conforme essas eventualidades atingem a gente.

Começou:

Você está indo para algum lugar. – Daí cabe a você criar a sua história. Está indo para onde? Para o trabalho? Para a escola? Encontrar alguém?

Eu imaginei que estava indo encontrar um date, então estava animada na caminhada, visivelmente empolgada e cheia de expectativas pelo encontro.

Daí nesse trajeto foram se formando nuvens no céu e a temperatura foi caindo. – Daí geral começa a fazer sinais de que está com frio, passando as mãos pelos braços, esfregando uma mão na outra, coisas desse tipo. 

Vai esfriando cada vez mais, caindo para 15 graus. 

De repente você percebe que o chão está molhado. – Daí todo mundo começa a andar com mais cautela, se imaginando pisando numa poça de água. 

Gradativamente a água vai subindo. 

Está na altura do seu calcanhar;

Da canela;

Dos joelhos;

Da cintura;

Umbigo;

E nesse momento você percebe que a água está suja, cor escura, para depois se transformar numa água de esgoto mesmo. 

Aquela água fedida e nojenta chega na altura dos seus peitos. – Nessa hora comecei a sentir ânsia de verdade.

Chegou no pescoço e você tá quase sendo coberto por aquela água podre, mal consegue continuar andando. 

Como falei pra vocês, eu já fiz esse exercício antes, mas em nenhuma dessas outras vezes senti de fato que aquilo estava acontecendo comigo. Eu apenas buscava interpretar como eu agiria dentro daquela situação, mas desta vez, senti real, vivendo aquilo mesmo! Consegui imergir de verdade! Me deu ânsia, tossi algumas vezes e até lágrimas escorreram dos meus olhos! Ainda borrei meu rímel. Fiquei muito impressionada e orgulhosa da minha evolução.

Enfim a água foi reduzindo, nos levando para um desfecho de nos depararmos com uma praia, para que lavássemos toda aquela inhaca impregnada na nossa pele. 

O segundo exercício já foi mais leve e divertido. O propósito deste era que conseguíssemos, com o mínimo movimento possível, demonstrar o que estávamos indo fazer. Ele queria nos mostrar que “menos é mais”, pois no evento que vamos trabalhar, nossa interpretação terá que ser mais contida, nível cinema e não expansiva, nível teatro. Então tínhamos que, um por um, andar numa linha reta e, quando chegássemos no meio desta, executar algum pequeno movimento, que desse a entender o que estávamos indo fazer a partir daquele movimento. O ideal era que ficasse claro, para quem estivesse assistindo, pois isso significaria que conseguimos transmitir a mensagem certa para o visitante, mesmo com rápidas ou curtas aparições no evento.

Lá foi o primeiro participante do desafio. Ele fez aquela discreta contração de quando estamos com ânsia e já ficou claro que estava indo vomitar, hipoteticamente falando. A segunda fez uma torcida de nariz, que mostrava que estava indo espirrar. E assim foi indo, até que chegou a minha vez. Adivinhem o movimento que eu fiz? ?

Felizmente ninguém teve a mesma ideia que eu. Andei até o meio do caminho estipulado, no momento de fazer o sútil movimento, olhei para o elenco que assistia e fiz um olhar safado com uma singela e rápida levantada de sobrancelha. Todo mundo caiu na risada na mesma hora, alguns até bateram palmas, diante da minha ousadia. ??? Quem mais teria a coragem de simular publicamente que estava indo transar (hipoteticamente falando)? Somente o meu eu Sara Müller mesmo! ?  

Esse exercício foi bem extenso, imagina 40 pessoas fazendo cada uma na sua vez. Tiveram vários engraçados, como a menina cheirando o ombro, representando que estava indo passar desodorante, ou o menino que travou as pernas de um jeito estranho, representando que estava indo no banheiro. Ou a outra que olhou para os pés, representando que ia amarrar o cadarço. Curioso que também tiveram aqueles que não entenderam o exercício, que faziam no trajeto inteiro, o movimento que era pra ser pequeno e somente em determinado ponto do percurso. Fora aqueles que você sequer entendia o que a pessoa estava indo fazer. ?

Depois teve um novo exercício, agora já focado no roteiro do evento, em que buscamos recriar a cena de nossos personagens.

Voltei para casa me sentindo super leve, sabe? Uma sensação muito gostosa, cuja só é possível quando se está fazendo o que gosta. O mesmo tipo de sensação que eu sentia quando saía dos encontros que eram agradáveis. – Porque também gosto de sexo, rs.- Estou muito feliz de estar conseguindo sentir as mesmas boas sensações e vibrações em outro ramo de atividade também.

Em breve volto com mais novidades!

Grande beijo! ?

Por dentro do que acontece…

Querido diário,

Voltei mais rápido do que eu imaginava! Hoje para dissertar sobre o processo das entrevistas de emprego, ou melhor, como é dito no meu meio profissional: audições.

Aconteceu um episódio novo desde a última postagem! Um evento MEGA incrível será lançado em setembro e há uma semana recebi as informações do casting. Cachê muuuito interessante (o dobro do que sou paga atualmente), mas também trabalha mais, muito mais. O que também não seria um problema para mim, sou jovem, saudável e com horários bastante flexíveis. Me encantei por ser uma novidade. Um evento completamente inédito, chique, porém, temporário.

Mandei meu material por e-mail, me responderam para agendar o horário da audição, que, por acaso, foi hoje! Primeira vez que vou numa audição dentro de um teatro enorme e famoso, como aquele. Ainda que o evento não for ocorrer lá, esse link entre eles passou muito um ar de credibilidade e requinte. Me agendaram para 16:30, cheguei com 12 minutos de antecedência e fui direcionada para os procedimentos de praxe nessas situações, sendo uma entrevista de emprego ou audição, as mais organizadas sempre consistem em você preencher uma ficha, anexar seu currículo (no meu meio chamado de currículo artístico) e aguardar a sua vez. Havia bastante gente. O pessoal da seleção eram muitos simpáticos, divertidos, brincalhões… ahhh eu amo o mundo das artes, dificilmente você se depara com alguém azedo.

Pela primeira vez fiz uma audição em que também tiravam foto minha lá na hora, segurando uma sulfite com o meu nome escrito em letras garrafais de canetão. Me senti na audição do programa Popstar, que passava alguns anos atrás no SBT, com aquela multidão de gente, cada uma na sua vez, sendo fotografada segurando um número. A propósito, o meu número, coincidentemente, era o mesmo do ano que eu nasci (os dois últimos números no caso). Seria esse um bom presságio? Pensei, supersticiosa.

Percebi que chamavam por grupos. Enquanto aguardava notei também como se vestir de preto nas audições é mesmo um ritual seguido à risca. Vocês sabiam disso? Isso serve para que o selecionador te veja como uma tela em branco, que ele possa ver todas as possibilidades de caracterização com o seu perfil, sem que tenha uma roupa estampada gritando, chamando mais a atenção do que você. Eu já conhecia essa singela regrinha e fui pleníssima num pretinho básico.

Eu não estava nervosa, um friozinho na barriga de leve, mas nada mais que o natural esperado para a situação. Eu já sabia como seria a logística do teste (uma amiga minha também estava participando e foi agendada mais cedo, ou seja, me passou todas as coordenadas depois, hehe). O que, em todo caso, não era uma grande novidade ou diferente do que costumava ser nas audições. Elas seguem o mesmo mecanismo.

Primeiro você apresenta uma cena individual e depois terá uma cena de improviso em grupo. Acho que isso também é comum nos empregos tradicionais, o grupo ter que criar um produto e depois vender para os selecionadores. Nesse caso eles passam um tema, nos dão pouco tempo para criar uma história e então, o pouco que foi ensaiado, vira um caos quando vai para o “ao vivo”.

Mas voltando a sala de espera. Fiquei mais de 1h aguardando. Tomei tanto cuidado de chegar no horário, mas se tivesse me atrasado, sequer seria percebido. Não me importei com a demora, tinha tirado a tarde para isso e estava mais contente pela oportunidade, do que nervosa pelo chá de cadeira. Vou poupá-los das minúcias da espera e vamos para o que interessa: Enfim chegou a vez do meu grupo!

Me devolveram a ficha que eu tinha preenchido, para que eu a levasse para o próximo selecionador que conduziria a partir dali. Olhei para ela e notei um escrito que não era meu, que dizia “grupo 11”. Questionei se mais alguém tinha alguma marcação similar e não, até que uma menina respondeu que só do lado de dentro. Abri a minha ficha e me deparei com mais uma anotação nova. Tinham escrito o que me pareceu ser uma possibilidade de personagem para mim. Se apenas com as minhas características físicas, me consideraram, imaginem quando vissem a minha cena?! Pensei, confiante e entusiasmada. Não conhecia a, talvez, personagem, designada preliminarmente, mas rapidamente pesquisei no google e gostei do que vi. ?

Ahh, deixa eu falar da minha cena para vocês! O evento que trabalho hoje e esse que me candidatei possuem a mesma temática, ou seja, é claro que eu aproveitaria o repertório da minha personagem atual. Infelizmente tive que reduzir / adaptar o monólogo para apenas um minuto, pois eles pediram cena “bem curta”, apesar de eu querer mostrar a minha cena bem completa, rs.

O grupo inteiro entrou e todos se assistiam nesse momento das cenas individuais. O meu nervosismo inicial não foi nem por eles estarem assistindo e sim pela avaliação dos selecionadores mesmo. Aliás, adivinha quem foi chamada primeiro?? ? O meu número vinha antes de todos que estavam ali. Inacreditável. Assim que o ouvi sendo chamado, junto com o meu nome, pensei: “Nossa justo eu serei a primeira?!” ??‍♀️ Geralmente nessas situações eu dou um sorrisinho sem graça, mas na mesma hora me policiei, elevei a postura, fiz cara de séria e procurei demonstrar total confiança, ainda que por dentro o coração estivesse batendo acelerado!

Tive que começar o meu texto já no auge do negócio, pois não teria tempo para o crescente da cena. No monólogo adaptado em 1 min, tratei de compilar os principais pontos da minha interpretação e consegui combinar 7 momentos de nuances potenciais, isso sem perder o sentido, mesmo pulando de uma parte para outra de repente. Fiquei bem orgulhosa dessa faceta inclusive, hehe. ?

O selecionador já tinha avisado que alguns ele poderia cortar, outros poderiam se estender, mas nada isso queria dizer se a pessoa foi bem ou mal. Então, estava ciente de que dos meus 7 elementos a mostrar, talvez nem todos fossem vistos, dependendo de ele querer ver mais um pouco ou já estar satisfeito com o que foi visto.

E lá fui eu! Respirei fundo e entrei na personagem. Mudei minha voz, meu jeito de me expressar e olhei para o vazio entre um selecionador e outro (admiro muito quem tem a ousadia de encarar a pessoa que o está avaliando, já eu prefiro olhar para o nada). Ouvi minha voz causando eco em determinadas frases e achei ótimo, mostrava que a projeção estava boa.

Confesso que no começo foi estranho. Estranho apresentar essa personagem, em específico, fora do seu habitat natural. Ali não tinha a caracterização, muito menos o cenário ou a ambientação, e as pessoas para o qual eu apresentava também não eram o público de onde costumo apresentar. Então foi estranho, como se eu levasse o meu gato para passear e ele estranhasse o lugar diferente.

Será que eles estavam a vendo com a mesma intensidade que ela costuma ser vista dentro do evento? Dos 7 elementos cênicos, consegui mostrar 6 (um percentual excelente) e até tinha me esquecido da possível interrupção, até ela acontecer. Notei também que enquanto eu apresentava, o selecionador fazia anotações. “Ai meu Deus, será que me saí bem? Será que eles gostaram?”, pensei, curiosa, enquanto me encaminhava para um ponto da sala.

Veio a segunda atriz. Achei a cena dela fraca, fiquei com a impressão que até durou menos que a minha, mas a projeção estava boa. Veio o terceiro e após a sua saída, o selecionador fez um pequeno adendo, nos relembrando da importância da projeção da voz. Não achei que os dois, que foram depois de mim, tivessem se saído mal nessa questão, então, quando o selecionador disse isso, na hora disparou um alerta em mim, de que talvez eu não tivesse projetado o suficiente, já que dois depois de mim, no meu entendimento estavam, e pelo visto, para os selecionadores não.

Foram poucos que gostei, mas o que eram bons, mandavam muito bem mesmo! Daí chegou na parte que eu menos gosto das audições: os improvisos em grupo. Segundo o selecionador, essa cena teria muito mais peso, pois eles avaliariam justamente como nos posicionamos numa situação de crise imediata, envolvendo outras pessoas, que, no caso, seriam os clientes da atração. Ele criou uma situação hipotética. Aqui ele também avaliaria as pessoas para determinado papel, cujo papel é o mesmo que eu já faço no evento que eu estou. Daí você pensa: “moleza então”, mas não. Dinâmicas em grupo são muito sabotadoras. Todo mundo quer se destacar, as falas se sobrepõem a outras, rola uma confusão cênica e você sequer tem tempo hábil para criar um roteiro. Afinal, essa é a proposta: improviso, lidar com o inesperado.

Sinto que não me saí bem nessa. Primeiro que não consegui imergir na cena proposta tão rapidamente, exigia um preparo emocional que, imediatista daquela maneira, eu não consegui acessar. Consegui me destacar? Talvez, mas acredito que não do jeito que eles queriam.

Daí me vem a seguinte reflexão: de que adianta essa logística de processo, sendo que, numa situação real de trabalho, não existiria aquele contexto?! E porque aquilo teria que ser levado em consideração, sendo que, não é porque você não foi bem ali, que você não se sairia melhor numa situação real, uma vez que não teria essa pressão de estar sendo avaliado, já tendo adquirido a devida vivência e experiência dentro do verdadeiro contexto.

Minha vontade era de falar em particular com o selecionador depois, dizer-lhe: “Olha, esse papel eu já faço, e faço muito bem, não leve esse fiasco em consideração”. Mas não tomei tal atitude, pois achei que poderia ser visto como desespero ou arrogância, por querer tentar uma conveniência em relação aos outros candidatos. Torcendo aqui para que vejam no meu currículo, rs. ??

Por sorte a cena acabou logo. Tão já eles cortaram, finalizaram a audição e informaram que a resposta sairá em dois dias. Fui embora com uma sensação que não gosto muito, a sensação de que não consegui mostrar o meu real potencial. Em testes confio quando dependo de mim mesma em cena, mas não quando dependo dos outros. Será que terei um retorno positivo?? Torçam por mim!! ??

P.S.: Depois venho aqui contar!

Um beijo! ?

Quem é vivo sempre aparece

Olá meus amores! Tudo bem com vocês?

Sumida, mas ainda estou por aqui! Será que ainda tem alguém acompanhando este blog também? Rs. Saudade de vocês, sabia? Saudade dos encontros, das aventuras, do sexo casual, dos presentes… mas é uma nostalgia gostosa, eu precisava alçar outros voos e cá estou eu, um ano depois, reportando esta saudade inesquecível de vocês! ❤️

Gostaria de postar mais, de compartilhar os novos dilemas que tenho vivido (sério, muitas vezes fico com vontade de colocar o meu lado escritora pra fora), mas fico com receio de abrir demais a minha vida pessoal, agora que nada mais tem relação com este blog. Enfim… quem sabe aos poucos rompo estes bloqueios e vou trazendo situações novas por aqui?

Vocês devem estar se perguntando: “O que a Sara está fazendo da vida agora?”, “Por onde andas?”, “Está feliz?” Bom… vou contar algumas novidades pra vocês…

Desde que parei de atender, estou investindo na minha carreira artística. Em algumas postagens do passado, eu até cheguei a mencionar que estava estudando atuação, pois então, já me formei e agora atuo na área, apresentando peças de teatro, atuando em eventos, alguns trabalhos como modelo, coisas desse tipo.

O que é muito legal e gostoso, mas ainda estou no começo, então sem o glamour dos grandes artistas. Na verdade, no início foi um grande baque para mim, a desproporção salarial, em relação ao que eu estava acostumada como acompanhante. Sério, vocês não têm ideia de como o mercado artístico não valoriza o ator! Até que você seja um artista da Globo ou Netflix, é vergonhoso as propostas de cachê oferecidas e como eu venho de um patamar financeiro muito superior, imaginem quão foi o meu choque. ? Há poucas semanas vivi um grande dilema profissional, mas, primeiro preciso contextualizar para vocês.

Desde que me joguei nesse novo caminho, trabalhei em dois grandes eventos de personagem (este é o meu terceiro grande trabalho como atriz, até o momento) e, surpreendentemente, em todos esses lugares por onde passei, meus personagens se destacaram muito (toda carismática ela ?), ao ponto de pessoas, que eu nem conheço, me acharem no Instagram e me enviarem mensagens elogiosas, às vezes se apresentando como meus fãs, me cumprimentando pela excelente performance, referente a determinado personagem que eu estivesse fazendo. Sério, surreal de bom! É como ter um pouco do que eu tinha com os meus clientes, mas sem os mimos físicos e sem o teor sexual envolvido, rs.

Daí, com essas graduais conquistas, consegui um papel fixo, personagem protagonista, de um determinado evento, cujo estou até hoje, há 6 meses. Sou apaixonada pelo que faço, fissurada na personagem que criei, mas, durante esse tempo, paralelamente fiz outros trabalhos parecidos, que me fizeram ver o quanto não estou sendo devidamente reconhecida financeiramente por este.

Dias e dias ensaiava mentalmente uma conversa com os donos do evento, realçando a importância da minha personagem para pedir um aumento. De tanto eu canalizar essa energia, o universo fez surgir a oportunidade, sem que eu precisasse mover um dedo e lá estava eu, tendo a reunião mais importante dos últimos tempos.

*Tambores de suspense*

Gente… foi… simplesmente… frustrante. O reajuste oferecido foi tão simbólico e o dono vendia como se fosse um grande aumento. Mesmo me tornando a única do elenco a receber um poquito mais, continuava muito longe do que almejo.

Só me restava duas opções: Aceitar ou Sair. A razão dizia: “Sai! Você merece muito mais do que isso! Se abra para outras oportunidades que surgirão”, já o coração: “Fica! É aqui que você sente o ‘flow’, a sua energia transcende quando você está exercendo a sua arte”. Decisão muito difícil.

Fui trabalhar com o pensamento de que aquele seria o meu último dia e não consegui sentir nenhuma sensação de despedida. Para variar, em determinado momento, um cliente do evento pediu para tirar foto comigo. Ele sabia o meu nome real, já me seguia no Instagram e, para fechar, ainda elogiou: “Você é fera!”, me fazendo encarar aquilo como um sinal de que, independente do cachê, eu estava no caminho certo e que deveria continuar.

Alguma vez vocês já passaram por isso? De querer mais, mas não ter forças para sair, por apego ao que foi construído até ali? Às vezes me sinto num relacionamento abusivo, mulher de malandro, que sabe que precisa mudar, mas não consegue desvincular. É muito difícil quando tem sentimento envolvido.

Uma noite dessas, desabafando com um amigo, ele me fez o seguinte questionamento: “O que você vai perder saindo de lá?”, respondi que perderia a minha personagem (sério, sou muito apaixonada por ela, brilhamos muito juntas). Daí ele disse: “Você não vai perder, ela é sua, ninguém fará como você! Uma outra personagem, ainda mais foda, você deixou para trás. É essa mensagem que você quer transmitir para o universo? De que você se contenta com isso? Para que outras portas sejam abertas, algumas tem que se fechar”.

Profundo, né?

Sigo aqui nesse job que todos me aconselham a largar, mas, que meu lado artístico não me permite deixar. Sendo fortemente alimentada pelo reconhecimento alheio, enquanto o financeiro deixa a desejar. Vou lhes mantendo informados, se este cenário mudar.

P.S.: À parte disso, continuo ativa no meu OnlyFans! ? Se você tem saudade do que vivemos ou do que não vivemos, te espero devassamente por lá!

Um beijoooo e até o próximo desabafo! ?

Orgasmo Múltiplo Feminino

Fonte: Know Your Sins

Querido diário!

Hoje estou aqui para falar sobre um assunto pra lá de delicioso!! O orgasmo múltiplo feminino! Algo que, inesperadamente, recentemente, tive o prazer de conhecer! ? Orgasmo múltiplo é o tipo de coisa que a mulher pode nunca ter tido na vida, mas quando acontece, imediatamente ela sabe que está tendo um! ?

As duas (únicas) vezes que tive (por enquanto, se Deus quiser, rs ??), foi sendo chupada! Pude notar similaridades em como aconteceu, então compartilho aqui para que, quem sabe, ajude alguém a chegar lá também! ?

Mas antes de falar do múltiplo, vamos falar do orgasmo normal, o que costumamos ter, para contextualizar melhor. Quando gozamos, normalmente, acontece da seguinte maneira: vem uma explosão deliciosa na frente, que, geralmente, dura um segundo, no máximo dois, e depois sentimos as pequenas doses daquela explosão inicial, diminuindo e ficando mais leve a cada segundo. É bem rápido, mas ainda assim muito extasiante. 

Quando você tem orgasmo múltiplo, aquela explosão inicial vem mais de uma vez! Uma na sequência da outra. Rápidas, mas muito intensas!

Como eu estava dizendo lá em cima, comigo aconteceu durante um sexo oral, sendo maravilhosamente chupada. ? Eu, infelizmente, não sou o tipo de mulher sortuda que goza somente com a penetração, tem que ter o manuseio no clitóris também. Maaaaas, se estou sendo chupada, aí sim, consigo gozar nas mãos de outra pessoa, ou melhor, na língua dedicada que me saboreia. ?

Então acredito que a maneira mais fácil de acontecer um orgasmo múltiplo feminino com a maioria das mulheres, seja através do sexo oral, uma vez que o clitóris está no centro das atenções. O(a) parceiro(a) deve chupar a mulher com todo o capricho e dedicação, como já costuma fazer. O momento decisivo é quando ela está prestes a gozar! A pessoa que está chupando precisa, no momento certo, desacelerar a chupada, um segundo antes da mulher começar a gozar. Mas não desacelerar muito! Uma voltagem a menos apenas, uma regressão bem sutil!

Quando estou prestes a gozar, a velocidade lá embaixo está frenética, para que eu chegue no ápice, no entanto, quando eu gozo, se a velocidade frenética continua, o meu orgasmo dura menos tempo, pois a região fica sensível mais rápido. Então, o truque é desacelerar no exato momento em que a pessoa for gozar! Ela ficará mais sensível por conta do orgasmo e mais suscetível ao prazer por a língua estar mais gentil. Mas lembre-se: tem que ser uma desacelerada leve, como se fosse do seis pro cinco e não do seis pro dois, senão ela perde o timing na cara do gol! Ou seja, não é uma tarefa fácil, dado ao calor do momento, rs.

Eu sugeriria criar um código com o(a) parceiro(a), para que quando você for gozar, avisá-lo(a) no exato segundo antes disso acontecer. Uma pressão com as pernas, apertando ele(a), um puxãozinho no cabelo, pequenos gestos que não vão desconcentrá-la também.

Experimente e depois vem correndo comentar! Estou mega curiosa para saber de outras experiências, além das minhas também! 

The Crazy World Of Dreams

Hoje eu tive um sonho muito louco. Repleto de detalhes, fragmentos e uma duração longa, como se fosse um filme de duas horas. Ahh como eu queria poder assistir tudo aquilo de novo, sem os lapsos de memória, depois de acordada. Sabe aquele tipo de sonho que enquanto você está nele tudo está nítido, interessante, com várias mensagens, mas quando você acorda, parece só um borrão?

Eu sonhei com vários fragmentos da minha vida. Como se eu fosse uma espectadora. Misturava passado com coisas que ainda nem vivi e não seguia uma ordem cronológica.

De repente voltei no tempo para uma época em específico. Ainda morava com a minha mãe e tínhamos três cachorros. Sempre tivemos cachorros durante a minha infância inteira, mas teve um que foi o mais marcante. O que viveu mais tempo conosco, que era o mais especial de todos. Minha mãe o adotou já adulto, ele era grande, pelagem escura, uma mescla com preto e marrom, bem peludo, um olho de cada cor, intimidador, nós mesmas tínhamos um pouco de medo dele no começo.

Max foi o melhor cachorro que alguém poderia ter. Companheiro, protetor, carinhoso, ele se comunicava com a gente. Mas também era genioso. Não podia cair uma bola no nosso quintal, que ele fazia de tudo para furar. Isso nos causava muito estresse, pois morávamos ao lado de uma quadra e todo dia a bola caía. Eu dava graças a Deus quando ele furava a bola rápido, mas quando não, eu perdia um bom tempo tentando resgatá-la. Às vezes funcionava jogar alguma comida diferente da ração, mas na maioria das vezes não, ele era bem determinado e focado. Nosso cachorro era famoso para quem jogava bola na quadra, o que, infelizmente, nos fez arrumar inimizade com algumas pessoas intolerantes e mal intencionadas.

Certa vez, quando minha mãe chegou em casa do trabalho, teve uma visão assustadora. O encontrou todo machucado. Nosso cachorro tinha sido espancado dentro do próprio quintal! Como sempre a bola deve ter caído e na ausência de alguém, pularam o muro para pegar. Foi um grande choque pra gente quando aconteceu. Eu era pequena e estava na escola, sorte a minha não ter ficado com aquela imagem na cabeça. Minha mãe, que viu a cena, completamente desesperada, foi correndo atrás de alguém que tivesse um carro para levá-lo urgentemente ao veterinário.

O pobrezinho ficou internado em torno de um mês. Quebraram a sua pata, seu dente, entre outros cortes e feridas que aqueles inescrupulosos, sem alma, provocaram nele. Ninguém sabia, ninguém viu, sequer foi possível fazermos alguma justiça. Tudo por causa de uma maldita bola. O tratamento ficou uma fortuna, mas é claro que a minha mãe, mesmo sem ter muitos recursos na época, jamais mediria esforços para salvá-lo.

Mesmo depois que ele voltou para casa, precisou de cuidados diários. Levou pontos, tinham os horários certos para medicá-lo, trocar curativos, com ele sempre repousando. Não lembro quanto tempo levou para a sua completa recuperação, mas graças a Deus ele conseguiu voltar ao que era antes, tudo isso porque, além de todas as suas qualidades já mencionadas acima, ele também era muito forte.

De todos que morriam ou fugiam, Max foi o único que prevaleceu em todas as gerações de cachorros que tivemos e desde a sua morte (ele morreu anos depois, de velhice), vira e mexe sonho com ele, como se ele ainda estivesse vivo. É o tipo de sonho que sempre me faz chorar, como se fosse uma chance de matar a saudade. Desta vez não foi diferente, sonhei com ele de novo, mas também com mais dois cachorros que tivemos em determinada época. Uma das poucas vezes que tivemos três ao mesmo tempo. Eles estavam lá, no quintal da minha mãe, céu avermelhado, não havia ninguém no sonho, além deles e eu. Lhes fiz carinho, enquanto chorava completamente emocionada. Vê-los vivos, naquele contexto ilusório, me causava um efeito de que os papéis tivessem se invertido, como se eles estarem vivos fosse a realidade, enquanto suas mortes, um sonho distante.

Quando saí daquele cenário, o tempo e o espaço já tinham mudado novamente. Havia certos momentos em que parecia querer virar pesadelo, como quando me deparei com um muro, um céu preto e nada mais. Me impulsionei sobre ele para ver o que tinha além e de repente eu estava no espaço, vendo o planeta Terra lá de cima. Comecei a despencar lá do alto em direção a Terra, similar ao desenho da Disney, “Soul”, sentindo muito medo da queda, querendo fechar os olhos, mas me forçando a permanecer de olhos abertos. Uma queda infinita e sem sentido. Após alguns instantes naquela agonia, novamente o sonho mudou e eu já estava em outra situação. 

Ora voltava para o passado, ora ia para coisas do futuro, que eu nem sabia se eram premonição, fantasia ou algo que eu tivesse vivido numa vida passada. Várias cenas curtas que podiam ou não se interligar. Me vi com duas filhas, entre dez e doze anos, elas tinham idades aproximadas e uma se chamava, cujo nome eu pretendo dar a minha filha se/quando eu tiver algum dia. Algo tinha acontecido com elas, algum enigma que depois que acordei se perdeu no meu subconsciente. Desapareceram? Morreram? E o pai delas? Morreu também? Durante o sonho foi explicado o que havia acontecido para que não estivessem mais na minha vida, mas depois de acordada não consegui lembrar do seu desfecho.  

Algumas pessoas aleatórias vinham falar comigo, durante o flashback desses momentos, me trazendo mensagens mais esclarecedoras dos fatos, coisas enigmáticas, como se fosse um filme de suspense e mistério a ser desvendado, com vários fragmentos estranhos. Várias vezes parecia que ia virar pesadelo, as imagens mesclavam entre coisas boas e ruins.

Ahhh, como eu gostaria de poder rever todas aquelas imagens num videoteipe, depois de acordada, para entender melhor o sentido de tudo aquilo, se é que os sonhos possuem algum sentido. Passei por várias emoções. Chorei, tentei gritar, me assustei, fiquei feliz e sofri. As imagens se misturavam, confundiam e solucionavam. Uma mistura de aprendizado e muitas dúvidas. Às vezes a resposta vinha, às vezes não. 

O pior de tudo é que ao despertar não consegui trazer nenhuma mensagem significativa de tudo aquilo. Dentro do sonho eu tive uma forte convicção de que já havia sonhado com aquilo antes. Porém, ao acordar, a percepção mudou, se revelando um sonho completamente inédito. Se eu conseguisse me lembrar de todos os meus sonhos com todos os seus detalhes, com certeza eu já teria escrito os mais insanos roteiros de filme! ?

O Enigma dos Meus Pensamentos

Quero só ver se você consegue desvendar…

Amanhã é dia de recomeçar.

Não posso esquecer disso, preciso me lembrar.

Tenho que me antecipar, senão acabarei me esquecendo.

Sabia. Isso não podia estar acontecendo.

Não tem problema, amanhã eu resolvo isso.

Amanhã ainda dará tempo, tenho certeza disso.

Eu não acredito que me esqueci outra vez!

Será que jogo para amanhã, talvez?

Dois dias não tem problema.

Olha eu de novo nesse dilema.

 

Droga! O terceiro dia chegou!

Me acomodei e aqui estou.

Agora é melhor deixar para o mês que vem.

Pedirei a Deus e aos anjos que me preservem.

Será que não correrei nenhum risco até lá?

Não, eu sou cuidadosa, sei que vou me safar.

Ai meu Deus, que delícia isso.

Calma, não se empolga, não se esqueça do que está em risco.

Mas quem disse que algo vai acontecer?

Vai dar tudo certo, você vai ver!

 

Ela disse que não, que não podemos arriscar.

Mas, estatisticamente falando, dá pra confiar.

A chance é de uma em um milhão,

E vivemos pela emoção!

Não vai dar errado. Nem vai dar certo.

Acredito nisso, somos espertos.

 

Mais uma semana se passou.

E essa questão continuou.

Estamos indo bem, nada vai acontecer,

O controle é nosso e vamos vencer!

Eu sei que ela disse que só isso não bastava,

Mas não é algo que a gente cogitava.

 

E lá vamos nós em mais uma semana,

Muita confiança a gente emana!

Será que finalmente está chegando o dia?

Seguimos cuidadosos, sem muita ousadia.

Ela disse que pode demorar.

Não será quando eu costumava esperar.

 

Quanto mais o dia se aproximava,

Mais a gente se arriscava

Eu sempre procurava te lembrar,

Mas um dia você optou por ignorar

Não aconteceu o que poderia ter acontecido,

Mas aconteceu o primeiro passo disso.

Nem me irritei, eu também vacilei.

Relaxei e então aceitei.

 

Propus uma contrapartida, mas do outro lado não veio a afirmativa.

Me convenceu do contrário, ainda que a vida pudesse dar um salto.

Ao mesmo tempo um alarme falso, me tranquilizando por tempo determinado.

Ainda que não fosse verdadeiro, tirou um peso do peito.

Por mais que continue a demorar, eu sei que ele virá.

 

Mais uns dias se passaram e nada do abençoado.

Outra vez brincou comigo, me mostrando que talvez não houvesse perigo.

Já estava imaginando quando seria a sua próxima aparição,

Até que ele veio de verdade, de supetão!

O danadinho finalmente chegou

E de uma vez por todas me tranquilizou.

Não deixarei que o ciclo se repita

E recomeçarei direitinho no primeiro dia!

Passando para dar um Oi

Oi meus lindos! Tudo bem com vocês?  ??‍♀️
 
É eu sei, estou um pouco sumida, fato esse que surpreendeu até a mim mesma, acho que nunca fiquei tanto tempo sem postar algo no blog. Bom, estou aqui para contar um pouco de como tem sido os meus dias e os planos futuros que tenho para nós (eu e vocês). 
 
Eu amo de paixão escrever e ser lida por cada um desses olhinhos que estão agora olhando para a tela do celular ou do computador lendo esse post. Esse tempo que fiquei ausente, estava (e ainda estou) escrevendo o meu próximo livro! ?
 
Precisei ficar off para focar nisso. Esse projeto é ainda maior que o anterior e não me contentarei com uma publicação independente, como foi com o meu primeiro. Pretendo realmente buscar e conquistar o interesse das editoras. 
 
Não que “O Que Os Olhos Leem, O Corpo Não Sente” não tivesse potencial para tal, mas agora estou mais determinada a conseguir isso. Então, sempre que tenho tempo livre para escrever, ao invés de postar algo aqui, tenho canalizado a minha energia e dedicação para o livro. Está ficando tão incrível, que não vejo a hora de finalizar e poder dar os próximos passos logo!!
 

Meu novo livro…

Fazendo um pequeno spoiler, pois, sei que vocês devem estar curiosos, rs, meu próximo livro será direcionado as futuras acompanhantes. Quero poder passar para frente todo o aprendizado que tive, para que as próximas que virão não caiam em ciladas ou passem por tantos perrengues, visto que essa atividade carece de informação para quem está começando. Não é o tipo de trabalho que recebemos um treinamento antes. Tudo que aprendemos é na raça, o que nem sempre é bom. 
 
Felizmente não tive muitas experiências ruins e as que tive nem chegam perto de tantas histórias piores que já ouvi, mas, justamente pela série de cuidados que sempre tomei. Quero poder ajudar as próximas mulheres que se aventurarão nesse submundo. Sem fazer qualquer tipo de apologia, é só olharmos para história da civilização. Estamos falando da profissão mais antiga do mundo. Sempre existiu, sempre vai existir e por que não preparar melhor essas mulheres?
 
Já tenho alguns capítulos prontos e a cada dia escrevo um pouco mais, tenho sede pela publicação! ❤️

Voltando a falar do meu sumiço…

Além da minha ausência no blog, também não estou mais tão ativa nas redes sociais. Tenho procurado interagir mais no Instagram. No Twitter bem pouco, apesar de ser uma rede social que me traz boa parte dos clientes, não tenho mais tanta motivação de postar fotos e vídeos por lá, uma vez que os seguidores tem interagido cada vez menos. Entendo que essa diminuição na interação se deu também pelo fato de eu mesma não ter postado tanto, mas foi como falei, estou focada no livro. ✨

Para os que apreciam meus vídeos e fotos, estou oferecendo um serviço mais exclusivo, que é a venda desses itens. Assim não deixo de atender a esse público e recebo uma contrapartida para focar no meu livro com mais tranquilidade. Para saber mais, só clicar aqui. Apesar de possuir apenas uma avaliação do produto na página de compra, os feedbacks vem pelo whatsapp, que compartilho nos destaques do Instagram. Reuni alguns para vocês:
 
Feedback em 21/10/2020
Feedback em 04/11/2020
Feedback em 06/11/2020
Feedback em 13/11/2020

Falando um pouco mais sobre tais vídeos, possuem duração de 6 minutos e não estão postados em nenhum lugar. Tenho cinco modelos de vídeos inéditos (vídeos que já estão prontos) e o vídeo personalizado é para aqueles que possuem algum pedido especial para a gravação, como por exemplo, eu dizer o seu nome. Não entrarei em detalhes aqui sobre a descrição dos vídeos inéditos, mas os interessados podem me enviar uma mensagem, que responderei com o maior prazer! ?

Falando em Twitter…

Surpreendi muita gente com esse twitte, rs. Teve gente que até atendeu errado, achando que eu pararia de vez com os atendimentos. Recebi muitas mensagens de homens que finalmente tomaram coragem para me conhecer – uma vez que se não se apressassem perderiam a chance – , mas também recebi pedidos para que eu reconsiderasse, visto que, com a pandemia, muita gente não poderia vir para São Paulo ou não possuíam álibi para sair de casa.

Pensando nestes casos, essa semana postei o seguinte comunicado:

Ainda assim, atendendo a pedidos, pretendo prorrogar o prazo até dia 24 de dezembro, pois algumas pessoas pretendem vir para São Paulo no final do ano.

Então, quem ainda não me conheceu e tem vontade, aproveita, pois realmente pretendo, aos poucos, reduzir a minha exposição na internet. Já possuo uma boa cartela de clientes, o que me dá o privilégio de não precisar mais me expor tanto. O blog e o Instagram pretendo deixar ativo, mas minha abordagem será cada vez mais low profile.

Pandemia

Agora falando dessa pandemia louca, não, ainda não peguei COVID (já fiz o exame uma vez para ver se, por acaso, eu era assintomática)! O que é mesmo impressionante, visto que me relaciono sexualmente com diferentes (e repetidas) pessoas. Sinal de que, assim como eu, os homens e casais que encontro também estão se cuidando. ?

E para finalizar esse post, que já ficou gigante, rs, deixo vocês com uma boa notícia. Há alguns dias recebi o seguinte e-mail (cujo e-mail só vi ontem a noite):

Adorei ler alguém incentivando que eu continuasse escrevendo aqui no blog, ainda que não fosse sobre sexo. Daí, para ter certeza, resolvi criar a seguinte enquete:

Tanto no Twitter quanto no Instagram, o resultado foi super positivo! ?

Enquete no Instagram

Sendo assim, paralelamente ao meu livro, irei postar aqui sobre o meu último réveillon. Aquele tipo de viagem que depois que passa você dá risada e torna-se uma das melhores histórias para se contar, rs.

Me aguardem!!

Um beijooo! ?

Like a Movie

Sara Müller

Querido diário…

 
Como eu gostaria de ser sortuda como a Julia Roberts em “Uma Linda Mulher”. Encontrar um homem rico, bonito e solteiro, que se apaixonasse perdidamente por mim (e eu por ele), que fizesse de tudo para ficar comigo, independente dessa minha trajetória nada convencional…
 
Ahh como eu gostaria de vivenciar algo emocionante e verdadeiro como a Allie em “Diário de Uma Paixão”, que mesmo após dar tantos foras em Noah, o rapaz persiste e continua apaixonado por anos, ousando ainda no futuro a fazer algo extraordinário como uma última tentativa de ficar com ela…
 
Ahh como eu gostaria de ter uma louca surpresa como a Jenna de “De Repente 30”. Acordar com trinta anos, editora chefe de uma revista de moda e que, apesar de não ser uma pessoa correta por se envolver com homens casados, possa voltar no tempo para reverter o seu futuro com aquele verdadeiro amor que no passado ela não deu bola…
 
Como eu gostaria de encontrar alguém livre de julgamentos como a Danielle de “Show de Vizinha”, que mesmo após seu par romântico descobrir que ela é atriz pornô, não deixou que a imagem pura e inocente que tinha dela se dissipasse ou fosse contaminada pela putaria que a acercava.
 
Como eu gostaria de ser sortuda como a Abby de “A Verdade Nua e Crua”, que mesmo sem o menor jeito na conquista, da maneira mais boba possível, conseguiu fisgar o personagem descarado do gatíssimo Gerard Butler.
 
Ahh como eu queria viver algo improvável e insano como a Cameron Diaz em “Jogo do Amor em Las Vegas”. Viajar para Vegas após levar um fora, casar com um estranho gato, viver um inferno durante o casamento e no final descobrir que fomos feitos um para o outro.
 
Mais do que isso, o que eu queria mesmo era de ter a sorte da Amanda Bynes em “S.O.S. do Amor”. Naufragar com o meu artista predileto numa ilha deserta, fazê-lo se apaixonar por mim e no final lhe dar um belo pé na bunda no maior estilo. ?
 
Ahhh filmes… não seria incrível se a nossa vida pudesse ser um? O meu com certeza seria de muito romance, erotismo, comédia e insanidades… Porque eu sou assim… um tanto intensa buscando sempre a serenidade…
 
… E o filme da sua vida? Como seria?